Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Tertúlia 0942 - Juízo de valor



Tertúlia 0942, Juízo de Valor, YouTube, canal Consciustube, https://www.youtube.com/watch?v=csiUJWRpSiA, publicado em 19 de setembro de 2011.



Pergunta. O senhor coloca que o drama da consciência é a auto vivência intensa pela conscin, de condição intraconsciencial fixada em auto culpa, remorso ou problema intrapsíquico, por alguma ação ou longa série de atos anticosmoéticos praticados quando o drama de consciência está relacionado a fobias geradas por interprisões grupocármicas, incluindo retrocognições alimentando essas fobias. O que fazer para limpar esses rastos, superar essas fobias e ficar com a consciência mais tranquila? Resposta (WV). Não tem milagre. Tudo é um processo de esforço pessoal. O ideal é a pessoa procurar compensar as deficiências ou os atos imperfeitos cometidos, por atos agora perfeitos, melhores, para conciliar as partes, melhorar o estado geral, equilibrar o holopensene e compensar de fato aqueles erros cometidos anteriormente. Lembrando que tudo depende da melhoria pessoal. É da pessoa, antes de tudo. Então, é muito importante a pessoa ter boa intenção, uma vontade decidida, e critério, para fazer isso de uma maneira diplomática, que não ofenda as partes, ou seja, atendendo aos direitos das outras consciências. (Tertúlia 0942; 0h:07m).

Pergunta. Desde criança ouço a seguinte passagem cristã: “Não julgueis para não serdes julgados porque da mesma maneira que julgais sereis julgados». Tal frase reflete algum princípio, lei, convite à reflexão, falta de bom senso ou falta de discernimento? Resposta (WV). Isso é conversa fiada das religiões, que vem da Antiguidade. Se uma pessoa não julgar os outros, como é que fica por exemplo a jurisprudência? Se um pai não julgar o filho, como é que vai ajudar esse filho a ficar um pouquinho mais educado? Se o professor não julgar o aluno, ele não vai dar nota nenhuma para esse aluno. Se eu não julgar o que é que se faz aqui, isto vira uma casa de doidos, não vai ter lógica em nada do que nós falamos. De modo que, a gente tem que julgar tudo! Você tem que começar a julgar o auto juízo crítico, a autocrítica, julgar você. O meu juízo crítico ou o meu julgamento, tem lógica? Ele é racional? Ele é oportuno? Ele vai ser edificante? Ele vai construir alguma coisa? Porque a coisa mais fácil que tem é demolir as coisas. Construir é a coisa mais difícil. Fazer demolição é a coisa mais fácil que tem – é muito mais fácil, mais rápido e gasta menos. A construção é sempre mais difícil. Isso serve para as obras sociais, as obras materiais, as obras emocionais, as obras intelectuais, as obras filosóficas e para as obras científicas. Observa bem, se Jesus Cristo falou «não julgueis para não serdes julgados» ele também errou porque ele julgou “os caras” que apareceram no templo e bateu com um chicote em todos eles. Jesus Cristo tem uma porção de coisas assim. É preciso ver o que é que era dele mesmo e o que é que era dos “caras” que escreveram os evangelhos sinópticos. Essas coisas, tem nas melhores famílias e vêm desde a Antiguidade. Juízo – é necessário ter juízo para julgar. É necessário ter julgamento apurado para ter juízo crítico. Eu faço o que eu posso nisso e estou tranquilo com a minha consciência. (Tertúlia 0942; 0h:13m).

Pergunta. Poderia fazer um contraponto do juízo parapsíquico com a passividade parapsíquica e detalhar os limites? Resposta (WV). O juízo parapsíquico (é feito) antes dos fenômenos. É o pré-fenômeno. A pessoa já entra com essa condição de posicionamento definida, ela sabe o que é que vai acontecer e pode fazer a passividade ativa, sabendo disso. Vamos supor que um homem ou uma mulher vai fazer a tenepes hoje, no horário certo. A pessoa já tem aquele juízo de valor quanto ao parapsiquismo que ela exerce. Ela já sabe quem é o amparador, ou, pelo menos, o que é que se passa em torno daquela atividade assistencial diária que ela promove. O juízo do tenepesista começa na escolha da base física para a prática da tenepes. Dependendo do local, você sabe se a tenepes dele é boa ou não. Uma senhora chegou para mim e falou assim: -”Dr. Waldo, em casa, eu tenho um quarto para a tenepes. O senhor acha que eu posso mostrar para as minhas amigas esse quarto?” Eu falei assim: - “Você pode mostrar, principalmente para aquelas que fazem bastante hétero crítica. Porque, só de olhar para o seu ambiente, se ele não tiver bem assentado, elas vão achar que você é fajuta. De modo que, veja o que você vai fazer. Você está com gabarito para mostrar o seu ambiente? Ou você quer apenas exibir alguns berliques e berloques que você colocou lá dentro?” Vocês estão entendendo o nível disso? Então, é muito importante o juízo parapsíquico das coisas, do ambiente, das ideias, das consciexes e das conscins, dos paraqsiquistas, ou seja, dos sensitivos, de “todo o mundo”. (Tertúlia 0942; 0h:16m).

