Tertúlia 0843, Confiança, YouTube, canal Cida Nicolau, https://www.youtube.com/watch?v=_oFKccXDvt8,
publicado em 07
de julho de 2017.
Se eu fosse político hoje (dito em
29.04.2008), estaria fazendo campanha para colocar o general Heleno na
presidência da República. O Brasil está precisando de líder e esse homem é bom.
Ele é muito sério e é "uma cabeça" (Tertúlia 0843; 0h:07m).
Pergunta. E a gente vai trazer a ditadura militar
para o Brasil? Resposta (WV). O processo é de liderança. Apareceu um líder, não
interessa de onde ele veio. (Tertúlia 0843; 0h:09m).
Pergunta. Quanto ao fato de ser general, desde que
seja dentro da democracia, tudo bem. Agora, se for ditadura, sou contra! Resposta (WV). Nós
não estamos vivendo a própria ditadura? Pergunta. Mas, professor, militar... É a
ideia do bélico! Resposta (WV). Eu não sou contra militar totalmente, não. Nós
precisamos da polícia, precisamos de defesa, precisamos dos bombeiros... Pergunta. Precisamos
de autoridade, não de autoritarismo. Resposta (WV). Autoridade. Está falando
certo. (Tertúlia
0843; 0h:10m).
Pergunta. Professor, mas a gente tem uma
experiência da ditadura militar, não apenas no Brasil... Resposta (WV). Não
interessa! Nós não podemos ter apriorismose a respeito de etnias. Você está
tendo. Pergunta.
E a apriorismose de que o militar é que está certo...? Também não é
apriorismose? Resposta (WV). Não é que está certo. Esta personalidade mostra que
tem chance. Eu não sou contra a
formação de ninguém. Falta autoridade e esse homem tem. (Tertúlia 0843; 0h:12m).
Pergunta. Mas ele é do exército... Resposta (WV). Não
interessa de onde ele vem! Se amanhã aparecer um general no Pentágono que seja
bom, eu votaria nele! No Pentágono, que eu vivo combatendo! Eu não tenho
preconceito. Isso aí é preconceito étnico. Você tem seus preconceitos com o
processo político. Eu te respeito e te entendo. Mas, onde é que está o
universalismo nessa hora? (Tertúlia 0843; 0h:14m).
Pergunta. Professor, o clube militar está se
reunindo de novo... Resposta (WV). Que beleza ((batendo palmas))! Estou a
favor! E eu sou a pessoa mais pacifista dessa história toda, eu escrevi até o Homo Sapiens Pacíficus! Gente, do jeito
que está aí, daqui a pouco como é que vai ser? Você não lembra que você é moça
(...) Eu vi seis ditaduras na minha vida! Eu sei o que é isso. Eu fui
perseguido junto com o Chico Xavier pela ditadura na Espanha. Não estamos
brincando, não! (...) Era o Opus Dei que mandava. Tive patrulheiro ideológico
do espiritismo contra mim e patrulheiro ideológico da igreja católica (...).
Teve gente do Pentágono na minha casa… Eu conheço isso. Eu estive na China. Eu
vi como é a ditadura lá. Eu vi o povo sendo assassinado na água... o mar ficou
todo vermelho de sangue... eu estava na passagem de Hong Kong para Macau. (Tertúlia 0843; 0h:15m).
Pergunta. Até hoje, não se pode falar de política
na China. Resposta (WV). Não pode. É um perigo. E o Mao Tsé-Tung... eu vi
essas coisas todas de perto, não brinca não. Agora, das coisas mais difíceis
que tem é liderança. A coisa mais difícil que tem é arranjar gente boa,
consciências lúcidas. O nosso esforço todo é para isso. Não interessa de onde é
a origem da pessoa. Se eu não admito mais ninguém que venha da baratrosfera, eu
não vivo com ninguém mais ((risos)). Não tem mais gente ((risos))! (Tertúlia 0843; 0h:16m).
