Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Tertúlia 0944 - Whole Pack Conscienciológico

 

Tertúlia 0944, Whole Pack Conscienciológico, YouTube, canal Consciustube, https://www.youtube.com/watch?v=dneyA1Rt8fg, publicado em 19 de novembro de 2011.

 

Pergunta. O que significa “a leniência na vivência das autocognições”? Resposta (WV). A pessoa tem lembranças de certas coisas, mas não dá valor, coloca aquilo em plano secundário, não leva a sério, não leva isso em consideração. Até um certo ponto isso é uma coisa negativa ou, se quiser, patológica. (Tertúlia 0944; 0h:04m).

Pergunta. Qual a aplicação do Whole Pack Conscienciológico na grupocarmologia? Quais os principais componentes do Whole Pack Grupocarmológico? Resposta (WV). Dentro do processo da carmologia e do grupocarma e da situação toda das ICs e do voluntariado, há aquela pessoa que às vezes quer abarcar o mundo com a boca, as pernas e os braços, igual aos políticos no Brasil que colocam uma perna num barco e outra perna no outro e afundam. Então, isso aí é problemático. (No que diz respeito ao) Whole Pack dentro da carmologia, a pessoa tem que ver qual o perfil pessoal dela, onde é que ela funciona melhor, quais são os talentos dela mais teáticos, mais positivos, e qual é a necessidade do ambiente em que ela está, para ela suprir aquela necessidade. A partir disso ela vai escolher a condição melhor para ela funcionar. Uma pessoa pode trabalhar em todas as áreas do Whole Pack, desde que haja um resultado, desde que haja um saldo positivo nisso. Não adianta uma pessoa querer tocar todos os instrumentos da orquestra, sendo que ela está falhando alguma coisa ou sendo que ela desafina. Para tocar todos os instrumentos ao mesmo tempo, a afinação tem que ser maior. De modo que, a gente tem que ver as necessidades daquele momento evolutivo. Que é que eu preciso de fazer? O meu processo é emocional? É intelectual? É parapsíquico? A pessoa tem que passar por esses estágios até sentir que domina essas condições. Cada grupocarma ou grupo evolutivo da pessoa tem milhões de consciências e a pessoa deve se classificar: ou na parte superior; ou na parte média; ou na parte inferior desse grupo evolutivo. E dentro daquela condição, ela vai procurar ascender, crescer, desenvolver, melhorar o nível em que ela está. De modo que, veja, em primeiro lugar, o nível em que a pessoa está. Tem aquela pessoa que chega aqui e admite certas coisas. Examina e até admite o princípio da descrença, mas começa a fazer concessões para ficar mais fácil conviver com a gente. Ela deixa aquele quarto fechado (do qual) ela ainda não abriu a porta. Então, o Whole Pack ainda não foi alcançado por ela. Nessa questão do grupocarma, isso é muito importante. (Tertúlia 0944; 0h:05m).

Eu (WV) coloquei Whole Pack, em inglês, (em vez de “pacote completo”) porque isso é atualmente uma expressão international. (...).  Eu quero perguntar para a Amy, porque ela é especialista no assunto. Você ((dirigindo-se a Amy Bello)) está de acordo com (a expressão) Whole Pack? Resposta (ABO). Sim. Resposta (WV). Se a Amy aprovou, acabou, não tenho que escutar mais ninguém, fim “de papo” ((risos)). (Tertúlia 0944; 0h:14m). Pergunta (ABO). Eu queria que o senhor adiantasse mais a importância do uso dos termos em outras línguas. Resposta (WV). Quando eu comecei a estudar vários idiomas por minha conta, ainda menino, na década de 30, os professores acharam que isso ia embolar a minha cabeça, que isso não era bom, que o menino não ia atender nem uma coisa nem outra. Hoje está provado pela neurociência que isso só aumenta o processo da absorção e da apreensão, da acuidade da criança para estudar. (...). O poliglotismo, o Whole Pack, é muito importante na infância. Eu sou favorável ao Whole Pack, não é só em poliglotismo na infância, não. Eu sou favorável a estudar outras coisas também, junto. Foi o que eu fiz. Eu sou favorável ao processo do preceptor. Hoje, isso já está muito esquecido, mas existem umas escolas mais avançadas, como a escola alemã em S. Paulo que é muito detalhista e isso é muito importante. Tem também uma escola suíça no Rio que (também é detalhista). (...). O poliglotismo, antes de mais nada, caminha para o universalismo. O Whole Pack é universalista, é de extroversão, de comunicação – a base da interassistencialidade. (Tertúlia 0944; 0h:15m).

Como é que você administra ou faz a estruturação, o arcabouço da sua programação existencial? É aquilo que eu (WV) falo no Manual da Proéxis: do início, do meio e do fim – curto prazo, médio prazo e longo prazo. São as metas, os estágios, os lances que você tem que seguir dentro de um fluxograma. Lá no fundo, o proexograma nada mais é do que do que um organograma. Mas o fluxograma disso é a estrutura administrativa na execução da proéxis. Fluxograma. Por exemplo, conforme o tipo da proéxis, você no início vai trabalhar só você. Já no segundo estágio, num outro patamar, você já vai envolver outras pessoas. Lá pelo terceiro estágio, você já está entrando, às vezes, dentro da maxiproéxis – então, o processo já é grupocármico. Aqui, a maioria, eu calculo que 80% (está) num processo de maxiproéxis, entre si. (Tertúlia 0944; 0h:17m).

Pergunta. O senhor poderia falar mais sobre o sinergismo Etologia-Evoluciologia? Resposta (WV). A pessoa pode chegar nesta dimensão e “fechar-se em copas” – ela se torna autista, ou ela é uma pessoa misoneista ou é contra a antropologia, ela evita as pessoas, ela pode ser uma pessoa introvertida, que não se abre para o mundo, ela pode ser uma pessoa interiorota, que não sai nunca daquele ponto em que ela está –, está dentro do ninho, se aninhou e não sai. E outra pessoa pode ser o contrário: em vez de ser introvertida, ela é extrovertida, ela tem contacto com os outros, ela é mais diplomata, tem força presencial, tem até um certo carisma, um certo rapport com “todo o mundo”, enfim, é uma pessoa mais aberta para o cosmos. O processo de sinergismo é justamente isso. Etologia é o comportamento dessa pessoa: fechado ou aberto. A Evoluciologia depende disso: uma pessoa fechada evolui menos; uma pessoa aberta evolui mais. (Mas) não adianta ter um abertismo muito grande, teático, de pensenização, de fala, de comunicação oral e até mesmo de ação propriamente dita se a qualidade disso não for boa. Então, o processo é o seguinte: qualidade cosmotética de tudo isso. Então, a Etologia seria a reunião da ciência do comportamento, da conduta, do modo de agir da pessoa, junto com o processo da própria evolução consciencial autoconsciente. O whole pack mais sério, é justamente a união dessas duas ciências. Isso é que pode enriquecer a FEP – a Ficha Evolutiva Pessoal. Você acha que tem lógica, o que eu estou afirmando? O caminho é esse. (Tertúlia 0944; 0h:22m).