Pergunta. O evoluciólogo emite juízo de valor? Nesse caso, poderia ser através da ficha evolutiva pessoal? O juízo parapsíquico utiliza quais recursos? Existe algum que se destaca ou depende do parapsíquico? Resposta (WV). Juízo de valor, ele sempre emite, na hora em que ele dá uma recomendação ou à hora em que alguém pede uma recomendação para ele. É como um professor. Eu não fico dando juízo de valor aqui sem parar? Até ao momento, nesses últimos dezasseis minutos, eu acho que eu já dei uns cinco. É a vida. tem outra saída para isso? Vocês já pensaram eu chegar aqui e dar uma aula muda? Tem que ter juízo de valor. (Tertúlia 0942; 0h:18m).

Pergunta. Eu não entendi a última parte da definição de “juízo de valor”: «O juízo de valor é o julgamento através do conceito emitido ou a postura avaliativa, o exame, a investigação, o juízo acurado, algo feito por alguém, sobre determinada ideia, objeto, fato, fenômeno, realidade, pararrealidade ou consciência, sob análise minuciosa, sem compromisso com o ideal da neutralidade cosmoética» (Vieira, verbete Juízo de Valor). O senhor pode desenvolver, por favor? Resposta (WV). A pessoa está dando o juízo dela. Ela tem achismo e às vezes não tem desconfiômetro. Olha que o verbete é neutro. Depende dela. Pergunta. Mas a gente quando faz o juízo de valor não tem que ter harmonia, homeostase...? Resposta (WV). Pergunta para a pessoa. Eu sou definido. Você também é.  Mas sei lá se o Loche vai ser… ((gracejando)). Mas ele ((referência ao juízo de valor)) não tem compromisso com o ideal neutralidade cosmoética. A pessoa pode “puxar a brasa para a sardinha dela”. É o juízo dela: – “A minha é melhor do que a sua!” É o juízo de valor sem compromisso – ele deu a opinião dele, é o achismo dele. (...) Ele não tem neutralidade cosmoética, não. Ele está dando a opinião dele. Uma pessoa que nunca ouviu falar de cosmoética tem um juízo de valor pessoal. Pergunta. Nunca ouviu falar mas no íntimo ele pode ser cosmoético. Resposta (WV). Você, por exemplo, quando você fala, você tem um compromisso com a cosmoética porque você conhece a cosmoética. O “seu” Eusébio da Silveira que está ali fora, não conhece a cosmoética. Ele dá o juízo de valor dele. Então veja, pode ser sem compromisso. O juízo de valor não tem compromisso. Por isso é preciso ter muito cuidado com todos os juízos de valor que você ouvir. (Tertúlia 0942; 0h:19m).

Pergunta. Quais os fatores que o senhor acha que influenciam mais na formação dos nossos valores? Resposta (WV). O que influencia mais é a emoção. É o psicossoma. Muita gente ainda pensa como subhumano – é pego pelo instinto. É a pessoa que não raciocina antes de falar. É a pessoa que é açodada, ansiosa, que não pensa o que é que vai fazer. Eu estou falando “ansiosa” quando já tem a síndrome do ansiosismo bem avançada – isso é que cria mais problema em juízo de valor. Há muito juízo de valor na primeira impressão. Muita gente erra com isso e é uma pena porque às vezes uma pessoa tem uma impressão errada de outra (durante) trinta anos (e só) a viu uma vez – é errado. Não existe pessoa totalmente boa e não existe pessoa totalmente má. Estou falando “pessoa” porque “serenão” é difícil de encontrar. Os outros estão todos em evolução, de modo que é uma beleza viver aqui porque a gente não precisa de ter vergonha do nosso nível evolutivo. Aqui tem desde a lesma até ao serenão. (Tertúlia 0942; 0h:23m).

Pergunta. O senhor pode explorar um pouco o ponteiro consciencial? Resposta (WV). O caso é muito sério. Se a pessoa tem um ponteiro consciencial bem ajustado, bem acertado, que funciona direitinho, os juízos de valor dela quase sempre são racionais, positivos, lógicos, construtivos e oportunos, na hora certa. O ponteiro consciencial é que indica isso. O ponteiro consciencial é a demonstração cabal do nível evolutivo da consciência. Analisando o modo dela reagir, você vê o nível evolutivo dela. (...). Na prática, o ponteiro consciencial expressa o pensene básico diário da pessoa, que a leva para o materpensene. O ponteiro mostra os interesses da pessoa, os objetivos que ela tem na vida. Quais são, por exemplo, as ideias-chave daquela existência? O ponteiro quase sempre está assentado em cima disso. (Tertúlia 0942; 0h:25m).

Pergunta. Qual é a relação do ponteiro com a escala evolutiva? Resposta (WV). Se você tem um bom ponteiro consciencial, você já aperfeiçoou o parapsiquismo. Você lê a pessoa sem ela falar nada, é um livro aberto. Ela chega e você vê pelas reações dela o nível em que ela está: se ela domina a energia, se ela tem uma força presencial expressiva, pela roupa dela você sabe o nível de educação que ela tem. Pelo sapato dela você vê se ela é uma pessoa bem organizada. Chega uma pessoa com o sapato todo enlameado e não está chovendo… tem alguma coisa. Esses detalhes todos, o ponteiro consciencial capta, demonstra, evidencia. Nós podemos ler as pessoas como se fossem um livro aberto. Na verdade, não é um livro: cada um é uma enciclopédia, porque as pessoas são complexas. É a conscin poliédrica. (Tertúlia 0942; 0h:26m).

