Tertúlia 0925, Culturologia, YouTube, canal Tertuliarium, https://www.youtube.com/watch?v=ho_Rhteh--E,
publicado em 21
de março de 2013.
Pergunta. Fiquei conhecendo as tertúlias graças a
uma senhora minha vizinha. Sou um espírita desiludido com tanto rigor dentro do
centro espírita que eu frequentava. Cheguei até a me envolver em briga, até
houve agressão física à minha pessoa e eu revidei - não fui capaz de dar a
outra face - por causa dos patrulheiros do espiritismo. Abandonei tudo. Agora,
com as tertúlias, acho que estou tendo outra chance. O que eu quero saber e não encontrei até agora em seus
livros, é: Quem nos criou? Existe uma consciência maior? O que é Pombal? Resposta (WV).
Quem nos criou deve ter sido uma inteligência muito inteligente, pelo menos
maior do que a da gente porque toda a causa, geralmente é superior aos pequenos
efeitos. Nós somos pequenos efeitos dentro dessa realidade. Existe um monte de
consciências maiores, eu mesmo posso citar os Evoluciólogos, os Serenões e as
Consciexes Livres que já não usam o psicossoma. O psicossoma é o perispírito
que você andou estudando, só que é uma coisa mais ampla. O Pombal é uma
comunex, uma comunidade extrafísica (pela qual) muita gente aqui passou,
inclusive eu. (Tertúlia
0925; 0h:04m).
Pergunta. Espero que o senhor não fique aborrecido
pelas minhas perguntas de apedeuta, pois o sou, mas preciso dessas suas
respostas para ir fundo nesse novo caminho que se apresenta para mim. Resposta (WV). Você
era perseguido pelos patrulheiros, agora eu te peço: seja meu patrulheiro.
Entre com todo o rigor heterocrítico, sobre todos os temas que nós falamos
aqui. Desanque, critique, questione. Só assim você vai crescer mais depressa.
Seria bom você ler o livro que eu escrevi Nossa Evolução. (Tertúlia 0925; 0h:06m).
Pela transmulticulturabilidade
multidimensional você vê qual é a cultura do planeta do E. M. ((referência a uma
consciex extraterrestre que acompanhou Waldo Vieira durante vários anos e a
quem este chamava Mentor Extraterrestre)). Esses que gostam de ufologia
são da turma da transmulticulturabilidade multidimensional. A descoberta de
água em Marte também está dentro disso, é cultura marciana. (Tertúlia 0925; 0h:11m).
Pergunta. Que é que você poderia destacar de mais
relevante na relação autoparapsiquismo e cultura? Resposta (WV). Se
uma pessoa tem uma cultura geral ampla e recebe uma mensagem psicografada, tem
mais chance de receber uma mensagem
mais adequada do que outra que tem uma cultura restrita. Não tem lógica? A
psicografia, processo mentalsomático, é o parapsiquismo intelectual. Pergunta. Nas
práticas mediúnicas em geral não (é esse) o padrão que ocorre… Resposta (WV). Não
(mas o poliglotismo do psicógrafo ajuda). Eu comecei a estudar francês quando
eu tinha dez anos, antes de entrar no ginásio, com o professor Vicente Lopes
Peres. Eu estou destreinado de falar francês mas eu entendo qualquer coisa.
Isso ajudou o Balzac porque ele pescou na minha cabeça o latim, o francês, o
português e o italiano. Eu falei para o Chico ((referência ao médium
Francisco Cândido Xavier [1910-2002])) que seria bom ele estudar inglês.
Eu já sabia mas fui estudar inglês para incentivar o Chico. Em pouco tempo ele
já estava sabendo uma porção de coisas em inglês. O professor vinha dar aula
para a gente. Depois, nós tivemos mais aulas com duas professoras americanas.
Tudo para ampliar a cabeça dele, para ele puder melhorar as mensagens. Quanto
maior a bagagem do sensitivo, mais predisposta estará a excelência da mensagem
a ser transmitida, por causa do embasamento intelectual. É muito difícil uma
consciex chegar e falar só coisa nova na cabeça de uma conscin. É preciso ter
algum requisito, algum embasamento, alguma raiz. (Tertúlia 0925; 0h:14m).