Pergunta. Tendo em vista os milhares de adultos e crianças desaparecidos no Brasil e no Mundo, eu pergunto: é possível uma conscin desenvolver o parapsiquismo no sentido de o utilizar como assistência na localização de crianças e adultos desaparecidos, gerando assim alívio e alegria às famílias? É possível desenvolver um serviço sério de assistência nesse sentido? O senhor conhece algum caso? Poderia falar algo sobre o assunto? Em assistência, o que vale mais: é a ação “no varejo” ou “no atacado”? Resposta (WV). Em assistência, (o que interessa) não é o atacado nem o varejo, é a qualidade e a extensão do universo da assistência. Agora, sobre o processo de ter a simulcognição a respeito de pessoas desaparecidas, hoje(existem) as centrais de pré cognição no Estados Unidos – “todo o mundo” que tem uma precognição manda para lá. Isso também pode ser feito, como uma central de simulcognição para localizar e identificar: o paradetectivismo, a paraprospeção dos desaparecimentos. Mas isso dá trabalho e o ideal seria arranjar pessoas que sejam sensitivas ectoplastas – de efeitos físicos. Isso é melhor, porque assim a pessoa (ectoplasta) pega um objeto da pessoa (desaparecida) e faz aquilo que na década de 30 era chamado de responsório ou responso. Através disso, a pessoa (ectoplasta) pode saber onde onde é que está (a pessoa desaparecida). Até um certo ponto, tem vários fenômenos envolvidos nisso, a psicometria e outras coisas mais. Eu estou dando a dica para o nosso amigo que perguntou: arranje pessoas que sejam ectoplastas e que comecem a trabalhar com “a alma das coisas”, ou seja, com a psicometria. Psicometria, é: a pessoa pega um objeto e sabe o que é que acontece com a pessoa (relacionada com aquele objeto). Eu queria lembrar uma coisa: na tenepes, às vezes, o tenepessista, homem ou mulher, “pega” aquilo que está ali no pedido, antes de o abrir – e já sabe o que é que tem, devido aos amparadores. Isso, às vezes, ajuda a localizar as pessoas. Estou só dando uma dica, de uma coisa prática que às vezes acontece e às vezes dá certo. Esse “negócio” de localização envolve muitos interesses e quase sempre uma série de personalidades. A localização, num desaparecimento, envolve, desde a vontade da pessoa que desapareceu – porque às vezes desapareceu por ela mesma – até uma morte trágica e às vezes até acarretando outras mortes junto. Então, isso aí, é um processo em que a pessoa tem que ter muita assistência, não pode se sensibilizar exageradamente porque senão ela vai ser mais vítima do que assistente – e ela não pode precisar de assistência num caso desses, ela tem que estar lá para doar. Por isso, tem que escolher uma pessoa veterana e o ideal é que seja ectoplasta. Ectoplasta é aquele sensitivo, homem ou mulher, que é capaz de fazer, provocar ou gerar fenômenos de efeitos físicos, no caso aí, com intenção curativa, terapêutica, assistencial. (Tertúlia 0944; 0h:24m).

Pergunta. Aceitação do pacote inteiro da problemática evolutiva: divulga-se a ideia, especialmente no meio espírita como forma de facilitar a assimilação do inevitável, de que a dor física decorrente de doença ou outras causas promove a limpeza do psicossoma – perispírito, segundo eles. É correta, essa noção? Se sim, como isso ocorre? Que tipo de movimentação energética opera para que tal aconteça? Resposta (WV). A pessoa não deve ficar centralizada na tacon, ela tem que se centralizar no esclarecimento. Só consolação não resolve. Consolar, é um processo apenas de maternidade e não sai disso. A maternidade deriva do umbilicochacra. Então, é um processo da vida vegetativa da pessoa. Nós temos que levar à para o processo cortical: discernimento, o paracorpo do discernimento ou mentalsoma. No meio espírita, eles “facilitam a assimilação do inevitável, de que a dor física decorrente de doença (...) promove a limpeza do psicossoma”. Isso é óbvio, mas a gente não pode estar exaltando a dor como sendo um instrumento de terapia. Isso é bobagem. Religião é que gosta de exaltar a dor e o sofrimento. Primeira coisa: a pessoa está sofrendo porque ela quer. Nós não precisamos de sofrer, a nossa consciência é superior à matéria, a nossa consciência é superior à dor, a nossa consciência é superior às sensações do corpo humano. Isso é que nós temos que esclarecer, para a pessoa ver o nível que ela tem para superar a própria dor. Qualquer pessoa, se tiver convicção nas (próprias) energias, é capaz de fazer anestesia por ela mesma. Eu mesmo já provei essas coisas e tem muita gente que já fez isso. Na própria igreja católica, o Francisco de Assis fazia isso. Mexeram no olho dele e ele não soltou nem lágrima, nem tomou remédio nenhum. Tudo é um processo de vontade decidida. Não adianta nada tapear as pessoas com a consolação de qualquer coisa se amanhã ela continua cobarde perante a sua realidade, não se enfrenta, não se encara, não se vê no espelho. Então, o “problema” todo é esclarecer que a pessoa tem toda a farmácia, toda a curoterapia, toda (essa) panaceia dentro dela, depende da vontade, que é a força maior que uma pessoa tem. De modo que, vamos pensar nisso, que isso aí pode ajudar mais. Esta noção que nós damos, eu acho um pouco mais evoluída do que a outra. (Tertúlia 0944; 0h:28m).

Pergunta. Dentre o conjunto de desafios que a problemática evolutiva oferece à consciência, há coisas que são inexoravelmente pré-determinadas a acontecer ou tudo pode ser mudado de acordo com o livre arbítrio? Resposta (WV). Não, nem tudo pode ser mudado. O livre arbítrio pode ser mudado, a própria pessoa muda o seu livre arbítrio, mas à hora em que o seu livre arbítrio bate na fronteira do livre arbítrio do seu semelhante, do seu igual, do seu companheiro, do seu compassageiro evolutivo, já não depende mais de você. Então, toda a vez em que os assuntos são muito complexos, nós não interferimos totalmente neles porque quase sempre eles envolvem outras consciências. Observa: todos os assuntos complexos, geralmente envolvem muitas consciências. À hora em que entra o processo grupal, você não manda no grupo, você não pode ser ditador do grupo, não pode determinar, você não pode vir com um tacape em cima da cabeça dos outros. Por isso, a gente não impõe ideia nenhuma aqui - é o princípio da descrença. A gente informa: quem quiser, pega; quem não quiser “dá uma banana” para a gente, esquece isso e (vai) em frente. Ele fica livre da gente e nós ficamos livres dele. Cada um vai para o seu caminho, para seguir a vida e ter as suas próprias experiências. Isso é o ideal para “todo o mundo”. A gente não pode querer ajudar “todo o mundo” que aparece na nossa frente, ter a veleidade ou a pretensão de ser o cura-tudo do universo, de abarcar tudo o que tem dor e consciência que tem por aí. Ás vezes nós nem estamos dando conta nem das nossas deficiências e impotências... agora a gente vai querer resolver as coisas do mundo? Então veja: isso é coisa de ditador, é um processo que a gente tem que deixar. O nosso livre arbítrio deve ser usado em favor de “todo o mundo”: sair da pessoa, em favor do processo da megafraternidade. (Tertúlia 0944; 0h:31m).

