Críticas construtivas.
(Dito na tertúlia 909, em 15.07.2008). Pergunta. Você recebe críticas do amparador? Resposta (WV). Sim, mas eu também faço crítica a
ele, ao Enumerador, ao Transmentor, ao que aparecer na minha frente, se eu não
entendi ou se eu acho que está errado. Ninguém é perfeito. Pergunta. Como é que eles promovem as críticas? Resposta (WV). O Transmentor às vezes chega aí e
fala uma coisinha. Às vezes eu estou tão “burraldo burrilde e burroide” que eu
custo a entender a indicação. Depois com o tempo eu dou razão. Uma das coisas
mais sérias que ele falou depois que eu estou aqui nesses 8 anos, foi: «dê
valor para a palavra». Perguntei: «mas que palavra?» Ele respondeu: «a sua».
Foi um custo para eu entender o que é que era isso. Aí eu começei a entender,
hoje eu estou sabendo usar. Nesta altura dos acontecimentos, eu nunca devo esquecer
do que é que eu sei. Então eu atualmente tenho feito até uns verbetes tudo da
minha cabeça primeiro. Faço ele todo, depois é que eu vou ver as minhas
anotações, as coisas que eu já escrevi, fazer o find, fazer conotação de tudo. Mas o que ele quis dizer foi “a
palavra”. A palavra aí no caso seria a gente exaltar ou enfatizar a expressão
do ponto de vista do meaning, a
significação, o sentido, o que a gente quer dizer para pôr isso bem nítido. E
isso é uma das coisas que eu gosto e sempre gostei, desde menino. É impossível
você sempre colocar a melhor palavra para tudo o que você está falando.
Teoricamente é a melhor coisa que tem, é o ideal, mas na prática é muito
difícil de isso funcionar. Esse é o motivo pelo qual eu comecei a expandir os
dicionários cerebrais de sinónimos, de antónimos e o analógico. Ele ((referência ao Transmentor)) às vezes fala uma
palavra só. Tem uma concisão, uma síntese muito grande, dentro da visão dele.
Agora, na hora que você vai expor uma coisa dessas para colocar na
enciclopédia, não adianta o que ele falou. Ele apontou uma coisa mas não
redigiu nada. Todos eles me respeitam em matéria de redação. O Enumerador fala
assim: «está aqui, a ideia é essa mas você é q sabe. Ele ((referência ao Transmentor)) também é a mesma
coisa. Eles não entram para fazer a redação comigo, tipo psicografia ou
qualquer coisa. Eles não fazem isso comigo. Pergunta.
Eles criticam a sua redação? Resposta (WV). Criticam.
Já houve um caso em que eles disseram: veja isso. Aí eu pus um find para ver o que era e eles tinham
razão – havia três lugares que estava escrito “um negócio” errado. À hora que
ele está fazendo crítica desses assuntos que envolve a consciência, a maioria
dos leitores que são vocês, já boiaram à muito tempo que vocês não estão
sabendo nada disso. Às vezes “o negócio” é tão sutil que eu que estou mexendo
com isso não estou sabendo, vocês é que vão saber? Pelo pelos 50% de vocês
rodam antes de mim por causa da cosmovisão, o problema da visão panorâmica.
Então “esse negócio de escrever”, isso não tem fim, por causa da cognição, da
cogniciologia, quer dizer, o seu autoconhecimento. E a gente tem que trabalhar
nisso, no detalhe, o tempo todo. Em tudo, por tudo, com todos. Em tudo, por
tudo, com todos. (Tertúlia
0909; 0h:48m).
Críticas mal
intencionadas. Pergunta. O problema
maior com a heterocrítica é que as pessoas que a fazem, muitas vezes tem má
intenção e querem derrubar. Não visam somar. Problema de infantilismo e
competição egocêntrica? Resposta (WV). Uma
pessoa que tem má intenção, já está fazendo um suicídio intelectual. Não nos
devemos preocupar com a pessoa que faz comentário negativo com má intenção.
Essa já está no buraco, é assediadora. É deixar para lá. O problema é ver se a
pessoa está fazendo uma crítica que é coerente, lógica, racional, que a gente
deve aceitar e agradecer. Se for possível, até pagar para a pessoa. Se uma
pessoa está com má intenção, ela não está fazendo heterocrítica. Ela está
querendo assediar alguém, uma ideia, uma instituição, uma doutrina, uma
ideologia, uma política, até um conjunto educacional, pedagógico. (Tertúlia 0909; 1h:13m).
