Tertúlia 0833, Zona de Conforto, YouTube, canal Cida Nicolau,
https://www.youtube.com/watch?v=yrcvGB4kZQ8,
publicado em 08
de julho de 2017.
Uma pessoa que, segundo ela, não fez
curso intermissivo disse: - “Eu vou deixar para estudar a Conscienciologia na
próxima vida. Ela é muito avançada para mim”. Eu (WV) escutei isso na
cidade um dia desses. Que é que vocês acham? Eu estou falando por causa da zona
de conforto. Ele está deixando para a próxima vida. A gente pode falar o
seguinte: - “Vai para a sua zona de conforto, tem países inferiores aí em
evolução”. Isso chama-se Transmigraciologia. A gente tem que respeitar os direitos
da pessoa. O que é engraçado é que ele deixa bem claro: - “Eu vou deixar para
estudar a Conscienciologia na próxima vida. Ela é muito avançada para mim”.
Sabe lá se ele não está sendo super correcto? Eu deixo por conta de vocês para
examinar mais detalhes. Sabe-se lá se ele está com uma recomposição violenta de
alguma coisa? Nunca se sabe. O que é bacana é a exposição, a explicitação, a
sinceridade, a franqueza. A gente tem a liberdade absoluta de escolher o que
estudar. Vocês pensem bem. Isso é uma opção. (Tertúlia 0833; 0h:18m).
Pergunta. Você poderia discorrer sobre a zona de
conforto mental? Resposta (WV). A pessoa que do ponto de vista intelectual,
emocional, daquilo que ela penseniza, está bem, está vivendo na primener, está
até com euforia, não tem nenhum fator contraproducente que esteja criando problema,
se sente bem, está na zona de conforto mental. Mas às vezes, a pessoa está
nessa e está hibernando, não está fazendo nada. A zona de conforto é neutra.
Toda a vez que a pessoa está na zona de conforto, ela mesma tem que desconfiar:
- “Eu mereço? Não está demorando muito? Não estou perdendo nada?” Quem olha
mais o processo de zona de conforto não é a mulher, é o homem. O homem olha o
mundo que está girando e ele não gosta de ficar para trás. O homem tem que
estar produzindo alguma coisa. No trabalho de voluntariado das ICs eu sempre
falo: - ”Dê função para cada homem que aparecer aí”, porque se ele não está
produzindo nada ele se desinteressa. (Tertúlia 0833; 0h:20m).
Pergunta. Eu queria saber qual a relação entre “o
aumento da autocrítica” e “a zona de conforto”. Resposta (WV). Se a
pessoa não tem uma autocrítica muito avançada, ela perde a vida, ela perde
oportunidades, energias, companhias, enfim, perde tempo na zona de conforto. É
a “turma” do botequim, de “jogar conversa fora”. É a zona de conforto. (Tertúlia 0833; 0h:22m).
Pergunta. Qual seria a zona de conforto do serenão?
Resposta (WV). A estrutura da condição da serenidade do
Serenão não está assentada na zona de conforto comum. A serenidade mostra uma
condição íntima da pessoa que ela já não se preocupa com o processo de conforto
ou de felicidade. Ela está serena com tudo. Ela vive bem equidistante desses
percalços, dessas vicissitudes, dessas infelicidades. A serenologia já
ultrapassou isso tudo. É a vivência ininterrupta de bem-estar – mas isso também
não preocupa a pessoa nem ela dá tanto valor para isso. O que ela quer é
aumentar a hiperacuidade, a autocognição. Serenão é isso. E só faz isso através
da assistência. O que é bacana é a hora em que você já pode fazer uma
assistência subtil, mais avançada. Porque existe uma assistência de operário e
uma assistência intelectual. E existe uma outra ainda mais subtil, que é aquela
em que se auxilia pela energia e ninguém está sabendo. Isso é que é o anonimato
do serenão. (Tertúlia
0833; 0h:23m).
