Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Tertúlia 0913 - Recepção Pós-Dessomática


Tertúlia 0913, Recepção Pós-Dessomática, YouTube, canal Consciustube, https://www.youtube.com/watch?v=1EmUMT1a1DY, publicado em 09 de setembro de 2011.


 

Pergunta. No caso em que uma conscin acorda projetada diante de um ser de luz que sorri levemente emanando luz de bem-estar contagiante sem falar nada, será uma preparação para a recepção pós-dessomática? Resposta (WV). Não. Isso aí mostra o desenvolvimento do seu parapsiquismo para trabalhar com a interassistencialidade. Isso é um chamamento para o trabalho. Depois desse trabalho é que vamos ver quem é que te vai receber ((risos)). Eu já falei aqui do povo que apareceu para mim em hipnagogia e hipnopompia. Você tem clarividência hipnopompica. Hipnopompia é quando você está para acordar. Um estado de sonolência entre o o sono e a vigília física ordinária. A pessoa está semicoincidida e consegue ver quem é que está aparecendo ali. É um puxãozinho de orelha, estão alertando-te, lembrando-te do trabalho e fazendo o desenvolvimento da tua clarividência. É muito importante. Parabéns. Ótimo! O sorriso deles significa que estão esperando: "Como é que é?", "Vai trabalhar ou vai ficar aí?", "Vai continuar de braços cruzados?". É isso que significa. (Tertúlia 0913; 0h:03m).

Pergunta. A recepção pós-dessomática já é na paraprocedência da pessoa ou ela vai para algum outro lugar para depois ir para a paraprocedência? Resposta (WV). Às vezes ela é recebida dentro do quarto mortuário dela. Outras vezes é nas exéquias fúnebres. Quase sempre é quando a pessoa sai do corpo. A mãe das minhas amigas de Uberaba não queria morrer. Eu fui lá, ela ficou lúcida e tinha muita gente recebendo-a. Passei energia em cima do corpo dela porque ela não queria sair do corpo. Nesse caso, se a deixasse assim, o organismo dela ia definhar e ela ficava presa, como aquele "cara" que eu vi, que estava no cemitério em S. Paulo há vários anos. Nas narrativas do espiritismo do século XIX na Europa, já falavam sobre isso. Essas coisas ocorrem. No caso dessa senhora de Uberaba, ela não queria morrer e era muito forte, tinha muita energia, era uma matriarca, dirigia a família. Três das irmãs dela eram minhas colegas. Pediram que eu fosse lá. Eu cheguei lá, conversei com ela mas "não teve jeito". Eu falei: "Eu vou para casa e vamos ver o que é que os amparadores vão fazer". De manhã telefonei para elas e já estavam preparando o enterro. Eu não fiz nada, apenas participei com energia. Mas os amparadores já tinham dito que estava na hora. A situação era tão precária que não se podia entrar no quarto, por causa do cheiro. Era um caso de metastases muito difícil. Morrer é fácil mas pode ser também muito difícil. (Tertúlia 0913; 0h:08m).

Pergunta. Pode uma conscin projetada fazer a recepção pós-dessomática de uma consciex? Resposta (WV). Pode, mas muitas vezes a pessoa dessoma já sabendo. Sai do corpo e eles falam: - "Que tal? Eu acho que está na hora". É mais do que a EQM. No caso dessa senhora de Uberaba, os amparadores disseram: - "É preciso muita energia, vamos pôr ectoplasma nisso. Você sai do corpo, vai lá e sobrepaira o corpo dela". Quando eu fiz isso, eu fiz uma imantação, um acoplamento e no caso, um encapsulamento. Eu encapsulei ela comigo, como se fosse um possessor. Ela foi saindo do corpo pouco a pouco, até ficar acima dele. Depois de dar muita energia ela começou a ficar consciente e daí a pouco ficou em pé. Aí eles levaram-na, totalmente consciente. Ela ainda me viu e eu falei: "Não tem nada, é tudo positivo, a tua vida foi muito útil". Mas eu já lhe tinha falado isso umas 15 horas antes. (Tertúlia 0913; 0h:11m).

