Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Tertúlia 0823 - Antagonismo Pesquisa / Leitura



Tertúlia 0823, Antagonismo Pesquisa / Leitura, YouTube, canal Cida Nicolau, https://www.youtube.com/watch?v=8lrCZHDLQSg, publicado em 08 de julho de 2017.



Muita gente fala que eu (WV) tenho ranço de espiritismo. Eu quero mostrar que o meu ranço do espiritismo é de pesquisa e racionalidade. Aqui ((referência à Taxologia do verbete Antagonismo Pesquisa / Leitura)) tem 13 características sociológicas do movimento espírita, que eu vou ler agora para mostrar que o meu ranço não é tão rançoso assim. «01. Espiritismo como religião: sem pesquisas racionais, científicas, abertas. 02. Federações do tipo vaticano: decretos de fundamentalismos dogmáticos e condenações das autopesquisas. 03. Leitura dirigida dos adeptos: publicações e leituras censuradas pelas Federações». Os espíritas são das pessoas religiosas do Brasil que mais lêem mas só dentro daquele processo da leitura dirigida ((observação intercalada na leitura do verbete)). «04. Manutenção dos leitores e leitoras de cabresto: dentro de raias rotuladas, apriorísticas. 05. Assistencialismo da tarefa da consolação (tacon): sem a tarefa do esclarecimento (tares) universalista.» Muito mais difícil, até antipática e exige muito mais esforço ((observação intercalada na leitura do verbete)). «06. Apologia dos patrulheiros ideológicos: kardecistas, cristãos fanáticos renascidos sem maior autodiscernimento evolutivo. 07. Exaltação sectária do cristianismo: ao modo de mera seita cristã, logicamente facciosa. 08. Assentamento no pentateuco kardecista: manutenção de adorações infantis e livros sagrados» - são, 5 livros básicos de Allan Kardec ((observação intercalada na leitura do verbete)) - «irretocáveis para sempre, da chamada Teologia Espírita. 09. Defesa ilógica do roustainguismo: dogma irracional da principal Federação há mais de século. 10. Exclusão do debate e da refutação: condenados como tabus intelectuais. 11. Doutrina engessada para sempre: sem laboratórios nem pesquisas teáticas, universalistas. 12. Ausência completa do princípio da descrença: predeterminação de verdades absolutas, estagnadas. 13. Continuidade dos fascínios de grupos medievalescos: ideias feitas, doutrinismos e inculcações». (Tertúlia 0823; 0h:23m).

Agora de manhã, pouco antes do almoço, eu estava ali trabalhando com as energias quando apareceu uma consciex que começou a cantar uma música que eu conheço mas não sei bem. (Tertúlia 0823; 0h:28m).

A música (da consciex) era mais ou menos assim ((Waldo Vieira cantando a música de Carlos Galhardo - Devolve de 1940)): -“(...) velhas cartas comovidas que na febre do amor te enviei… “. Eu comecei a encasquetar com aquilo, porque lá está falando da saudade! Foi o que ele veio falar! Eu conheci-o pessoalmente, era o Carlos Galhardo, um cantor brasileiro que morreu em 1985. Essa era a música que a minha mãe gostava. Faz 23 anos que ele dessomou (ano-base 2008) e ele está bem. Quer dizer que ele deve estar já encaixado dentro desse processo todo. Ele não me falou o nome, mas eu conheci-o pessoalmente. (Tertúlia 0823; 0h:29m).

Pergunta. Você falou que ele ((referência à consciex Carlos Galhardo)) já estava encaixado. O que é isso? Resposta (WV). Ele está ótimo e parece que está muito lúcido. A energia dele é positiva. Ele está aqui! É ele ((estendendo a mão para identificar melhor a energia da consciex)), ele tem muita energia… sabe, o processo artista… a minha mãe e Opala, minha tia, gostavam muito dele e cantavam esse “negócio”. Pergunta. Porque ele apareceu? Resposta (WV). Pergunta para ele ((risos)). Ele está aí. Eu não pergunto nada. Só escuto. A minha hipótese é o seguinte: ele está com a nossa “turma” e está se preparando para um processo de ressoma mais sério. Vai ser uma vida mais ajustada. Para mim, foi para mostrar que ele está bem, junto com essa “turma” nossa. O Enumerador está junto, aí, o tempo todo. Eu não sei, não perguntei. (Tertúlia 0823; 0h:31m).

Eu estava deitado e fiquei um pouco descoincidido. Mas eu já tinha desligado o computador. Eu desliguei, a gatinha chegou, olhou para mim e ficou quieta. Eu estava lá (deitado e um pouco descoincidido), quando veio essa música e me envolveu, mas estava na hora de ir almoçar. Cheguei aqui e falei isso. Quando eu voltei é que eu vi a fisionomia do Carlos Galhardo. Ele não falou nada, só apresentou a música – a apresentação do cantor com uma música própria. Isso tudo é para mostrar que a vida continua. Nós, pseudos vivos, estamos sendo comandados e governados cada vez mais pelos pseudos mortos. (Tertúlia 0823; 0h:34m).

Vocês viram aqui o que é o antagonismo pesquisa / leitura ((referência à leitura de 13 características sociológicas do movimento espírita no Brasil, na secção Taxologia do verbete Antagonismo Pesquisa / Leitura «01. Espiritismo como religião: sem pesquisas racionais, científicas, abertas. 02. Federações do tipo vaticano: decretos de fundamentalismos dogmáticos e condenações das autopesquisas. 03. Leitura dirigida dos adeptos: publicações e leituras censuradas pelas Federações. 04. Manutenção dos leitores e leitoras de cabresto: dentro de raias rotuladas, apriorísticas. 05. Assistencialismo da tarefa da consolação (tacon): sem a tarefa do esclarecimento (tares) universalista. 06. Apologia dos patrulheiros ideológicos: kardecistas, cristãos fanáticos renascidos sem maior autodiscernimento evolutivo. 07. Exaltação sectária do cristianismo: ao modo de mera seita cristã, logicamente facciosa. 08. Assentamento no pentateuco kardecista: manutenção de adorações infantis e livros sagrados, irretocáveis para sempre, da chamada Teologia Espírita. 09. Defesa ilógica do roustainguismo: dogma irracional da principal Federação há mais de século. 10. Exclusão do debate e da refutação: condenados como tabus intelectuais. 11. Doutrina engessada para sempre: sem laboratórios nem pesquisas teáticas, universalistas. 12. Ausência completa do princípio da descrença: predeterminação de verdades absolutas, estagnadas. 13. Continuidade dos fascínios de grupos medievalescos: ideias feitas, doutrinismos e inculcações»)). Não adianta uma pessoa só ler, ler, ler. É preciso ver a qualificação da leitura. Se é uma leitura que está circunscrita, que é feita de antemão, isso é apriorismo, não resolve nada. Seitas e religiões são terríveis. Eu conheço bem o espiritismo. Falei 13 coisas que estão aí que são negativas. O movimento espírita no Brasil é isso aí. Eu estive lá, na liderança, e isso não mudou nada, até piorou. É incrível como as coisas não mudam. Assentam e as pessoas se sentem bem assim. Isso é que é a tarefa da consolação. (Tertúlia 0823; 0h:36m).