Pergunta. O saber deve ser completo? Resposta (WV). Sempre
que possível. Você sempre tem que saber mais e sempre está sabendo menos. Mas
nunca é completo porque tudo é imperfeito. Pergunta. Existem coisas que
não é conveniente saber? Resposta (WV). Eu acho que é sempre melhor saber. A
ignorância não deve ter vez. Pergunta. Existe saber como convém saber, sem ser
tendencioso, bifronte ou anti-cosmoético? Resposta (WV). É o que a gente
tenta fazer aqui. Às vezes é difícil mas a gente insiste. (Tertúlia 0843; 0h:18m).
Pergunta. Muitas vezes trabalho com as energias -
circulação, EV e exteriorização - e eu me sinto ainda mais cansado. Às vezes,
quando começo, sinto muito sono. Quando durmo, acordo bem. Outras vezes não
durmo mas fico muito cansado. O que o senhor recomenda? Que eu deixe, por
enquanto, de trabalhar com as energias? Resposta (WV). Não, pelo contrário. Você tem
que fazer mais o EV. Deve insistir porque você está passando por ressacas
energéticas, demonstrando auto ou hetero assédio. Veja a carga horária do seu
sono. Olha a higiene autopensênica. Olhe em que é que você se interessa. Olhe o
que você se preocupa. Olhe o que você quer. Tem alguma coisa. Há algum
"dente de coelho ou coelha nesse mato". Algum motivo tem. (Tertúlia 0843; 0h:19m).
(Dito em 29.04.2008). Eu (WV) quero agradecer a vocês todos que me estão ajudando a fazer a parahistória na Terra. Eu falo isso por causa da Serenologia, Invexologia, Parafenômenologia, Cosmoética, Holofilosofia. Nós estamos vivendo a era dos serenões. E eu agradeço muito a vocês. De qualquer maneira, nós estamos fazendo a parahistória. Querendo ou não. Eu sou obrigado a confessar isso para vocês. (Tertúlia 0843; 0h:20m).
Pergunta. Quais seriam os pilares da confiança? Resposta (WV). Vivência
ou coexistência pacífica. A coexistência pacífica mostra a confiança que existe
entre pessoas. Nas instituições, é bom arregaçar as mangas e participar. (Tertúlia 0843; 0h:21m).
Pergunta. Existe alguma relação da confiança e da
autoestima com o desenvolvimento do parapsiquismo? Resposta (WV). Só tem. Se uma
pessoa não tem confiança em si mesma, ela se vitimiza, ela fica à mercê dos
assediadores intra e extrafísicos. Se ela não tem autoestima de jeito nenhum,
ela já vira vegetal... a situação é difícil... o desenvolvimento parapsíquico é
muito difícil. Por isso é que o desenvolvimento do parapsiquismo durante
milénios tem sido na base da religião. Porque as pessoas não tem autoestima, se
tornam fiéis. Fiel é igual a cachorro. Quem não tem confiança em si mesmo e não
tem autoestima, fica à mercê do dogma, da lavagem cerebral e outras coisas
mais. A maioria do parapsiquismo que existe na Terra até ao momento é o
heteroparapsiquismo. É uma pessoa que confia no sensitivo. Mas o parapsiquismo
tem um universo menor na Terra - falta o autoparapsiquismo (da própria pessoa).
Tem que ter confiança nisso. Por isso que eu falo sobre EV, sinalética e
trabalho com as energias. (Tertúlia 0843; 0h:21m:30s).
Estudar Confiança é um assunto muito
sério. Isso está na berlinda, na nossa vida, o tempo todo. O que falta mais é
confiança. Confiança de todo o tipo. Essas muitas confianças de que eu (WV) falo
aqui: económica, política, artística, industrial, comercial... (Tertúlia 0843; 0h:24m).
