Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Waldo Vieira: Identidade extrafísica

 

Zéfiro. Eu (WV) já avancei demais à hora que eu falo que eu sou o Zéfiro. Com isso eu estou dando um exemplo para vocês do que é que é que vocês podem chegar. Eu revelo as coisas e mostro, dentro da verbaciologia, a minha condição. «É aquela pergunta cretina que eu faço, contra mim: - Eu sou cabotino ou eu sou o Zéfiro, para você? Tem que me conhecer, ver o que eu já fiz, como é a minha vida, tem que conviver comigo. Por isso que eu demorei esses anos todos para falar nisso. Ou eu sou cabotino ou eu sou o Zéfiro». (Tertúlia 0909; 0h:44m).

Identidades extrafísicas. Pergunta. Pode-se falar que "Waldo" é o seu "estar" e "Zéfiro" é o seu "ser"? Resposta (WV). Não. Esse aqui é o Waldo 10. Eu vou para o 11. Eu já escrevi isso. Pergunta. Você falou que a pessoa tem um nome constante no extrafísico. Resposta (WV). Não. Um ou outro tem. Zéfiro é mais aqui entre nós, mas lá eu tenho outro nome. Esse outro nome é mais conhecido. Zéfiro é uma coisa nossa, particular, familiar. Tudo é apelido, porque eu não tive uma vida de Zéfiro de Albuquerque ((risos)) ou qualquer coisa... Pergunta. Esse outro nome então é seu "ser", a sua identidade? Resposta (WV). Não. Essa questão de nome é uma coisa muito relativa. Quando a minha mãe estava lá trabalhando ela falou assim: - "Você tem que aparecer como fulano" que era como aquele "cara" me conhecia. Então eu me transfigurei todo e cheguei lá para falar com ele como se estivesse muitos séculos para trás. Agora veja, ali naquele momento, eu era "aquilo" para ele. (Tertúlia 0919; 1h:35m). Você vai fazer uma assistência extrafísica, mesmo projectado, e eles falam assim: - "Faça rapport". Vê se você lembra, faz uma retrocognição para saber quem é essa pessoa para você entrar em contacto, falar a mesma linguagem da época que ele te conhece. Aí, você faz a pessoa aflorar a consciência, ela vai se despertar. É assim que a gente faz. É o melhor que tem para despertar. Não precisa de ter emoção, precisa de ter é cognição (superior à emoção) – ele conhecer você. (Tertúlia 0919; 1h:36m). Pergunta. Em relação a você, existe uma identidade (extrafísica) constante? Resposta (WV). Constante, em termos. Eu acho que nós somos mais é "mil caras". Depende da hora, eu apareço de um jeito ou de outro. Tem ((referência à existência de identidade extrafísica)). No caso, é aquela figura que marca você perante o seu evoluciólogo. Mas o Transmentor não me tem à conta de Zéfiro... (acenando negativamente com o dedo e fazendo um sorriso enigmático) é outra pessoa. É o meu vínculo com ele. (...) Agora, veja, você vai encontrar com uma pessoa e ele está lembrando de uma vida que você teve no ano 700, você vai ter que aparecer desse jeito, é aquele nome, é você daquele jeito. Você mesmo transfigura o psicossoma para mudar. É por isso que a autotransfiguração do psicossoma é (um assunto) muito sério em matéria de assistência. (...) Agora uma pergunta: - "Você acha que o meu nome (referência à paraidentidade) é de homem ou de mulher? ((pausa)) É de mulher". (...) Gênero é uma coisa secundária. Toda a pessoa que está fazendo força demais para exaltar um gênero, ela está ainda no curso primário. Agora, nós temos que falar nisso. Temos também que entender o processo filosófico, o ser e estar com referência ao gênero. Tem um nome meu que é de mulher e esse é muito maior do que o do Zéfiro. Pergunta. Esse tem relação com o Transmentor e com a Monja? Resposta (WV). ((Waldo Vieira acena positivamente com a cabeça)). Mas vocês não vão encontrar nada história porque as mulheres não tinham valor nenhum... Quem é que você vai arranjar? Maria Madalena ((risos))? Helena de Tróia? O "negócio" todo meu com o Chico Xavier era para ajudá-lo porque ele tinha uma vida, há muito tempo, em que ele era como se fosse uma mãe para mim. E ele me tomava como se fosse filho dele. (...) Para o trabalho, você é homem ou mulher. Quem manda são eles. Género é secundário, é moldura. A moldura não é a mensagem. (Tertúlia 0919; 1h:37m). Eu (WV) não me apresento ((referência ao extrafísico)) na forma de mulher, não. Agora, desses amparadores que aparecem como homem, quantos vocês acham que foram mais "estrela" como mulher? Tem vários. Mulher "está na ponta". Só vocês ((dirigindo-se a mulheres)) não entendem. (Tertúlia 0919; 1h:55m).