Pergunta. Em relação ao aparecimento da consciex (Carlos Galhardo), eles podem estar vindo fazer conexão para pedir ajuda ou alguma coisa na ressoma? Resposta (WV). Não. Ele veio para mostrar que está bem. Para mim, estão preparando o renascimento dele com alguma coisa positiva. É aquele “negócio” que eu falo: entre 12 e 15 anos; entre 25 e 30. Ele está na base do 25 – há 23 que dessomou e já está lúcido assim, a energia é positiva, tudo normal. Ele devia de ser uma pessoa boa. Precisava de ver com calma a biografia dele. Ele dessomou com 72 anos. (Tertúlia 0823; 0h:37m).

Pergunta. Que tipo de obras são «obras superficiais, não dinamizadoras da evolução consciencial»? Resposta (WV). Por exemplo, uma obra que fala de Jesus Cristo, sempre a mesma coisa, é uma obra superficial. O Chico Xavier escreveu 412 psicografias – livros. Uns 100 são todos iguais porque são mensagens daquelas consciências que vinham para dar a mesma mensagem, tudo igual, superficiais. Um monte de gente “virou” psicógrafo de qualquer maneira e hoje tem romances que são até best sellers mas raramente você vai ver uma coisa diferente. São obras superficiais. Não aprofundam. Tudo o que é uma leitura dirigida é superficial porque ela está circunscrita, é acanhada, está dentro de um curral de pensamento, você não pode sair dali. É dogma. O espiritismo é dogmático. Toda a seita e religião é dogmática. Eles são facciosos e sectários. Têm que melhorar, sair desse curso primário e ir para um curso secundário, pelo menos. (Tertúlia 0823; 0h:38m).

No espiritismo tinha “um cara” que eu admirava muito, chamado Edgard Armond, comandante lá em S. Paulo. Até hoje, ele é renegado pela Federação de S. Paulo porque ele estudava orientalismo. Ele estudava os chacras e lá não se pode estudar isso porque Allan Kardec não estudou os chacras. No entanto, nós, o Chico e eu, recebemos mensagens falando dos chacras, dos vórtices – André Luís - e ninguém fala nisso, é tabu. A igreja católica, além de tabu tem totem – monumentos e imagens de santos. Esta é a realidade da vida em pleno século XXI – terceiro milênio. (Tertúlia 0823; 0h:39m).

Pergunta. Uma vez o senhor falou que tudo é importante ler. Resposta (WV). Sim, é importante para você saber que você não lê mais. Como é que você vai saber se você deve ler ou não? Tem que ter experiência sobre aquilo. Se é uma coisa nova, diferente, você tem que ler. Por exemplo, no movimento espírita, você lê 1, 2, 3 romances e não precisa de ler o resto – tudo é mais ou menos do mesmo nível. Esse (livro) do Balzac ((referência ao livro Cristo Espera por Ti)) é um pouquinho diferente, porque tem mais técnica e história. (Tertúlia 0823; 0h:40m).

A ficção científica… que é que vai fazer com aquilo? Tem que apresentar serviço – é publicar ou morrer. Isso tudo é forçado. É o dogma científico. Que é que se vai fazer? O problema é que eles não estudam eles mesmos. Se eles estudassem, eles iam ver que estão sendo também dogmáticos e lavados cerebralmente. A ciência convencional lava a pessoa cerebralmente. A pessoa tem que seguir aquela tramitação, não pode ser diferente. Nós aqui (fazemos) pesquisa baseada no princípio da descrença. Tudo aqui é possível. Aqui não tem parede, não há coarctação, não há masmorra no pensamento. (Tertúlia 0823; 0h:41m).

Pergunta. Professor, o que é que a gente pode fazer para não perder o megafoco da vida? Resposta (WV). O megafoco maior que pode existir é a evolução. A evolução através do amor, que eu chamo aqui de megafraternidade. Para isso tem que ter discernimento, saber o que é amor e o que é ódio, (distinguir entre) o que é evoluído e o que é velho, ultrapassado, que não presta. (Tertúlia 0823; 0h:42m).

A igreja, a religião, é baseada em poder. Arranjaram até que o papa é infalível do ponto de vista doutrinário. É uma loucura, ninguém é infalível, isso é absolutismo. Dogma é absolutismo e tudo o que seja absolutismo é amaurótico, as pessoas não enxergam. As pessoas que estão dentro da religião não contestam porque elas se acomodam, elas são cordeiros do rebanho, “maria vai com as outras”, elas se submetem. O nome disso é genuflexão. A pessoa ajoelha-se. Eles falam que isso é humildade. Humildade, nesse nível é doença, é autovitimização. Eles criam a siliciaria. Silício é o sacrifício. Aquele povo que bate nas costas. O opus dei que coloca “um negócio” na coxa para doer e a pessoa passa horas com aquilo. Uma loucura! As religiões são infantis do ponto de vista filosófico e da inteligência evolutiva. As religiões são pré-maternais do ponto de vista da inteligência evolutiva. Ou você fica lá ou você sai e é excomungado. Se você der o contra, eles te excomungam. Na igreja católica é assim. No espiritismo, eles vão falar que você está obsedada, obsediada, doidinha e que precisa de sessão de desobsessão. (Tertúlia 0823; 0h:44m).