Pergunta. Favor analisar a cultura evolutiva proexológica. Resposta (WV). Você quer falar alguma coisa sobre isso ((dirigindo-se a Laênio Loche))? Quem está (perguntando) é o Arlindo. Arlindo, quem vai responder para você é o professor Loche que nesta noite, às 6h:30m começa a falar no Cataratas, o Shopping Center de Foz. E eu estarei lá antes disso para ver o ambiente. (...). Agora, por favor, responda aí, tecnicamente, ao professor Alcadipani. Resposta (LLJ). (...). Um bom exemplo da questão da cultura proexológica é aqui a CCCI ((referência à Comunidade Conscienciológica Cosmoética Internacional)). Nós estamos criando uma cultura com valores, procedimentos, costumes, já focando a questão da proéxis. E isso tem de ser expandido cada vez mais. Todas as instituições, voluntariado, condomínio conscienciológico, Discernimento, e oportunamente a Vila Consciência e o Bairro da Cognópolis, com costumes, valores, tudo isso é a questão da cultura conscienciológica proexológica. Resposta (WV). Eu acho que está bem claro. (Tertúlia 0944; 0h:33m).

Pergunta. Você falou dos preceptores, no caso da educação da criança que é feita em casa. Eu li uns artigos falando muito mal (de casos desses) nos Estados Unidos… Resposta (WV). Nos Estados Unidos, às vezes o pai começa a ensinar o filho e (entende) que ele não precisa de ir à escola. Eu sou contra isso. Eu acho que o aluno tem que ter contacto com os colegas da mesma faixa etária. A diferença é essa. É ele ter o preceptor e ter a educação formal na escola, concomitantemente, ao mesmo tempo, simultaneamente. Eu tive curso primário e tive um preceptor.  No meu caso, eu fui favorecido, porque lá na minha terra não tinha mais nada para eu estudar. Eu já tinha lido os livros todos e já tinha feito o curso primário. Minha mãe era professora. Então, escolheram o melhor professor particular que havia lá e ele me deu aula de segunda a sexta durante dois anos, 4 ou 5 horas em cada manhã e dava também os deveres de casa. (...). Ele era muito avançado. Ele era de origem espanhola e ele me ensinou, por exemplo, letra gótica, rudimentos de latim, português, francês, inglês, italiano… isso me ajudou demais!  (Tertúlia 0944; 0h:35m).

Pergunta. Qual seria a melhor solução para educação dos superdotados no nosso país? Resposta (WV). A primeira coisa é perguntar (ao superdotado) o que é que ele quer estudar, o que é que ele precisa, que livro, que instrumento, que computador, qual o robô que ele quer? Você dá tudo e acompanha-o com calma (mas) fazendo com que ele tenha também contacto com os outros – ele não pode ficar autista. Muitos superdotados têm taquipsiquismo, raciocinam depressa. A gente tem que examinar qual é o nível dele – passar um conscienciograma nele para ver. Ele pode ser superdotado apenas numa linha de conhecimento bem específica e ter uma lacuna enorme (em outras áreas). Esse também tem que ser estudado. “Joga a pessoa em cima da chapa quente”. Você dá tudo o que ela quer e não cobra nada, só acompanha e vai vendo o que é que vai dar. Para entender o superdotado, é bom você estudar o Brainstorming. No Brainstorming, uma porção de gente fala sobre um determinado assunto, na hora, sem cogitar. Falam tudo o que lhes vem na cabeça, para ver a criatividade das pessoas e (conseguir) ideias novas. Com o superdotado é a mesma coisa. Um dos assuntos que eu mais estudei, fora dos processos dos fenômenos parapsíquicos, foi superdotação. (Tertúlia 0944; 0h:40m). Pergunta. Eu li um livro que fala de patologias encontradas no atendimento aos superdotados (refere) hipoglicemia reativa ou funcional. Você acha que tem alguma coisa a ver? Resposta (WV). Não. Tem que examinar se a pessoa é superdotada ou se é demente, ou doente mental ou psicopata. Uma coisa é diferente da outra. Até o savant ((referência à síndrome do sábio, síndrome do idiota-prodígio, síndrome de savant ou savantismo, caracterizado por memória extraordinária e défice intelectual)) é diferente disso. O savant é o sábio-idiota. O superdotado é aquela pessoa que é capaz de ser atilada no processo de apreensão de cognição de um conhecimento mais rápido do que os outros e com exatidão, com correção. Isso é que interessa. Esse é que é o superdotado que interessa. O resto é conversa fiada. Uma outra coisa: um superdotado, por exemplo, que seja só de arte, ele é pequeno. O superdotado tem que ser intelectual, para entrar com a profundidade do conhecimento. Para isso, é preciso mexer com tudo quanto é instrumento, mexer com robô entre os 3 os 5 anos – a fase dos inputs dá a alimentação que o menino precisa. É aí que a superdotação pode melhorar mais. Mexer bastante com a informática, com tudo quanto é aparelho, até definir qual é o caminho que ele quer seguir. Com o passar do tempo, trabalhando com outros tipos de criança, menina ou menino, a pessoa caracteriza bem a superdotação – aquilo fica muito óbvio. E outra coisa:  ela vai observar também se há um processo muito carregado de patologia. Porque se tem patologia, aquela criança tem que ter uma atenção diferente. Tem que observar o processo patológico para curar aquilo. A superdotação, lá no fundo, é uma condição da pessoa normal que evoluiu com alguns atributos conscienciais um pouco mais do que a média, só isso. A diferença é essa (mas) isso dá uma “diferençona” enorme. Aparentemente parece uma coisa simples, mas não é: cria uma série de consequências que é preciso serem levadas em consideração. (...). Há o ignorante e há aquele que é mais elucidativo. Essas coisas, não tem jeito de tapear: ou a pessoa tem, ou não tem. QI, não adianta para superdotado. O Quociente Intelectual não mede a consciência do jeito que ela é. Tem que ver uma coisa muito mais abrangente, envolvente, um universo muito maior do que isso. (Tertúlia 0944; 0h:42m).

Pergunta. No verbete do Proexograma, o senhor colocou um conjunto de três ferramentas: o fluxograma, o cronograma e o organograma. O senhor poderia expor melhor o organograma? Resposta (WV). A coisa mais séria é o fluxograma porque é a parte prática, o objetivo. Depois que todos os outros já foram estudados, vamos ver a parte prática, diária. Fluxograma é a atribuição, a função, o cargo, o desempenho, a performance que a pessoa vai ter, de manhã, de tarde e de noite. Esse é que é o fluxograma. Por exemplo, a melhor empresa é aquela que você chega lá e tem um quadro enorme com os nomes dos responsáveis e o que cada um faz no fluxograma pessoal dele dentro do fluxograma de “todo o mundo”. (Tertúlia 0944; 0h:46m).