As pessoas geralmente quando perdoam
acham que estão fazendo um favor. E não existe isso. Porque se há uma
interprisão anterior, que depois exigiu aparecer a necessidade do perdão,
mostra que a culpa é de ambos. Não existe divórcio com um só culpado. A culpa é
dos dois. Mesmo quando o homem matou a mulher, a culpa é dos dois. Sempre tem
uma raiz que pertence aos dois. A gente tem que entender isso. Na questão do
perdão, precisa de haver uma assistência continuada. Não basta dizer que se
fizeram as pazes e ir para a televisão abraçar o outro. Isso não quer dizer
nada. Esse perdão tem que ser continuado, é um trabalho de todo o dia, durante
muito tempo, para a pessoa arranjar uma companhia amiga, uma amizade, daí para
o futuro, para as próximas vidas. E não continuar com o desafecto. (Tertúlia 0843; 0h:25m).
Pergunta. Qual é o limite de depositar confiança
num profissional que errou? Resposta (WV). Dependendo do perfil
conscienciométrico da pessoa, você tem que dar uma segunda oportunidade. A
terceira é que é problemática. Quando você for dar uma segunda oportunidade,
você tem que mostrar onde é que está o erro, qual a causa e quais as condições
para melhorar. Você tem que dar uma profilaxia do processo. Aí aumenta a confiança
e melhora. Nós temos que ver que muitas vezes as pessoas erram por
inexperiência, por imaturidade. A gente tem que ajudar. Quem é que é totalmente
maduro? Quem é que é totalmente traquejado ou experiente? Ninguém é. Então nós
temos obrigação de entender, de perdoar, de considerar novas oportunidades para
"todo o mundo". (Tertúlia 0843; 0h:26m).
A "confiança" tem como
etimologia a palavra "confidere",
que tem a ver com "fides"
que é "fé". Resposta (WV). Confiança é uma coisa, fé é outra.
"Fé" foi desnaturada e prostituída. É crença, não vale a pena. Eu não
acredito. Eu admito. Eu admito porque eu vivenciei. Tem um mau hábito na
ciência, de falar "eu acredito". Eles estão errados, deviam falar
"eu admito". Isto não é só semântica, é um processo de lucidez. Falta
lucidez. Se você for ver "os furos" da história de cada palavra, você
vai cortar metade do dicionário. (Tertúlia 0843; 0h:27m).
Resposta (LLJ). A acepção de raiz (da
palavra) também vai alterando. Uma das acepções etimológicas da palavra
"trabalho" é que teria a mesma origem de tortura. Hoje, a acepção de
trabalho é bem diferente da de tortura. A fé é uma coisa, a confiança é outra.
(Tertúlia 0843;
0h:31m).
Resposta (WV). A etimologia não pode
estrangular o seu pensamento. A fé é uma coisa, a confiança é outra. A
expressão "confiança" tem a acepção de uma pessoa que sabe conviver
com a outra. O processo é de coexistência pacífica. (Tertúlia 0843; 0h:33m).
Resposta (MIT). "Fidere" é "fé". Só que
toda a palavra vai ampliando a sua acepção. É o caso da gente estudar a
evolução dessa acepção. (Tertúlia
0843; 0h:37m).
Resposta (WV). Etimologia é a história
do vocábulo, do étimo, do termo, da palavra. Eu quero saber o que é que
significa, a acepção, hoje, neste instante, neste momento evolutivo. (Tertúlia 0843; 0h:38m).
Resposta (WV). É preciso ter muito
cuidado com a acepção das palavras. Eu procuro resgatar as palavras da acepção
prostituída. Na minha vida eu nunca tive discussão sobre “confiança”. Durante a
vida inteira eu discuti "fé" e "crença", por isso é que eu
uso o princípio da descrença. Nós temos que discutir as palavras na acepção do
momento evolutivo e onde nós estamos aplicando. Há palavras que têm muitas
acepções. Não podemos estar confundindo o sentido das palavras. (Tertúlia 0843; 0h:42m).