A inteligência evolutiva (IE) pessoal é aquela inteligência superior às outras. Ela é composta e com ela a pessoa tem a noção exacta da estrutura da vida naquele nível evolutivo em que ela está. Por exemplo, é a inteligência evolutiva que permite a uma pessoa admitir a escala evolutiva das consciências e colocar as faixas etárias dentro da escala. Mas ela pode refutar (a escala). Nós aqui somos da refutaciologia, da confrontologia de ideias. O nível de entendimento, o nível de apreensão de cada um é diferente do outro. Mas existe um consenso temporário e é esse consenso que a gente tem que procurar. Por exemplo, se eu perguntar aqui: - “O que é que é mais importante na nossa evolução? Seria a gente procurar evoluir para ajudar os outros?” Que é que vocês acham? Levantem a mão. A maioria admite isso. Isso é um consenso. Se a maioria disser que o melhor, é a gente consertar o nariz, para o nariz ficar bonitinho, é um problema pessoal. A gente tem que respeitar. A gente tem que respeitar o modo de pensar mas existe o consenso, o que é mais aceite. Não é uma unanimidade definitiva, que isso é burrice. Temporariamente, o consenso é esse, o que a maioria aqui está admitindo. (Tertúlia 0823; 0h:47m).

Pergunta. Quais seriam as técnicas da Autodidaxia livre? Resposta (WV). Às vezes uma pessoa tem muito autodidatismo, autodidaxia, mas está siderada por alguma doutrina. Que é que adianta ela ser autodidata se ela só lê aquilo da doutrina dela? Não resolve nada. A livre é aquela que é universalista, aberta, que já tem consciência. O abertismo consciencial já chegou ao microuniverso consciencial dela. Ela já tem o princípio da descrença pela frente. É isso que interessa, aqui. (Tertúlia 0823; 0h:49m).

Na época do J. Cristo havia uma seita chamada cainitas que adoravam Caim que matou Abel. Adoravam o megassediador da época histórica. Tem de tudo. (Tertúlia 0823; 0h:51m).

Pergunta. Eu queria saber detalhes sobre o protocolo de investigação na Conscienciologia. Resposta (WV). A primeira coisa é a pessoa estudar a si mesma e depois estudar o resto. Ela tem que seguir o Conscienciograma para ver a autoconscienciometria. Isso já é um protocolo seríssimo para a pessoa. Outra coisa é a recéxis – como é que a pessoa vai estudar a recexologia. Se ela é muito jovem, é a invéxis, que é pior ainda. O protocolo tem que ser baseado nisso. O protocolo, geralmente é a estrutura de um conjunto de ideias para fazer o estatuto de alguma consideração de pesquisa. (Tertúlia 0823; 0h:52m).

O protocolo de investigação na Projeciologia (consta de estudar o estado vibracional e fazer a projeção). A Projeciologia é uma especialidade da Conscienciologia. (Tertúlia 0823; 0h:53m).

A idiossincrasia ao autoconhecimento teático avançado é o medo que tem a pessoa acomodada e insegura. Ela não quer pensar, ela acha que já alcançou uma verdade que é boa para ela e se sente bem assim. Isso é o apriorismo. Quase sempre essa pessoa sofre de uma doença crónica a que eu chamo interiorose. (Tertúlia 0823; 0h:54m).

Pergunta. Na enciclopédia tem um verbete que fala que o lixo mentalsomático é uma das maiores fontes de assédio. Resposta (WV). É aquele resíduo que a pessoa deixa na cabeça, pensando em ódio, desafeição, alguma coisa que a pessoa não perdoou e ela fica pensando naquilo – a exemplo daquela pessoa que está na quarta idade, está na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e está lembrando que a D. Mariana, há mais de 30, 50, 60 anos, fez o biscoito que não deu certo. (Tertúlia 0823; 0h:55m).

A leitura de cabresto é alimentação de segurança. É isso que as federações fazem, a pessoa lê sempre aquilo para ela continuar naquele nível, para não sair. É o curral cerebral. A pessoa sai disso quando ela vê que precisa renovar. Essa pessoa tem neofobia, tem medo da renovação. Às vezes tem covardia de mudar. É o apriorismo, a interiorose, a estagnação do pensamento. Ela acha que sabe mais do que a média e se sente bem assim, que aquilo exalta a pessoa. É preciso clarear a cabeça dela e fazer a tarefa de esclarecimento devido à melex. Existe fora do corpo o melexário. Esse povo todo fica numa melex danada. Isso é a baratrosfera. É uma decepção terrível, depois que dessoma. Tem muitos que são tão educados que falam (que respeitam as ideias diferentes mas não não as aceitam). Então você deixa a pessoa. Foi por isso que eu deixei o movimento (WV) espírita. Eles se sentem bem naquele nível. Tem aquela professora que está no curso maternal e não quer sair. Ela gosta daquilo. Com o passar do tempo ela começa a falar igual às crianças. Ela vai ter dificuldade de fazer uma preleção para adulto, porque está acostumada a falar num linguajar infantil. Ela caminha para a síndrome do infantilismo. Alguns dos que dirigem toda essa condição são cabeça aberta e espertalhões – estão passando a perna em “todo o mundo”. Por exemplo, uma grande autoridade da igreja católica que está falando em inferno e em excomunhão é um carrasco. Está sabendo muito bem que isso tudo é besteira e está fazendo a sugestão, a hipnose, para os impressionáveis. Um pedaço de Inquisição ainda existe nessas religiões. (Tertúlia 0823; 0h:58m).

Pergunta. Lá no verbete Possessividade, o megapensene trivocabular falava de paixão ((«Possessividade evidencia paixão»)) e no Homo sapiens reurbanisatus também fala que paixão é o maior link com os assediadores ((«O assédio mentalsomático, contudo, é o mais limitado de todos, porque os assediadores não conseguem assediar alguém sem paixão de alguma natureza»)). Porquê a paixão e não outra emoção? Resposta (WV). Paixão é uma emoção cega. Ela é amaurótica. A pessoa que está apaixonada, não vê mais nada, só aquilo. Pergunta. Mas a raiva também não é uma emoção cega? Resposta (WV). Paixão pelo ódio. Tem gente que odeia a si própria. É o auto-ódio. Na psiquiatria ensina-se isso. Pergunta. No caso dos usuários das ideias dogmáticas existe uma paixão ideológica, ou não necessariamente? Resposta (WV). Até um certo ponto, mas às vezes não é bem ideológica. Existe uma paixão de acomodação. A pessoa está estagnada e está se sentindo bem daquele jeito. Então, acabou, ela é um vegetal, ela se sente bem, ela gosta de ser mandada, governada. Ela é subordinada. Na época do Feudalismo já haviam os vassalos e os sub vassalos. Pergunta. Isso é porque a pessoa tem algum ganho secundário, ou o que é? Resposta (WV). Ela tem o ganho secundário da acomodação. Ninguém a perturba. Ela está dormindo, está hibernando nesta vida, está perdendo tempo. É a hibernação consciencial evolutiva, uma involução, um regressismo. A religião, até um certo ponto é um tóxico igual aos outros. A pessoa não raciocina por ela, está intoxicada. (Tertúlia 0823; 1h:00m).