Zéfiro – um espírito familiar. Eu (WV) vivo falando que eu sou o Zéfiro, mas eu não sou amparador, eu nunca falei isso. O que eu falei (foi) que eu trabalhava como guia-cego. E era isso que era. O espiritismo, com Swedenborg, Balzac, espiritismo, metapsíquica, a gente era guia-cego. Mesmo que eu quisesse ser amparador, a situação era difícil porque os caras lá não queriam. A maioria era na base apenas de emoção e de parapsiquismo. Então, Zéfiro e guia amaurótico, até era mais ou menos isso. Não se falava em tares nessa questão porque não havia cabimento, não havia embocadura, não havia espaço, não havia ambiente para essas coisas. O ranço místico era muito grande, não permitia essa liberação de ideia, essa questão toda. Agora veja, hoje eu sou um espírito familiar, como diria Allan Kardec em Obras Póstumas. Não é um espírito de evolução, não é  um espírito evoluído. Ele falou lá “Zéfiro é mais um espírito familiar”. E a gente aparecia mesmo, nas questões todas, desse jeito. Eu acho que é muito difícil vocês pegarem na história, mesmo alguns de vocês que trabalharam nessa assistência, que às vezes já tinha até alguma categoria de amparador extrafísico, de ter sido, ou (ter sido) recebido, como amparador. A maioria foi mesmo guia cego porque tinha que, para ser entendido, fazer a tacon de acordo com aquele pensamento que se encontrava na cabeça e principalmente na emoção daquela turma. Isso é um facto. (Tertúlia 0971; 0h:11m). Pergunta. Eu fiquei encafifada até agora com aquela sua afirmação de que o Zéfiro não era amparador, era um espírito familiar. Mas o Zéfiro não trabalhava com evoluciólogos? Resposta (WV). Sim, mas eu estou falando é lá para eles. Para mim, eu sei quem eu sou, eu sei dos meus defeitos, das minhas inconveniências, das minhas deficiências, dos meus trafares. Eu estou falando é para os outros. Não havia amparador, com aquele povo. (...) Pensa, o espiritismo como é que era? As mesas girantes… aquele “negócio” é um absurdo! O efeito físico ocorrendo, os raps… o “negócio” batendo… Pergunta. Quer dizer que se o assistido não está preparado, não adianta o assistente, é isso? Resposta (WV). Todo o amparador… dentro da gente é que a gente sabe quem a gente é. Aí, tudo isso é secundário. Eu quero saber o seguinte: vamos ver o que eu fiz e o resultado daquilo. A maioria de tudo que a gente fez, foi um fracasso danado. Pergunta. Então o pragmatismo funciona, tem que ter o resultado. Resposta (WV). Tem, tem que ter sempre o saldo, a ficha. Pergunta. O amparador também vai evoluindo? Resposta (WV). Vai. Agora, esse pragmatismo, não pode seguir o Skinner, não. Não é a filosofia do utilitarismo e do behaviorismo, o “negócio” é mais sério. Seria parabehaviorismo ou paraetologia, isso seria sim. (Tertúlia 0971; 1h:36m). Pergunta. Eu tinha uma dúvida antiga de como a pessoa vai evoluindo como amparador. Resposta (WV). O amparador não tem nada que ver com a pessoa e a pessoa não tem nada que ver com o amparador. No entanto, a pessoa tem tudo a ver com o amparador e o amparador tem tudo o que ver com a pessoa. Vê se me entende: depende da abordagem que você vai fazer. Tem que ver com a pessoa porque ele tem que um rapport, uma igualdade de manifestação muito grande, porque se não tem afinidade, ele não vai ser um amparador. Agora, o amparador não tem nada que ver com ele porque ele é que está fazendo a ficha dele. Por exemplo, eu já perguntei para o Enumerador: -”Há casos de diferenças nas posições? Por exemplo, há casos em que na função de amparo o amparador arranjou uma ficha melhor do que o amparando?” Ele falou “sim”. “E há casos em que o amparando arranjou uma ficha, na questão do amparo, superior ao amparador?” E ele falou “sim”. Então, o que interessa é a pessoa, o que ela está fazendo, é o saldo dela. Você pode ser melhor do que o seu amparador ou pode ser inferior a ele dentro do trabalho de amparo que vocês estão em conjunto fazendo e realizando. Está claro, isso? Tem lógica, isso, para vocês? Observem que tem uma lógica danada, é racional. (Tertúlia 0971; 1h:38m).