Pergunta. A dissidência é exemplo de rompimento de
confiança? Resposta (WV). Não, porque continua o binómio
admiração-discordância (por parte) de quem está mais lúcido, no caso do
maxidissidente, ou dos dois lados. Pergunta. Que é que você consideraria como
principal indicador para recuperação de confiança? Resposta (WV). Dar uma
segunda oportunidade e uma façanha, um facto, uma conquista, um trabalho, uma
tarefa, uma função, alguma coisa nesse sentido. Que haja uma parte prática no
assunto, objectiva, palpável, concreta. Eu não acho que tenha confiança só
palavrosa, não. Para a pessoa reabilitar a confiança é necessário um convívio
com novos fatos - neofatos. Conversa, palavra, o vento leva. (Tertúlia 0843; 0h:47m).
Pergunta. Eu gostaria que você analisasse a questão
de "desperticidade teática". Resposta (WV). Uma pessoa pode ser
desassediada permanente e até total mas não mover uma palha em favor de
ninguém. A teática tem que ser autoconsciente. Não há uma desperticidade real
se ela não for vivenciada pela assistência. A pessoa vai ficar livre de
"todo o mundo" para ficar no castelo dela? Não! Ela fica livre de
"todo o mundo" para poder assistir "todo o mundo". Ela vai
ser uma pessoa menos doente a ajudar o mais doente. (Tertúlia 0843; 0h:49m).
Pergunta. A pessoa com mais parapsiquismo sadio tem
mais instrumentos para ter confiança em outra porque ela acessa mais a outra
pessoa. Resposta
(WV). Sim, ela já começa a ver a aura sem a pessoa falar nada. A coisa
melhor que tem é você saber algo a respeito de alguém ou de alguma coisa sem
precisar de ter nem palavra verbalizada, sem comunicação oral. A leitura da
pessoa, a leitura dos factos, a leitura do ambiente, a leitura do contexto. A
leitura do contexto é o holopensene. (Tertúlia 0843; 0h:51m).
Tem a ver com a holobiografia da pessoa.
Às vezes eu (WV) conheço mais a holobiografia da pessoa do que ela mesma. A
biografia da pessoa para mim, é superior à autobiografia da pessoa para ela
mesma. Eu não quero que ninguém admita, mas é um problema meu, a
responsabilidade é minha, eu tenho que está alerta a respeito disso. (Tertúlia 0843; 0h:59m).
Eu (WV)
vejo o que a pessoa já fez nessa vida. Quem fez o mais faz o menos. Eu falo
baseado nos factos e parafactos. Quase sempre é mais nos parafactos. Às vezes
eu falo: - "Fulano de Tal é bom por causa disso e disso e disso..." e
"todo o mundo ri". Com o passar do tempo a pessoa mostra que é boa
mesmo. Ela mostra os feitos, as façanhas, os factos, as conquistas e as
realizações. Como eu estou de bom humor, mesmo às vezes batendo na mesa eu
estou de bom humor, vocês riem. Mas às vezes eu estou falando sério sobre o
lado bom da pessoa e é uma dificuldade porque ela não leva a sério. Há um
descrédito sobre o assunto. (Tertúlia 0843; 1h:01m).
Pergunta. O que significa a "Autoconfiança
gerada pela heteroconfiança" que está na Parafatologia ((referência ao
verbete Confiança da Enciclopédia da
Conscienciologia))? Resposta (WV). Por exemplo: eu não conheço o general
Heleno pessoalmente mas se ele fosse candidato eu ia votar nele. Isso é
heteroconfiança. Eu não estou analisando só a pessoa dele, estou analisando o
contexto do Brasil daquilo que eu posso entender hoje (ano-base 2008). (Tertúlia 0843; 1h:03m).