Críticas inúteis.
O povo reclama que eu (WV) faço essas
palavras enormes com logia, prefixo, sufixo e infixo. Eu quero dizer para
aqueles que implicam com o que eu falo aqui, que eu não mandei que eles
ligassem o online. Vocês mandaram
((dirigindo-se à plateia))? Eles são obrigados a ligar? Me esqueça ((fitando a
câmara e enfatizando a exclamação com a mão em torno da boca))! Esqueça a
tertúlia, você aí que não está entendendo nada! Esqueça da gente! É o melhor
((dirigindo-se à plateia)), ele não vai perder tempo com a gente nem a gente
com ele. Se a pessoa não quer estudar, procura blog, orkut...
((dirigindo-se aos teletertulianos)) que está "assim" ((gesto de
muita quantidade)) de besteiras, muito melhores do que as nossas. As nossas
besteiras aqui são todas técnicas. A gente erra mas com muita técnica. Aqueles
que falam sobre prefixo, sufixo e infixo, leiam sobre Orismologia, estudem
Terminologia, Nomenclatura. Eu não tenho culpa se durante centenas de anos
ninguém quis tirar partido dos afixos. Eu tenho culpa disso? Eu não estou
fazendo literatura nem literatice, estou trabalhando com tecnicidade, fazendo
ciência. É preciso dizer bem claro que nós não estamos obrigando ninguém a
estudar com a gente. Desliga o online
e esqueça que a gente existe. Vai aliviar você e vai aliviar a gente. Se quer
vir com crítica, venha. Nós adoramos crítica, desde que ela seja positiva,
construtiva, clarificadora. Não perdemos tempo com polémica inútil. Vamos
entender as coisas. Nós não somos donos da verdade nem "cura tudo"
mas queremos acertar mais do que a média. Estudamos e queremos aprender alguma
coisa. (Tertúlia
0912; 0h:24m).
Heterocrítica. Eu (WV) sempre gostei da heterocrítica. Eu às vezes
nem chegava a entender bem todas as críticas que faziam a meu respeito. Então o
que é que eu fazia? Engavetava. Daí a um ano eu olhava, para ver se entendia.
De todas elas eu tirei proveito, de algum modo. Mas (havia críticas) que eram
contra as pessoas que mudaram de ideia. Depois de 40 anos, as pessoas mudam,
depois de 30, depois de 20, depois de 10… então eu tinha material de
heterocrítica nas minhas pastas e acabei com tudo. Eu conservei isso tudo para
poder estudar o que é que os outros falam. Por isso eu sei que nestes últimos
20 anos, não teve nenhuma crítica nova: tudo era rebarbativo, patopensênico,
repetição, mimeticologia, a mesma história. (...) Ultimamente, o que é que teve
de crítica boa, para me enriquecer? Não teve nada. Eu vi que não tinha mais
vantagem nenhuma nisso. Aí chega o Enumerador fala assim: -”Acaba com isso
tudo, queima isso tudo e esquece isso. Quem quis, quis, quem não quis, não quis
e fim de papo. Prepare-se para a Enciclopédia”. Se uma pessoa quiser fazer
muita crítica, a gente dá uns volumes da Enciclopédia para ela. (...) Mas é
preciso ter inteligência. Não pode fazer crítica, fazendo ironia e
brincadeirinha. Eu não perco tempo com isso. Pergunta. Você pode dar um exemplo de proveito
que você retirou de críticas que recebeu? Resposta (WV). Sim. Às vezes as pessoas dizem:
-”Eu acho que você devia apresentar mais a sua ideia e não ficar só na
superfície disso”. Porque eu às vezes evitava falar certas coisas que diziam
respeito à minha pessoa. Por isso eu comecei a colocar nos livros: «segundo
este autor», «pelo pensamento deste autor», «este autor…». Comecei a colocar
casos meus lá dentro porque o povo reclamava disso. Eles achavam que isso era
excesso ((referência ao fato
de evitar falar de coisas que dissessem respeito a Waldo Vieira)),
autovitimização, medo do cabotinismo, masoquismo… e em parte eles tinham razão –
tanto que eu comecei a fazer. Eu estou falando de uma coisa séria, porque diz
respeito a mim, à minha situação. Eu sempre quero me esconder – o meu desejo é
que as ideias apareçam. (Tertúlia
0970; 0h:19m).