Pergunta. Poderia falar de alguma paracasuística relativamente à Exemplologia? Resposta (WV). «Exemplologia: recepção pós-dessomática pessoal = a promovida por alguma consciex afim, paratécnica, sozinha, recepcionando a conscin vitoriosa com a miniproéxis recém-finda; recepção pós-dessomática grupal = a promovida por extenso grupo de consciexes afins recepcionando a conscin vitoriosa na liderança do megaempreendedorismo grupocármico» ((leitura de excerto do verbete Recepção Pós-Dessomática da Enciclopédia da Conscienciologia)). Paracasuística da recepção pós-dessomática pessoal: Sérgio Musskopf ((referência ao conscienciólogo e tenepessista brasileiro Sérgio Musskopf [1952-1998])). Aquilo foi mais isolado porque eu vi "o negócio" 22 horas depois que ele dessomou. Paracasuística da recepção pós-dessomática grupal: o caso da condessa italina que era a Ana do bócio ((referência a antiga serviçal negra na casa dos pais de Waldo Vieira, já dessomada, que foi condessa italiana numa retrovida)). (Tertúlia 0913; 0h:13m).

Pergunta. O Zériro fez muito esse trabalho de recepção? Resposta (WV). Alguma coisa. Lembra daquele "negócio" do Tao Mao comigo ((referência a exercícios de entrada e saída do corpo descritos em Vieira, Waldo. Projeções da Consciência: Diário de Experiências Fora do Corpo Físico [livro eletrônico]; 9ª Ed.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2013; ISBN 978-85-98966-57-1; pag. 131-133))? Tinha a ver com isso. É tão importante a pessoa ter lucidez no detachment, deslocamento, como fazer resgate. (Tertúlia 0913; 0h:14m).

Pergunta. Como ficam os assistidos com a dessoma do ofiexista? Vão para outra ofiex? Resposta (WV). Não. Não tem ninguém na ofiex. Eu às vezes não tenho ninguém na ofiex durante dias e há dias em que tenho 200 consciexes. Pergunta. Extrafisicamente tem algum tipo de oficina de assistência? Resposta (WV). Lógico. O Interlúdio é tudo isso. As comunexes intermediárias, de assistência, socorristas, são para assistir. O caso de ofiex é uma coisa muita séria porque é para uma pessoa e aquilo está adstrito a ela. Geralmente isso ocorre com quem já teve muito contacto com muita gente. Por isso é importante ter contacto com muita gente, ampliar o círculo de relações concienciais. Estou falando de relacionamento social e para social. Grupalidade. Quanto mais relacionamento vocês tenham, mais conhecidos vocês sejam em matéria assistencial, mais predispostos estão a ter uma ofiex porque são hostess, anfitriões, receptivos, acolhedores, cuidadores. (Tertúlia 0913; 0h:17m).

Pode-se dizer como vai ser a dessoma de qualquer um que se exponha numa autoconscienciometria. A pessoa tem que se expor. Conscin-cobaia é uma beleza. Vocês estão se preparando para morrer bem. A gente tem que saber dessomar com dignidade. Pergunta. O que é que tem que falar? Resposta (WV). Falar tudo o que você fez de bom e o que você fez de errado. Mas tem que abrir o jogo. Eu vou contar uma coisa para vocês. Os meus 214 anos, me ajudaram demais. Muitos casos que já aconteceram, eu vi depois que a pessoa dessomou. Tem gente que chegou para mim e falou que tudo (o que eu disse) aconteceu. Eu já tive vários casos em que aconteceu isso. Lá no movimento espírita já acontecia isso. Alguns desses que ficaram tão gratos que depois não queriam sair de perto de mim. Então o povo chegava ((referência a médiuns)) e dizia que estava vendo “fulano”. Eu respondia que ele estava fazendo um estágio comigo, que ele não era assediador, que ele agora era “espírito-lar”, como se dizia na Grécia Antiga – o povo o oráculo e de Sócrates. Existe isso. (Tertúlia 0913; 0h:20m). (Tertúlia 0913; 0h:20m).