Características de Zéfiro. Pergunta. Waldo, eu acho interessante que mesmo sendo o Zéfiro um espírito familiar, lá naquele trabalho ((referência ao trabalho com Allan Kardec como espírito comunicante)), tem duas características que já existiam, assim bem evidentes, e que parece que elas são preservadas até hoje. Primeiro, o bom humor no trabalho sério. Resposta (WV). Ele era um espírito familiar e de bom humor, mas não era zombeteiro. Allan Kardec não fala que ele era zombeteiro. Pergunta. Não. Mas mesmo, independente do que Kardec fala, nas manifestações, eu acho que fica bem evidente o bom humor sério. Depois, a cientificidade, porque mesmo naquela condição precária, ele pôde desencadear uma forma de trazer alguma cientificidade para aquele assunto, não é não? Resposta (WV). Foi, mas era também para preservar o mestre-escola. A gente já sabia que ele estava doente, mas ele era difícil, porque era muito rígido. Você tem que lembrar que Allan Kardec, naquela vida, era francês. Pergunta. Uma outra condição que eu acho bem interessante nessa questão da evolutividade é que o Zéfiro poderia ter mantido aquelas manifestações mais em cima dele, ou pelo menos puxar para ele, e não – pulverizou diversas manifestações para ver se ficava alguma cientificidade naquilo, não é não? Resposta (WV). Eu já tinha muito jogo de cintura, muito mais do que você está pensando. Por exemplo, quando eu precisava, eu aparecia como outra pessoa. Se o cara gostava de mulher, para ter rapport eu aparecia como mulher – é o “negócio” do íncubo e do súcubo, quando tem cosmoética. Pergunta. E você trouxe a família Baudin para facilitar o trabalho de Allan Kardec. Tudo isso tem uma cientificidade. Resposta (WV). Baudin é gente antiga, das nossas coisas. E as meninas que trabalhavam com ele, tudo mocinhas, aquilo tudo era gente antiga, tudo pítia, pitonisa ressomada. Tinha muita coisa, como o problema do festival das mesas girantes, aquilo tudo lá, ajudou por um lado e piorou por outro. Pergunta. É, mas de qualquer forma foi o Zéfiro que deu a orientação de colocar cientificidade naquilo. Resposta (WV). Ele mexeu muito, mas Allan Kardec estava muito por fora, ele foi pego de surpresa, ele foi o último a saber, “o marido enganado”, já no fim da vida. (Tertúlia 0971; 0h:16m). Pergunta. Você acha que o Zéfiro, naquela época, já tinha noção da próxima recéxis dele? Resposta (WV). O “negócio” é mais atrás. O “negócio” é de 1600. Em 1600, quando eu entrei nessa história, eles falaram: -”Vai depender de você, quanto tempo você fica nisso, o que é que você quer. Agora, o seu trabalho, lá no fim, vai ser “fazer isso”. Aí, eles me lembraram uma vida muito remota minha e falaram assim -”Você lembra? Você começou a fazer uma coisa dessas”. Então veja: isso aqui, eu já tinha começado a fazer há muito tempo. Mas é uma coisa muito mais em baixo, a raíz é muito maior. Não fica pensando que isso é só comigo, não. Se vocês forem à raíz de vocês, ela é muito mais em baixo, é muito mais remota (para) a maioria. Ninguém começa uma coisa de uma hora para a outra. Por exemplo, olha os temperamentos. O temperamento do Alexandre, do ponto de vista de comunicação séria. O temperamento do Ulisses do ponto de vista da seriedade dele, de indagação, de pesquisa. Isso aí não é de uma vida, nem de duas, isso é um monte de vidas, para chegar nisso. Estou dando um exemplo. Agora, o que é que se passa? Cada um desses precisava colocar isso na frente, como um ponto de segurança. E levar a coisa para a frente. E ver o resultado daquilo. Hoje, que nós estamos vivendo uma era de comunicação, tudo tem que ser levado para essa comunicação. Por exemplo, na questão do Swedenborg, a gente fracassou mais. Na questão de Allan Kardec, houve menos fracasso. Porque tudo aí é um conjunto. Eu sou, ou era, uma mini, miníssima, minúscula peça, dentro de um maximecanismo. Você está entendendo? Na questão do Swedenborg foi isso, mas o “negócio” deu para trás. Na questão do Allan Kardec foi isso, e outros mais que a gente trabalhou. O próprio Balzac, foi isso. Entende? Na questão do Balzac, tem uns aspectos bons. Ele sofreu demais para fazer as coisas todas, por isso depois deu mais chance. Por exemplo, se Allan Kardec tivesse produzido mais umas coisas, a gente estaria mais junto, dentro do processo. Ele não aparece porque não deu, a própria doença acabou com ele. Balzac teve muito mais jogo de cintura depois da vida do que o próprio Allan Kardec. Você está entendendo? Você já pensou, se fosse o Allan Kardec que viesse, a gente trabalhar junto e ele transmitir as coisas do jeito que precisava? Mas juntou tanta parafrenália! Porque ele levou tudo pelo lado de Jesus Cristo (e) piorou tudo! Ele mesmo ficou bombardeado com a história porque ficou estigmatizado com o processo místico. É tanto que, quando aparece mensagem de Allan Kardec, todo o mundo acha que não é possível. Você está entendendo como é que é? Então, a gente tem que entender a parapsicologia, quer dizer, a psicologia extrafísica, que deu como repercussão a psicologia humana. (Tertúlia 0971; 0h:19m).

Mensagem aleatória