Pergunta. (O senhor poderia falar sobre) “a sensatez da coragem cosmoética, evolutiva”? Resposta (WV). Coragem, antes de mais nada, é um processo de discernimento. Porque se uma pessoa tiver coragem sem discernimento, ela tem é valentia. Valentia é o caminho do desastre, é o caminho da marginalidade, é o caminho da prisão de segurança máxima. Toda a valentia cria crime. O herói da guerra, às vezes só se cultua depois de ele se ter matado. A coragem que nós estamos falando aqui é outra condição – cosmoética e evolutiva. Isso mostra que a pessoa tem discernimento. Isso é o discernimento da emoção, quando o mentalsoma, que é o corpo do discernimento, já domina as emoções do psicossoma, o corpo dos desejos. A sensatez é o discernimento. (Tertúlia 0944; 0h:51m).

Pergunta. Qual a melhor técnica para que as neossinapses evolutivas predominem sobre as retrossinapses? Resposta (WV). É a pessoa dar um balanço no seu processo mentalsomático e ver como é que ela está. Nos últimos cinco anos, ou na última década, o que é que ela sonhava, o que é que ela planejava, o que é que ela almejava – aquele planejamento básico – e o que é que ela conquistou até aquele momento? E aí ela vai ver que algumas coisas falharam, outras ficaram lacunadas, outras nem foram tocadas. Então, ela vai perguntar para (si mesma): -”Porque é que isso aconteceu? Porque é que eu não recuperei daquilo que eu queria?”. Às vezes, no início, pode ser um processo de approach errado, quer dizer, é uma aproximação ou uma apreciação exagerada do processo. Depois de alguns anos, a pessoa vai saber se ela estava exagerada ou não. Para ter uma neossinapse, é preciso ter uma ideia nova; para a pessoa ter ideia nova, em geral, ela precisa, no mínimo, de fazer muita leitura. Sem leitura, apenas na base da tradição oral ou num processo de artesanato de uma pessoa para a outra, isso é coisa de operário, mas não é coisa de intelectual. Com isso, eu não estou fazendo elitismo nenhum, não. (Tem que haver pessoas operárias e pessoas intelectuais). Se (a pessoa) entrar no processo intelectual, com mais lucidez, ela vai caminhar inevitavelmente, cedo ou tarde, para o parapsiquismo. Ela vai entender mais o processo das sinapses (para) além da neurociência tradicional. Com isso, ela vai ver as paraneosinapses, o que ainda complica mais a situação. Então ela vai ter as retrocognições. Com as retrocognições, ela vai então localizar as retrosinapses. Eu, por exemplo, (ainda) garoto, comecei a lembrar de umas coisas que não havia jeito de colocar aqui ((referência a fazer corresponder à actualidade)), porque (isso já não existia). Sem falar de mim, vou dar um exemplo em termos gerais. Você vai falar a uma pessoa como é que você agia com as bigas ((referência a carroças de duas rodas puxadas por cavalos)). Já não existem bigas… como é que fica isso? Outra coisa: uma porção desses aparelhos de orientação que havia na Idade Média, hoje em dia já não existe nada disso. Agora tem o GPS que indica onde é que você está no cosmos – o satélite indica tudo. Então, (o astrolábio que a gente usava nos navios junto do leme para orientação, só funcionava com o sol e as estrelas quando não havia nuvens). Hoje, a situação é muito diferente. Agora falando do meu caso: eu tive uma (vida) em que eu era muito perseguido pelas minhas ideias, na China. O povo (andava) atrás de mim. Aí, eu fiquei escondido num lugar que aquilo cravou tão sério ((levando a mão à cabeça)) que eu de vez em quando tinha aquela lembrança recorrente. Isso (durante) muito tempo. Os muares, eram diferentes dos nossos. Eles pareciam ser maiores, mais escuros e muito mais peludos do que hoje – rabudos, peludos, enormes, muito maiores do que o (atual) percheron francês – e já não existem). São coisas assim que a gente tem que examinar, com calma. As retrossinapses mostram, não só o problema que está deslocado, que está extemporâneo, que está fora do tempo, como também ela vai mostrar alguma coisa que é específico de um determinado lugar. Com isso, você pode localizar a sua lembrança – o local, a latitude, a altitude… enfim, a geopolítica do processo. Você localiza geograficamente a sua condição. Isso amplia (muito) a abordagem. Quando eu falo “retrossinapses” e “neossinapses”, é um “negócio” sofisticado, mas o que traz de vantagem em extensão de esclarecimento, é imenso. (Tertúlia 0944; 0h:52m).

Pergunta. Tenho uma irmã portadora da esclerose múltipla. Criei uma comunidade orkut para ajudar a esclarecer sobre a doença e trocar experiências com outros portadores e até mesmo indicar o médico certo e os centros de interesse aqui na cidade, coisa que minha irmã passou quatro anos para descobrir. Nesse período teve vários surtos, ia a vários neurologistas e ninguém sabia dizer (porquê). Hoje, ela faz o tratamento e não ficou com nenhuma sequela. Estou tendo uma atitude positiva? Resposta (WV). Você está tendo uma atitude positivíssima. Eu estou falando “íssima”, no superlativo absoluto. Eu te dou os meus parabéns e mando para você um galardão – você está no caminho certo. A esclerose múltipla era muito desconhecida, ultimamente é que se fala mais. O que você está fazendo é esclarecer isso tudo. Uma coisa boa, que você já deve ter feito mas eu estou só lembrando, é uma bibliografia atualizada sobre o assunto. Na sua bibliografia, não coloque só textos de livros mais sérios, coloque também os artigos populares que tem saído nas revistas sobre o assunto. Faça um dossier disso, que é importante. Tem muita coisa na nossa biblioteca sobre o assunto. Tem muita coisa já, sobre o assunto, em diversas áreas, mas tem muita coisa ainda para ser estudada. Por exemplo, ainda tem muita coisa obscura sobre consequências da esclerose múltipla. Procure também fazer pesquisa, junto com o trabalho de assistência que você está fazendo. (Tertúlia 0944; 0h:58m).

Pergunta. O Whole Pack é intrafísico, é o quanto a pessoa enfrenta, do que ela tem que fazer aqui. Mas como é que se dá o processo extrafísico, no curso intermissivo, junto com o evoluciólogo? Você uma vez comentou que às vezes ele puxa para um lado e a tendência do intermissivista é puxar para uma coisa mais fácil… Resposta (WV). E não é só isso. Eles dão a dica e a pessoa “topa” aquilo. Quando chega aqui, ela fica no mais fácil, ela fracassa, pela lei do menor esforço, ela quer “empurrar com a barriga”, ela não enfrenta aquilo. Agora, a minha orientação é sempre o seguinte: -“O que é que está exigindo mais de você? Se você reconhece que tem capacidade para isso que está exigindo mais, é porque esse é que deve ser o seu trabalho – é o seu nó górdio”. É uma tendência da consciência humana levar tudo para o mais fácil. É normal, uma pessoa quer o melhor para a vida dela. Eu mesmo, vivo falando aqui para vocês que a pessoa não veio aqui para sofrer, veio para ter uma condição agradável, aprazível, confortável. Mas no desempenho de um trabalho, não é assim. Você já pensou: você estudou medicina, eu também. Uma pessoa que vai querer pouco serviço, não vai entrar em medicina, porque dá (muito) trabalho fazer um curso desses – um dos cursos que exige mais da pessoa é medicina. (...). Isso tudo a gente tem que ponderar, porque é um processo de escolha da gente. (Tertúlia 0944; 1h:00m).