A conscin merecedora de recepção pós-dessomática por "determinada consciex afim, lúcida, amparadora ou evolucióloga, ou até mesmo grupo específico de consciexes empáticas e em melhores condições intraconscienciais, evolutivas" é aquela que tem um saldo bom, limpíssimo, de alto nível, no âmbito da sua proéxis. (Tertúlia 0913; 0h:24m).

O exemplo de uma recepção pós-dessomática calorosa é a da Ana. A Ana era uma senhora analfabeta que, quando andava calçada era de sandalinha. Ela tinha um bócio na garganta - patologia da tiróide - quase do tamanho da cabeça dela. Ela era preta retinta. Ela era uma senhora personalidade. Tinha força presencial e era uma das maiores cozinheiras que eu vi na minha vida. A gente chamava-a de artista da cozinha. Ela quis trabalhar comigo (WV) para o resto da sua vida porque o filho dela estava bem, nós estávamos ajudando, o Brinquinho (o cachorro) estava bem, estava tudo bem. Ela tinha uma cardiopatia congestiva - consequência da doença das Chagas - e queria que eu a tratasse para que ela pudesse trabalhar até morrer. Ela estava trabalhando, estava fazendo o almoço, quando eu vi que ela estava passando mal. Ela estava como se fosse minha irmã dentro de casa, fazia muito tempo, trabalhando connosco (com o Chico). Chamei até outros médicos mas ela morreu na minha cama logo em seguida. (Tertúlia 0913; 0h:26m).

Eu (WV) já fazia uma pequena sesta como faço hoje e o Chico Xavier e a minha mãe gostavam de saber tudo o que acontecia depois da sesta. Eu era "obrigado" a relatar tudo. Um dia, eu mesmo estava alvoraçado porque eu tinha visto a recepção da Ana. Foi na hora em que ela estava chegando mas coincidiu com o horário de dia nosso. Os horários deles nem sempre seguem o horário de dia e noite daqui nem o calendário gregoriano. Mas esse aí coincidiu porque eu vi a hora que ela chegou. Vi aquela estrela enorme e daí a pouco apareceu uma cara de uma preta africana toda cheia vida, de vivacidade, e aquele papo enorme, esplendoroso, irradiando por todo o lado. Daí a pouco ela transfigurou-se e mostrou-se como uma condessa italiana (que tinha feito uma porção de besteiras). E aquele monte de gente recebendo a Ana, foi impressionante. Uma das maiores recepções que teve. Eu nunca pude esquecer aquilo. Eu vi aquela estrela chegando e nem sabia o que era, porque não me falaram nada. Quando eu vi, era a Ana. Ela saiu-se bem na vida e não conhecia nada de Conscienciologia. O caso dela é clássico. É por isso que eu o tenho como "um gancho" didático. (Tertúlia 0913; 0h:28).

Pergunta. De acordo com o mérito, existe uma qualificação maior na recepção pós-dessomática? Resposta (WV). Quando a pessoa é avançada, não perde tempo para nada. Dessoma e já vai para o serviço, como se estivesse como consciex já há muito tempo. Isso tudo eu já vi acontecer. O Sérgio (referência ao conscienciólogo e tenepessista brasileiro Sérgio Musskopf (1952-1998)) foi assim. Ele vinha acompanhado por dois amparadores, um de cada lado, mas já chegou de corpo mental, para mim. Apareceu só o rosto dele naquela bola de energia, grande, ao pé da minha cama. Eu estava descoincidido mas junto do corpo. Eu estava dando curso. Eram 22 horas e parece-me que 20 minutos. (Tertúlia 0913; 0h:30).