Pergunta. A pessoa sabe o que ela está fazendo. Não dá para ser ingénuo. Quando a gente percebe isso, como é que a gente age? Resposta (WV). Oportunamente você dá um exemplo bom e se ela continua deixa para lá. A gente se encontra nas quebradas da evolução. Vamos partir para outros que queiram melhorar. A pior coisa que tem é você ficar presa a pessoas que não querem melhorar. Nós chamamos a isso “amizade ociosa patológica”. É a “turma” botequim que vai lá só para discutir os “troços” do dia e beber chope. Pergunta. O fato de a gente pensar assim, que não dá para ser ingénuo não é um pensamento contra a pessoa… Resposta (WV). Não, a gente tem que ter o pensamento contra a pessoa sim, bem claro e falar com ela quando precisar, mas tem gente que não está preparada para isso. Então a gente deixa para lá. Mas tem que pensar contra, é o contrapensene, o antipensene. Nós não podemos pensar na estagnação. Eu deixei o movimento espírita por causa da estagnação. Mas não briguei com ninguém. Eu tenho amigos (de lá) até hoje. Cada um na sua. Admiração-discordância. Eu admiro-os mas discordo totalmente dessa besteirada que eles têm na cabeça. Com isso eu não estou dizendo que eu não tenho besteiradas na minha cabeça. Tenho, mas eu garanto que são menores. Eu provo, pela racionalidade, pela lógica dos fatos, parafatos, autoexperiência, experiência... Pergunta. Não tem malignidade do pensamento contra eles. Resposta (WV). (...) Não, eu não tenho má intenção nisso. Eu abençoo todos eles. Gente, eu não sou contra nem o tigre nem a hiena, eu vou ser contra esse povo? Não. Sou contra a ideia básica e já não estou ombro a ombro nem mão a mão com eles. Estive. Lá, tentei melhorar e não deu certo. Então, bye-bye. Aí é que vem a esnobação cosmoética, a que eu chamo banana technique. Dê uma banana para esse povo, para você não perder tempo. É uma esnobação evolutiva. Omisuper - omissão superavitária, é a mesma coisa. (Tertúlia 0823; 1h:03m).

Pergunta. Eu não conheço bem o espiritismo mas o senhor dá o exemplo, na Taxologia, deste (verbete) Antagonismo Pesquisa / Leitura, do espiritismo. Eu cheguei a ver o filme Minha Vida em Outra Vida e no final ele é comentado por uma médica da associação espírita. Ela comenta muito bem o filme – sobre retrocognições – e faz uma crítica inteligente sobre ciência. Resposta (WV). Ela não é cientista de coisa nenhuma. É uma religiosa que está combatendo a ciência. Se ela é espírita, é religiosa. Se é religiosa, é domática. Se ela fala que estão estudando a ciência, seria a ciência espírita, porque ela é espírita. A ciência não pode ter rótulo. A ciência é universalista. Nós estudamos Projeciologia - não é Projeciologia minha, ou sua, ou do Brasil. É a evolução em si. A Conscienciologia estuda a evolução da consciência. É tudo, não tem rótulo, é para “todo o mundo”. Se não é universalista, não é ciência. Por exemplo, não existe uma ciência brasileira. A ciência é para a humanidade inteira, para o bem-estar da humanidade. Se ela continua como espírita, ela é sectária. O cientista tem que ser universalista. (Tertúlia 0823; 1h:08m).

Pergunta. Existem leituras censuradas pelas Federações? Resposta (WV). O tempo todo. Os livros que eu recebi e não mandei para lá, que eles não publicavam! Teve livro meu que foi censurado. Tem livro meu que tinha 50 capítulos e eles pediram para tirar uns. A gente tirou, senão não ia ser publicado. A Yvonne, dessomou danada da vida com a federação porque eles cortaram todos os originais da psicografia dela. O pior da história é que nessa ocasião o presidente da federação me convidou para me orientar, para eu ser oportunamente presidente da federação. Eu estava com o Chico Xavier na casa dele na Rua General Argolo, lá no Rio, na biblioteca dele que era enorme, uma beleza. Ele era farmacêutico - Dr. Antônio Wantuil de Freitas. Eu respondi que não ia ficar durante muito tempo. (...) Dei as indicações para ele, eu mesmo falei com ele para fazer a Cidade do Livro ((referência às edificações do departamento editorial da federação espírita)). Eu sempre fui favorável ao processo da cultura. Se esse povo está lendo sempre os mesmos livros, então que aumente – sempre vai melhorar alguma coisa. (Tertúlia 0823; 1h:10m).

Pergunta. O professor falou de censura na escrita. A censura para a leitura, não tem como… Resposta (WV). Fala para um espírita que você vai levar um livro orientalista e fazer uma palestra no centro espírita sobre isso. Você vai ser escorraçada de lá com muita humildade, com muita “àgua com açúcar”. (Tertúlia 0823; 1h:12m).

Pergunta. Em que contexto o Antagonismo Pesquisa / Leitura é um tema neutro? Resposta (WV). O tema é neutro porque as pessoas ingênuas não sabem nada disso. Você não pode falar que o tema seja totalmente nosográfico (se as pessoas) são inexperientes, elas não têm ainda maturidade no viver, não têm evolução para isso. Então o processo tem que alcançar essa neutralidade. Tem muita gente desse povo que é muito boa, mas estão engatinhando, estão aprendendo a andar. Elas não têm má intenção. São pessoas ingênuas, imaturas, inexperientes, crianças grandes. Eu já escrevi sobre isso – o adulto-criança. Tem também o animal humano e a consciênçula. Pergunta. Essas pessoas podem estar bem-intencionadas, querendo fazer assistência, só que estão mal orientadas. Resposta (WV). Já é ótimo, muito preferível fazer uma tacon de assistência religiosa do que usar tóxico, gatilho, bomba e punição. Mas isso não está correto, não é o ideal. (Tertúlia 0823; 1h:13m).