Pergunta. Coragem evolutiva, tem relação com aquela pessoa que passa por todas as crises evolutivas, não desiste e tem um autoenfrentamento? Resposta (WV). Tem, mas é preciso você examinar porque às vezes essa pessoa não é corajosa, ela pode ser risco-maníaca, (pode ter) a mania de se arriscar. Para você saber isso, você tem que (perceber) se ouve resultado na vida dela, se ela alcançou sucesso, se ela é exitosa, se ela está satisfeita com todos os produtos do esforço dela. Você entendeu a diferença? Uma pessoa que é risco-maníaca, é uma coisa:  uma pessoa que tem coragem é outra coisa. É igualzinho ao caso do valente. Por exemplo, uma pessoa que faz exercício demais, seja de musculação ou seja na “olim-piada”, isso é excesso, a pessoa está se matando antes da hora. Vocês lembram que no dia em que eu falei sobre (os Jogos Olímpicos) eu perguntei se alguém conhecia algum desses grandes vitoriosos da olimpíada que (tenha vivido) 90 anos. A maioria morre na meia idade, por causa do excesso porque “queimam” o corpo antes da hora. O povão gosta e dizer que a pessoa queimou a vela da vida pelas duas pontas. Fazer excesso, é um problema. O valente, faz excesso. O excessivo é problemático. Por exemplo, uma pessoa muito gorda começa a fazer dieta e daí a pouco ela fica anoréxica: deixa de comer direito. Hoje, já tem os “drunk anoréxicos” ((referência a drunkorexia ou anorexia alcoólica)) – uma pessoa que além de magra, bebe e entra no alcoolismo, Essas pessoas morrem mais depressa. Já tem revistas e jornais que estão trazendo inclusive, fotografias dessas personalidades, que parecem saídas do campo de concentração de Auschwitz. Drunkoretico é o último nome que tem – isso não existia, é coisa de agora, desta década (dito em 30.08.2008). Isso é excessivo, é excesso, é demais. Entende? (Tertúlia 0944; 1h:02m).

Pergunta. Professor, eu queria saber quais são os pontos mais sérios para a gente avaliar se está acertando ou errando na aplicação do Whole Pack. Resposta (WV). É ver o resultado. Qual é o saldo? O que é que deu? Apura o que é que está havendo. Agora... só isso não adianta. Você tem que colocar o cronograma nisso aí, a cronémica. Há quanto tempo eu estou fazendo isso? Pelo meu cálculo era isso mesmo? Eu estou atualizado, eu estou up to date?  O que é que está faltando? Nós todos aqui somos polivalentes e versáteis. Sendo assim, “todo mundo” acaba entrando no Whole Pack. Com conhecimento da Conscienciologia, é muito difícil a pessoa ficar dentro de uma “casinha” de conhecimento – ela vai sempre entrar dentro de um “bairro inteiro” de conhecimento. Ela nunca fica apenas numa via única, ela tem que participar (das outras vias) porque ela é atacadista. Ela tem que ser atacadista porque a Conscienciologia é atacadista. Não dá para você ser simplista, estudando a consciência. Eu já falo isso desde a primeira lição, não é do curso avançado, é do curso primário: sua consciência não é simplista, ela é complexa. Aí, aquela pessoa lá no fundo fala assim: -”Mas, doutor, eu sou uma pessoa simples, eu nem estudei, nem nada”. E eu falo: - “Pois é, mas você é (uma consciência) complexa. Que é que você está fazendo aqui? Se você não estudou nada e está aqui, o que é que você veio procurar aqui? Você está querendo ampliar alguma coisa. Veja só, a sua complexidade: você não está satisfeito com a sua simplificação, você quer complexificar a sua vida. Isso é um fato”. E tem aquela outra pessoa que quer se salvar com isso: -”Mas, doutor, todos os caminhos levam à verdade final”. Sim, mas… e o tempo? O seu... vai demorar muito; o meu... pode ser que eu chegue mais cedo. O processo nosso, é um problema de performance, de desempenho. Então veja: não adianta nada a pessoa querer abarcar o mundo com as pernas, os braços e a boca. Ela tem que fazer pouca coisa, devagar e sempre, com resultados corretos e satisfatórios. Se não tem, não adianta nada. Agora, ela tem também que criar o universo de manifestação dela, aos poucos, paulatinamente – “paulada” após “paulada” ((risos)) na cabeça até ela aprender, senão não adianta. (...). Então, à hora em que você já tem os “calos” todos da “paulada” dentro de um determinado nível, já é veterano naquilo, você passa para outro (nível) e por aí vai. Com o passar do tempo, você tem todas as cicatrizes no seu psicossoma. Você alcançou um nível bom e já está preparado para enfrentar a desperticidade – está imune; é a imunologia; é a paraimunologia; é o processo da resistência, da reserva; é a resiliência da pessoa. Especifica a questão do Whole Pack dentro daquilo que é o desiderato, a meta que a pessoa deseja alcançar. Conforme a meta, ela pode ser simples ou pode ser complexa. Isso aí exige mais estudo. Então, a gente generalizar isso, é um perigo, pode estar escapando muita coisa. Olha, dentro do Whole Pack, aquilo que te interessa. Eu garanto a você que deve ser diferente do que interessa a (as outras pessoas). (Tertúlia 0944; 1h:05m).