Pergunta. Nesse caso, o juízo de valor vai aperfeiçoando ao longo da evolução? Resposta (WV). Isso depende do ponteiro da consciência. Depende do código pessoal de cosmoética dela. Depende do índice de inteligência evolutiva que ela vivencia. Depende do nível de logicidade prática que ela aplica no dia-a-dia. Depende também do nível da interassistencialidade que ela exemplifica – o código de exemplarismo pessoal. Tudo é uma coisa só. Por isso, desde que nós começamos a falar de conscienciologia, a gente fala que conscienciologia, cosmoeticologia, evoluciologia e interassistenciologia são a mesma coisa, tudo é semântica; tudo é um processo de apresentação, lá no fundo é a mesma coisa. Agora, veja. Não é a mesma coisa, nenhuma delas: cada uma é uma faceta da nossa personalidade, da nossa vida, da manifestação dentro do cosmos. Vê se tem lógica. Tem lógica? Então, o seu juízo de valor a respeito do assunto do ponteiro consciencial está positivo? (Tertúlia 0942; 0h:28m).

Pergunta. Iniciei minha escuta das tertúlias há pouco tempo, por indicação de minha psicóloga. (...). Estou estacionada no meu crescimento, principalmente profissional e isso me angustia muito. Ao escutar as tertúlias tenho sentido arrepios. Ontem fiquei muito sonolenta e cheguei até a dormir um pouco. O senhor teria alguma ponderação para me orientar? Resposta (WV). Eu não vou falar, nem quem você é nem de onde você veio. Eu só quero dizer o seguinte: você tem assédio. A maior prova é o seguinte: se você está escutando, sente arrepio e depois fica com sonolência – e você falou que está com angústia –, é claro que tem assédio. É preciso examinar porquê, de onde vem esse assédio, abençoar os assediadores e exteriorizar energia. Procura na sua cidade uma unidade do Instituto e pergunta quando é que vai ter algum curso que ensine o EV – Estado Vibracional – que é o que você precisa para você se defender. Conversa com essa turma que as coisas vão abrir o seu caminho. O seu caminho está fechado devido a esses assediadores. Está na cara que tem. Você não entende do assunto e está dando todas as coordenadas do fato. há um processo de assédio óbvio. Presta atenção nisso. Você vai superar o assunto. Na hora em que a gente coloca a coisa assim expressa ao público, já muda todo o holopensene, a atmosfera da sua vida. De modo que, vamos por energia nisso, vamos em frente e viva a psicologia! (Tertúlia 0942; 0h:29m).

Pergunta. Eu queria que o senhor fizesse um cotejo entre juízo de valor e policarmalidade. Resposta (WV). O Homo sapiens policarmicus é a pessoa que está mais avançada em matéria de assistência, que faz assistência sem esperar retorno, que já saiu do egocarma e da predominância do grupocarma e já passou para o policarma. Nesse processo do policarma, a interassistencialidade e a cosmoética já predominam e já (há) uma incorruptibilidade na sua pensenização, na sua intenção e nos seus atos. Mas a coisa mais séria é dentro, interconsciencialmente, dentro da cabeça. (Tertúlia 0942; 0h:32m).

Pergunta. Não consigo entender como o juízo de valor possa ser positivo. Poderia criar um exemplo de juízo de valor positivo para ilustrar, por favor? Resposta (WV). Sim. O meu juízo de valor fala que a sua pergunta é muito pertinente, óbvia e oportuna. Isso é um juízo de valor positivo e a sua pergunta também é positiva, não vejo nada de negativo nela. Você está tentando entender um assunto dos mais importantes da vida humana, que é o juízo de valor. Alguém aqui acha que o juízo de valor não é uma coisa importante? Você está perguntando uma coisa séria. Agora, veja: é positivo, sim. Mesmo quando a pessoa erra, (o juízo de valor) daquele que viu que ela errou é positivo para o interlocutor. Ele definiu e fez o juízo crítico do juízo crítico do outro. Juízo crítico é a base, é a expressão chave para qualquer refutação, para qualquer debate, para qualquer discussão positiva, em qualquer linha de conhecimento humano. (...). Por exemplo, numa cidade grande, eu prefiro viver num apartamento, num condomínio que tem segurança, do que numa casa. Isso é juízo de valor da residência, da cidade, do apartamento e dos tipos de metrópoles. Eu mostrei o juízo de valor nas escolhas, nas preferências e favoritismos. Se uma pessoa que fica com você e não fala nada você vai ter um juízo de valor depreciativo a respeito dela, porque ela não quer “mostrar as garras dela”, ela não se posiciona, então isso é “coluna do meio”. Essas “colunas do meio” são problemáticas e quase sempre patológicas. (Tertúlia 0942; 0h:34m).

Pergunta. Eu queria entender “o paradoxo autoimagem-heteroimagem” e qual é a relação dele com o juízo de valor. Resposta (WV). Você olha para uma pessoa e já tem a sua heteroimagem dela. Então, você já tem um juízo de valor antecipado sobre um aspeto daquela personalidade. E a imagem que você tem dele não é a mesma que ele tem de si mesmo. A maioria das pessoas são assim. Há um antagonismo, um confronto, uma antipodia. E há também, na antipodia, uma antipatia, porque às vezes uma pessoa tem uma autoimagem errada e ela (teima tanto em parecer aquilo que você sabe que ela não é) que “o negócio” fica antipático. (Tertúlia 0942; 0h:37m).