Tem muita gente combatendo a culturologia
e principalmente a multiculturologia por causa do nacionalismo – os
nacionaleiros. Essa turma que é a favor da xenofobia, que é contra os
imigrantes, combate a multiculturologia. A cultura que ainda se discute (muito)
é a cultura indígena estudada por Lévi-Strauss ((referência a Claude
Lévi-Strauss [1908-2009])). (Tertúlia 0925; 0h:19m).
Pergunta. Eu queria entender a relação entre a
culturologia e a autovivência do estado vibracional (EV) profilático. Resposta (WV). Que
cultura é a sua se você não sabe dominar a energia? Não vale nada. Essa é a
minha opinião. Já pensou, quantos milhares de vidas a gente já não teve, há
quantos séculos, quantos milênios a gente vem vindo e a gente não sabe que
existe energia consciencial, que é o elemento que a consciência usa para se
manifestar no cosmos? Uma pessoa que não sabe mexer com a energia é zero à
esquerda, para mim. Que cultura besta é essa? Ela devia saber o essencial, que
é usar o primeiro instrumento que ela tem. Por exemplo, você está no corpo,
você está usando a sua energia. Isso aqui ((mexendo as mãos sem propósito definido))
é inconsciente, é instintivo, é coisa de bicho. Agora, fazendo isso
((estendendo o braço e enviando energia para o tertuliano)) deixei de ser
bicho. (Tertúlia 0925;
0h:21m).
Pergunta. Um pai de família que não teve acesso à
cultura, enquadra-se num gestor cultural? Resposta (WV). Ele é
um gestor cultural. É o chamado nativo, primário, primitivo. O analfabeto que
coloca o filho na faculdade é um grande gestor cultural e precisava ter um
monumento na praça. Eu conheci muita gente assim em Minas Gerais. Minha mãe não
tinha curso superior, meu pai também não. Meu pai era dentista - depois ele
revalidou o diploma - mas ele não fez curso. Á hora que ele me coloca no
internato, é gestor cultural. A coisa mais séria ali – porque o meu pai era
muito doente –, era a minha mãe. Minha mãe era uma gestora cultural. Lecionou
no curso primário durante 35 anos. Firme, uma fera, tudo arrumado, tudo
disciplinado, tudo organizado. O caderno, a caligrafia, uma beleza, A minha
irmã com quatro anos já sabia ler e escrever e eu também. (Tertúlia 0925; 0h:22m).
Pergunta. Eu queria saber como é que as
consciências vão sendo alocadas em diferentes culturas ao longo das vidas. Resposta (WV). Pela
afinidade que elas têm com o grupo evolutivo. Dentro do grupo evolutivo tem
aquilo que nós chamamos de grupúsculo, grupinho, grupelho – grupos específicos,
geopolítica e árvore genealógica. Porque é que a gente veio para o Brasil? Sob
certo aspecto, a escolha foi boa. Onde eu aparecesse para falar essas coisas ia
criar problema e em certos lugares eu seria muito mais esnobado. Aqui no Brasil
não sou tão esnobado assim. Vocês estão aqui, a gente conseguiu alguma coisa. A
esnobação é um “negócio” sério em matéria de cultura. (Tertúlia 0925; 0h:28m).
Pergunta. Dá para dizer que há diferença ou que há
similaridade entre cultura e folclore? Resposta (WV). O folclore se assenta na arte naif, quase
sempre. É uma coisa ingênua, inocente, de criança, mas eles admitem, isso é
explícito. A cultura, de um modo geral, é uma “curtura burra” e não admite. Eles acham que aquilo é uma nobreza, é
um processo de genialidade – a arte moderna, por exemplo. Me dá vontade de
vomitar quando eles vendem um quadro de milhões. Isso para mim é lavagem de
dinheiro. Eles arranjaram um processo técnico, legal de lavar dinheiro. (Tertúlia 0925; 0h:35m).