Pergunta. Qual é a relação entre “o despertamento
quanto ao autassédio” e “a zona de conforto”. Resposta (WV). Às
vezes, a pessoa se sente numa zona de conforto e quer manter aquilo porque ela
mesma está desejando. Então ela “força a barra”, esquece os percalços, esquece
os deveres, esquece as obrigações que ela tem para ficar no boavidismo. Isso é
autassédio. Ela vai despertar mais tarde. O problema é que ela está lá, na zona
de conforto patológica. Ela quer “sombra e água fresca”, dolce far niente. (Tertúlia 0833; 0h:25m).
Pergunta. Eu queria entender melhor o que é a zona
de conforto produtivo. Resposta (WV). Eu vivo numa zona de conforto produtivo com
vocês. E vocês são os promotores desse meu conforto. Eu reconheço e sou
agradecido. Cada um faz o que pode. (Tertúlia 0833; 0h:26m).
Pergunta. Então a gente pode classificar a zona de
conforto em: totalmente patológica; totalmente positiva; e ambígua? Resposta (WV). Pode.
E uma coisa pode se transformar na outra, tanto no positivo quanto no negativo,
depende do que é que você faz. O problema mais sério aí é a cronémica. Se ficou
muito tempo naquela (zona de conforto) que está boa demais, começa a arrastar
os processos, aquilo vai acrescentando e tem as camadas de excrescência. Eu
sempre recomendei para as pessoas que gostam de estudar a zona de conforto que examinem
o que eu já escrevi sobre primener, euforin, cipriene e depois o
extrapolacionismo. Examina essas quatro coisas para ter uma ideia do que é a
zona de conforto fora da psicologia – dentro da Conscienciologia. Pergunta. O
extrapolacionismo mostra que você não está na zona de conforto do cipriene... Resposta (WV). Pois
é, mas disso eu não falo. Eu peço só para a pessoa estudar. Ela vai “bater com
a cabeça lá” e vai ver que é isso mesmo. Se eu falar antes, a pessoa não admite
porque a intenção é boa mas falta discernimento. Nestes últimos tempos (nos
últimos quatro anos) eu já falei isso para umas três ou quatro pessoas aqui. (Tertúlia 0833; 0h:28m).
Para vários homens, a zona de conforto da
prostituição é uma das maiores que tem. Não é conforto para a prostituta, é
para o usuário. (Tertúlia
0833; 0h:31m).
A zona de conforto patológica da conscin
vulgar partidária da condição perdulária da autovivência do trinômio
pão-amor-fantasia é sério, existe até filme sobre isso. Pane, amore e fantasia é um filme italiano da década de 50. Hoje, é
expressão internacional. (Tertúlia
0833; 0h:32m).
Pergunta. Com a evolução, a tendência é ter um
conforto interconsciencial porque a pessoa (deixa de ficar) assediada? Resposta (WV). E
chega num certo ponto que aquele conforto fica natural, espontâneo. A pessoa já
é assim e ela nem percebe que ela já superou isso tudo. A vida confortável que
ela tem foi a própria pessoa que fez e não está criando nenhuma questão
negativa ou problema para outras pessoas. Porque a coisa mais difícil que tem
nesta dimensão é você ter um conforto que não injurie outrem. Há muita gente
que quando tem uma coisa boa nem fala porque tem receio de que venha tudo contra
ela. Há um processo de linchamento, se as pessoas mostrarem que estão felizes.
(Tertúlia 0833; 0h:34m).
Pergunta. Eu queria que você analisasse a zona de
conforto que a gente pode criar intraconsciencialmente. Resposta (WV). Essa
zona de conforto íntima é que é a serenologia. (Tertúlia 0833; 0h:41m).
Se a pessoa estende a mão e treme, não
pode falar que está na zona de conforto. (Tertúlia 0833; 0h:43m).
