Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Tertúlia 0937 - Matriz cultural



Tertúlia 0937, Matriz cultural, YouTube, canal Tertuliarium, https://www.youtube.com/watch?v=VanvqAA4YNQ, publicado em 28 de março de 2013.


Pergunta. O que é a paranestesia e qual o seu tempo de duração em média? Resposta (WV). O amparador, assistente extrafísico do paracirurgião faz uma paranestesia na pessoa. Geralmente a anestesia serve só para aquela intervenção. Essa intervenção pode ser óbvia ou pode ser uma cirurgia invisível. Nas cirurgias invisíveis, é lógico que sempre tem uma paranestesia. Eu mesmo já usei, comigo e com outros, esse processo da paranestesia. No caso, a paranestesia não foi feita com hipnose nem nada disso. É só na base da ectoplasmia, energia bem localizada. No livro Projeciologia eu falo sobre paranestesia. (Tertúlia 0937; 0h:03m).

Pergunta. Por vezes vejo em minha mente algo ruim acontecendo, tipo ver um carro batendo em outro no trânsito, ou imaginar uma pessoa caindo do parapeito onde ela estava. Quando isso acontece, eu nego a informação para não ficar sentindo aquela sensação ruim e nem projetar naquilo e felizmente nada acontece, realmente. Tem alguma coisa que eu possa tirar desse processo? Resposta (WV). Está errado o seu modo de agir. Você não pode ter medo de uma coisa dessas. Tem que enfrentar. Isso aí acontece espontaneamente com você devido ao processo do parapsiquismo. Se os assediadores - que podem até ser por exemplo pessoas da sua família ou do seu ambiente - virem que isso é um ponto frágil seu, vão atacar você por aí. Tem que enfrentar, fazer o autoenfrentamento, tem que desenvolver o seu parapsiquismo. Tem que ter muita autocrítica, para regularizar o seu processo de imaginar as coisas, cortar da sua cabeça todo o excesso de imaginação e ver a racionalidade. Na clarividência, você vê o que vai acontecer. Conforme o caso, se tem ambiente, você fala. Se não há ambiente, se você vê inconveniente ou na dúvida, não deve falar nunca. Essa é a regra, mas há casos em que não pode deixar de falar. Há casos em que não vai ter a compreensão de todos, mas o que interessa é a compreensão daqueles que sejam mais essenciais porque o resto… não tem jeito. Quando o caso se confirma (...) você limpa o seu nome, mas é preciso ter cuidado até isso acontecer. Então, tire partido do processo, educando a sua imaginação e desenvolvendo o seu parapsiquismo. Observe bem os processos das energias, use mais o estado vibracional. (Tertúlia 0937; 0h:05m).

Pergunta. Não entendi o crescendo coerência da nuança–mutilação cultural. Pareceu-me mais um antagonismo. Resposta (WV). Não é antagonismo. É um crescendo patológico. A pessoa viu uma nuança, coerente com tudo o que ela faz. Se ela ficar na nuança, devido à coerência, ela vai ficar na especialidade, não sai daquilo e fica “hemiplégica” - com mutilação cultural. Nós não podemos estar super entusiasmados com algum pequeno detalhe e esquecer o todo. Uma partícula não pode ser comparada com o todo. (Tertúlia 0937; 0h:07m).

Realidade única é esse “negócio” que eu (WV) falo: não seja especialista “hemiplégico” - use o generalismo; não fique no varejismo - use o atacadismo; não fique na monovisão - veja a cosmovicão. (Tertúlia 0937; 0h:09m).

Pergunta. Passei a observar que, quando estou fazendo EV sinto nas palmas das mãos uma vibração como se fosse uma ventoinha e o coronário e o frontal com uma forte pressão. O senhor acha que pode ser desenvolvimento ou estou com “boi na linha”? Resposta (WV). É desenvolvimento. Pergunta. Passei a ter também sonhos tão vívidos que vejo pessoas e lugares com clareza e ainda conversamos. São lugares bonitos e as conversas são lógicas, apesar de não serem de assistência. Já fui ver, duas vezes, ao que parece, um curso. Pode ser início de projeção lúcida? Resposta (WV). Pode ser ou já é. Analisa tudo, põe no laptop para fazer autocrítica, confrontos e comparações de tudo isso. O chacra palmar está na palma da mão e às vezes parece mesmo ventoinha, você tem toda a razão. Em vez de ventoinha, a gente usa o termo aspersor porque a ventoinha é o início do princípio do começo – o importante é o aspersor ((referência à dispersão de energia pelas mãos)). Existem para-aparelhos da tecnologia deles ((referência aos amparadores extrafísicos)), que às vezes eles adaptam na mão da pessoa para atender maior número de pessoas. Comigo aconteceu tudo isso. Fica um jato permanente, com energia contínua em vez de energia alternante. Vamos estudar, que você está no caminho. É por aí, mas use bastante autocrítica e não fique com entusiasmo demais. (Tertúlia 0937; 0h:10m).