Bagulhos energéticos. Pergunta. Quais as críticas, do ponto de vista
de seriedade de fundamentos da argumentação, que o senhor já recebeu, relativas
à Projeciologia e Conscienciologia? Resposta (WV). Uma das críticas mais bravas que eu recebi foi a
reclamação do princípio da descrença. E eu acho tudo isso sem fundamento nenhum.
(...). Crítica que eu acho boa é aquela em que a pessoa, por exemplo, vem
enriquecer um ponto de vista que a gente deu, vem colocar uma data em alguma
coisa que a gente não colocou, vem dar um nome ou uma fonte bibliográfica. Isso
aí é importante. (...). Para uma pessoa criticar, por exemplo, um verbete
desses, ela tem primeiro que ler o verbete Verbete para saber quais são
as técnicas que nós usamos, porque senão (...) vai falar bobagem – uma boa
parte fala besteira. Agora, tem uns que ajudam muito a gente. Eu levo muito em
consideração toda a crítica que eu recebo (mas) eu (já) não quero ficar com
isso. Eu queimei tudo ((referência
a heterocríticas que Waldo Vieira guardava)) para acabar com isso,
porque eu não quero bagulho energético. Tem gente que já dessomou e que chegou
para mim falando: - ”Você tinha razão, retiro tudo o que eu disse”. E eu estava
ainda com os papéis da crítica da pessoa... Eu não posso fazer uma coisa
dessas. Você está entendendo? Não dá. (Tertúlia 0970; 0h:44m).
Excrescências do secundário na heterocrítica. Pergunta. Professor Waldo,
ontem quando o senhor falou que ia cortar a questão das heterocríticas, isso
seria acabar com as excrescências do secundário e ficar no megafoco? Resposta (WV). Eu tinha
material demais que poderia virar agora bagulho energético, não contra mim mas
contra aquelas pessoas que escreveram aquilo. Algumas até já dessomaram e já
apareceram para mim com outras idéias. Então eu não posso estar exaltando uma
coisa que foi um erro da pessoa, como se fosse de uma vida passada. Eu tinha um
monte de coisas nesse sentido. (...). Todas essas pessoas que reclamam demais,
você deixa para lá, em tese. Só deve responder aquilo que precisar. É igual a
carta anônima, entende? Você não perde tempo com isso porque cedo ou tarde, se
(a pessoa) é mal intencionada, se ela faz ironia, se ela é sarcástica, ou
qualquer coisa, ela vai "bater com os burros n'água" vai dar tudo na
cabeça dela, quem vai se arrepender é ela. Se a pessoa está espumando de raiva
ela precisa de assistência. A gente procura dar... se a pessoa não quer, se
deixa pra lá. Pergunta. Mas
para a pessoa conseguir ter a mentalssomática como megafoco, ela tem que ir
cortando uma série de interferências. Resposta (WV). Ela não pode brincar com essas excrescências que
fazem mal para todo mundo. A pior coisa que tem é fazer mal para o outro, não é
para você – a coisa mais séria é o mal para o outro. Por exemplo, eu conheci
uma pessoa que guardava tudo quanto era documento contra os outros. Aquelas
pessoas trabalhavam na empresa. Se mais tarde ela precisasse, ela tinha os
documentos contra a pessoa. Aquilo é dos piores bagulhos energéticos que uma
pessoa pode guardar. Entende? A gente tem que ver o que é que a gente tem como
material. Quanta coisa que eu já vi de documentos que eu queimei na hora,
porque aquilo era contra a pessoa. Como é que eu sei? Eu estou falando do ponto
de vista moral, ético, afetivo ou uma pessoa que cometeu alguma prevaricação...
e isso tudo é pequeno, tem coisas muito piores do que isso. Entende como é que é?
É isso que a gente tem que eliminar, não dá valor, porque isso é o secundário
mórbido, patológico. Não é isso? (Tertúlia 0971; 1h:10m).