Pergunta. Se a pessoa ainda não é desperta e não
tem a visão extrafísica do contexto, ela nunca vai ter uma confiança total? Resposta (WV). Às
vezes ela não vai ter não, porque precisa de vivência e a vivência às vezes
precisa de parapsiquismo. Quem vive nesse corpo, nessa dimensão, está aqui por
favor e numa dependência total do corpo, da respiração, do oxigénio, dessa
coisa toda. A nossa condição nunca é completa. Não há perfeição por aqui. Há
sempre a deficienciolândia, a imperfeciolândia. Se você pode suspender um pouco
a cortina e ver lá fora o que é que tem, já é alguma coisa, já ajuda. Por isso
é que a confiança aumenta com o parapsiquismo. (Tertúlia 0843; 1h:04m).
Lá no Instituto... o último que dava o
contra em alguém era eu (WV)... é um monte de gente que eu segurei... e aqui no
CEAEC ((referência
ao Centro de Altos Estudos da Conscienciologia)) foi a mesma coisa.
Agora, teve gente que eu mesmo pedi para ir embora porque é preferível ficar à
distância para a pessoa não cometer algum deslize maior que piore a interprisão
grupocármica dela. Já tinham acontecido coisas demais... estava "todo o
mundo" contra. Quando a pessoa começa a “bater de frente” com "todo o
mundo", como é que se faz? Não há ambiente para ela! Tem coisas que só se
recuperam noutro corpo, noutra vida, noutro contexto. E outra coisa: ninguém
morre! Se a pessoa vai embora, a consciência não vai desaparecer. Se alguém não
entende esse meu modo, eu peço para entender uma coisa: vai estudar
Transmigraciologia Interplanetária. Se os amparadores, se os Evoluciólogos, se
os Serenões, se as Consciexes livres que são muito mais avançadas do que a gente
em matéria de evolução, pegam em certas pessoas, tiram de um lugar e põe
noutro, porque é que nós não podemos fazer a mesma coisa? Não é degredo nem
exílio. É melhorar de escola. (Tertúlia 0843; 1h:06m).
Quando você mostra uma realidade para a
pessoa, você não está estapeando ela. Mas tem pessoas que acham que isso é um
esbofeteio verbal que você está fazendo. Esbofeteio verbal é outra coisa, é
xingar os outros, usar baixo calão... Se você está mostrando a realidade para a
pessoa você está ajudando. Isso é o que eu (WV) chamo de impactoterapia.
(Tertúlia 0843;
1h:09m).
Exemplos de heteroconfiança são a
confiança no piloto do avião, no condutor do ônibus e no chefe de cozinha do
restaurante. (Tertúlia
0843; 1h:11m).
O balanço entre mostrar a realidade e não
mostrar a realidade é a sensibilidade fraterna. Sensibilidade fraterna. Ajudar.
Jamais colocar o egão da gente na frente mas ver como ajudar a pessoa. A
hipótese do suicídio não pode ser esquecida. Nunca se sabe. Se você não der uma
saída para a pessoa ela se desespera. (Tertúlia 0843; 1h:15m).
Pergunta. Com vamos chegar ao conscienciês se
ainda estamos preocupados com a etimologia das palavras ((referência a discussão
prévia sobre a etimologia de "confiança")) a esse nível? Resposta (WV). Nós
temos que debater todas as coisas que ocorrem. A ciência não pode excluir
nenhuma ideia, facto, condição, realidade do cosmos, seja de forma ou seja de
conteúdo. A ciência materiológica está errada porque ela afastou a consciência
do estudo. Ela devia estudar a consciência. O cientista devia estudar a si
mesmo. Nós não podemos fazer isso ((referência a excluir assuntos)). Todo o
assunto aqui, tem a sua qualidade. (Tertúlia 0843; 1h:16m).