Cada pessoa que fez um curso intermissivo tem uma origem pessoal, individual, diferente dos outros, com linhas de conhecimento diferentes: literatura, religião, ciência, artesanato, arte... Isso criou a matriz paracultural da autoparaprocedência da pessoa, principalmente quando a pessoa, dentro dessa linha de conhecimento, começou a fazer assistência aos outros. Na hora em que começa a assistência, há o turning point, tudo muda no processo da evolução. Uma coisa interessante é que essa cultura parapsíquica às vezes nasce daí. Por exemplo, uma pessoa que passou pela religião e se saiu bem, que fez assistência, tem mais chance de evoluir mais rápido no processo do desenvolvimento e paradesenvolvimento do parapsiquismo. Isso varia de pessoa para pessoa. Outra coisa séria é a empatia técnica das companhias que a pessoa teve na paraprocedência, no mesmo nível - se são companhias têm afinidade. Pense, pergunte a si mesmo, quais são as suas tendências, os seus skills, os seus talentos, os seus dons, a sua vocação real. Veja a sua vocação quando criança, depois na adolescência e depois na adultidade, quando você está maduro. Às vezes, na infância você queria ser soldado, na adolescência queria ser cantor e na maturidade quis ser psicólogo. É muito importante ver o nível dessa vocação consoante a faixa etária. A pessoa tem que ver o que é que predominou para ver a paraprocedência dela. A predominância não deve ser nem o soldado nem o cantor, deve ser o que ela arranjou quando adulta. (Tertúlia 0937; 0h:11m).

Pergunta. Em relação à matriz paracultural religiosa, o senhor comentou (anteriormente) o processo religioso do Emmanuel e do Padre Pio (...). O senhor comenta que quando (a pessoa) começa a assistência é que dá o turning pointResposta (WV). Pois é, mas (a pessoa) começa sempre na assistência da tacon. Depois é que passa para a tares. A maioria tem uma dificuldade enorme de fazer a passagem da gravitação da tacon para a tares. Daí a dificuldade de nós termos chegado aqui. (Tertúlia 0937; 0h:25m).

Pergunta. Extrafisicamente, o Padre Pio já pode ser considerado um amparador ou é guia-cego? Resposta (WV). Não, ele está muito enrolado ainda e não pode sair daquilo ((referência à religião)). Ele é tipo Chico Xavier. (Tertúlia 0937; 0h:26m).

Eu (WV) conheci o padre Eustáquio pessoalmente, na minha infância. Ele curou um colega meu do grupo escolar. Eu vi e senti a energia do “cara”. A minha mãe perguntou-me o que eu achava e eu respondi: - “Mamãe, ele tem eflúvios! O homem tem força! Esse aí cura!” O menino melhorou. Ele estava com umas coisas esquisitas com repercussão no pulmão, mas eu não sei bem o que era porque eu era garoto - nove ou dez anos. Ele visitou muitas cidades de Minas Gerais e foi a Monte Carmelo. Ele abençoava um por um, às vezes coletivamente e o povo melhorava mesmo. Era desses curadores da igreja católica. Eu conheci-o, estive pertinho dele. (...) O menino curou e a partir daquele dia nunca mais teve nada. Eu sei porque eu conhecia-o e vi. (Tertúlia 0937; 0h:27m).

Pergunta. A gente poderia estabelecer uma relação entre o padre Pio e o evoluciólogo que esteve aqui ((referência à consciex amparadora Magister))Resposta (WV). Eu acho que eles têm relação, mas esse que esteve aqui já está um pouco mais avançado. Do padre Pio, você tem que lembrar o aspeto parapsíquico - ele era um médium, um sensitivo. E o padre Eustáquio a mesma coisa. Os dois trabalharam para a difusão da igreja católica e estavam muito enrolados com isso. O padre Pio estava muito enrolado e era italiano. Então, tinha muito fanatismo no processo da igreja e do Vaticano. Tem gente até que o combatia porque achava que os estigmas dele eram fajutas. (Tertúlia 0937; 0h:28m).