A cultura de determinado país tem o
processo etnográfico que tem que ser preservado. Isso é bom, é a identidade, a
cidadania. Mas a rigor, isso é bobagem. Nós somos cidadãos da humanidade. Eu
era rapazinho e já era contra isso. Os “caras” queriam que eu entrasse num
partido mas eu nunca quis, eu sou do todo. Eu sou do universalismo. Você
aprende mais se você tiver uma visão de conjunto – aquilo que eu chamo de
cosmovisiologia. Isso, só a multiculturologia é que permite. (Tertúlia 0925; 0h:37m).
A arte sequencial é a quadrinhologia ((referência a
histórias em quadrinhos no Brasil / banda desenhada em Portugal)). A
ciência é um processo técnico racional e lógico de pesquisa constante,
hipóteses e teorias que são instáveis, duram pouco. A arte é um processo
espontâneo, instintivo de som, cor, traço, etc. Para fazer um objeto, primeiro
vem a ideia, depois o design. Design
é croqui e croqui é história em quadrinhos. Toda a criatividade parte da
planta, croqui. (Tertúlia
0925; 0h:38m).
Pergunta. Waldo, eu gostaria que você analisasse o
multiculturalismo ideal para abertura, para a globalização em alto nível, até
ao Estado Mundial. O que é que é feito multidimensionalmente para agilizar esse
multiculturalismo? Resposta (WV). O que é feito é a reurbex. Lê o meu livro Homo sapiens reurbanisatus onde eu
explico isso tudo. O que nós estamos fazendo aqui é reurbex. A reurbanização
extrafísica veio trazer uma reciclagem intrafísica. É o que está acontecendo
connosco. Quem é que, aqui, pode dizer que não está sendo reciclado? Querendo
ou não, com consciência ou não. (Tertúlia 0925; 0h:44m).
Pergunta. A paracultura tem o problema das
dimensões? Resposta (WV). Tem, e exige mais habilidade, competência,
vivência - ela é a última que chega. Pergunta. A cultura é diferente da paracultura porque a
paracultura é diferente nas várias dimensões extrafísicas. Resposta (WV). O
que interessa para nós são as comunexes evoluídas. Pergunta. Mas quando
vêm para cá ((referência às consciências provenientes de várias dimensões
extrafísicas)), existe uma mistura. Resposta (WV). Sim,
mas quando nós temos afinidade aqui é porque a gente saiu de uma comunex que
era mais ou menos afim, do mesmo nível. Senão, a gente não estaria aqui. Pergunta. Mas
em relação principalmente às dimensões baratrosféricas ou mais atrasadas? Resposta (WV). Esse
aí é “o grosso”, são os parapé-de-chinelos, os paradespossuídos. Pergunta. Mas
quando eles vêm para cá, eles têm algum benefício em relação ao estar lá? Resposta (WV). Tem.
É o caso da senhora de 81 anos (que só agora encontrou a Conscienciologia) ou o
caso do espírita (dissidente). Eles estão “pegando o bonde”. (Tertúlia 0925; 0h:45m).
Pergunta. O acesso à paracultura nessas dimensões
mais atrasadas é mais difícil? Resposta (WV). Eles acessam com muito mais facilidade mas
acessam o lado patológico da cultura, que é o assédio. Olha só o “cara” matando
o pai. Ele acessou um assédio terrível. O Karadzic ((referência ao psiquiatra
Radovan Karadzic [1945-] ex-líder político dos sérvios da Bósnia acusado de
crimes de guerra e preso em 21 de julho de 2008 em Belgrado, onde trabalhava
como médico de terapias alternativas, sob identidade falsa)) é um
clássico. Depois ele se fingiu todo, e “bancou” o new age das terapias alternativas. Já pensou, quantas vidas esse
“cara” não deve ter feito isso? Mandou matar 8000 islâmicos. Você já viu a cara
dele, a imponência? É topetudo, impressionante. Se eu tivesse lá eu ia pedir
uma audiência com ele, queria fazer umas perguntas para a gente ver o nível,
para ver quantas vezes ele esteve na baratrosfera no último milênio e se ele
saiu alguma vez. (Tertúlia
0925; 0h:47m).