Pergunta. O que faz comunex a evoluída localizada acima
do CEAEC e das cataratas ((referência a Interlúdio, uma comunex interassistencial
recente, evoluída, situada na área paratroposférica do Parque Nacional do
Iguaçu; Trifron; Estado do Paraná; Interior do Brasil))? Resposta (WV). Ela
faz a interseção positiva, como se fosse uma zona de transição onde se faz o
encaminhamento das consciexes que estão precisando de ajuda para ressomar, para
seguir o caminho… O (mais importante) mesmo é o “banho de loja” em matéria de
pensenização. A consciência vai para lá e tem um ambiente de paz, como se fosse
um laboratorião grande, com um holopensene muito sadio. É como se tirasse a
pessoa do inferno e a levasse para o paraíso temporariamente. Com isso ela pode
fazer uma reflexão maior, um solilóquio. A autoconsciencialidade melhora, melhora
a priorologia e ela arranja ideias mais avançadas. É tanto que lá tem sido
também um ponto de refúgio para muitos dos alunos do próprio curso
intermissivo. (Tertúlia
0833; 0h:45m).
Pergunta. Em sua opinião, qual ou quais seriam os
impeditivos para uma pessoa ingressar ou prosseguir atuando como voluntário de
alguma IC (Instituição Conscienciológica)? Resposta (WV). É ver se ela
está produzindo. Se a produtividade dela dentro do processo conscienciológico,
do voluntariado, está pequena, parca, não corresponde ao nível dela, ela mesma
tem que ver se está desenvolvendo um trabalho dentro de uma condição ociosa. Até
um certo ponto, ela pode estar perdendo tempo. Às vezes a pessoa tem que ser
criativa para poder implementar e enriquecer o trabalho que está sendo desenvolvido.
Não é a hora de deixar. É a hora de incrementar o próprio trabalho através do
esforço pessoal aumentado, lembrando a lei do maior esforço e esquecer a lei do
menor esforço. (Tertúlia
0833; 0h:46m).
Pergunta. Uma pessoa com dinheiro geralmente possui
uma sensação de conforto e de falsa segurança. Como a pessoa pode reciclar essa
ideia? Resposta
(WV). Chega num certo ponto que seu pé-de-meia dá uma liberdade de
expressão muito grande em matéria aquisitiva. As suas aquisições perdem a razão
de ser e alcançam um nível maior de valorização. (Possivelmente você vai fazer
sempre certas aquisições, como livros). Por isso é importante que as pessoas
escrevam livros – um produto que vai custar a sumir das prateleiras. Agora,
essa falsa segurança, quase sempre leva para um processo pior ainda, que é a
pessoa acumular, aumentar a coleção de cifrões, a coleção do vil metal. Isso
tudo fica por aqui. Chega a um certo ponto que aquilo pode viciar e a pessoa
sente até uma síndrome de abstinência do dinheiro. Eu lembro que quando havia
mais segurança no Brasil, na década de sessenta, por exemplo, especialmente no
Rio e em S. Paulo, as pessoas tinham coleção de valores - moedas de ouro ou
barras de ouro. Com o passar do tempo, isso tudo começou a fugir do mercado e
das mãos das pessoas e das casas, porque até os bancos começaram a ser
assaltados. O coleccionismo então sofreu demais mas apareceu a bolsa (na forma
de) commodities. Então o problema da
falsa segurança é muito mais amplo do que parece. (Tertúlia 0833; 0h:47m).
Pergunta. Gostaria de compreender melhor a conscin
esquizofrênica e seu contexto extrafísico. Resposta (WV). Melhore a sua
clarividência. Vem bastante ao Acomplamentarium
((referência
a laboratório de experimentos energéticos e multidimensionais)), para
você ver como é que são as auras dos pacientes psiquiátricos. Por aí você vai
ver quais são as alterações profundas da personalidade. O mais, é estudar o que
existe sobre isso, ver em torno da gente quem é que é esquizofrênico e examinar.
(Tertúlia 0833;
0h:50m).