O padre Eustáquio era uma pessoa bondosa, ele era um pai, ou uma mãe, de batina. Era um grande “cara”. Em Belo Horizonte tem um bairro com o nome dele. Eles gostam dele (…) mas é tudo na base da tacon. (Tertúlia 0937; 0h:29m).

Pergunta. Você pode falar um pouco da força intermissiva da autoproéxis? Resposta (WV). Quando a pessoa adquire a ideia de fazer uma vida programada sem nunca ter pensado nisso ou ter passado por essa experiência, essa ideia nova dá outra motivação, força, interesse, dedicação. Há um problema mais sério sobre a vida. A pessoa está vendo que ela não vai ter uma vida à toa - que vai ter uma vida estudada, planejada, programada. Essa é que é a força intermissiva da autoproéxis. Porquê? Quantas intermissões a pessoa teve antes e nada disso tinha acontecido! É uma novidade, uma renovação “terrível”! É o que acontece com a maioria, aqui. (Tertúlia 0937; 0h:38m).

Pergunta. Como aplicar o atributo “autodiscernimento quanto à Cogniciologia Evolutiva”? Resposta (WV). A Cogniciologia Evolutiva é o que nós estamos tentando fazer aqui através das tertúlias. A maioria (dos assuntos que tratamos) é evolução, é evoluciologia. (...). Quanto mais a pessoa se conscientizar e estiver lúcida, desperta, para o mecanismo da evolução, mais fácil é ela evoluir e dominar o seu temperamento, fazer reciclagem, estudar conscienciometria, ver o que tem de trafar e trafor e para onde deve caminhar. Por isso a evoluciologia é seríssima. A Cogniciologia é conhecimento, saber, experiência, traquejo na questão evolutiva. Isso é da inteligência evolutiva - o mecanismo de onde você veio, o que é que está fazendo aqui, para onde você vai e que é que vai acontecer com você no futuro. Isso é a base da Filosofia Clássica e as perguntas básicas da própria Filosofia em geral. No caso ((referência ao verbete Matriz cultural)), matriz cultural é cognição e a cognição só interessa pela evolução. Saber as coisas para matar os outros não interessa, não tem evolução nisso - pelo contrário, tem regressão. (Tertúlia 0937; 0h:39m).

Pergunta. O tema central do verbete ((referência ao verbete Matriz cultural)) é homeostático. Porque é que o senhor colocou homeostático? Porque não seria, por exemplo, neutro? Resposta (WV). É porque eu não quero levar vocês para ficar do outro lado ou para ficar no meio do caminho. Na nossa questão de cultura, “ou topas” ou “não topas” - caí fora, a porta da rua está ali, vai embora, não fique aqui. Você está entendendo? Eu tenho que chamar a atenção para isso, está entendendo ((justificando o tom da resposta))? (Tertúlia 0937; 0h:42m).

Pergunta. A matriz cultural é a base, o ponto de partida da reeducação pessoal? Resposta (WV). Para a pessoa que já tem ideia disso. Mas a maioria é só de “educação”. “Re” é muito “caro”, o povo ainda está muito pobre para “comprar” a reeducação. Nós aqui é que estamos começando a entrar nisso. A reeducação é que tem que partir para a ressocialização. Por exemplo, o Brasil está precisando das coisas mais triviais e rudimentares, está precisando de melhorar o poder judiciário e depois o resto. A reeducação é o caminho do Estado Mundial. (...) As bases da reeducação pessoal variam com a faixa etária e a experiência. Quando você conheceu a Conscienciologia, você não pensou em reeducação, você estava curioso. Depois você foi se ajustando, acertou seu passo e descobriu que alguma coisa disso “topa”. Então começou a estudar, até bateu na porta do João Aurélio que estava estudando a Conscienciometria. Eles falam para você que você tem que reciclar - você é da recéxis ou da invéxis? Aí você descobre que ainda é rapazinho, não fez muita besteira, não tem muito pecadilho mental - então é da invéxis. Começou a reeducação. Enfrentar a invéxis, já é reeducação. E nunca pensou nisso antes. A filosofia do processo, a política pessoal para caminhar nessa escola, isso nunca foi pensado antes. (Tertúlia 0937; 0h:43m).