Pergunta. Comente sobre o aprofundamento da
autoconfiança intelectual. Resposta (WV). A autoconfiança intelectual acontece
com o aumento da bagagem de cognição da pessoa. Se a pessoa não aumenta essa
bagagem, ela não vai ter confiança. A pessoa deve procurar aquela via de
conhecimento (em) que ela não está muito afeita, que ela estudou pouco, que foi
uma lacuna na formação escolar ou educacional ou cultural dela. Isso vai
aumentar a confiança no convívio com as outras pessoas. Autoconfiança
intelectual é um processo de mais leitura, de mais registo, de mais laptop, de mais escritório, de mais
grafia, melhorar a biblioteca pessoal, melhorar a inventariologia do material
que a pessoa tem, a fatuística dela (aquilo que ela conhece), melhorar a
bibliografia dos temas que ela conhece, enfim, fazer um estudo mais
aprofundado, que não seja tão superficial, mas que tenha uma certa essência. (Tertúlia 0843; 1h:18m).
A turma às vezes não tem muita
autoconfiança parapsíquica. Então é por isso que a gente regista, olha o EV, vai
aos laboratórios. Nós fizemos os laboratórios, justamente para aumentar a
autoconfiança parapsíquica das pessoas. O laboratório é como o processo
intelectual: a pessoa tem que estudar, tem que trabalhar. Todos os laboratórios
têm um kit técnico lá dentro, 16
deles (dito
em 29.04.2008) são pessoais, não têm ninguém junto - é só amparador ou
assediador ou conscener... mas a pessoa está sozinha fisicamente. Isso é muito
importante para ela crescer lá dentro. Essa autoconfiança parapsíquica é da
mesma linha do processo intelectual, mentalssomático. (Tertúlia 0843; 1h:19m).
Pergunta. Em algumas situações você fala para a
pessoa: - "Você já traiu a minha confiança mas eu continuo agindo com você
da mesma maneira, nada mudou". Esse comportamento do senhor faz parte da
"confiança integral" ((referência à frase enfática do verbete Confiança «A confiança integral da própria consciência, em si, ou em outrem,
somente é alcançada, logicamente, de modo mais definitivo, na condição da
desperticidade teática, autoconsciente»))? Resposta (WV). Faz, mas aí há
um conceito que eu não posso deixar de falar: o limite da pessoa. Você vê que
aquele é o limite dela, você não pode esperar muito mais. Num caso desses, você
deve ajudá-la, para ver se ela sai daquele limite. A gente sempre insiste um
pouquinho, mas não pode forçar a barra. Eu acho que é uma falta de
generosidade, de compreensão e até de fraternidade se você força uma pessoa
além dos limites a que ela já chegou ou daquele limite específico, dento
daquele contexto, naquela linha pensênica de manifestação. A gente tem que
respeitar a pessoa. Você não pode esperar muito dela, mas isso não quer dizer
que você vai "jogar a pessoa fora". Ela continua com crédito. Se não
fosse assim, eu estava perdido. Eu não teria assistência dos amparadores de
jeito nenhum. (Tertúlia
0843; 1h:21m).
Esta noite me tiraram do corpo ((referência a
projeção de Waldo Vieira durante o sono, promovida por amparadores)). Não
tinha serenão, mas eles estavam mostrando "um negócio" que mexia com
serenão e que mexia com mãos. Então isso veio me esclarecer uma porção de
coisas. Eu estou praticamente com o verbete já pronto. É como se fosse a perda
das mãos, na hora em que pessoa não usa mais as mãos. Esse é um dos indícios de
que o serenão já está para ir embora. É a "prescindência das mãos".
Você dispensa as mãos. Esse é um dos aspectos que eu tenho que trazer. Eu
estava falando para a Adriana: - "Eu vou levar isso e o povo vai achar que
eu estou mais pirado ainda" ((risos)). Mas eu acho que vocês já estão
entendendo o que é isso. Vamos debater o verbete depois, com calma. Você perde
as mãos, (por)que não interessam mais. A especialidade é a Manosomatologia e é
homeostático - a gente não quer ter uma mão doente. Quando é que o serenão
começa a demonstrar que ele já está dominando as coisas, que ele já está
começando a dar "tchau"
para a gente? É na hora que ele não precisa de usar mais a mão. Ele materializa,
faz o fenômeno da elongação, mexe com ectoplasmia... ele não precisa de usar
mais a mão. (Tertúlia
0843; 1h:32m).