Pergunta. Uma conscin que tem medo de consciexes tem
amparo? Resposta
(WV). Sim... de assediador ((risos)), se ela tem medo ordinariamente, o
tempo todo. Se ela tem alguém em que ela confie ((referência a amparador)),
ela vai diminuir esse medo. (...) Com o passar do tempo ela vai ter mais
autodefesa consigo mesma, ela vai se autosuperar, ela fica mais autosuficiente,
ela vai ter mais confiança no (seu próprio) pulso. Agora, por exemplo, uma
pessoa que não tem autoestima, com amor-próprio pequeno, que procura se
vitimizar, o autoassédio dela permite o heteroassédio do assediador. (Tertúlia 0833; 0h:51m).
Pergunta. De alguma maneira o soma seria uma zona
de conforto para a nossa consciência? Resposta (WV). O ginossoma e o androssoma, é uma zona de
conforto que não tem outra. O problema é que a gente coloca essa zona de
conforto em rebuliço. Então raciocine bem, acalme bem seus pensamentos,
harmonize a pensenologia que a sua zona de conforto aumenta. (Existem) aquelas
pessoas que viajam, passam 40 dias fora do Brasil e quando regressam respiram
fundo e dizem: - “Ah! Aqui sim, é a minha casa! Está tudo à mão, tudo certo.”
Em parte elas têm razão. Do mesmo modo, a pessoa que trabalha com muita gente,
chega em casa e se recolhe com ela mesma. Aquela zona de conforto ainda é a
melhor para ela. Todos nós somos assim. Por mais que eu ame vocês, por mais que
vocês me amem, a conclusão é uma só. A zona de conforto íntima é singular,
ímpar. (Tertúlia 0833;
0h:52m).
Esquizofrenia, dissociação de
personalidade, bipolaridade, psicose maníaco-depressiva, têm relação. Às vezes
há até dúvida sobre se a pessoa tem psicose maníaco-depressiva ou
esquizofrenia. A esquizofrenia tem características mais carregadas, mais
difíceis, principalmente relacionadas com espaço, tempo, pessoas e mesologia. A
bipolar tem isso mas acusa muito a (própria) pessoa, ela fica em depressão. É
outra condição, é um processo mais dela, ela se envenena toda. (Quanto às)
personalidades múltiplas, o que têm mais por aí ((referência à causa do transtorno))
é assédio mesmo, é possessão. A gente tem que examinar. Toda a pessoa
muito avançada dentro de um processo psiquiátrico, quando ela já é veterana no
assunto, quase sempre é uma condição composta. É ela e o assediador junto.
Quase sempre tem uma semi-possessão ou qualquer coisa nesse sentido e às vezes
tem mais de um. Pergunta. Pode acontecer esse fenômeno ser puramente anímico? Resposta (WV). Anímico,
sim. Anímico é tudo aquilo que diz respeita à pessoa. Uma boa parte de todos os
processos psiquiátricos começam sendo só da pessoa. É um autassédio da própria
pessoa. Lá no fim, ela é que é que tem que arranjar também a autocura. A gente
sempre recomenda que a pessoa bipolar faça o levantamento de tudo o que
acontece com ela até aquele momento para ver como foi a aura ou início de qualquer
crise que ela teve. Por exemplo, um surto psicótico. Se ela examinar o que é
que a levou (a um surto psicótico), ela mesma vai abortar o problema. Na hora
que começar a sentir que (vai acontecer de novo), ela começa a cortar. Aí é que
entra o processo da higiene consciencial, a profilaxia. Eu acho que a melhor
cura que tem é a autocuroterapia. A Consciencioterapia trabalha muito nisso,
para levar a pessoa a se fortalecer. O maior arsenal farmacológico está dentro
da própria pessoa. E não é só imunologia. É a higiene, o modo de pensar, é
abençoar “todo o mundo”, é não fazer aquele “negócio” de conservar o ódio no freezer. O ódio no freezer é pior do que a melin, pior do que o ressentimento, a
mágoa, o melindre… e tem gente que é assim. A gente tem que perdoar, passar por
cima. O perdão é uma medicação, não é placebo. É medicação em primeiro lugar
para a própria pessoa, o perdoador. (Tertúlia 0833; 0h:54m).