Pergunta. Qual é a melhor forma para dar vasão ao maxifraternismo sem ficar piegas, sem cair na tacon… Resposta (WV). Começa pela tenepes. É a melhor coisa. É prático e é diário, vai fazer você acertar seu passo “no tapa” através das energias. É você com você mesmo com o amparador e os assistidos. A gente não tem nada que ver com isso. É você com você. A tenepes é uma sala de espelhos (em que o tenepessista) se vê em todos os ângulos. É uma autocognição. (Tertúlia 0823; 1h:14m).

Pergunta. Quais seriam as prioridades evolutivas? Resposta (WV). Nós temos aí a escala das prioridades evolutivas. A coisa mais séria nas prioridades evolutivas é você dar um jeito de saber como ajudar os outros. Se você conseguir saber como é que você pode assistir, melhorar, ajudar, encaminhar os outros, isso é a melhor coisa que você pode fazer. Geralmente faz-se isso através de aula. Uma coisa é você assistir a aula, outra coisa é você dar a aula. Você tem cara de professora, você vai ser uma professora, não vai demorar muito. (Tertúlia 0823; 1h:15m).

Pergunta. O Rousseau ((referência a Jean-Jacques Rousseau [1712-1778])) era muito passional. Resposta (WV). “Todo o mundo” sabe o que é que aconteceu com a família dele (( referência a ter colocado os cinco filhos num orfanato e anos depois ter escrito o livro Emílio, ou Da Educação, ensinando a educar crianças)). Depois ele ficou francófono demais, depois da Revolução Francesa, como consciex. Extrafisicamente ele continua francófilo e com “uns troços todos brabos” lá. Custou. Foi só agora, no fim do século passado ((século XX)) que ele melhorou, pelo que eu sei. Pergunta. Qual foi o ponto que ele reciclou para melhorar? Resposta (WV). Os amparadores foram mostrando que os amigos dele o estavam deixando, para um nível mais avançado. Então perguntaram para ele se os amigos estavam todos errados e só ele estava certo. Ele não é bobo, ele é muito inteligente. Uma grande cabeça. O que é duro nele, é que ele foi também um dos inspiradores da Revolução Francesa. Ele morreu pouco antes da Revolução Francesa. Teve influência por todo o lado, no romantismo e na filosofia. A maioria deles citam Rousseau. O “negócio” dele é bem óbvio ((referência a idéias patológicas)), é só olhar que você vai ver bem claro o que é bom e o que não presta. (Tertúlia 0823; 1h:17m).

Pergunta. Professor Waldo, como é que um livro se torna sagrado? Resposta (WV). Eles colocam todas as apologias e loucuras em torno de uma seita, por exemplo e aquilo fica sagrado, eles acham que não se pode tocar. O Livro dos Espíritos de Allan Kardec e o Evangelho Segundo o Espiritismo, são sagrados. Uma besteira, do século XIX para cá. Olha a Bíblia. Você quer coisa mais sagrada? A Bíblia está cheia de pornografia e ninguém fala nisso. Tem coisa bonita, o bucolismo da natureza, tem dados muito positivos mas também tem cada bobagem… No Livro dos Espíritos não pode tocar em nada, até as traduções tem que ser as mais exatas possível daquilo que está lá – e lá está cheio de besteira. O livro nasce e depois eles sacralizam-no. O livro A Origem das Espécies, de Charles Darwin, não é sagrado e é discutido até hoje – isso é que é o correto. Tudo o que (é denominado) sagrado, “sai de baixo”, “cai fora”, não perca seu tempo. É muita loucura e muito sofrimento que esse “negócio” de sagrado, sacrossanto, já criou por todo o lado – Guerra Santa. (A sacralização do livro) é um jeito de fazer a liderança inamovível, aquele monobloco que não pode mudar. Então eles tornam o livro sacrossanto, para ninguém tocar. Umas das perturbações maiores da Terra até hoje é a religião – ajuda muito por um lado e piora muito por outro. Religião é uma das coisas mais contraditórias da história da humanidade. E tudo é o sagrado, é a adoração. A pior coisa que tem é a idolatria. Idolatrou, acabou, você não tem mais ideia. É a paixão. A paixão é a coisa pior que tem por causa da idolatria. É a amaurose, ninguém está enxergando mais nada. Obscureceu. Vem o obscurantismo na cabeça da pessoa. Ela já é assediada e vai encontrar com os pares dela, os afins. Quem tem paixão, encontra com outros que são apaixonados e só vai viver assim. Quem é amaurótico, que não está enxergando nada, vai conversar com os outros que são amauróticos também. Os afins se atraem. A vida é assim. (Tertúlia 0823; 1h:19m).

Pergunta. Essa questão de religião não é também por convencionalismo social? Resposta (WV). Tudo é por convencionalismo. Você quer coisa mais séria do que o convencionalismo de a gente usar roupa? (Tertúlia 0823; 1h:22m).