Eu (WV) trouxe aqui hoje (o whole pack) para vocês entenderem o que é que significa esse processo do pacote completo e as decorrências, os efeitos, as derivações e todas as consequências disso na vida das pessoas. Por exemplo, todos vocês que estão escrevendo livros, que estão começando a redigir alguma obra, olhem o whole pack em relação ao seu livro e ao texto dele. Isso aí é uma coisa boa, o whole pack sempre vai clarear mais o seu texto. Por exemplo, tem aquela pessoa que quer estudar uma nuance do processo da Conscienciologia, mas esquece que à hora em que ela puxar, vem um monte de coisas atrás. Ela quer tirar só aquele fiozinho da meada… é besteira! Se ela puxar, ela vai ficar sem a suéter. Você está entendendo? É necessário que a pessoa raciocine de um ponto de vista atacadista e generalista, com a cosmovisão. O whole pack é que leva a pessoa à Cosmoconscienciologia. Como é que uma pessoa pode chegar a um whole pack teático – teórico e prático – se ela é interiorota? É impossível. Como é que uma pessoa que seja um pouco autista ou que seja muito introspetiva, vai chegar ao whole pack? É impossível. Então, a primeira exigência do processo evolutivo, é a companhia evolutiva. O pior que uma pessoa perde é a companhia evolutiva, por causa da proéxis. Isso é devido ao whole pack. Então, vocês vejam que essa noção do whole pack é muito séria. Eu queria lembrar a vocês o seguinte: nos filmes americanos, toda a vez que mexe com o processo de família, de casamento, de divórcio e quem fica com a criança, tem um “negócio” de whole pack. A mulher fica divorciada, tem dois filhos e vai juntar os trapos com (outro homem): é o Whole Pack – é ela com todo o povo que está atrás. Vamos agora pensar: qualquer pessoa que arranjar um duplista, seja homem ou seja mulher, tem um whole pack atrás, que é a família nuclear. O povo esquece disso. Tinha um amigo meu no Rio que queria arranjar uma companheira sem família ((risos)). Se ela estivesse isolada totalmente, ele casaria com ela. Vocês (reparem) que há muitos filmes que falam do whole pack: o “cara” chega ao restaurante e pede tudo o que (consta) do prato do dia. É isso que nós temos que entender, é a visão atacadista, universalista, da totalidade, do universalismo. Se nós não começarmos a estudar o processo do whole pack, fica difícil chegar ao universalismo. Por exemplo, o paradireito, nada mais é do que o processo do whole pack. Aqui no Brasil, o povo não usa muito essa expressão, os americanos usam mais, e estão certos. Nós aqui usamos pouco. Então agora é preciso a gente fazer a revisita a esses conceitos para ver se expande um pouco mais a noção de tudo isso. (Tertúlia 0944; 1h:09m).

Pergunta. O que seria o exemplo de uma indolência quanto ao Whole Pack, na invéxis? Resposta (WV). É, por exemplo, a pessoa que chega aos 30 anos e está atrasada 10 anos na vida escolar dela. (...). Dependendo da idade da pessoa, o que é que um inversor ou uma inversora precisa? A carreira profissional, a dupla definida, onde vai estudar, quais são as ideias para arranjar o pé-de-meia. De acordo com a idade e a época que ele descobriu ou redescobriu que existe a invéxis, ele tem que se cobrar – como é que está a situação dele e há quanto tempo está isso? As crianças que chegam aqui com 9 ou 10 anos, que já entram nos laboratórios e participam nos cursos, em muito menos tempo elas vão dominar esse processo. Chegando à maturidade biológica, os 26 anos de idade, muita coisa vai estar definida e elas vão se adiantar ao processo. Mas veja: esse “negócio” de adiantar mais 1 ano, 2, 3… é bobagem. Assim com ser inversor ou ser reciclante ((referência a dar mais importância a uma das condições)) também é tolice. A coisa mais séria é sempre o saldo, o resultado, o efeito, o fruto, o produto. Lá naquela casa dos inversores, tem 4 casais morando. Chega lá e faz um enquete com eles, que é a pesquisa da opinião pública, (estudo) de campo. Faz com cada um dos 4 (casais). Você vai ter uma noção disso perfeita. Ainda mais que você agora está bem actualidade sobre medicina. Lá tem 4 casais. Eles são muito simpáticos, cheios de vida, estão “segurando a barra” porque eles estão na base do processo da invéxis. Não tem nenhum deles aqui hoje. A invéxis geralmente não aparece muito na tertúlia, eles veem tudo à distância. Parece que eles já carregam “o negócio” dentro do celular. Esse povo é muito avançadinho ((risos)) e o Loche está sempre reclamando deles. (Tertúlia 0944; 1h:14m).

Pergunta. Seria viável alcançar a desperticidade aos 35 anos, se a pessoa começar com 15 ou 16 anos ((referência à técnica da invéxis))? Resposta (WV). Sim, mas geralmente eu falo (que é) aos 46. Mas aquele que começou mais cedo… pode (ter) uma redução, a gente dá um desconto ((gracejando)). Pergunta. Como é que seria a manifestação (da desperticidade no caso) dos inversores? Resposta (WV). É ver o resultado. Não adianta querer mascarar a desperticidade: a pessoa é ou não é. É (como) a gravidez: não existe meia gravidez (assim como) não existe meia desperticidade – ou é, ou não é. Pergunta (LS). Essas crianças de 9 anos que o senhor comentou que já estão participando de dinâmicas, em tese, elas já teriam feito um segundo curso intermissivo? Resposta (WV). Não. A maioria é igual à gente, estão aí também, fazendo força. Pergunta (LS). Então porque é que a gente não chegou com 9 anos para fazer todas essas coisas? Resposta (WV). Porque não havia gente antes: não havia a Laura para “aguentar a barra” e não havia Evolucin. (Tertúlia 0944; 1h:17m).

Pergunta. O senhor poderia comentar a escrita do livro e as implicações na recin? Resposta (WV). Um autor ou uma autora, se já fez uma reciclagem intraconsciencial séria que afetou alguma modificação positiva do seu temperamento, essa pessoa está mais apta para escrever um livro assistencial do que outra. Vocês estão de acordo? Então, se já aconteceu a reciclagem intraconsciencial, a pessoa já tem algum gabarito e ela vai ter muito mais autoconfiança para redigir o livro mais determinante, mais claro, mais objetivo... muito mais palpável e concreto do que outra que pode ficar muito na superfície, usar muita literatice, muita coisa nesse sentido. De modo que, a escrita de livro (assim como) qualquer coisa que a pessoa (faça) é muito importante na recin. Recin, é importante no processo da gescon e da megagescon – então, na obra escrita, é óbvio. Alguém, dos que já escreveram o livro ou estão escrevendo o livro, quer acrescentar alguma coisa? Kátia, você quer acrescentar alguma coisa? Resposta (KA). Eu acho que o processo de escrever o livro exige um nível de autodesassédio. A recin ocorre antes, mas ocorre durante também, porque conforme a pessoa vai aprofundando certos assuntos, ela vai desencadeando crises de crescimento e aquilo também vai dando uma sincronicidade dos fatos que conduzem a pesquisa. Então, parece que existe uma potencialização daquela temática da vida da pessoa. Resposta (WV). Falou e disse. Está claro? Quando uma voz dessa fala – uma voz maior se levanta – eu calo-me, coloco o rabo entre as pernas e baixo a crista ((risos)). (Tertúlia 0944; 1h:20m).