Pergunta. Esse pessoal consréu ressomado quando vem
para cá têm um benefício multicultural, é isso? Resposta (WV). “Todo
o mundo” tem que resolver o problema, querendo ou não, hoje ou amanhã, aqui ou
acolá. Isso é a lei e a lei é automática como o vulcão ou o tsunami. Ninguém vai mudar isso tão
cedo. (Tertúlia 0925;
0h:48m).
Pergunta. Normalmente a gente pode desconfiar, de
acordo com a etnia da pessoa - sobrenome, origem - que ela teve uma relação
recente com aquela etnia, aquele país? Resposta (WV). Pode. A maioria (das pessoas
com sobrenome terminado em “berg”) não está nascendo a primeira vez como judeu.
(Tertúlia 0925;
0h:49m).
Os judeus são o povo eleito (da religião)
há 5000 anos. No século XX os nazistas de Hitler foram o novo povo que se auto
elegeu como povo eleito para reformar a Terra. Vocês não fiquem pensando que
são o povo eleito para reformar (a Terra). Vocês são eleitos para se
autoreformarem “no tapa” ((risos)). Senão, o Loche “vai em cima” ((risos)) com
o APEX (Associação Internacional de Programação Existencial). O nome da pessoa
às vezes tem relação séria com ela. Às vezes não tem nada, mas às vezes tem. As
pessoas se parecem do ponto de vista da energia, do ponto de vista da forma, do
ponto de vista do nome, do ponto de vista da tendência. (Tertúlia 0925; 0h:50m).
As pessoas se parecem sob o ponto de
vista da energia, sob o ponto de vista da forma, sob o ponto de vista do nome,
sob o ponto de vista de tendência. Há uma eugenia em ação ((referência a
pessoas muito parecidas fisicamente)), em movimento, em evolução - está
melhorando a forma de “todo o mundo” e muita gente está se parecendo. (...)
Está caminhando para um processo de evolução, de aperfeiçoamento e de
burilamento das formas. (Tertúlia
0925; 0h:51m).
Pergunta. A gente pode dizer que a cultura tem a
capacidade de suplantar as ideias inatas? Resposta (WV). Tem e
é a única coisa que melhora a pessoa. A cultura tem uma força muito grande na
educação – a influência da mesologia, da ecologia, da família nuclear, a árvore
consanguínea, a genealogia, o pomar da evolução. Pergunta. Quando a
gente tem dificuldade em acessar, recordar as ideias inatas o que é melhor a
gente fazer? Resposta (WV). Você nunca perde as ideias inatas. Está com
elas desde que nasceu. O problema é você se analisar. Qual a tendência que eu
já tinha que eu não precisei de acrescentar? Essa é a pergunta que você tem que
fazer. É aí que você vai ver as ideias inatas. (Tertúlia 0925; 0h:54m).
O Rio Grande do Norte tem muita
influência externa. Se tirasse um pouco aquele problema regional (de serem duas
famílias a dirigir) o estado, o nível intelectual é muito bom. Lá a “turma” é criada
dentro de um ambiente que melhora a cabeça e eles pensam melhor. Há uma
tendência muito grande de mentalsoma. Quem vai lá a primeira vez vê isso logo.
Isso tem que ser levado em consideração. E eu não acho que isso aí seja
influência da serenona que mora lá. É a área, talvez seja o vento ((risos)) que
limpa aquilo tudo, faz uma reciclagem diária, minuto a minuto, no “tapa”,
forçada. (Tertúlia 0925;
0h:55m).
Pergunta. A cultura que a pessoa tem que acessar
numa vida ou aquelas lacunas que ela tem que preencher tem muito a ver com o
que ela já foi e com o que ela tem que fazer na proéxis. Mas de uma forma
geral, todos nós aqui estamos pesquisando a consciência. Existiriam dados da
cultura universal que seria obrigatório acessar? Resposta (WV). Sim.