Pergunta. Você poderia falar um pouco dessa situação que está acontecendo entre a China e o Tibet (ano-base 2008)? Poderia ser diferente? Resposta (WV). Se não fosse a ditadura (da China), seria diferente. Eles mandam matar “todo o mundo”. Os monges do Tibete também estão errados, porque eles vivem à custa do povo, mas também estão certos porque eles foram invadidos. Toda a invasão é errada - por exemplo a invasão do Iraque pelos americanos. O invasor está sempre errado. Invadiu, é intrusão, é assédio, é baratrosfera. Os dois tem a sua razão e os dois estão errados. A China tem mais poder, mais munições, mais soldados, mais gente. O militarismo é que vai mandar. Mas há uma coisa nova: os monges estão se revoltando. “Quêdê” então aquela mansidão, aquela pacificação, aquele amor, aquela fraternidade… “quêdê”? Acabou tudo? Que santo besta é esse? A santificação, a maioria é isso. Não adianta querer fazer santificação, nós temos que ter é discernimento, ter lucidez evolutiva na cabeça. Santificar é besteira. Você vai santificar o quê? Quem é que merece santificação? A Consciex Livre? Bobagem, ela não pensa nisso. Esse negócio de mártir, santificação, é igual ao homem-bomba ou mulher-bomba, se não for pior do que isso. Tudo é religião. Vão falar: -”Não, mas os monges não têm religião”. Então o que é isso? Seita? Dogma? O que é? Besteira! Tudo é uma questão de semântica. Ambos estão errados – deviam selar a paz uns com os outros. Afinal de contas, não são irmãos? A China tem etnias igual a Foz de Iguaçu. Foz de Iguaçu tem 79, a China tem 62 etnias básicas. A ditadura lá está começando a fazer abertura mas ainda falta muita coisa. Eu acho que neste século eles vão resolver isso. Aquilo é temporário. Nenhuma ditadura consegue aguentar muito tempo, ainda mais na fase da Terra hoje, com todo o processo de comunicação. É muito difícil. Hoje, não tem mais jeito de esconder nada - tudo é aberto. A ditadura grassava e tinha muita força na época em que se podia fazer acobertamento. Hoje não tem mais jeito. O problema é a ditadura comunista. As piores ditaduras que existiram na fase da Terra até hoje foram as comunistas. Marx, Lenin, Mao. O Mao matou muita gente. O Stalin matou muita gente. Foram os que mataram mais. (...) Nós temos que entender a humanidade do jeito que a humanidade é. Nós ainda somos verdadeiras consciências, já a caminho de ser serenões e ao mesmo tempo nós somos homens e mulheres animais. E tem muita inconsciência lá no meio: muita gente que ainda não tem nada atrás da testa. (Tertúlia 0823; 1h:29m).

Pergunta. A pessoa que teve curso intermissivo deverá inevitavelmente praticar a tenepes? Resposta (WV). Cada um pensa do jeito que pensa. Eu acho que tem gente que fez curso intermissivo, que vem aqui e que às vezes até se desvia. O curso intermissivo mostra que é bom você usar o estado vibracional, fazer o estado vibracional em favor dos outros e depois a tenepes é uma saída. A pessoa é que vê o que é que ela faz. (Tertúlia 0823; 1h:35m).

Pergunta. Como é que seria fazer EV (estado vibracional) para os outros? Resposta (WV). Exteriorizar energia. À hora que você exterioriza, sai de você. O EV é para você dominar a energia, saber como é e depois exteriorizar. Você está ajudando, procurando melhorar. Se a sua energia melhora, às vezes você pode melhorar a psicosfera da outra pessoa. Melhorou as energias dela, melhora tudo. Começa pelas mini doenças até chegar as doenças grandes. Com a energia, tudo é possível. É com a energia que a gente faz as coisas no cosmos. (Tertúlia 0823; 1h:36m).

Pergunta. Quando a gente está num local como este e está atingindo um EV bem forte, a pessoa com ela mesma, isso como repercute nas pessoas que estão no local? Resposta (WV). Pensa positivamente numa pessoa que você queira ajudar: - “Que tudo o que eu tenho de bom possa passar para ela e que eu pegue tudo de ruim que ela tem”. Isso é assimilação. E não esqueça: existe uma adenda nisso, um posfácio, um post scriptum – depois você faz a desassimilação. (Tertúlia 0823; 1h:37m).

Pergunta. Quanto tempo uma pessoa leva para sair da lavagem cerebral, ao longo das vidas? Resposta (WV). Isso depende. Tem gente que tem lavagem cerebral de belicismo há um milênio. São belicistas há esse tempo todo. Vêm para cá, querem renovar mas não tem jeito. Muitos ficam até na baratrosfera, séculos, por causa disso. Estou falando do belicismo do processo militar, o problema de dominar os outros “no tapa”, na base da força bruta. Pergunta. Para a pessoa conseguir fazer essa renovação ela tem que fazer uma atividade totalmente oposta? Resposta (WV). Não. Não adianta fazer isso que ela não vai conseguir. É muito difícil a pessoa sair de um extremo negativo para um extremo ótimo. Tem um meio-termo. Nesse meio-termo, ela tem que trabalhar com os companheiros a quem ela já fez mal. Isso é que é interprisão grupocármica. Então ela entra na fase de recomposição. Não adianta uma pessoa que é um diabo, “virar” santo na hora, ou “virar” o anjo do cosmos. Isso é impossível. A pessoa que esteve na frente da batalha volta como enfermeira… vai trabalhar na Cruz Vermelha… é uma saída. Tem muita gente assim. Eu já encontrei gente que trabalhava na Cruz Vermelha que (dizia estar consciente de ter sido general em outra vida, ter matado muita gente e estar agora socorrendo as mesmas pessoas). (Tertúlia 0823; 1h:38m).

Pergunta. Como é que surgem os fascínios de grupos medievalescos? Resposta (WV). A “continuidade dos fascínios de grupos medievalescos: ideias feitas, doutrinismos e inculcações” às vezes vem com a pessoa há mais de mil anos. A seita, a religião, certas escolas muito herméticas, as iniciações, os fã clubes, os happening ((referência a uma forma de expressão das artes visuais)) são fascínios de grupo. A arte está cheia de fascínio de grupo, tudo gente boboca. A emoção de bicho está comandando esse povo todo. E o happening, aquele “negócio” de milhares de pessoas sob a influência da cocaína. Se você chega lá perto já começa a sentir. É igual a certas boites que tem aí, do jeito que tem na Europa. Tem mais de 800 pessoas pulando – é muito pior do que o Carnaval no Rio. Muito pior! Aquilo ali é fascínio da baratrosfera, não é só do grupo. Lá tem mil pessoas e 5 mil consciexes, tudo chupando (energias), vampiros. E gente bonita, lindérrima, mas tudo alterado. Estética é uma coisa muito relativa. Os hospitais psiquiátricos estão cheios de gente lindérrima. (Tertúlia 0823; 1h:39m).

Pergunta. Quem já se submeteu muito a lavagem cerebral tem muito apriorismo? Resposta (WV). Às vezes não. Às vezes a pessoa aprendeu a se defender. Ela sabe “saltar de banda”. Lavagem cerebral às vezes ajuda, depois, se a pessoa tirou partido do erro ou da doença que ela teve. Ela aprendeu. Ela não tem apriorismo, tem autodefesa. Ela não vai no bico de qualquer um. Isso não é apriorismo. (...) Apriorismo é quando a pessoa resiste a alguma coisa, tem até medo de sair daquilo, quando ela é interiorota, por exemplo. O interiorota é diferente do universalista. Ele (o interiorota) não é aberto, é fechado. Fechadismo consciencial contra o abertismo consciencial. (Tertúlia 0823; 1h:41m).