Pergunta. O senhor diria que o bipolar não sabe
viver fora da zona de conforto dele? Resposta (WV). Não é bem assim. O problema
todo é falta de higiene consciencial – a pessoa não vê o que está ocorrendo
porque não quer. A maioria, com o tempo, quer. Há dezenas de livros (sobre esse
assunto). (...) A maioria desses casos são genéticos, mas na família, a
genética de um não é igual à de outro. E depende também do nível de lucidez da
pessoa. Quanto mais a pessoa estudar, mais defesa ela pode ter. Fazer exercício
físico para desintoxicar, também ajuda – movimenta as energias. Agora, uma pessoa
que começar a frequentar os laboratórios que nós temos aqui, começa a dominar a
energia e ela mesma se cura, sem problema nenhum – não precisa nem de remédio,
mas precisa de ter vontade. Conclusão: a maioria desses processos,
principalmente o que eles chamam de bipolar, existem por vontade pessoal. São
as pessoas que querem estar assim. São representantes, embaixadores e tem
nostalgia da baratrosfera. (...) A Conscin
Multívola (título de verbete) é uma das bases, dos vieses, dos aspectos,
dos lados da abordagem que você pode fazer para entender a bipolar. Outra coisa
é a possessividade, às vezes por ciúme. A medicação sempre ajuda,
principalmente num determinado ponto em que a pessoa esteja muito frágil,
quando ela ainda não quer (melhorar). Se um doente mental não quer melhorar,
ele não melhora. Se uma pessoa não quer melhorar o corpo, ela morre. Ela se
mata pela sugestão dela. Ela não se prepara, não se predispõe… O ânimo pessoal
é muito importante. Na vida, na morte, na doença e na saúde. Ânimo pessoal. Eu
sempre observei isso nos meus pacientes. (Tertúlia 0833; 0h:57m).
Pergunta. O senhor poderia falar sobre “a
aniquilação dos bichos-papões”? Resposta (WV). O bicho-papão geralmente é aquilo que a
pessoa tem como uma fantasia, às vezes um fantasma dela, aquilo que a pessoa
guarda no armário… Não é o bicho-papão de criança, mas é aquele nó gordio,
alguma coisa que a pessoa tem que espanta, que cria. Aquilo que para você é uma
formiga, para aquela pessoa é um elefante. À hora que ela extingue esses
bichos-papões, a situação começa a melhorar. Para alcançar a zona de conforto
tem que eliminar os bichos-papões, tirar os fantasmas do armário, se expor. Eu
não acho que uma pessoa que guarda um rancor, ainda que seja apenas um melindre
superficial, viva em zona de conforto – ela sempre vai viver em sobressalto,
desassossegadamente. A palavra desassossegadamente é muito importante porque
ela não é confortável, ela é desassossego. (Tertúlia 0833; 1h:02m).
Pergunta. Eu gostaria que você falasse sobre aquilo
a que você chama “depressão light”. Resposta (WV). Depressão
light é a depressão daquela pessoa
que chega para você e diz: -”Hoje eu estou muito deprimida”. E amanhã está
boazinha. Essa é a (depressão) light.
É a depressão da confabulação. É apenas de diálogo. É um processo
coloquialista. Depressão “braba” é aquela em que a pessoa começa a passar uma
semana, depois duas, depois um mês hibernando. Para essa (é necessário) tomar
providências – tomar remédio. E quase sempre a pessoa não quer tomar remédio.
Ela entra numa fase em que ela melhora ou ela entra numa fase maníaca em que é
tudo um paraíso para ela. Nessa hora é que ela tem que se tratar. Quando ela
emburrece e fica toda fechada, com birra, sentada no vaso sanitário tapado (ou
no chão do banheiro), com a cabeça nos braços, é muito pior do que o catatónico
porque a pessoa está consciente. Na catatonia não, às vezes já está faltando
muito “parafuso” à pessoa. (Tertúlia 0833; 1h:03m).