Pergunta. Na teoria do Paradireito, a policarmalidade, a interassistencialidade e a cosmoética são ínsitas? Resposta (WV). São. (Tertúlia 0942; 0h:38m).

«juízo de valor na seleção dos fatos para formar hipóteses e teorias» (Vieira, verbete Juízo de Valor). Como é que a gente vai formar uma hipótese, uma elucubração pública explicitando essa elucubração, uma elaboração de pensamento sem juízo de valor? Toda a definição sua, todo o posicionamento é juízo de valor. Aqui nesta sala, quem mostra, demonstra e explicita mais juízo de valor, sou eu (WV), trazendo todos os dias um tema diferente. Diferente, em termos, porque tem sempre coisa parecida mas (ainda assim) diferente. Tem juízo de valor na maioria dos tópicos dos verbetes. O livro que vocês estão escrevendo é uma enciclopédia de juízos de valor, seja o que for que vocês estejam escrevendo. Esse juízo de valor vai ser o parâmetro, o embasamento para os leitores julgarem você como autor ou autora. A vida hoje, está cada vez mais com juízo de valor. O homem Cro Magnon, aquele que arrastava vocês mulheres pelo cabelo, com um trabuco na mão, ele não tinha grande juízo de valor… ((risos)). Ele não tinha nenhum juízo de valor produtivo, de alto nível. De facto, não tinha. (Tertúlia 0942; 0h:39m).

Pergunta. Você pode aprofundar a técnica da jurisprudência universalista, por favor? Resposta (WV). “Todo o mundo” dá veredito a toda a hora: a mãe dá veredito ao filho; o professor dá para o aluno quando dá a nota; o empregador dá para o funcionário e por aí vai. O juízo de valor é dado todos os dias com o veredito da jurisprudência. O mais sério é você pensar, na hora do veredito que existe uma cosmoética – moral cósmica – e que existe uma interassistenciologia que tem que ser também difundida para o cosmos. Nós não podemos estar escolhendo as pessoas para fazer assistência. A vida nossa de convivialidade, exige que a gente atenda àqueles que a gente pode e que aparecem na nossa frente. Então, a jurisprudência é totalmente universalista. Um juiz, por exemplo, que (manifeste a sua opinião sobre casos que esteja julgando) é antijurídico – isso dá cadeia. (...). A jurisprudência universalista é o paradireito no acume, no ápice, no pico máximo. (Tertúlia 0942; 0h:41m).

Se uma pessoa tem fobia, ela tem receio de criticar os outros. Quase sempre a pessoa que tem medo da crítica dos outros, ela não se critica. Então, como ela não se critica, ela não quer crítica de ninguém. Nós precisamos de gostar de receber uma crítica. A crítica é uma coisa muito positiva quando é cosmoética, quando é equilibrada, quando é produtiva, quando edifica alguma coisa, senão não adianta nada. (Tertúlia 0942; 0h:43m).

Pergunta. O juízo de valor seria um pré-requisito para a priorização? Resposta (WV). Existem vários pré-requisitos sobre prioridade. O que eu posso falar para você é que a cosmoética vem antes, ou, às vezes, o seu nível evolutivo vem antes. Há uns detalhes aí que não podem ser esquecidos. Se você vai priorizar alguma coisa tem que ver, no seu nível evolutivo, nesse momento evolutivo, nesse holopensene, é preciso o quê? Essa é a condição-chave. Isso é o juízo de valor da sua necessidade evolutiva. Esse talvez venha à frente de tudo. O que é que você acha? Tem lógica? (Tertúlia 0942; 0h:47m).

Pergunta. O senhor poderia comentar a relação juízo de valor e discernimento? Resposta (WV). Praticamente, o juízo de valor demonstra o percentual do discernimento. Pelo juízo de valor, você vê (que algumas pessoas) têm boa vontade, mas não têm bom discernimento. Outras têm boa intenção, mas não têm bom discernimento. O juízo de valor é uma exposição terrível, mostra tudo, vale a pena. Pergunta. A gente pode dizer que (o juízo de valor) é o principal componente do discernimento? Resposta (WV). Não é bem assim, porque o discernimento envolve o cosmos da consciência. Centenas de itens da conscin poliédrica compõe a definição do juízo de valor. Do ponto de vista físico, tem um monte de atributos mentais, ou corticais. E os atributos parapsíquicos, os para- atributos? Em tudo isso entra o Juízo de valor. Por exemplo, uma pessoa vai falar de um assunto que diz respeito a um grupo de personalidades. Se aquilo for muito evoluído e se ela fizer um juízo de valor que não envolva a multidimensionalidade, já pecou, já saiu errado, o passo inicial já está truncado, não dá certo, já deu para trás. Vamos pensar nessa complexidade do juízo de valor. É uma inculcação violenta de ideias numa coisa pequena, é uma coisa muito séria. O juízo de valor é realmente abrangente, é a cosmosíntese. Pergunta. Pela própria definição, o juízo de valor não implica discernimento porque o juízo de valor é neutro. Se uma pessoa faz um juízo de valor pífio, é jejuno de discernimento. Resposta (WV). É, totalmente. Então, o processo é muito complexo e precisa de ser estudado mais. (Tertúlia 0942; 0h:52m).