Pergunta. Na fase executiva, essa visão de conjunto aumenta e você consegue entender melhor esse pacote. É isso? Existe esse reforço na fase executiva? Resposta (WV). Há um reforço, porque a pessoa quando chega à fase executiva já tem a teoria de tudo o que ela precisa aplicar. Então, a vivência já alcança um nível menos dramático e ela vai ficar um pouco mais relax para fazer as coisas (de modo) mais agradável, acessível, e desenvolver isso com bom ânimo, com motivação. Motivação é uma coisa séria. Automotivação trabalho e lazer. Pergunta. Para o senhor, essa visão de conjunto foi mais ou menos entre os 9 e os 12 anos? Resposta (WV). Foi, mas eu fiquei maduro mesmo, foi entre os 14 e os 15 anos. Nessa época eu já trabalhava para pagar os meus estudos. Eu já tinha saído do internato. No internato, eram 36 camaradas – 35 foram embora e eu fiquei sozinho. Isso me deu uma visão de conjunto muito grande. Quem morava lá era só eu e a família que era a proprietária do educandário inicial. Isso me deu uma força muito grande, eu comecei a definir as coisas. Quando eu cheguei aos 16 anos, eu cresci 1 cm por mês de setembro de 1947 até março de 1949. Eu tinha que gastar dinheiro em roupa. Aquilo me chamava a atenção. Eu pensava: - “O meu corpo está crescendo e a minha cabeça também”. Eu perguntava para os professores a influência do processo do sistema nervoso junto com o processo da biologia, o sistema muscular. Muitos não entendiam as minhas perguntas, ou eu não sabia fazer a pergunta. Eu demorei a entender, mas começou a vir o processo da maturidade. Então eu comecei a entender que eu tinha que conviver com os colegas da mesma idade de um modo, com os professores de outro modo e com a turma que estudava comigo, de outro. São três níveis de acesso. Isso mudou tudo na minha vida. Pergunta. A visão do Whole Pack foi mais ou menos nessa idade mas o senhor já vinha mais ou menos nesse caminho? Resposta (WV). Já. Mas aí foi a hora em que eu fiquei sossegado. Eu me acalmei. Eu já sabia tudo o que eu tinha que fazer aqui. Eu já tinha respondido a todas aquelas perguntas da filosofia – "doncovim, proncovô, oncotô" – estava tudo claro. Isso foi uma bênção para mim. Me acalmou tudo. Houve uma harmonia entre os meus desejos e o trabalho que eu estava desenvolvendo. Clareou tudo. Aí eu comecei a ter mais força para viver sozinho, sem família. Foram muito anos sem família, sem ninguém. O povo (dizia) que eu morava numa prisão. (...) Esse “negócio” do “Todo”, o “Whole Pack”, é quando você pega o “nó górdio”, a essência das suas retrocognições.  Isso é que é a coisa séria. No meu caso, tudo meu era baseado na cabeça, devido ao fenômeno parapsíquico. Então, eu queria saber qual era o fenômeno em tudo o que acontecia. Isso me deu uma visão de conjunto muito mais ampla. Você tem que lembrar que foi mais ou menos nessa época que eu mostrei 222 fenômenos ao professor que eu considerava que era a melhor cabeça para me entender. E mesmo assim ele não me entendeu. À hora em que eu mostrei aquele quadro sinóptico enorme com 222 fenômenos ele perguntou de onde é eu tinha copiado aquilo. Aquilo foi um insulto para mim. Eu engoli em seco, aguentei bem, e quando ele me perguntou qual era o principal fenômeno eu disse: -”Eu não sei, mas vou estudar mais para trazer para o senhor”. Agora, veja: a vida toda é refutação, você tem que receber as críticas. E isso foi muito bom para mim. Eu tive uma visão de conjunto enorme com aquilo. (Tertúlia 0944; 1h:23m).

Pergunta. Proexista da primeira hora e proexista da última hora, é relativo a quê? Resposta (WV). O proexista da primeira hora e o proexista da última hora, é o processo que envolve o Whole Pack. O proexista da última hora é (aquele que reconhece que muita gente já caminhou na sua frente, que está atrasado) – seria o proexista retardatário, é aquela pessoa que chega depois, aqui na tertúlia. (...). Quase sempre essas pessoas que pensam no processo de estar atrasado ou não, elas têm capacidade de ficar igual aos outros que estão na frente, em pouco tempo – já têm a capacidade intrínseca. Tem gente que embarca no ônibus na hora em que ele já está andando. (Tertúlia 0944; 1h:29m).

Pergunta. Pouca gente tem noção do Whole Pack, não é? Resposta (WV). Muito pouca. A maior prova disso é que nós não temos uma expressão tão boa de Whole Pack em português. Só em inglês isso funciona. Por isso eu não coloquei “Pacote Completo” – ninguém ia entender. O americano (emprega o termo principalmente referindo-se a comida). (Tertúlia 0944; 1h:32m).

Pergunta. O Whole Pack verdadeiro é o completismo? Resposta (WV). É o completismo individual. Mas existe o Whole Pack grupal. Por exemplo: como é que está o nosso Whole Pack sobre a Conscienciologia, de um modo geral? (Tertúlia 0944; 1h:33m).

Pergunta. Como é que a gente faz um contraponto entre o Whole Pack e a pessoa que tem ansiosismo e quer colher resultados sem construir as coisas com consistência? Resposta (WV). Você diz para ela: -” Esquece tudo e pega uma coisa só. Me mostre o resultado disso. Só venha conversar comigo com verbação. Depois de você construir, você vem e mostra o seu trabalho, que eu quero ver a documentação concreta”. Aí, melhora tudo. Se você tiver dificuldade de dar opinião para a pessoa, fala para ela escrever uns artigos e publicar. Depois, trazer na mão o artigo publicado no periódico. Com isso, ela vai se sentir “a tal” e você pode entrar num novo patamar com ela. Pergunta. Eu vejo “o ato de encarar o necessário” como o oposto de querer tudo para hoje ou para amanhã. Resposta (WV). Aí, o que falta é a prioridade. Geralmente, uma pessoa que é precipitada ou impulsiva, não tem prioridade adequada. Ela quer pegar uma porção de coisas simultaneamente e não faz nada – é (como) o homem com uma perna em cada barco, que afunda. (Tertúlia 0944; 1h:35m).

Pergunta. De certa forma, quando um indivíduo busca a homeostase holochacral, ela acaba levando o Whole Pack: EV, tenepes, ofiex e desperticidade? Resposta (WV). EV, tenepes, ofiex e desperticidade – eu chamo isso de polinômio parapsíquico. Isso é o Whole Pack parapsíquico. Esse é o caminho. Agora... entre o EV e a tenepes, pode entrar o arco voltaico, a clarividência, a sinalética, o acoplamento, a primener… e por aí vai. Na questão da primener, tem a cipriene e o extrapolacionismo. Isso também é um outro aspeto da situação. (Tertúlia 0944; 1h:38m).

Pergunta. O senhor disse que na fase executiva da proéxis a conscin já tem toda a teoria necessária para cumprir a proéxis. Mas surgem sempre neoverpons, principalmente devido aos novos verbetes da enciclopédia e às tertúlias quase diárias. Diante disso, não fica sempre faltando alguma teoria mais relevante e avançada? Resposta (WV). Sim. Por exemplo, você não acha que agente não está explicando praticamente quase nada ainda sobre serenão? E olhe, eu não falei sobre consciex livre. Mas o que eu tenho falado de consciex lúcida ou conscin lúcida, “não está no gibi”. De modo que, vamos ficar na conscin lúcida que a gente já pode mudar de patamar na escala evolutiva. (Tertúlia 0944; 1h:39m).