Pergunta. O que o senhor acha de Thomaz Morton, parapsiquista físico? Resposta (WV). Esse eu estudei com calma e estive lá com o meu filho na casa dele. Na época, ele tinha 40 anos. Ele tinha mesmo parapsiquismo, mas quando podia usava também tudo o que pudesse “para cobrir as necessidades”, inclusive a lanterninha de médium fajuta, farsante e mistificador e evitava que a gente fosse fazer uma pesquisa mais direta no “negócio” dele. Ele era muito imaturo quanto à energia. Eu estava com ele num restaurante, na hora do almoço, entre as 11h e o meio dia, de dia, com sol quente, mas dentro de casa. Ele pegou uns “negócios” para mexer com energia para uma pessoa e pediu: -“Trabalha comigo aqui”. Nós mexemos com a energia e daí a pouco começou a aparecer uns “negócios” de remédio que se transformou em perfume na minha própria mão, sem eu pegar em nada. Isso tudo aconteceu. Existia o fenômeno e existia também o processo dele aumentar as coisas. Uma porção de coisas tinha lá na casa dele. Foi lá que aconteceu também o caso dos passarinhos durante uma irradiação que ele (costumava fazer) às seis horas da tarde na hora do Ângelus ou da Ave Maria. Ele irradiava, nós trabalhámos com a energia e chamámos os passarinhos. Os passarinhos chegavam, ele falava e os passarinhos “falavam” mais alto do que ele. O efeito físico era real, mas ele era muito imaturo. (…) Hoje eu não sei o que é que acontece com ele. (Tertúlia 0937; 0h:58m).

Pergunta. Poderia comentar a obra-prima de Pietro Ubaldi intitulada A Grande SínteseResposta (WV). A Grande Síntese tem muita coisa interessante, mas tem também processos que hoje estão superados e que não correspondem à ciência. Mas ele abriu o caminho, do ponto de vista filosófico, para muita gente estudar. Do meu ponto de vista pessoal, a maior obra dele não é A Grande Síntese, é O Sistema, onde ele mostra o que se passava com ele na condição de sensitivo e onde a gente vê que ele ignorava os fenômenos, do jeito que precisava, porque ele era muito enrolado com a igreja católica. No Sistema, ele revela as Noúres - tema e título de outro livro dele - um processo de ondas mentais. Na exposição, nota-se que aquilo é o fenômeno da clarividência viajora. Ele tinha clarividência viajora, mas nunca ficou sabendo disso. Eu conheci de perto o professor Pietro Ubaldi, trabalhei com ele. Era um dos homens que tinha mais força presencial, em matéria de energia, que eu vi na minha vida. Ele era fechado - tinha força presencial trancada, fechada - ele não era aberto, não era extrovertido, era introvertido, fechado, ensimesmado. Você notava a energia dele. Ele chegava num lugar e mudava a energia. (...) Do ponto de vista geral, o problema maior do professor Pietro Ubaldi foi que a igreja católica pegou A Grande Síntese que ele considerava a sua obra prima, e colocou no Índex da igreja ((referência a livros proibidos)) e ele ficou com essa mágoa. Ele veio para o Brasil e os espíritas acolheram-no. Eu e o Chico tivemos muito contato com ele, em vários lugares, em várias coisas, ele foi lá a casa almoçar com a gente. Por isso eu posso falar dele. Do ponto de vista emocional ele era uma criança, estava ressentido. Mas era uma grande personalidade - mentalsomático. Ele trabalhou, nasceu ou viveu na área de São Francisco de Assis. Isso influiu de mais - a mesologia, a educação, a criação dele. (Tertúlia 0937; 1h:01m).

Pergunta. Como podemos entender o processo de captação empregado por Pietro Ubaldo na elaboração de suas obras? Resposta (WV). O melhor é você (ler) O Sistema e depois estudar nos livros de Parapsicologia ou até nos meus, o que é a travelling clairvoyance - clarividência viajora. Essas correntes de pensamento que são as Noúres das esferas mais evoluídas da existência, isso é a transmentação. E muita coisa não é. Ele saía ((referência a sair do corpo)), ia lá, captava o “negócio” e vinha para cá, mas ele nem percebia isso direito, ele não estudou isso direito. Em matéria de fenômeno parapsíquico ele não estudou muito porque a igreja católica obstruiu, obnubilou a condição dele de perceção e de abordagem. (Tertúlia 0937; 1h:04m).