Os clássicos da cultura universal (...) o processo da erudição. Falar de
erudição já na infância e na adolescência (o contrário do que diz a psicologia,
que não quer “colocar o carro adiante dos bois”). Eu não acho que isso seja
“colocar o carro adiante dos bois” porque eu passei mais ou menos por um
processo desses e deu certo para mim, eu não me arrependo, eu repetiria tudo.
(Não me arrependo de todos os dias que eu não fui brincar ao Tarzan no mato ou
não fui nadar para estudar). Eu comecei a entregar marmita pequenininho, com
cinco anos. Eu acho que a criança já deve ter responsabilidade. Não adianta a
gente criar uma criança no bem-bom, para ela não fazer nada. Isso não é bom.
Dinheiro só, não resolve o processo cultural nem problema evolutivo de ninguém.
Tem que fazer o ambiente adequado para a pessoa se desenvolver. A gente tem que
ajudar esse desenvolvimento. Acho que é importante aprender a ler e a escrever
ainda pequeno. O apedeuta é o mais pobre dos pobres - é o ignorante, o
analfabeto. (Tertúlia
0925; 0h:57m).
Pergunta. O senhor sempre fala que a maioria da
literatura é perda de tempo mas alguns autores só escreveram dessa forma. Tem
alguns que na sua visão valeriam a pena? Resposta (WV). Sim, são os clássicos que eu estou falando,
porque antigamente só havia literatura. A ciência sempre foi considerada em
plano secundário. Hoje mesmo, em muitos lugares é assim. Vai lá na feira (do
livro) – é só literato. Cientista tem um ou dois, só. (...) O povo quer é ficar
com o psicossoma, o instinto, a emoção. Olha a bobajada dos filmes atuais. A
cinematografia nunca esteve tão ruim como atualmente e no entanto ela nunca
teve tão esplêndida em matéria de tecnologia. (Tertúlia 0925; 1h:00m).
(Um exemplo de paraaculturação é) essa turma
aqui, que no extrafisico, foi pega a laço e levada para o curso intermissivo. (Tertúlia 0925; 1h:06m).
(Um exemplo de paraidiotismo cultural é o que
existe) na igreja católica. Eu fui a Lisboa e saí no principal programa de televisão.
No outro dia, a rua parava para ficar em cima de mim. Havia uma série de
entrevistas marcadas comigo em televisão e jornal (que foram desmarcadas pelo
arcebispo) onde a igreja católica tinha força. Eu vi o recado que o arcebispo
de Lisboa enviou à mídia, que dizia assim: -”Vocês têm que colocar na cabeça
que a Conscienciologia não interessa para nós em Portugal”. Alguns me admitiram
e eu falei aquilo publicamente. (Tertúlia 0925; 1h:07m).
Eu já tinha sido perseguido aqui no
Paraná. O Dallegrave, lá de Curitiba, escreveu uma série de artigos nos jornais
católicos contra o Chico Xavier e eu, “metendo o pau” principalmente sobre a
reencarnação. Eu, caladinho, segui a orientação do Enumerador: - ”(Responda
seriamente mas não espere que eles publiquem, porque eles não vão publicar)”.
(...) (Escrevi uma carta) e fiz o argumento ad
homini perguntando para o autor dos artigos: - “Porque é que o senhor
escreve isso? O senhor é o quê? O senhor é impotente? E comecei a falar sobre a
impotência, com lógica, tudo baseado nos fatos daquilo que ele estava
escrevendo sobre o processo da reencarnação. Só porque nós estamos defendendo a
reencarnação o senhor vai acabar com a minha pessoa e com a pessoa do Xico
Xavier?”. Eu já tinha deixado o movimento espírita. Passam-se alguns anos e nós
estamos na unidade do Instituto lá em Curitiba, quando vem o coordenador e fala
assim para mim: - “Dr. Waldo, tem um senhor de idade muito respeitável aí fora,
que desejaria falar com o senhor. Ele é o senhor Dallegrave e quer falar com o
senhor em particular”. Ele então chega, me cumprimenta e fala: - “Eu vim aqui
para agradecer tudo o que o senhor fez. Aquela carta me salvou. Eu deixei a
diocese. À hora que eu vi o alcance da sua carta e das coisas que o senhor
falou, eu caí em mim. A diocese não gostou disso e eles me eliminaram”. Isso é
aqui em Curitiba, a turma dos católicos aqui do estado. Agora, eu tive isso em
Portugal, em Minas e em Uberaba. Em Uberaba, quando eu era mais moço, foi pior.