Uma falta de confiança pode dar uma
frustração enorme na pessoa. É uma coisa muito comum no casamento. O noivado é
uma coisa, o casamento é outra. Depois de um ano, às vezes a pessoa tem uma
frustração enorme. Não era aquilo que ela pensava. Ela teve uma confiança
enorme e depois ela perdeu a confiança. (Tertúlia 0843; 1h:36m).
Normalmente, a desconfiança (da pessoa
desconfiada) é uma paranóia e isso é muito comum. Nós não podemos ver a vida
com óculos escuros. Tem que ver a vida com óculos bem claros. Senão, a pessoa
entra da sinistrose, na fracassomania, no derrotismo. Isso é patológico. Aquilo
que você pensou ruim vem tudo para você. Você evoca e sempre tem o revertério.
Tudo o que a gente procura, a gente acha. Se a intenção é boa, você tem um
retorno bom. Se a intenção é ruim, você tem um retorno mau. Se a pessoa está
pensando só o aspecto negativo, ela vai viver com o negativo e as coisas coisas
todas vão canalizando para isso. Ela vai olhar um filme e (está a passar) filme de terror,
filme de morte, filme de matança. Ela vai ver um livro que uma pessoa trouxe e
vai ter tudo de negativo dentro daquele livro. E por aí vai. Ela evoca, atrai,
faz rapport. A vida é assim. Se você
começa a pensar uma coisa boa, vem uma porção de coisas boas para a sua mão. (Tertúlia 0843; 1h:37m).
Pergunta. Eu queria saber sobre o excesso, tanto
da autoconfiança quanto da heteroconfiança. Resposta (WV). O excesso é
uma coisa que a gente não precisa nem discutir muito. A maioria dos excessos
prejudicam. Excesso é doença, é falta de discernimento. (Tertúlia 0843; 1h:38m).
Pergunta. Porque é que as pessoas têm dificuldade
em assumir os seus frafores, os seus talentos? Resposta (WV). Orgulho. O
orgulho às vezes é confundido com amor-próprio e com auto-estima. Por esse motivo,
lá no Centro da Consciência Contínua e no Instituto, eu recomendava para a
maioria das pessoas, estudar Psicologia. O primeiro cliente vai ser ela mesma
(a própria pessoa), devido a esse processo de confundir auto-estima,
amor-próprio, orgulho, vaidade... Isso aí é difícil. Se a pessoa começa a fazer
higiene consciencial, ela supera isso. Mas até ela entender... E depois de
entender, até ela decidir fazer alguma coisa... Porque é um processo de
trabalhar dia e noite. Higiene consciencial é melhorar a autopensenização, o
modo de raciocinar. Por isso eu falo em rectilinearidade do pensene. Isso é
seríssimo. É a base de tudo. Há um monte de doenças que derivam daí. O orgulho
às vezes é uma capa para uma doença paragenética, psiquiátrica. Temos que entender
o doente e ajudar. (Tertúlia
0843; 1h:43m).
Pergunta. A paragenética, lá no fundo é a base do
passado, a afinidade com a baratrosfera. Como é que a gente pode, com o trabalho
diário de higiene mental, mexer nesse núcleo baratrosférico dentro da gente? Resposta (WV). É
anotar tudo, melhorar a agenda e a pessoa estabelecer prazos: curto, médio e
longo prazo. É o processo da Conscienciometria. É o conscienciograma da recin -
não da recéxis. Há uma diferença enorme quando a abordagem é da recin ou da
recéxis. Recéxis é "reciclagem existencial", é o contexto, a vida da
pessoa. Recin é "reciclagem intraconsciencial", só dentro da pessoa,
é o íntimo, o inner. Esse é que é o difícil. É a conduta da pessoa, a técnica
de viver, o modo de ser. (Tertúlia
0843; 1h:48m).