Pergunta. Numa tertúlia recente você comentou que a maioria do pessoal da CCCI (Comunidade Conscienciológica Cosmoética Internacional) tem dificuldade de pensar grande. Resposta (WV). Tem. Pergunta. E como é o mecanismo do intermissivista que pensa pequeno para passar a pensar grande? Resposta (WV). Porque ele era pequeno antes, ele era muito menor, ele já cresceu um pouco, uns 10%, com o curso, mas ainda não tem uma visão grande. Se tivesse, não haveriam esses conflitos de interesses que tem nas ICs (Instituições Conscienciológicas). Isso é pensar pequeno. Pergunta. Então é porque ele não pensava grande no passado. Resposta (WV). Isso é o óbvio! Ele foi fazer o curso intermissivo para ver se ampliava um pouco. Vamos supor que a maioria de nós todos aqui, ampliamos 10% do nosso abertismo consciencial – já é uma beleza. Mas isso equivale a quanto do total? Está na base de 55% de abertismo? Falta 45%. As pessoas estão mais abertas. ((Waldo Vieira destacou um determinado homem na plateia como um “cara” bom, tranquilo e exemplo de abertismo consciencial superior a 55%)). Mas a média não está assim, não. É gente muito empedernida em certos pontos de vista. Às vezes quer fazer da própria Conscienciologia um tacape para ir contra os outros. E não pode! Que é isso?! A Conscienciologia não é arma para rachar a cabeça dos outros. A gente não quer convencer ninguém. Nós queremos é instruir, quando a pessoa quer ser instruída. Queremos é comunicar, quando a pessoa quer receber uma comunicação. Queremos informar quando ela está procurando alguma informação. Nós não queremos estar rachando a cabeça da pessoa e colocar a ideia lá dentro. Eu estou pouco ligando se a pessoa está a favor ou contra. O problema é dela. Eu dei as minhas ideias. Isso é igual àquela pessoa que queria ajudar-me. Eu não quero a sua ajuda, não preciso. Eu declino. Eu não quero nenhuma lavagem cerebral em cima de mim. De modo que, eu peço a vocês (que sejam diplomatas quando qualquer pessoa queira trazer lavagens cerebrais sobre vocês). Não escorracem a pessoa com um tapa na cara. (...) Nós falamos muito aqui “soco na cara, soco no queixo e fratura exposta”, mas do ponto de vista metafórico. (Tertúlia 0823; 1h:43m).

Pergunta. Como sair da interprisão grupocármica para evoluir de forma fraterna? Resposta (WV). A primeira coisa é recompor, fazer as pazes com ”todo o mundo” que você deixou para trás. Falar com eles: -”Eu sou irmão de vocês e quero ajudar. Que é que eu posso fazer?”. Começar a desfazer tudo o que você fez de errado antes, se é que você fez. Eu não acho que você tenha feito (recentemente) mas há muito tempo, você fez ((risos)). Se for colocar tempo, “todo o mundo está no buraco”. Com respeito a cronologia, que eu chamo cronémica, “todo o mundo” é baratrosférico. Nós temos uma raizinha esquisitinha. (Tertúlia 0823; 1h:47m).

Pergunta. O que seria o roustainguismo? Resposta (WV). O roustainguismo é uma doutrina da época de Allan Kardec (segunda metade do século XIX). Havia um advogado chamado Jean-Baptiste Roustaing que escreveu uma espécie de teoria, criada como se fosse uma realidade que criou uma ilusão muito grande. Tudo era baseado naquilo que ele chamava “corpo fluído do J. Cristo”. (Ele dizia) que Jesus não tinha corpo igual ao da gente – era só ectoplasma, mais nada. Tudo conversa fiada, uma ilusão, para mostrar que ele (Jesus) era muito superior à humanidade. Allan Kardec não teve tempo de explicitar isso bem. Ele falou das coisas mas não falou (de modo) evidente, claro. Algumas pessoas no Brasil, principalmente as de origem portuguesa, começaram a exaltar essa doutrina de Jean-Baptiste Roustaing e criou-se então o “roustainguismo” ou “rustenismo”. Com o passar do tempo, a federação espírita brasileira passou a colocar só gente roustainguista para tomar conta dela. Aquilo contaminou o processo do movimento espírita todo. E até hoje (ano-base 2008) existe uma facção roustainguista e outra anti-roustainguista que vivem brigando uma com a outra. Na holoteca, nós temos dezenas de livros sobre o roustainguismo. Tem uns que são terríveis em matéria de polêmica. São polémicas acres, ácidas, ásperas, cáusticas, difíceis (que incluem) a bíblia, o Novo Testamento, J. Cristo, os espíritos… essa briga está aí até hoje. É uma bobagem infantil que contamina todo o movimento. Eu desde pequeno, com 5 ou 6 anos, vivi isso aí nas aulas de moral cristã e já vi que aquilo estava errado, era besteira. Defesa e lógica do roustainguismo: dogma irracional da principal federação da FEB (Federação Espírita Brasileira). (Tertúlia 0823; 1h:48m).

Um exemplo do trinômio mundinho-interiorose-apriorismose é a pessoa de cidade do interior que não sai de lá porque se sente segura ali onde conhece “todo o mundo” e onde tem a vidinha curtinha, bonitinha, certinha, (no mundinho) dela. A interiorose é a doença que esse mundinho cria. A apriorismose é o apriorismo (com que essa pessoa fica). Ela não muda. Por exemplo, não quer saber do aspirador de pó. Em Minas Gerais (há muita) gente assim – só usa vassoura piaçava ((risos)). Eu estou dando um exemplo. Outro exemplo é o povo da Academia Brasileira de Letras que ainda hoje usa máquina de escrever Underwood, porque ainda não chegou à era do computador. São as pessoas jurássicas, brontossauras em matéria de ideias avançadas. A tecnologia ainda não apareceu no horizonte para elas. (Tertúlia 0823; 1h:53m).