(Tertúlia 0925; 1h:08m).
Eu era presidente da União da Mocidade
Espírita (em Uberaba). Tinha reunião todo o sábado. Essa União da Mocidade
Espírita tinha até um lar espírita, uma orquestra sinfónica de crianças, coro e
ambulatório. Eles viram que as minhas coisas estavam caminhando muito e então
uma moça muito bonita que dirigia o Correio Católico ((referência a um jornal de
Uberaba)) arranjou uma fotografia minha no atelier do fotógrafo e
publicou-a no Correio Católico para criar problema. “Eis aqui o perfil mais
bonito da nova geração!” – com o meu nome. Aí a rapaziada da Mocidade Espírita
perguntou se eu estava namorando a dirigente do Correio Católico, (e membro) da
juventude católica. (Tertúlia
0925; 1h:11m).
Depois eu fui fazer a sessão espírita com
os padres dominicanos e um deles deixou a batina. Os outros queriam deixar
também mas eu mesmo disse para não deixarem porque eles estavam com muita
idade, (alguns) com 81 anos. E outra coisa: eram dominicanos. Os dominicanos,
na igreja católica, são as pessoas mais intelectuais, mais avançadas. Mas eles
não tinha experiência prática com a sessão espírita. Eu, só eu, com eles, fiz
uma série de (sessões), tudo escondido, em horário certo, tipo Vaticano. A
diplomacia do Vaticano é a mais poderosa do mundo, a mais” braba”. Ganha da CIA
e da KGB. (Tertúlia 0925;
1h:14m).
Quando a pessoa (se foca em) alguma coisa
e não vê o que acontece fora, fica totalmente siderada, em auto-hibernação. A
pessoa que gostou de uma determinada ideia ou de alguma coisa e fica só
naquilo, é pior do que o especialista hemiplégico ((referência ao técnico
super-especializado em determinado assunto, mas sem profundidade em temas fora
de sua área)), essa é a auto-hibernação cultural. Você encontra muito
disso na Europa, na parte rural - aqueles que ficam na parte rural e não saem
de lá. Pergunta. Se a pessoa se fixar num tema e estiver crescendo
nesse tema, poderia ser ainda uma auto-hibernação cultural? Porque hibernação,
parece que não está crescendo em nada. Resposta (WV). Não. Às vezes, por exemplo, ela está há 40
anos mexendo com aquilo mas não cresceu nada, não houve evolução. A cultura,
como tudo na vida, tem que ter evolução. Por exemplo, se eu estivesse mexendo
com consciência e não tivesse coisas novas, vocês deviam cuspir na minha cara,
tinha alguma coisa errada. Pergunta. Um especialista não estaria fazendo uma
auto-hibernação porque ele estaria fazendo imersão. Resposta (WV). Depende
do que é que é, mas o especialista hemiplégico é aquele que fica só num pedaço,
numa raia restrita, acanhada, e não vê fora. É como a toupeira. A toupeira está
dentro do buraco. O mundo para ela é aquilo que ela vê. (Tertúlia 0925; 1h:15m).
O Caldo da Paracultura milenar são os
clássicos. A Odisseia - a história de Ulisses - é paracultura. Estude a Pythía
o oráculo e a mitologia. (Tertúlia
0925; 1h:17m).
O dicionário cultural é por exemplo o
sinonímico, o antonímico e o analógico (sobre o aspecto cultural da sua
especialização). Por exemplo o “cara” que estudou o Helenismo – tudo sobre a
Grécia clássica – conhece tudo aquilo, tem o dicionário na cabeça e explica
tudo. Estou dando um exemplo do dicionário cultural cerebral. Eu tenho uma
certa cultura de Minas Gerais, do lugar em que nasci. Isso também é dicionário
cultural cerebral. (Tertúlia
0925; 1h:18m).