Pergunta. O aumento da autoconfiança não estaria
directamente ligado com os êxitos alcançados que novamente infla a confiança,
num processo que se autoalimenta? Ou apenas através do processo pensênico
podemos nos tornar mais confiantes? Resposta (WV). O aumento da autoconfiança
pode ser sim, baseado nos êxitos. Uma coisa puxa a outra e enriquece. Mas,
através do processo pensênico, a pessoa vai fazer isso de uma maneira mais
ampla, profunda, abrangente, mais séria e para sempre. Na hora que ela melhora
o modo de pensenizar, ela melhora tudo o mais. Aumenta a autoconfiança porque
ela viu que melhorou do ponto de vista íntimo. Não foi uma melhoria apenas de
forma, exterior, de rótulo. Então (o aumento da confiança) é muito mais sério do
ponto de vista do processo pensênico. (Tertúlia 0843; 1h:49m).
Pergunta. Você falou que uma pessoa pode ser
desperta sem fazer assistência. Dentro da escala evolutiva, até que nível ela
ou ela pode chegar? Resposta (WV). Uma pessoa que é desassediada permanente
mas não faz assistência aos outros não vai evoluir com a condição dela. Ela só
evolui através da assistência quando ela se torna a minipeça dentro do
maximecanismo interassistencial. Sem isso, ela vai ficar mais ou menos do mesmo
modo e às vezes pode até regredir. Se ela começar a ficar estacionária, ela já
regrediu. A consciência tem que estar trabalhando. É igual ao dinheiro, à água,
ao sangue, a uma empresa, tem que estar sempre em evolução, sempre progredindo.
(Tertúlia 0843;
1h:51m).
Pergunta. Nesse caso, da pessoa não fazer
assistência, ela não atingiu o patamar do desperto, ela está numa condição de
não sofrer assédio, é isso? Resposta (WV). Não, teoricamente ela é desassediada.
Agora, ela vai ter que usar a desassedialidade dela. Uma boa parte dessas
pessoas ainda têm um ego muito grande. Se uma pessoa não faz assistência aos
outros é porque ela é egóica. Eu, para mim, considero esse tipo de
personalidade, a mais paradoxal. A pessoa não tem má intenção mas também não
tem boa intenção de ajudar nada. Ela criou um cosmos somente para ela. É uma
torre de marfim violentamente técnica. Isso existe. Ela nem quer aparecer, nem
retrucar aquilo que você falar, ela está na dela. É mais do que autismo. O que
tem de bom nisso é que essas pessoas são poucas. (Tertúlia 0843; 1h:52m).
Pergunta. A desconfiança gratuita que às vezes
existe entre os grupos e as pessoas pode ser de uma vida para a outra? Resposta (WV).
Pode, mas às vezes é dessa vida mesmo porque a pessoa ficou estigmatizada.
Criaram a imagem da pessoa – "fez fama, deita na cama". (Tertúlia 0843; 1h:54m).
Pergunta. Como é que se confia numa pessoa que
está estigmatizada? Resposta (WV). É melhorar o estigma dela. Ela mesma
tem que fazer força. Mostrar um feito, uma façanha, um trabalho. Fazer uma coisa
e depois mostrar, para desfazer aquela imagem. Quase sempre o estigma é um
processo superficial, quase sempre social. Com jeito, é fácil limpar. (Tertúlia 0843; 1h:56m).
Pergunta. Quando você sente que tem rasto negativo
e um país que deseja conhecer, que faria você nessa situação? Resposta (WV). Se
está dentro, cai fora. Se está fora, não entre ((risos)). (Tertúlia 0843; 1h:58m).