Pergunta. A baixa humidade do ar pode ter um efeito danoso sobre a prática do EV? Pergunto isso pois tenho percebido nos últimos tempos dificuldades de perceber os efeitos do EV e como sou de Belo Horizonte, gostaria que o senhor comentasse. Resposta (WV). Melhore o problema da hidratação aonde você estiver trabalhando, limpe bem seu nariz e tome mais banho. Em Belo Horizonte eu estava limpando o meu nariz com água quente, para evitar sinusite, bronquite e outras coisas mais. (...) Você tem razão. Limpe bem seu nariz com água quente várias vezes por dia. Tome banho e procure hidratar (o ambiente) - pode ser uma bacia com água dentro do quarto (...), um humidificador ou baixar a temperatura com ar condicionado depois de limpar tudo. Isso pode ajudar nos movimentos do EV. (Tertúlia 0937; 1h:05m).

“Cremes de culturas” é uma expressão da Sociologia (para indicar) mistura cultural. (...). Vamos falar de creme de cultura em Foz. Aqui é um lugar ímpar, singular - 79 nacionalidades (ano-base 2008). Você quer mais creme do que esse? É um caldeirão! O caminho é o universalismo. O paradoxo é que Foz fica numa fronteira entre três países (e tem gente de outros 76 países). Na Europa há muitos lugares de transição, mas no Brasil não tem outro lugar assim - nem na América latina ((referência a aglomerados populacionais relativamente pequenos como Foz com 1,2 milhões de habitantes e não incluindo nesta comparação cidades com 5 ou 6 milhões de habitantes)). (Tertúlia 0937; 1h:08m).

Pergunta. Sobre essa questão da matriz cultural na abordagem da Civilizaciologia, essa seria mais relevante ou do ponto de vista multidimensional seria outro? Resposta (WV). Do ponto de vista intrafísico é mais relevante. Mas a parte intrafísica influi demais no resto. Então, a gente tem que falar em matriz cultural de qualquer maneira. Por exemplo, vocês querem que eu fale tipo Mineiro ou não? É matriz cultural. A matriz cultural, influi demais na questão de comunicação. Pergunta. Resposta (WV). Na hora em que você vai fazer uma abordagem, uma definição, (tem que) embasar, tem que localizar. Por exemplo, jamais esqueça aquela língua que você aprendeu na sua infância. Deve aplicá-la e se você for fazer um livro deve fazer primeiro naquele idioma. A matriz cultural no caso intracerebral, é terrível em matéria de comunicação porque aquilo é a sua base. Tudo está ali. Por exemplo, o meu português é muito melhor para fazer qualquer redação, qualquer elaboração de pensamento grafado, do que qualquer outro idioma. (Tertúlia 0937; 1h:12m).

Pergunta. Professor Waldo, ao longo da evolução, dentro das suas pesquisas, dessas consciências mais evoluídas que o senhor já conheceu, o mais sério é a diversificação dessa matriz ou a maneira como você convive? Resposta (WV). Diversificação. É a realidade única - você tem que trabalhar todas as diversificações de abordagem que o Cosmos oferece a você. Não adianta a ciência materialista, materiológica, que olha só a matéria. Isso é a parte física. Você tem que estudar todas as ciências que existem. Aí vem: o generalismo; o atacadismo; o universalismo; a cosmovisão…. É uma realidade única, interativa, monobloco, uma coisa só. Pensa no Cosmos multifacetado e multidimensionalizado, como ele é. Não adianta nós estudarmos só esta dimensão. Isso é muito pouco. Por isso o parapsiquismo é indispensável. Eu quero chamar a atenção para a realidade única e clarear isso bem. Pergunta. É (realidade) única no sentido da central extrafísica da verdade? Resposta (WV). É uma coisa só. O Cosmos é uma coisa só. A borboleta que está batendo aqui (tem relação) com o deserto de Sonora. Tudo tem relação. Não adianta ser especialista, tem que ser generalista. Pergunta. Isso é propriamente o paradigma consciencial, não é, professor? Resposta (WV). É, total. A base da estrutura do paradigma da consciência é isso, porque a consciência não é simplista, não é simplória, não é elementar, nesse nível nosso. Nós já somos alguma coisa - nós somos complicadinhos. (Tertúlia 0937; 1h:16m).