Pergunta. Ao conhecermos uma pessoa, observamos as suas características físicas e forma de vestir, podendo mesmo criar um juízo de valor com preconceito e discriminação sobre a pessoa. Isso pode ser analisado como antipatia àquela consciência ou como rótulo social que cria separatismo de classe? Resposta (WV). Uma pessoa que conhece um pouco mais de psicologia, principalmente do ponto de vista da convivialidade, da sociabilidade, ela pode fazer tudo isso, ajudando a pessoa que está examinando. Depende da intencionalidade. O povo gosta muito de falar em preconceito. Preconceito é uma das coisas de que mais se fala. Perguntar se vale a pena julgar os outros ou não, é preconceito. Eu gosto mais de falar de apriorismose – “ose” é um sufixo que significa “doença cronicificada”, que já vem há muito tempo, que é difícil de ser extirpada. Apriorismose é (o que tem) aquela pessoa que já tem tudo assentado dentro dela, que é dogmática – que é da autodogmatologia. Ela é que estabelece o juízo de valor – não para ela, mas para o cosmos. É a rainha ou o rei do cosmos. Então a pessoa tem o cosmos na barriga, porque “o negócio” sai da barriga, devido ao umbilicochacra – um processo animal. Esse processo animal sai da área vegetativa da pessoa que é o umbilicochacra. Então, é um problema de instinto, que faz a pessoa ser assim. O ditador, antes de mais nada, é instintivo. Ele é um animal instintivo, ele não raciocina. O juízo de valor a respeito das outras pessoas que são componentes da humanidade, jamais (deve) querer dominar ou manipular essas pessoas. E a maioria da população da Terra ainda faz algum tipo de manipulação consciencial. Essas pessoas todas ainda não sabem o que é que é juízo de valor nem sabem aplicar o juízo de valor naquilo que elas fazem. Não é só o ditador, é muita gente. Por exemplo, aquela pessoa que se submete ao ditador e que serve o ditador como um cão fiel, esse, às vezes é pior do que o ditador. Ela não causa tanto estrago, para (os outros mas) do ponto de vista evolutivo, (para si própria), a condição é pior do que a do ditador. Então nós temos que entender que o processo de julgar as pessoas é um problema, antes de mais nada, da sofisticação cultural da pessoa. (...) Nós temos que fazer juízos, julgamentos, estudos, pesquisas, acessar os temas para fazer investigação positiva de pesquisa, com boa intenção. (Tertúlia 0942; 0h:55m).

Pergunta. Como nos cercamos cosmeticamente para que os nossos juízos de valor não sejam juízos temerários? Resposta (WV). É a pessoa ter equilíbrio através da autorreflexão. Nada de ser açodada, impulsiva, precipitada naquilo que ela pensa, naquilo que ela fala e naquilo que ela age. O processo é refletir antes. E através disso nós vamos ter uma visão mais correta da realidade. Uma coisa muito séria que existe depois do juízo de valor, é a associação de ideias. Se você vai fazer o julgamento de qualquer coisa, faça associação daquilo com alguma coisa que você conheça. Quase sempre, é lógico, tem que ter alguma afinidade com aquilo de que você está fazendo juízo ou julgamento e isso às vezes vai dar um padrão diferente à sua abordagem e ao seu acesso, para ficar mais definido, correto e equilibrado. Juízo de valor com associação de ideias. E lembre-se que associação de ideias também é juízo de valor, por causa do cotejo, do confronto, do paralelismo. Uma das coisas que o povo gosta muito e inclusive a ciência, é do contraste. A contrastabilidade científica. Contraste é o confronto mais apurado de detalhes, com as coisas. Se uma pessoa colocar a contrastabilidade, ela vai errar muito menos no juízo de valor que ela tiver de qualquer coisa. (Tertúlia 0942; 1h:00m).

Pergunta. O juízo de valor denota o materpensene da pessoa? Resposta (WV). Ele denota tudo da pessoa. Um conferencista vai dar uma opinião taxativa sobre alguma coisa e você já define essa pessoa. Se eu ouvir uma pessoa dessas eu sou capaz de definir para você qual a linha política, a linha filosófica, a linha científica, a linha familiar, a linha social… dessa pessoa, inclusive a profissão dela – às vezes por uma opinião que ela tenha. Tudo na vida é assim. Você tem que ver o primeiro plano, mas visando a cosmovisão. Então, você vê uma pessoa com uma monovisão, mas dentro de uma cosmovisão muito maior que é a humanidade. No meu caso, eu vejo a para humanidade. Então, eu tenho uma cosmovisão em cima da outra e aquilo vai se expandindo. Pergunta. Então, a relação do juízo de valor com o curso intermissivo, qual seria? Resposta (WV). A pessoa que já chegou à conclusão que tem curso intermissivo, já não pode ter tanto juízo de valor “brabo”, errado, patológico e burro. Já não se permite mais que ela seja “burralda, burrilde e burróide”. Pelo menos alguma coisa ela tem que ter melhorado dentro desse cosmos de muares em que nós vivemos – sem ofender ninguém, eu estou generalizando, eu estou no meio, eu também sou um muar. Agora, veja: rabo de égua ou rabo de burro, cresce para baixo. Crescer para baixo, não resolve. Segundo as últimas leis da gravitação ((gracejando)), “o negócio” é crescer p’ra cima e avante! (Tertúlia 0942; 1h:02m).