Exemplos de transmulticulturabilidade
multidimensional: aquela pessoa que foi a um outro planeta quando estava no
curso intermissivo para ver outra humanidade; o outro que sai daqui e vai
transmigrado para um planeta inferior ao nosso. (Tertúlia 0925; 1h:19m).
Pergunta. O senhor poderia falar sobre culturologia
e o Estado Mundial? Resposta (WV). Sim. Hoje nós falamos muito e defendemos o
aspecto positivo e cosmoético da globalização, por exemplo. Mas a globalização
do jeito que está sendo armada, é negativa. É muita gente contra a
globalização. Eu falo a favor porque ela veio para ficar. A maior prova que nós
temos desde 92 para cá é a União Europeia. Isso tudo faz parte do Estado
Mundial. Mas para chegar ao Estado Mundial, quantos séculos ou milénios vai
demorar? Ninguém sabe. Quando a moeda cair de valor e começarem as trocas, vai
acabar o dinheiro de plástico. Isso vai demorar muito. No dia em que mexerem na
moeda, o caminho para o Estado Mundial está aberto. Por enquanto não está
porque todo o mundo precisa do dinheiro. Quem é que pode viver sem dinheiro? Se
você tem uma criança, a primeira coisa a ensinar para ela é o estado
vibracional e o valor do dinheiro. Economia e EV. Eu não vejo maneira de
substituir isso tão cedo. (Tertúlia
0925; 1h:20m).
O bem-estar mentalsomático é a (adaptação
da pessoa à cultura do meio em que vive). (Tertúlia 0925; 1h:22m).
O Brasil está à frente na arte da
quadrinhologia e nós começamos isso com o Angelo Agostini (por volta de)
1867-87. É um aspecto cultural positivo científico. Adolfo Aizen ((referência ao fundador
da editora Ebal)) escreveu sobre a História do Brasil (em quadrinhos). A
meninada aprende muito com a historiografia pela arte sequencial. Nós temos as
coleções inteiras do Adolfo Aizen, da Ebal. (Tertúlia 0925; 1h:23m).
Na minha época não tinha televisão. Só o
meu pai escutava o rádio porque era preciso subir numa cadeira para ligá-lo.
Era um rádio Philips, uma caixa grande. Quadrinho era a coisa mais avançada que
havia e mais popular porque era baratinho. Havia mais quadrinhos do que livros.
Havia jornais mas a assinatura era cara. Quando eu cresci um pouco e a minha
irmã casou, o meu cunhado assinava jornais e guardava-os para mim. Quando eu ia
de férias tinha aquele monte de jornais e eu recortava tudo. Você não tem ideia
da penúria, da miséria intelectual que era a vida da gente. E a gente
(crianças) chamava (os pais) de senhor e senhora. Influência portuguesa. (Tertúlia 0925; 1h:26m).
A cultura proexológica é a descoberta da
pessoa de que já tentou fazer a programação proexológica em vidas anteriores e
fracassou. Então ela (ressoma) e dá muito valor para a proéxis. A primeira vez
que eu falei na proéxis explicitando a teoria, a prática e todo o arcabouço do
corpus proexológico, chegou um monte de gente à Conscienciologia. Isso atraiu
gente para a APEX (Associação Internacional de Programação Existencial), é um
megaatrator. (Tertúlia
0925; 1h:35m).
Pergunta. Eu queria saber como é que a pessoa sai
da cultura geral e chega à erudição e depois como é que isso afeta o
temperamento dela. Resposta (WV). No início, se ela não está acostumada e se
ela é da plebe e foi muito pisada pelos grandes, ela fica indignada, revoltada.
Pode caminhar então para o outro extremo: sai de baixo e vai para o píncaro.
Ali, começa a ficar soberba, orgulhosa - é um perigo. Alguns se encaminham por
aí. Ela se fecha em “torre de marfim”. Uma boa parte desses ph.Deus e ph.Diva
da academia, é isso - são todos nouveau
riche em matéria de intelectualidade. Observa como é que é. Dá até pena. (Tertúlia 0925; 1h:38m).