Pergunta. Poderia explanar um pouco mais sobre o
ponto de viragem da “saída da zona de conforto quando medíocre e prejudicial”? Resposta (WV). Há
muita gente na Terra que precisa de assistência e muito pouca gente na zona de
conforto real. Então, a pessoa que vive dentro de uma zona de conforto de uma
vida sumptuária, requintada, de sumptuosidade, de excesso, precisa de um ponto
de viragem, precisa de organizar a vida dela. Ela vai dessomar pelada.
Psicossoma pelado, nú. (Tertúlia
0833; 1h:08m).
Pergunta. Vejo grande dificuldade nesse movimento.
Supero e me encontro novamente na acomodação. Resposta (WV). Ah,
sim. O problema todo é esse. Que tal você ver ao lado, arranjar umas lupas,
talvez umas lunetas para você ver quem está ao seu lado. Tem tanta gente
necessitada… E você mora numa das cidades com mais violência no Brasil (dito em 17.04.2008),
Curitiba. Os (habitantes de Curitiba) estão precisando de assistência. Sai de
você mesmo e vai “suar sangue” para ajudar os outros. Esse ponto de viragem
melhora. Sinta-se útil ajudando os outros. E se você não tem nada para fazer e
está com muita zona de conforto, vem para cá, que aqui tem muito serviço. Eu
não estou chamando você à toa, não. Eu até evito chamar os outros, mas numa
condição dessas ((dirigindo-se à plateia)), vamos ajudar os outros. Já
pensou... curar os outros através da laborterapia? Isso é o máximo. Você está
chorando as mágoas na zona de conforto – ai!…((imitando a lamentação)) – pelo
excesso… Num caso desses eu tenho que puxar as duas orelhas ((sorrindo)). (Tertúlia 0833; 1h:09m).
Pergunta. Relativamente à expressão “a expansão da
própria zona de conforto quando positiva”, no caso é um local, como por exemplo
o local de tenepes ou de estudo? Resposta (WV). Ela (a própria zona de conforto quando
positiva) é sua, você está nela. Que tal você dar para o seu vizinho, para o
duplista, para o companheiro next door,
a pessoa contígua, próxima, parede-meia a você? Vamos estender a zona de
conforto. De que modo? Primeiro estende o seu holopensene positivo para os
outros. Aumenta o aconchego. Em vez de receber apenas 10 filhotes, receba 100.
(Tertúlia 0833; 1h:10m).
O holopensene aqui hoje (dito em
17.04.2008) está mais produtivo, mais prolífico em matéria de ideia. A
criatividade está mais solta, está menos difícil. É um monte de ideia que vem…
pelo passado… para o futuro…. de tudo quanto é jeito. Quando é assim, é
processo de mentalsoma. Eu tenho a ideia que tem algum amparador a trabalhar
com a Rose Garden que melhora alguma coisa, como se colocasse um determinado
medicamento no ar. Deve ser alguma coisa dessas, do jeito que eles usam nas
comunexes. Dá uma limpeza de alguma coisa, como um Detefon ou um aspirador de
pó, para limpar toda a criatividade pesada e pôr a criatividade mais leve –
chupa tudo e só fica a leve. Hoje é um dia bem clássico, desses e começou
ontem. (...) Aqui tem uma porção de interatividades, de sincronicidades e
confluência de associações de ideias. Com o passar do tempo, essas coisas vão
confluir mesmo mas nós já estamos a encontrar isso com mais assiduidade. Hoje,
há uma incidência maior desses dias, do que antes. Isso é um fato. Vocês têm
que saber como conviver com um dia (como este) para não haver desperdício,
esbanjamento. Às vezes você fica preso na primeira ideia, sendo que ainda tem
mais cinco e você perdeu as outras. Então tem que estar com abertura, com
receptividade adequada para ver toda a tramitação no holopensene. O nome que eu
uso para isso é conceptáculo. O conceptáculo aqui está maior. (Tertúlia 0833; 1h:19m).