Um exemplo de juízo de valor na distorção ideológica é o juízo de valor de Karl Marx. Quanta besteira! (Mais de um século depois), ainda há gente presa à exaltação e ao excesso que se deu ao valor da mais-valia. É lógico que ele trouxe uma porção de novidades em matéria económica e melhorou uma porção de coisas, mas só o que foi feito de negativo na Rússia, “não está no Gibi” ((“não estar no Gibi” é uma expressão brasileira com o sentido de 'ser inacreditável, impossível de ser imaginado', in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-expressao-nao-estar-no-gibi/31711 [consultado em 11-04-2020])) e só isso, foram oitenta anos de problemas, a partir de 1917. Quem já estudou historiografia sabe muito bem de que é que nós estamos falando – (revolução) bolchevique. Muita gente ignora que a Rússia, através de Stalin, deve ter matado muito mais gente do que os nazistas mataram. (...). Hoje, nós já estamos superando tudo isso através da glasnost que é a transparência que faltava. Lenin era também um carrascão. Vai ver a história dele e vê o que é que aconteceu com ele. Esse “cara” não era de brincar, não. E, no entanto, durante quantos anos, milhares de pessoas eram obrigadas a ir lá, quase a beijar a mão do cadáver, (no mausoléu de Lenin situado na Praça Vermelha, em Moscou). (Tertúlia 0942; 1h:04m).

Você quer juízo de valor mais burro do que a Inglaterra sustentar a monarquia neste terceiro milénio? Eu quero saber quantas monarquias existem ainda na União Europeia. O Parlamento Europeu devia acabar com isso. Cedo ou tarde, isso vai acabar. Se vocês quiserem fazer uma aposta multiexistencial ((risos)), nós vamos fazer e eu ganho. (Tertúlia 0942; 1h:07m).

Pergunta. Eu estive a ver na internet. Existem 41 monarquias no mundo e 13 na Europa. Resposta (WV). Então, metade da União Europeia ainda é da monarquia. Eles têm que dar um jeito de acabar com isso. (...). Cedo ou tarde, a União Europeia tem que se nivelar por cima – não pode ser por baixo. (Tertúlia 0942; 1h:12m).

Pergunta. Você pode explicar esclarecer melhor «a Paraxiologia como sendo a Ciência dos Valores Evolutivos»? Resposta (WV). “Axe”, quer dizer “o eixo”. A Axiologia é a ciência do eixo da sabedoria, é a base do processo do conhecimento, da cognição. É o máximo de conhecimento que você pode ter. Agora, eu estou falando da Paraxiologia. Praticamente, é a ciência dos valores evolutivos. No caso, é a ciência do juízo de valor. Axiologia vem (nos dicionários) desde a Grécia antiga. O “para” é o extrafísico. Então, é a axiologia da parapsicoteca. É a cosmovisiologia da paracosmovisiologia – é mais abrangente. Por exemplo, vocês notaram que eu não coloquei “auto juízo de valor” no título (do verbete) nem “hetero juízo de valor”, nem “para juízo de valor”. Eu coloquei “juízo de valor” porque o juízo de valor primário, elementar, engatinhante, já é difícil de ser entendido e vivido, então falar mais dos outros ou expor isso aí, seria pior. Mas eu falo na Paraxiologia para mostrar que tem uma ciência baseada nisso. Pergunta. A Axiologia é a ciência dos valores, também da Conscienciologia, não é? Resposta (WV). De tudo. Preste atenção: valores evolutivos. Um dos sinônimos da Conscienciologia é a Evoluciologia. Não tem lógica? Está tudo engrenado. O que nós estamos fazendo é a contrastabilidade científica. Até um certo ponto, dentro da filosofia, a Axiologia é básica, fundamental. (Tertúlia 0942; 1h:10m).

Pergunta. A gente poderia dizer que a Descrenciologia seria o primeiro valor para poder fazer assistência? Resposta (WV). Não. Interassistencialidade, antes de mais nada, é um processo de intenção. Pela intenção é que se vai ver o juízo de valor que a pessoa tem (e que influi) na qualidade da assistência que ela presta. Uma coisa muito séria de juízo de valor é o que nós falamos: - “Use a tacon o mínimo possível e deixe predominar a tares – a tarefa do esclarecimento – que você vai fazer mais assistência. Isso é juízo de valor dos mais sérios desse corpus da Conscienciologia. Corpus, no caso, é a estrutura ideológica, ou a estrutura das ideias ou dos princípios ou dos constructos disso que nos estamos chamando de neociência e que alguns acham que é anti ciência ou qualquer coisa nesse sentido. Isso aí é seríssimo: esclarecimento, antes de mais nada. Tudo o que você vai fazer na vida devia de ter uma acareação, para esclarecer as coisas, para não deixar nada obscuro ou mal-informado ou mal-entendido. Uma exposição científica ideal devia de ser com acareação de tudo. Não deixar pedra sobre pedra, limpar o ambiente, acabar com paredes, janelas e portas. Ficar ao livre, no descampado devassado, totalmente aberto. Isso é que é o abertismo consciencial. Você quer maior juízo de valor do que esse abertismo consciencial?  É o processo de colocar tudo raso. Para isso, tem que fazer a razia, liquidar com tudo o que seja errado com a chamada cosmoética destrutiva e colocar tudo na isonomia da planificação de tudo. Então, você vai começar a pensar sobre o juízo de valor. Se vocês querem fazer um bom juízo de valor façam um juízo de valor sobre este verbete e aquilo que vocês acharem que precisa ser acrescentado, deem para a Rosa. (...). Vejam se vocês acabam com algum dos conceitos que tem aqui. É isso que a gente quer. Nós queremos é crítica para desancar com qualquer coisa que vocês achem que seja incoerência. Os nossos processos de ideia têm que ter coerência. Eu vivo chateando “todo o mundo”, falando disso à quanto tempo? Há anos. Fique atento além do confor – da conformática – veja o conteúdo. Nós temos que entender pela forma e pelo conteúdo, a profundidade da ideia que tem nos assuntos, senão não adianta nada. Por aí você vai ver a força dos valores funcionando. (...). Por exemplo, na demagogia, no excesso da prepotência, na falácia, (não há juízo de valor). As companhias ociosas são devidas ao processo do juízo de valor falho. A gente coloca juízo de valor nos círculos de relações de amizade que prezamos? (Tertúlia 0942; 1h:21m).