Pergunta. Dentro dessa abordagem de matriz cultural, o senhor acha viável, o senhor acha possível, uma pessoa que tenha bastante abertismo e um caráter mais universalista, ela compreender esse paradigma da Conscienciologia na totalidade, sem ter curso intermissivo? Resposta (WV). Não há dúvida. O processo é de abertura íntima, o que eu chamo de abertismo consciencial. Foi um dos primeiros verbetes que eu trouxe, para atingir esse povo. Pelas coisas que eu tenho recebido e por alguns pedidos da tenepes, já estão chegando. Ainda não é o melhor, porque está chegando o povo que sofre, que está com doença, que não admitia isso e que agora está começando a admitir, que está pedindo auxílio. Ainda estão vindo, como se fiz na religião, pela dor. Isso não é o ideal. É melhor que venham pela racionalidade. (Tertúlia 0937; 1h:19m).

Pergunta. Para denominar essa realidade única, que seria abrangente, o senhor chegou a pensar na expressão “realidade una”? Resposta (WV). Não. Tem uma coisa superior a isso que não sou só eu que uso; a unidade da realidade. Pergunta. É como se essa realidade única, por exemplo, do planeta Terra, só seria possível ser percebida por uma consciex livre? Resposta (WV). Você está falando uma coisa que não é o ideal. A realidade única do planeta é muito pouco - é a realidade do Cosmos, de todas as dimensões. (...) O seu cérebro atinge quantos paracérebros? A gente não sabe. Não venha falar em milhões que é pouco. Põe as consciexes nisso. É por isso que eu falo que está chegando a 54 bilhões de consciências hominais, humanas ((referência a conscins e consciexes)), só neste planeta. Enfim: nada de ir ao supermercado - vocês têm que ir ao macro; nada de ir à vendinha - vocês têm que ir ao supermercado; nada de ir ao hospital superespecializado - vocês têm que ir ao geral. Senão, não adianta. Tudo indica que esse (hospital) do padre Pio deve ser geral. (Tertúlia 0937; 1h:20m).

Vem Allan Kardec no meio do século XIX e dizer que a pluralidade dos mundos habitados é um facto. Isso é a realidade. Eu (WV) já sabia disso há quantas vidas! Não tem jeito de sair disso. (Tertúlia 0937; 1h:25m).

Pergunta. Qual a avaliação que o senhor faria da obra e do próprio Nelson Rodrigues ((referência ao escritor Nelson Falcão Rodrigues [1912-1980]))Resposta (WV). É popular e superficial. Ele julgava muita coisa, mas não dava solução para nada. Ele mostrava a “doença”, mas não dava a “terapia” nem a “profilaxia”. Nesse aspeto, ele é um fracasso. Que adianta você expor todos os males das pessoas se você não dá um diagnóstico nem a terapia nem a profilaxia? Isso é a “droga” do problema da literatura – põe o dedo na ferida, mas só fica nisso. Não trata, não cura, não leva para o pronto-socorro, não faz nada. Eu sou contra isso. Já na época eu tive debate com o povo sobre isso, mas geralmente eu estava isolado, ninguém via o meu lado, era “todo o mundo” contra. (...). Ele “pegava” só o lado pior de tudo. O estudo do bas-fond, da sarjeta, ajuda a mostrar e difundir a realidade, mas… E o tratamento? E a terapia? E a prevenção disso? Você não vê nada no Nelson. Só desvio, desvio, desvio…. É como se a Terra fosse um lugar só de lunáticos, de doidos. A maioria da literatura é baseada nisso. (...) Ele debate, sobre certo aspeto, a parte sociológica – é a única coisa positiva. Se uma pessoa está estudando a época, vale a pena ver as peças, o trabalho, as crónicas. Mas só isso, ainda é muito superficial, é perda de tempo. O (que importa) é aprofundar a lógica e a racionalidade de quem está ponderando, para chegar ao prioritário evolutivo. O prioritário evolutivo que eu vivo falando aqui. (Tertúlia 0937; 1h:26m).

Pergunta. Até que ponto a paraprocedência define a matriz cultural da conscin adulta? Resposta (WV). A paraprocedência mostra o passado da pessoa. A pessoa tem afinidade com a paraprocedência. (Tertúlia 0937; 1h:28m).