«Caracterologia. Sob a ótica da Intermissiologia, eis, por exemplo, na ordem evolutiva, além das consciexes afins aos companheiros (ou companheiras) do mesmo nível evolutivo, 5 categorias de consciexes lúcidas, em patamar evolutivo melhor, preferencialmente recepcionistas, em função da afinidade com específicas conscins (homens ou mulheres), recém-dessomadas, do nível anterior: 1. Ex-tenepessista lúcido: recepcionista de pré-serenão merecedor. 2. Ex-projetor lúcido: recepcionista de ex-tenepessista merecedor. 3. Ex-epicon lúcido: recepcionista de ex-projetor merecedor. 4. Ex-conscienciólogo lúcido: recepcionista de ex-epicon merecedor. 5. Ex-desperto autoconsciente: recepcionista de ex-conscienciólogo merecedor» (Vieira, verbete Recepção Pós-Dessomática). Pergunta. A partir de que nível a pessoa vai ser recebida pelo evoluciólogo? Resposta (WV). A pessoa não vai ser recebida assim para não entrar na euforex. (Tertúlia 0913; 0h:31).

Pergunta. Qual é a sua opinião sobre o trabalho da psicologia relativamente ao luto nos velórios e ao atendimento à família? Resposta (WV). Sempre ajuda desde que não se faça dogma nenhum nem exija que o povo siga nenhuma ideologia. É necessário fazer uma assistência universalista. (Tertúlia 0913; 0h:34).

Pergunta. Existe trabalho conjunto entre o grupo de recepção pós-dessomática de uma pessoa que está na CTI (Centro de Tratamento e Terapia Intensiva) morrendo e uma força de energia externa, de tenepes ou de alguma outra fonte? Resposta (WV). Às vezes tem. Depende do que precisa. Se a pessoa tem mérito e a ficha positiva eles assistem até quanto precisa. Pode haver trabalho conjunto de conscin, consciex, até do cachorro. Você não viu aquele gato, Óscar, que mostrava quem é que ia morrer? A história do gato está lá em baixo nos recortes. (Tertúlia 0913; 0h:36).

Pergunta. Com os subumanos tem alguma coisa que corresponda à recepção pós-dessomática? Resposta (WV). Quando o animal doméstico é muito chorado, muito sentido, muito pranteado, às vezes tem. Porque às vezes ele é considerado um membro da família. Pergunta. E tem subumano que pode participar da recepção pós-dessomática de um humano? Resposta (WV). Tudo é possível, dependendo do mérito, da ficha. (Tertúlia 0913; 0h:37).

Pergunta. Em alguns estudos e trabalhos de assistência em que pude participar fora do corpo, presenciei a existência da figura do especialista ou técnico em dessoma portando muitas vezes aparelhos extrafísicos e recebendo a conscin recém-dessomada, quase sempre pré-serenão vulgar. O senhor pode falar mais sobre essa figura? Resposta (WV). Essa figura existe. Mas quando aparece uma consciex com uma afinidade mais íntima com o dessomante, às vezes recente, mesmo da vida que ele está deixando, é o melhor que tem. Isso é que dá mais empatia, afinidade, envolvimento e é o que produz mais efeito. (Tertúlia 0913; 0h:38).

Pergunta. No caso da dessoma coletiva em acidentes aéreos, como sucede a recepção pós-dessomática? Resposta (WV). Geralmente entram conscins e consciexes. É das piores coisas que tem porque o ambiente fica todo tumultualdo. É tanta gente chorando e pensando negativamente contra aquilo que fica "fogo-cruzado". O pior é quando morre uma porção de gente num incêndio. Lá no Rio aconteceu um acidente desses em que eu participei fora do corpo. Outro caso também no Rio em que eu participei foi de umas enchentes onde eu vi dez pessoas caindo de um morro e morrendo cá em baixo. (Tertúlia 0913; 0h:39).