Pergunta. Eu sei que dentro dos meus valores, um dos princípios é esclarecer da melhor maneira possível, mas eu não sei autocriticar-me para saber até onde eu posso chegar com a tares, utilizando a minha profissão? Resposta (WV). Depende do contexto da empresa onde você trabalha. Você não é sozinha. Uma escola que é (propriedade) da pessoa, é uma coisa: uma escola pública, é outra coisa – quem manda não é você, você é “pau mandado”. (...). Se você faz tudo aquilo que você acha que é o melhor, dentro do nível da sua consciencialidade no momento evolutivo, você não está errando, você está fazendo o máximo que você pode. Na vida, a gente não faz o ideal, a gente faz aquilo que a gente consegue. A vida é assim. Então, tem muitos atenuantes nisso. (Tertúlia 0942; 1h:29m).

Pergunta. Poderia comentar os efeitos das heterocríticas e os efeitos das autocríticas? Resposta (WV). Para ter uma boa heterocrítica, a pessoa tem que ter uma autocrítica superior à heterocrítica. Se ela se julga com uma crítica mais severa, mais exata, mais próxima da realidade, ela vai ter mais capacidade de se julgar fora, na exterioridade da consciência dela, as coisas que ela aprecia. O juízo de valor da heterocrítica depende muito da autocrítica da pessoa. A mesma coisa ocorre na questão do assédio. Todo o hetero assédio, em que a pessoa permite que uma outra consciência a domine, existe devido ao auto assédio que a pessoa (permitiu). Uma subjugação, uma submissão, uma genuflexão perante outra consciência, em que a pessoa se ajoelhou, isso mostra o autassédio dela. O masoquismo é baseado nisso.  Essas carências do poliqueixoso – aquela pessoa que se queixa do universo inteiro, de “todo o mundo” – existe devido a falta de autocrítica. Então, eu acho que a nossa amiga que perguntou já vai ter uma ideia do que é que nós achamos. Para estudar o hetero assédio tem que estudar o autassédio. Para estudar a heterocrítica, tem que estuda a autocrítica. Agora, os efeitos da heterocrítica é que são mais devastadores porque eles abrangem um universo maior que é fora do microuniverso da consciência. Já pega a multidão, já pega a sociedade, já pega a comunidade, já pega o exterior à vida da pessoa. (Tertúlia 0942; 1h:31m).

Pergunta. Aos primeiros contactos com pessoas que estou conhecendo, sempre sinto um impacto na minha pele e nos meus braços. Concluí recentemente que tem um canal em mim que capta coisas mais avançadas, mas que essa informação não está chegando na minha cabeça. Fica na minha perceção e nas sensações do meu corpo. Isso tem nome? Resposta (WV). Sim. Isso é a háptica. A háptica às vezes funciona, dentro do processo dos efeitos físicos, devido ao sentido do tato – a tactibilidade. É a háptica e tactibilidade. (...). O parapsiquismo impressivo é você sintonizar a sua condição naquele momento e saber das consciexes que estão presentes no seu holopensene. Tudo o que tem na pele aflora, devido ao processo da energia. A pele então é sensível a expressar os processos das manifestações parapsíquicas. E em matéria de efeito físico, isso pesa na balança. Vai estudar nos livros técnicos o que é a háptica, que isso vai ajudar você a entender o processo dos efeitos físicos. (Tertúlia 0942; 1h:37m).