Pergunta. A falta de autoconvicção teática da
reciclagem existencial (recéxis), diminui-lhe o valor? Resposta (WV). Pensa nisso
antes, durante e depois de reciclagem. Aplica nas três posições para ter uma
ideia disso. Teoricamente, a gente tem ideia mas é preciso saber vivenciar aquilo.
Às vezes, à hora de vivenciar, a pessoa quer esquecer a teoria, para “tirar o
corpo fora”. (...) Você tem que ver o que é que está acrescentando no seu
posicionamento e na sua etologia, no seu comportamento, na sua conduta. O que é
que você está colocando? Você inseriu o quê? Você se enriqueceu em quê? Essa
aplicação está sendo diária (e aplicada sempre que surge o respetivo contexto)?
Isso foi “fogo de palha”, foi “oba-oba”, ou o processo veio para ficar? (Tertúlia 0833; 1h:23m).
Pergunta. Uma vez você falou para mim que eu
precisava fixar mais as coisas e eu acho que “está caindo a ficha” agora. Resposta (WV). Às
vezes demora porque a gente não pode entrar na vida da pessoa para discriminar onde
é que tem que ser atacado. A pessoa é que tem que ver. E não é só localizar, dar
o diagnóstico do que precisa ser atacado. Ela tem que ter a predisposição para
isso. Às vezes isso demora. A gente fala do ponto de vista geral. O meu padrão
de medida para examinar, avaliar ou dar uma recomendação sobre essas coisas é a
Conscienciometria. (Tertúlia
0833; 1h:25m).
Pergunta. Professor Waldo, todo o processo de
mudança tem algum nível de desconforto? Resposta (WV). Não é bem só assim. Às vezes a pessoa fica
eufórica por causa da excitação do desafio. Gente que gosta de competição, às
vezes se sente bem, ela fica com mais conforto do que tinha. É um estímulo.
Automotivação-trabalho-lazer. É isso. (Tertúlia 0833; 1h:28m).
Pergunta. Com
relação a primener, euforia… essas ocorrências na zona de conforto, elas
indicam que a pessoa está em homeostase ou que ela está fora da homeostase? Resposta (WV). Quando
aquilo ocorre de uma maneira “legal”, sadia, construtiva, evolutiva, com
assistência extrafísica, tem equilíbrio mas ainda é apenas uma “amostra
grátis”, reduzida, do que pode vir a ser. A pessoa tem que começar a trabalhar
com aquilo para aquilo ampliar. E vai chegar num ponto que ela não pensa mais
nisso, ela já superou, ela já é assim. Ela não “vai” chegar naquele ponto, ela
“vive” assim. Aí muda tudo. É nessa hora que o tenepessista tem 24 horas por
dia de trabalho. Tem que ter muita pacificação íntima, autopacificação, para a
pessoa funcionar as 24 horas por dia. Isso é possível e “todo o mundo” tem
potencialidade para isso. (Tertúlia
0833; 1h:31m).
Pergunta. Evolutivamente, não seria melhor a pessoa
se colocar sempre na zona de desconforto? Resposta (WV). Não.
Aí já é autovitimização. Você tem que reconhecer a sua realidade e enfrentar
essa realidade e responder por ela. (Tertúlia 0833; 1h:32m).
A pessoa mais ignorante que existe é
aquela que não aprende com os próprios erros. Erra hoje, vai errar depois de
amanhã, no próximo mês… sempre o mesmo erro, o mesmo mata-burro. Já quebrou a
perna esquerda, a perna direita, o braço esquerdo… só falta quebrar o braço
direito. Sempre caindo no mesmo buraco. Essa é a mais burra, mais ignorante que
existe (porque) não está aprendendo com os próprios erros. (Tertúlia 0833; 1h:36m).