Pergunta. Professor, poderia falar um pouco mais sobre os efeitos catárticos da invéxis? Resposta (WV). Os efeitos (da invéxis) atuam, em primeiro lugar, na catarse da pessoa e em segundo lugar, na catarse dos outros. Na catarse alheia, o espelhamento, no processo da exemplificação, ele é “terrível” em matéria de invéxis. Do ponto de vista técnico, da sociabilidade, a invéxis cria mais problemas justamente na catarse. Às vezes, não chega a ser uma catarse, mas a condição chega a um nível que faz a pessoa pensar numa renovação. Essa renovação já é reciclagem, é a recéxis. A gente não está falando de recin, mas é uma reciclagem existencial. Então, (quando) uma pessoa (inversora) fala para outra mais ou menos da mesma idade, tem uma repercussão danada. O efeito de ir e voltar, do retorno, do estilhaço, do dividendo, da expansão do processo, é terrível. Isso é catarse também. Na verdade, é uma catarse complexa. A maioria dos jovens não pensam nisso, nem às vezes entendem o que significa a palavra catarse. A renovação que dá, é séria. Na Terra, fazer o processo da invéxis, do jeito que nós falamos, que é fazer a inversão da aposentadoria para a adolescência, isso nunca foi feito. Historicamente falando, vocês não vão encontrar nada disso. Vocês podem falar assim: -”Não, tem o processo militar. Eles colocavam o jovem para ele ser o líder, o valente, o herói!” Mas não é. A figura do herói, ou o complexo do herói, é outra condição. Na invéxis, ninguém está procurando heroísmo (mas sim) a lucidez – é a lógica, é a racionalidade, para a pessoa priorizar o essencial evolutivo. Isso muda tudo. Seria bom sempre as pessoas lembrarem o processo da catarse na invéxis e explicar bem o que é a catarse. A catarse, quase sempre é uma modificação instantânea de alguma ideia. A serendipitia parece com isso, uma inspiração ou intuição parece com isso. O “problema” é a instantaneidade. Então, uma neoideia instantânea é a catarse básica – é justamente isso que afeta a pessoa. Por exemplo, uma pessoa descobriu a invéxis cedo, com 13 ou 14 anos (e fala a outra, que fica encucada com aquilo). Ela vai lembrar, ela vai pensar naquilo – aquilo chateou. Se chateou, é porque ela também teve curso intermissivo. Eu (sempre falei): - “Os professores (de Consienciologia) são agentes retrocognitores, principalmente para trabalhar com os inversores, que vão fazer inversão existencial”. Quem é o agente retrocognitor ideal? É justamente o inversor ou a inversora. Vale a pena ponderar o assunto. (Tertúlia 0944; 1h:40m).

Pergunta. No caso de uma pessoa precipitada, que já tem prioridades definidas, que já cansou de “abarcar o mundo com as mãos” mas que, mesmo assim, não consegue levar as prioridades na frente, onde poderia estar a brecha? Resposta (WV). Ás vezes é porque ela ainda está dispersiva. Ela tem que ficar mais especializada, ela ainda não pode abarcar o generalismo, ela não pode fazer muita coisa simultaneamente, ao mesmo tempo. Ela tem que pegar uma coisa e terminar aquilo bem. Quando ela terminar, ela vai ter mais autoconfiança e autosuficiência para pegar uma segunda (tarefa) junto ou uma terceira junto… e por aí vai. Quando ocorre a ansiedade, não dá para a pessoa pega o Whole Pack. É impossível. O Whole Pack é (para) uma pessoa que já assentou, que já está pacificada intimamente. Há há uma pacificação dentro dela, ela raciocina as coisas sem precipitação, não há açodamento, ela não é afadigada, muda tudo. (Tertúlia 0944; 1h:45m).

Pergunta. Como é que a pessoa localiza a sua especialidade da Conscienciologia, de linha de atuação da proéxis, dentro do Whole Pack (Conscienciológico)? Resposta (WV). Vai ver primeiro os perfis, a situação dela, o talento, o que é que ela tem como potencial e ver como é que ela funciona. Cedo ou tarde ela vai ser polivalente. Então, ela tem que saber o que é que vem primeiro: - “Dentro das minhas cogitações pessoais, dos meus talentos, que é que eu posso colocar funcionando melhor para servir de “ovo indez” para chamar o resto? Que é que eu tenho?” É o fator desencadeante, é o atrator. Esse atributo atrator inicial é que a pessoa tem que localizar. Pergunta. E estaria no início para “puxar o fio da meada” do Whole Pack. Resposta (WV). Para puxar, para vir tudo. Pouco a pouco, chega lá. (Tertúlia 0944; 1h:47m).

Pergunta. Fazem seis anos que deixei o Brasil onde eu posso dizer que era como um epicentro na minha família e dentro de algumas amizades. Quando eu saí do Brasil, saí de bem com “todo o mundo”: família, amigos, ex-marido e tudo o mais. Eu saí com uma satisfação de dever cumprido. Você acha que eu posso compreender isso como “limpei tudo com o meu Whole Pack?” Resposta (WV). Até ao momento, tudo indica que você conseguiu. Se não houve reclamação depois de seis anos, deve ser porque está tudo em paz. Se você não brigou com ninguém, você está ótima. Qual é o Whole Pack (em) que você está aí no exterior – que eu não sei onde é que você está. Que é que você está fazendo? Você já escreveu um livro? (...). No seu caso, eu não estou vendo nada de mais. Tudo indica que está tudo bem, porque seis anos já dão para definir uma posição muito séria. (...). Seja lá ou aqui, eu quero saber da gescon, a gestação consciencial. Que é que tu fazes, “oh cachopa” ((gracejando))? Vamos ver o que é que se está passando, vamos em frente, é por aí. (Tertúlia 0944; 1h:48m).

Pergunta. Você disse que a pessoa ansiosa não tem como ter um Whole Pack. Eu não entendo. Você pode explicar melhor? Resposta (WV). Se uma pessoa é impulsiva, a tendência dela é ser dispersiva. Eu não estou falando que isso é determinante – não é, mas a tendência é essa. Se ela é dispersiva, ela não se fixa em nada que ela faça. Por isso ela é ansiosa, ou ela é ansiosa por causa disso, mas quase sempre ela é ansiosa. Se ela então tem ansiedade de abarcar o mundo, ela não se fixa. Então, ela entra no Whole Pack mas não faz nada. Aparentemente ela está no Whole Pack mas não está. Ela ainda não conseguiu fixar uma linha de realização completa de veterana, com acabativa satisfatória. Ela não terminou aquilo do jeito que precisa. A “coisa” é pouco a pouco. Por exemplo, essa pessoa já arranjou um caminho para estudar, para fazer um livro, mas ainda não está completo. Ela está avançando, tudo o que ela está fazendo, faz a convergência para aquela gescon. (Tertúlia 0944; 1h:50m).


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