Exemplos de temas culturais
controvertíveis são a homofobia, a pedofilia, a religião – algumas mandam matar
você se falar sobre certas pessoas – e a gestante bomba. (Tertúlia 0925; 1h:39m).
Pergunta. Eu queria saber que classificação
cultural se daria para … eh… ((indecisão)). Resposta (WV). …
para as touradas ((risos)) … para a corrida de cachorro … ((continuando a demonstração
de bom humor)) para o torneio de cuspir à distância ((risos)). Pergunta. …((completando
a pergunta)) para o conscienciês. Resposta (WV). Não existe. Está só na elaboração, está tudo
na teoria, ainda não tem uma cultura de conscienciês. Seria cultura do
mentalsoma, a comunicação em que se coloca o autodiscernimento na frente de
tudo, autodiscernimento comunicativo – um processo que ultrapassa a telepatia
conhecida até ao momento. (Tertúlia
0925; 1h:43m).
Pergunta. A pedagogia estuda a forma de inserir o
cognitivo na infância sem comprometer o processo lúdico, que também é
importante no aprendizado. Resposta (WV). Para não colocar “o carro na frente dos
bois”. Pergunta. A criança vai aprender brincando também. Resposta (WV). Isso.
Ela faz o brinquedo, para ver a espontaneidade. Isso é para (identificar) os
superdotados, é a técnica da superdotação. Os superdotados é que levaram essa
nova conjuntura de renovação. Superdotação foi um dos assuntos que eu estudei
mais na minha vida. (Tertúlia
0925; 1h:44m).
A cultura ágrafa é pobre. Isso nem é
cultura. A cultura tem que ser letrada, tem que ser grafada. Tem uma porção de
idiomas que são ágrafos, não existe possibilidade de escrever o idioma. Isso
tem que desaparecer. A informática, sob esse aspecto é boa que ela já está
criando até outras linguagens - linguagens de sinais. (Tertúlia 0925; 1h:46m).
Pergunta. Diante da diversidade multicultural, qual
a cultura predominante em nosso país (Brasil)? Que fator principal influencia
essa predominância? Resposta (WV). Até ao momento (ano-base 2008) é a
cultura do jeitinho. A maior aplicação disso é do Partido dos Trabalhadores.
Tudo é o jeitinho. É o Lula que jamais sabe o que aconteceu, que ninguém o
informou, que não pára lá em Brasília. Isso tudo é cultura do jeitinho. O que
hoje ainda predomina no Brasil é a cultura do gercismo ((referência à Lei de
Gérson: obtenção de vantagens independentemente de questões éticas ou morais)).
O Partido dos Trabalhadores, através do Lula (chegou ao) auge, ao ápice do jeitinho
no Brasil. Mesmo assim, os Estados Unidos são piores. Aqui eles roubam mas o
roubo é menor (milhões). Lá são bilhões. (Tertúlia 0925; 1h:50m).
Pergunta. Tem autores que falam que as leis no
Brasil são feitas para não serem cumpridas ou que favorecem a situação do
jeitinho e a corrupção de uma maneira geral. Você acha que o peso disso é muito
grande, dentro dessa tendência ao jeitinho brasileiro? Resposta (WV). Eu
acho que isso ainda vai longe porque é preciso melhorar a educação. O
presidente é quase analfabeto, ele está aprendendo a língua e a cultura através
da presidência Pior ainda do que o Lula é o Fernando Henrique ((referência ao presidente
da República Federativa do Brasil entre 1995 e 2003)) que é da
sociologia e talvez o presidente mais culto, mas que vende tudo ((referência a
privatizações de empresas estatais)). O Lula é um santo perante ele,
nessas coisas. O jeitinho brasileiro começa pela jurisprudência. O culpado
principal é o magistrado, é a suprema corte – advogado, magistrado, juiz.
Quando a (marginalidade) toma conta de uma nação ou povo é porque já se criou o
ambiente através da magistratura. Se os magistrados falham, a máfia toma conta.
Isso é a regra, é internacional e é antigo, anterior à Grécia. (Tertúlia 0925; 1h:54m).