É marcação por homem, marcação por mulher, um por um. A pessoa tem que deixar – foi o que eu fiz. Não adianta querer mudar esse povo que ele não vão mudar. Ali tem granito atrás da testa. (Tertúlia 0823; 1h:54m).

Os filósofos já falavam que as mudanças reais das pessoas, de um modo geral, (ocorrem) com a morte de uma geração (e a sua substituição por uma nova geração). Enquanto a pessoa estratifica a sua vida aqui, é muito difícil dela mudar. Na ciência, ocorre a mesma coisa. Um paradigma só muda quando morre uma porção daqueles que o defendiam. Então vêm outros, principalmente entre os 20 e os 30 anos, com ideias novas, mais ousados, mais açodados, precipitados. Falam umas coisas e começam a mudar o paradigma. Se a ciência é assim, que é linha de pensamento menos pior… pensa bem no resto. A ciência não é o ideal, mas é a menos pior das linhas de pensamento e mesmo assim olha as bobajadas que tem. Olha o princípio de “publicar ou morrer”. É terrível. É uma loucura. Não fica pensando que a academia é o paraíso dos anjos que ela não é, não. (...) Não há nada perfeito na Terra: a ciência tinha que ser também assim. Nós também não somos perfeitos. É por isso que eu falo: não acredite em nada do que eu estou falando, nada do que eu estou escrevendo, nada deste verbete – faça a sua vida experimental, vê se está certo, “mete o pau”, vai lá e vê como é o espiritismo, tira as suas conclusões, “te vira”. (Tertúlia 0823; 1h:55m).

A internet é uma casa de loucos (95%) e é também uma casa de génios (5%). Depende do que você quer. Os doidos são os interneteiros, os orkuteiros, os blogueiros e outros. É o balcão das veleidades e das loucuras. Tudo quanto é excesso aparece na internet. Isso é normal, porque é a liberdade absoluta, a democracia aberta. Isso é o máximo. Eu sou 100% favorável à internet. Acho que ela veio para ficar, ela vai melhorar. Com o tempo, tudo vai melhorar. Até lá, vai criar dentro da psiquiatra, como já está criando, uma série de loucos novos, que não havia antes. (...) A “debilidade mental alerta” é aquele “cara” que só sabe fazer as coisas pelo movimento binário. Ele já está pensando como o computador: mecânico, automático. Existe hoje a doença do videogame. Essa é a pior, que afecta a criança e adulto. Existe já o autismo cibernético – (para este autista) a computação é superior ao oxigênio, ele não sabe respirar sem computação. Esses loucos mansos novos estão começando a chegar em alto nível. Existem aqueles loucos que tiram partido disso: pedofilia, desvios sexuais, belicismo... A criança, desde pequena, através dos videogames, é ensinada a como matar os outros. (...). Essas pessoas geralmente estão vampirizadas o tempo todo - estão 24 horas presas naquilo. (Tertúlia 0823; 1h:57m).

O computador aumenta a extensão da sua memória (assim como) o carro aumenta a extensão das suas pernas. (...). O monitor monitoriza a vida da gente, se a gente não tiver cuidado, que é o que está acontecendo com esses “caras” doidos. Eu (VW), por exemplo, se fosse deixar por minha conta, estaria na frente do monitor escrevendo sem parar, dia e noite, para ampliar a enciclopédia que euestou fazendo. Essa aí, eu não preciso de ter mãos a medir porque eu posso colocar o cosmos lá dentro… é uma enciclopédia... mas eu não faço isso. Você vêm que eu saio, aqui não tenho computação, não estou trabalhando com laptop há muito tempo, só tenho desktop. Mas eu recomendo para “todo o mundo” ter laptop. Eu fazia as minhas viagens com laptop na mão. Eu tinha uma planilha, calendário, agenda, tudo lá dentro, anos e anos. Isso me ajudou demais (muito) a metodizar, a organizar, a disciplinar tudo o que eu penso, tudo o que eu registo, tudo o que eu falo. Senão, eu não teria chegado aqui. Você já deve ter percebido que eu “toco” qualquer assunto e falo imediatamente, eu sou taquipsíquico. Eu sei disso (mas) o computador me ajudou, principalmente nessas últimas duas décadas (dito em 05.04.2008). (Tertúlia 0823; 2h:01m).

A primeira coisa a fazer na busca minuciosa para averiguação da realidade é “pegar” a internet e criticar tudo. Jamais pegue uma coisa da internet sem fazer averiguação. Check aquilo, escute uma segunda opinião, “não vai no bico” de nada que está lá, que está cheio de besteiras, cheio de coisas erradas. É por aí que a gente chega à busca minuciosa para averiguação da realidade. A segunda coisa a fazer é discutir, debater em tudo quanto é lugar onde se esteja debatendo ideias mais avançadas. Refute tudo. Não admita nada. Tenha a sua ideia própria. Use o princípio da descrença. (Seja) céptico: - “Não, eu não admito isso, não tenho experiência, não posso falar nada. Tenho que estudar mais. Me dê um tempo”. Jamais admita, só porque uma pessoa falou, só porque você ouviu, só porque está escrito… isso é besteira. Papel aceita tudo. Microfone aceita até “pum de cachorro”. Temos de ter cuidado com as coisas que estamos escrevendo ou lendo. Esse é o caminho para ver a busca minuciosa para averiguação da realidade. Depois disso, é bom ver o que em ciência a gente chama de verificabilidade. Reverificação. Você checou, deixa passar uma temporada, vai lá e faz de novo a checagem. Isso é muito importante para você ter mais segurança. (Tertúlia 0823; 2h:04m).

Pergunta. Quanto tempo devo exteriorizar energias para uma pessoa? Um minuto basta? Cinco minutos? Resposta (WV). Depende. É bom você ficar uma manhã inteira fazendo isso. Pergunta. Uma pessoa está muito aborrecida comigo. Posso exteriorizar energia constantemente, a fim de me reconciliar com ela? Resposta (WV). Sim, mas pense nela só positivamente. Não pense “aquele filho da mãe”, nada assim. Tem que pensar positivo para ajudar a pessoa. (Tertúlia 0823; 2h:08m).


Pergunta. O senhor teria alguma informação sobre o processo atual de Allan Kardec? Ele estaria afinizado com as verdades relativas de ponta? Resposta (WV). Eu não sei. (Tertúlia 0823; 2h:09m).

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