Pergunta. Eu queria que o senhor aprofundasse o binômio matriz cultural–materpensene pessoal. Resposta (WV). Uma pessoa pode chegar aqui e não se dar bem com o que ela acha. Então, o materpensene dela é outro e a pessoa sofre a síndrome do estrangeiro. O ideal é quando o materpensene é superior à matriz cultural do holopensene de onde a pessoa nasceu. Olha o meu caso: eu saí da minha terra aos 12 anos e nunca mais voltei. Alguma coisa estava procurando diferente daquilo que eu encontrava lá. Eu não tenho nada para reclamar. Eu acho que até que a minha infância foi muito boa, com todas as tragédias, loucuras, as minhas doenças e o meu nascimento (problemático). Eu não reclamo nada disso, mas o meu materpensene é bem diferente disso. Uma das vezes em que eu fui à minha terra para ver o povo, eu encontrei gente da mesma idade que eu que estavam do mesmo jeito. O gap entre eu e aquela pessoa que era meu amigo, era uma coisa absurda. Dá pena. Ficam na base da nostomania, da nostalgia, cultivando a saudade. Ali, a gente começa a conversar e tudo quanto é gente que já morreu vem para perto. Tudo isso eu vi. Pergunta. A gente pode dizer que a forma holopensênica alimenta essa matriz cultural? Resposta (WV). A forma já é um local que está ali, é uma egrégora, ela está firme ali, é um holopensene que está funcionando. Só de nós termos saído da Europa, já é um ganho evolutivo. Você já se libertou de um nível de conservantismo, de conservadorismo ou de tradicionalismo imenso. Pergunta. É uma espécie de recéxis, nesse caso? Resposta (WV). Indiretamente é. Pergunta. E você mudar essa matriz cultural para melhor, seria uma recin? Resposta (WV). É, mas hoje em dia tem uma coisa muito boa, mas o povo ainda não está sabendo mexer com isso bem: a comunicação física. É o transporte, as viagens, os veículos, a possibilidade de comunicação física. Isso melhora a matriz cultural, melhora o entendimento universalista das coisas. A pessoa precisa de ser lida, mas é bom que ela seja também viajada, quando for possível. Hoje isso está mais fácil, mais acessível, mais viável. Isso é importante. (Tertúlia 0937; 1h:29m).

Resposta (WV). Exemplos de mudança da matriz cultural: a pessoa que está numa religião e vem para a ciência; a pessoa que sai da tacon e vem para a tares. A Laura é um bom exemplo disso: veio de uma matriz europeia para cá, (para uma matriz) totalmente diferente. Ela vê a antipodia, os antagonismos dos interesses, dos pensamentos, dos objetivos. Ela vive falando isso e ela sofre até com isso, em função dos outros. Ela tem pena e está sempre perguntando: -” Como fazer?” (Tertúlia 0937; 1h:33m).

A matriz mental é o conjunto, o resumo daquilo que a pessoa trouxe das vidas anteriores dela. Até um certo ponto, é o temperamento dela, que é a base de tudo e que é o último que vai mudar. È aquilo a que ela está acostumada, com muitos corpos, muitas vidas do mesmo jeito. Então ela raciocina daquele jeito e tem tendências daquele jeito. É um processo holobiográfico, grandão e individual. O coletivo, é do povo que se junta. Há gente que é de uma etnia há mais de um milénio ou de uma profissão há séculos. Outros têm uma tendência artística há 800 anos - muitas vidas. A nossa tendência agora é criar a matriz da megassistencialidade, ou da interassistencialidade. A nossa mudança de matriz mental (aqui) é quase total. Há gente que chega até a renunciar a certas coisas para estar aqui. É uma mudança séria. Veja, a culpa não é minha, nem sua, nem a Conscienciologia tem nada que ver com isso. É a pessoa que “estava noutra” e ela tem que mudar a linha dela. A manifestação é outra. Uma coisa que você pode estudar é por exemplo o percentual que você teve que mudar para admitir a Conscienciologia do jeito que nós estamos mostrando aqui hoje. Quanto? Há certas pessoas que já nasceram com a Conscienciologia no hemisfério direito e no hemisfério esquerdo, outras, só no lobo frontal, outras estão pior - só no occipital. Até levedar a massa cortical, demora. (Tertúlia 0937; 1h:34m).

Pergunta. Eu gostaria que o senhor comentasse a volta à penates. Resposta (WV). Penates eram os espíritos Lares da época da Grécia Antiga. Com o tempo criou-se muita lenda, saga, folclore. Então, voltar à tenepes é voltar à terra natal. É você voltar à Argentina depois de muito tempo, mas para ficar lá. É voltar ao espírito Lar, ou seja, àquelas entidades extrafísicas domésticas, da sua casa. Você vai ser acolhida de novo por elas. É voltar à terra natal. Mas vocês sabem que do ponto de vista parapsíquico (isso não é bom). Desde a Antiguidade eles acham que uma pessoa naquele corpo não deve voltar para aquele lugar (porque se o fizer) ela está regredindo. Você já pensou em voltar ao curso primário para aprender a tabuada? (Tertúlia 0937; 1h:39m).