Pergunta. A aprendizagem (com os próprios erros)
significa eliminar erros? Resposta (WV). Acertar. Aprender com os próprios erros é
começar a acertar. Pergunta. Mas o simples aprendizado não leva à zona de
conforto. Resposta (WV). Pode levar, sim. A pessoa vai se sentir
melhor por não cair mais no mata-burro e começa a entrar na zona de conforto.
Ela vai ter mais confiança no (próprio) pulso. Vai ter muito mais confiança em
si mesma. Todos nós erramos. Se você não aprende com os seus erros, é
ignorante. Não adianta discutir isso, é o óbvio. (Tertúlia 0833; 1h:37m).
Pergunta. A que é que você atribui o aumento da
incidência de casos de câncer? Resposta (WV). A Terra virou uma lixeira planetária. A base
é essa. E com o processo da explosão demográfica, “junta a fome com a vontade
de comer”. (Tertúlia 0833;
1h:38m).
Pergunta. Tem saído muitas matérias sobre a lixeira
da Terra e a questão da superlotação das cidades e da (quantidade crescente)
dos automóveis. Onde você vê que isso vai parar? Quando é que isso vai começar
a ter alguma solução? Resposta (WV). Estão começando a falar. A Ecologia, hoje é
um assunto diário na mídia. Toda a família tem alguém com doença ou que já
morreu com alguma coisa baseada na lixeira. O toner de impressora mata. Lâmpada
mata. Comida mata. A lixeira já entrou dentro de casa há muito tempo e o povo
não está vendo. Remédio mata. Abre o olho com a data vencida (de comida e
medicamento). (Tertúlia
0833; 1h:43m).
Pergunta. Eu queria que o senhor fizesse a relação
da “expansão da própria zona de conforto quando positiva” com “a decisão de
fazer coisas novas, assumir riscos, identificar novas descobertas e estabelecer
neovínculos evolutivos”. Resposta (WV). As coisas novas que você está descobrindo
podem ampliar a sua zona de conforto. Uma coisa puxa a outra. É decorrência,
efeito, consequência. Pergunta. Quais são as características dessa zona de
conforto positiva quando está sendo ampliada com esses momentos de risco… Resposta (WV). Principalmente
a autopercepção. Quando a pessoa começa a ter conhecimento sobre certas coisas
e a ter confiança naquilo, ela admite, ela tem cognição – é a experiência do
princípio da descrença. À hora que ela tem isso, ela melhora a zona de
conforto. É muito bom, você já deve ter passado por isso, você conhecer um
“negócio” que você ignorava totalmente: - “Eu não via como era isso, se eu
tivesse visto isso antes teria evitado uma série de aborrecimentos.” Cognição,
conhecimento, sabedoria, é o que melhora mais a zona de conforto. (Tertúlia 0833; 2h:03m).
Pergunta. O senhor comentou em outra tertúlia que
as nossas reciclagens acontecem de forma setorizada. Então, nós vamos pegando
algum aspecto da vida e depois vamos trabalhando outro e outro. Resposta (WV). Uma
coisa puxa a outra, há um efeito halo, um efeito cascata, uma reação em cadeia,
pouco a pouco, paulatinamente, de grão em grão, little by little, passo a passo, step by step. Esse é o caminho do processo evolutivo. E não
esquecer: não ficar deslumbrado com coisinha pequena esquecendo o grande – tem
que levar o grande e colocar o pequeno lá dentro, fazer a interação das coisas,
das novidades. (Tertúlia
0833; 2h:05m).
Pergunta. A insatisfação na vida profissional
revela um desvio de proéxis ou revela a presença na zona de conforto
patológica? Como seria a profilaxia dessa situação? Resposta (WV). Tem
que examinar o caso. Tudo isso é possível. A insatisfação pode ser um desvio da
proéxis, se a pessoa “tirou o corpo fora” e pode ser zona de conforto
patológica porque a pessoa às vezes está totalmente siderada por coisa
secundária que paralisa as reações e movimentos dela. Então, tudo “vai por água
abaixo”. Ela tem que pensar, o que é. (Tertúlia 0833; 2h:06m).