Pergunta. Enquanto fazia companhia para o meu pai no quarto da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) oncológica (de cancer) quando ele já estava praticamente inconsciente e eu sabia que não havia mais volta, me veio a ideia de exteriorizar muita energia nele para que ele dessomasse logo para não haver mais sofrimento. Eu fiquei uma tarde exteriorizando energia em seu corpo e ele dessomou dois ou três dias depois. Não estava em minha companhia na hora. Gostaria de saber se eu fiz a coisa certa ou se não cabe a mim tomar esse tipo de decisão. Minha atitude pode tê-lo ajudado? Resposta (WV). De qualquer maneira você ajudou seu pai. Mas uma coisa que não se deve fazer é "jogar" energia para comandar o destino da pessoa. Faz-se com a intenção de que "aconteça o melhor para todos" ou "que ele morra na hora em que tiver que morrer". Mas você não vai querer que morra agora ou depois. A pessoa assistente não tem capacidade decisória como evolucióloga. Nós somos pré-serenões. De qualquer maneira ajudou mas não fique querendo fazer o cenário, o enredo do futuro imediato da pessoa. Vamos ajudar, "eu estou aqui para ajudar" e acabou. Nada de estar influindo no destino da pessoa. (Tertúlia 0913; 0h:40).

A Veronesa ((referência a consciex amparadora)) é uma santa (Tertúlia 0913; 0h:42).

Pergunta. Há um paralelo entre a recepção pós-dessomática e o acolhimento pós-ressomático? Resposta (WV). Na recepção pós-dessomática, supõe-se que a consciência esteja lúcida. No acolhimento pós-ressomático, não. Você recebe o comatoso, o parapsicótico pós-dessomático. A diferença é enorme. O nível de acolhimento pode variar de acordo com o mérito da pessoa. Um "cara" comatoso pré-ressomático não vai receber o mesmo tipo de acolhimento de outro que é super completista. Mérito é mérito. Não adianta querer fazer descontinho. Não tem desconto. Este mês não há liquidação de ressoma ((risos))! (Tertúlia 0913; 0h:42:20s).

Pergunta. Umas duas semanas depois da morte de meu pai eu estava dormindo, veio um amparador e me tirou do corpo. Levou para uma sala grande onde estava o meu pai no meio e mais algumas pessoas em volta. Eu segurei-o para poder falar com ele, porque ele estava muito agitado e disse-lhe: - Pai, você morreu. Aí ele me empurrou, deu duas voltas correndo ao meu redor e disse: - "Como é que eu morri? Eu estou correndo!" Resposta (WV). Por isso é que eu fazia aqueles tratamentos de Gaspar, o fantasminha. Estava lá, levantava as mãos e apareciam as minhas mãos. Daí a pouco desaparecia o corpo. E eu falando: - "Esse corpo não é o meu corpo. Esse corpo de vocês não é o vosso corpo antigo, é outro". Isso tudo é uma das técnicas que a gente usava. A autotransfiguração do psicossoma é importante para fazer isso. Você está aí, levanta a mão e daí a pouco o seu braço desaparece. Você está em pé e daí a pouco está só da cintura para cima na frente de "todo o mundo". Eles estão vendo. É um Gasparzinho. "Eu sou um fantasma. O meu corpo é outro. Vocês todos já morreram. Prestem atenção”. Tem gente que está lá (no extrafísico) anos sem admitir (que morreu). Se eu volito eles dizem que o corpo deles não é igual, que o corpo deles não voa. Existem lugares para a cura desse povo, do mesmo modo que tem aqui para toxicômanos. É o spa, o paraspa. Tem um desses que eu nunca pude esquecer porque é um jardim lindérrimo com uma casa principal. A gente chegava na entrada e eles  ((referência aos amparadores extrafísicos)) falavam assim: - "Você vai de pé, para a frente, volitando mais ou menos a um metro de altura. Vai andando e passa no meio desse povo todo. Vai, que aqui já tem uma trilha energética e isso vai-te ajudar". Eu ia. Tinha gente danada da vida comigo. Eles não queriam saber daquilo. Eles queriam ter um corpo de gente. Para eles isso de volitar é mágica, tapeação, não interessa. Tem de tudo. A primeira vez que eu vi isso eu era jovem e aquilo me encasquetou. Lá eles usavam muito os pets, os animais domésticos. Tinha um "cara" que tinha um cachorrinho com ele. Na hora que eu passei ele virou o cachorro, nos braços dele, para que nem ele nem o cachorro vissem que eu estava passando. O jardim era muito bonito, tudo arrumadinho com as trilhas no meio, "coisa" florida, uma beleza! E aqueles grupos conversando. Você via que estava tudo carregado. É um ambiente igualzinho a um hospital. Tudo limpíssimo, mas você nota que tem "uma coisa no ar". Jardim de hospital mostra como é a pré-baratrosfera. Tem muito lugar assim. (Tertúlia 0913; 0h:44).