Pergunta. Durante um campo projetivo, o Wagner e a Nancy perceberam umas energias de um possível serenão no sul de Minas. Resposta (WV). Ele me falou. Ele está localizando e está achando que é esse serenão que eu falei que está lá. Pode ser. Pergunta. E esse serenão teria a ver com essa questão da renovação da matriz cultural daquela região? Resposta (WV). Todo o serenão tem relação com isso, mas nem sempre ele consegue fazer. Você já pensou, o Esquimó, lá nos Estados Unidos, no estado de New York, ajudar New York, com aquelas coisas todas? Haja serenão! Pergunta. Mas o (serenão) dessa região tem relação com Itália? Resposta (WV). Não sei. Eu só sei que ele era um homem. Eu estive em cidades do interior de Minas também, inclusive em Três Pontas. Pergunta. Ele comentou que naquela região de Três Pontas, Muzambinho, é que foi percebida a energia do serenão. Resposta (WV). Ele acha que é para o lado de Muzambinho. Ali tem coisa. O Chico, meu amigo – não é Chico Xavier, é o outro Chico, com um beição enorme e um barrigão, padre, de batina preta, ele é que era o orientador e guia do centro espírita Humildade Amor e Luz da minha infância. Chico Vítor – Francisco de Paula Vítor, era o nome dele. (...). Eu vi-o, o padrão - que ele é enorme, com um barrigão enorme, beiçudo, preto retinto. Eu vi-o, pela minha clarividência, com 5 ou 6 anos, na aula de moral cristã. (...). O Chico Vítor é de lá. Ele era para ser considerado o primeiro santo do Brasil. Eu não o conheci pessoalmente, é lógico, conheci-o extrafisicamente. Ele às vezes aparecia quando eu fazia projeção. Ele está atendendo muita gente da igreja católica. (...). Pergunta. Então, tem a ver com a renovação do processo religioso da área? Resposta (WV). Tem. Minas Gerais e o Paraná precisam disso. (Tertúlia 0937; 1h:41m).

Pergunta. Assisto as tertúlias em MP3 - media player 3 - e faço o módulo 2 da Escola de Projeção Lúcida. Percebo a exteriorização e absorção de energias, porém tenho dificuldade de perceber as energias num circuito fechado para atingir o EV. Que posso fazer? Resposta (WV). Se você já percebe a exteriorização e absorção, está bom. O circuito fechado, é você que tem que o incentivar. Começa a pensar que você vai jogar energia até aos seus pés e depois puxar para a sua cabeça. Trabalha uma hora nisso, por exemplo, três vezes por semana em horários diferentes, num ambiente bem calmo. Só pensa isso. Colocar a energia para os pés e depois puxar (para a cabeça). Pensa na pré-kundalini ((referência aos chacras secundários existentes nas plantas dos pés)). Da planta do seu pé ao topo da cabeça e (do topo da cabeça à planta do pé), até entrar num circuito. Com o passar do tempo você vai ver isso funcionando. Se você fizer isso, a sua sinalética vai crescer e desenvolver mais rápido. Isso é uma das grandes coisas para desenvolver a sinalética energética parapsíquica da pessoa. (Tertúlia 0937; 1h:47m).

Pergunta. Como separar a matriz cultural mental do materpensene? Resposta (WV). Amadurecer, ver o prioritário, desenvolver as coisas que a pessoa pensa, ver as escolhas e melhorar. Por exemplo, deixe de ver futebol, samba, olimpíadas, novela (...), desenho animado, filme de ação, filme infantil, excesso de violência de todo o tipo, ficção científica. Tudo isso faz parte da mudança da matriz cultural mental. Se você ainda não leu, leia os clássicos da literatura para ficar sabendo o que é isso. Depois esqueça e comece a ver outras coisas. Se você já leu isso tudo, você vai entrar numa defasagem melhor. Comece a ler os filósofos internacionais mais clássicos e modernos – gente da filosofia mais moderna, coisa mais séria. Pega uns 10 desses e leia a obra prima da pessoa. Se você não entender à primeira vez, passa para outro. Daqui a uns dez anos, você volta para aquele livro que você não entendeu e vai entender mais. Estou dando uma dica para a pessoa melhorar mais rápido. É uma saída. (Tertúlia 0937; 1h:49m).

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