Pergunta. «Os juízos de valor pessoais determinam as escolhas, as preferências, os favoritismos, as companhias e os vieses dos caminhos evolutivos da conscin, homem ou mulher» (Vieira, verbete Juízo de Valor). Como a gente pode traçar um paralelo (da frase enfática) com a vontade da pessoa? Resposta (WV). A vontade aparece antes. As pessoas não falam dos (seus) juízos de valor. Você vê o juízo de valor da pessoa através da ação que ela comete, que ela desenvolve. Por exemplo, uma pessoa foi às Olimpíadas como espectadora ou como participante? Isso é juízo de valor. Uma pessoa que é participante, cuida muito do soma, do corpo humano. A pessoa que é só espectadora admira aquilo, mas às vezes, ela nem está fazendo exercício. Uma coisa engraçada nas Olimpíadas é ver os obesos na plateia. Vocês não acham um pouco deslocado? Eu acho ((gracejando)) que nas Olimpíadas não deviam deixar entrar obesos, para os obrigar a praticar (exercício físico), com exceção para os que tivessem alguma doença que os impedisse – faria uma discriminação seletiva séria, com programa de atividade. (Tertúlia 0942; 1h:39m). Pergunta. Então, a gente pode afirmar que a manutenção de uma pessoa na tarefa, a vontade de que ela empreende numa tarefa, o continuísmo que ela tem naquela tarefa, é em detrimento da acertividade dessas escolhas e dessas prioridades? Resposta (WV). Sempre tem intenção atrás. Ninguém mascara a intenção. Cedo ou tarde, aquilo vem à tona e fica público, devido às ações. Se uma pessoa pudesse se esconder e ficar invisível, ela ia esconder o que ela pensa, mas desde que ela se torna tangível na vida da gente, não tem jeito de esconder. Por isso eu falo que esse “negócio” de querer guardar segredo é a maior bobagem nesta era da supercomunicação em que nós vivemos. A gente tem que dar valor para isso. Tudo é transparência – é a glasnost –, é o processo explícito, claro, evidente. Então, a gente tem que enfrentar essa realidade, não tem como fugir disso. (Tertúlia 0942; 1h:44m). Pergunta. Então o continuísmo, a manutenção da tarefa, estaria mais respaldada e resguardada pela intencionalidade saudável? Resposta (WV). É. Por exemplo, nas aulas que você deu durante o período das Olimpíadas, você não fez nenhuma crítica às Olimpíadas? Resposta (inquiridora). O tempo todo. Resposta (WV). Ah fez? Resposta (inquiridora). O tempo todo. Resposta (WV). Então você está mostrando um juízo de valor a respeito daquilo que é mais importante, que é o mais relevante. Esse “negócio” de só exaltar a Olimpíada não leva a nada.  Olimpíada só é boa porque faz a pessoa cuidar do corpo humano. Mas na hora em que as pessoas começam a fazer competição umas com as outras para mostrar quem é mais bonito, quem é mais forte, quem é mais rápido... isso vem da Antiguidade, isso é excesso. De todos esses “caras” dos Jogos Olímpicos, por exemplo do século XX, quem é que conseguiu chegar aos 80-90 anos? Teve alguém? É preciso chamar a atenção disso, é preciso escrever sobre a relação entre a Olimpíada e a Avenida da Saudade. (...). Há muito excesso nisso e nós devemos combater os excessos. Isso é que é o caminho do juízo de valor da nossa vida. Tarefa do esclarecimento é isso. Se eu vir as coisas e não falar nada, eu não estou fazendo nem tacon nem tares, eu estou apenas ruminando. Isso não leva a nada, é crescer para baixo como o rabo de égua. Então, vamos ponderar as coisas e ver o que é mais importante em cada coisa que acontece. Tudo na vida humana merece ser apreciado, investigado, pesquisado e estudado e a Conscienciologia estuda tudo do Cosmos, tudo o que envolve a consciência. Em tese, todo o assunto é importante para nós, até a gente ver onde ele fica, a expressão dele, a profundidade, o alcance, a repercussão, o que deriva dele. Essa derivação dos factos é que nos leva a considerar esses temas às vezes difíceis. (Tertúlia 0942; 1h:45m).

Pergunta. Professor, no final da definição, quando aparece “sob análise minuciosa, sem compromisso com o ideal da neutralidade cosmoética”, se houvesse compromisso com o ideal da neutralidade cosmoética, numa definição próxima à que foi apresentada, qual seria uma expressão possível seria por exemplo “juízo de valor ação de cosmoética”? Resposta (WV). Para mim, seria o juízo de valor teático. Teático, porque teria o juízo de valor que a pessoa está dando teoricamente, mas já com aplicação prática imediata. Esse é que é o mais sério de todos, quer dizer, uma coisa que produza. Porque uma coisa é você ter um juízo de valor e outra coisa é você ter um juízo de valor que vai desencadear a produção de alguma coisa para melhorar a qualidade de vida da humanidade, fundamentado no máximo de cosmoética, de racionalidade, de lógica e de fatuística. Não adianta a gente ficar só no direito do ponto de vista da teoria – eu quero ver a aplicação factual, a factualística do assunto. (...). É um processo palpável, concreto, materializado, em favor da qualidade de vida da humanidade. Tudo o que existe na ciência é para isso. Então, o processo de juízo de valor, como a gente está vendo, antes de mais nada é heterocriticologia. Olha bem a especialidade que eu estou falando. Heterocrítica, Heterocrítica sem autocrítica, não vale nada. Uma boa parte das pessoas são acríticas. Uma boa parte são até ágrafas. Então, pensa bem como é que nós estamos. Uma boa parte dos princípios conscienciais nem conseguem falar: o cachorro late, o gato mia… tem pessoas que ainda miam e tem outras que ainda latem ((gracejando)). Tudo isso são princípios conscienciais. Então, nós vivemos num Bric à Brac, um grande macro, um supermercado macro cósmico, com todos esses princípios conscienciais. Se uma pessoa não tem juízo de valor, ela está sem eira nem beira, está num beco sem saída, ela não sabe para onde vai. (Tertúlia 0942; 1h:49m).

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