(Dito na tertúlia 913, em 19.07.2008). Sérgio Musskopf ainda não ressomou. Ele está preparando serviço, uma coisa séria. A última vez que ele apareceu aqui, veio com o Hayek. É coisa séria. Ele está estudando coisa boa. (Tertúlia 0913; 0h:48).

Pergunta. Existe um pré-requisito para a gente começar a ajudar na dessoma das consciências? Resposta (WV). Existe o pré-requisito da ficha assistencial da pessoa. Ela tem que ser interassistencial. Quem já fez isso antes, vai fazer mais. Se uma pessoa passou a vida toda só pensando nela, é lógico que não vai ter recepção nem vai assitir ninguém, porque ela não está preparada para isso. São esses "caras" que estão lá ((referência aos dessomados que querem ter um corpo de gente)), que acham que são o corpo. (Tertúlia 0913; 0h:50).

Pergunta. Não existe uma preparação por parte de uma consciex que começa a se aproximar do pré-dessomante podendo até mesmo aparecer por clarividência? Resposta (WV). Sim, mas isso é aquela vidência da literatice, a morte com a foice, e o anjo guardião do outro lado. Tem gente ((referência a consciexes)) que fica esperando o dessomante com a intenção de vingança. Tem criança que aparece mas de criança só tem a forma porque ela é super madura. (Tertúlia 0913; 0h:51).

Pergunta. As pessoas são recebidas no momento de sua dessoma da mesma forma que são recebidas no seu lugar natal quando moram fora? Resposta (WV). É mais ou menos isso mas depende do mérito. É diferente ter saído de lá escorraçada ou ter saído numa boa. (Tertúlia 0913; 0h:52).

Pergunta. Qual a relação da pós-dessomática com o mecanismo sutil do cordão de prata? Resposta (WV). Quando o cordão de prata se desfaz ocorre a dessoma. A medula oblongata é onde tem a base da ligação energética do energossoma. O cordão de prata é uma coisa relativa. Você sai do seu corpo e aparece aquela porção de filamentos. Se você vai para longe, aqueles filamentos todos viram um só. Esse "um só" é que é o cordão de prata. Se cortar aqueles filamentos todos ou se cortar só aquele fio, a pessoa dessoma porque essa é que é a ligação básica, a conexão básica do holochacra (quase sempre ligado ao coronochacra) ao psicossoma da pessoa. Tem as conexões no psicossoma e tem as conexões no soma. Quando aquilo se parte, acabou o plug, a tomada desapareceu e a pessoa dessomou. Isso aí não tem jeito de concertar, não. Dessomou, dessomou. (Tertúlia 0913; 0h:53).

O corpo morto pode ter movimentos devido aos impulsos do estímulo da energia do corpo. Às vezes cresce a barba, cresce a unha, são impulsos depois qua a pessoa morre. Quando a pessoa recobra a lucidez, a consciência, ela se levanta, ela fala. Nesse caso a ligação energética não foi desfeita, por isso a pessoa recobra. Tem muita gente que entra numa catalepsia muito forte que parece que morreu e não morreu. Tem gente que tem 4, 5 paradas cardíacas e estão vivendo aí. A energia mantém o corpo. A consciência mantém a energia. Uma consciência muito forte, como a da mãe das moças, aquela senhora que não queria dessomar, é superior ao cancer, à energia, ao desfazer do corpo. A vontade é a maior força que a consciência tem. O que é que vocês têm? Qual a qualidade das suas companhias? (Tertúlia 0913; 0h:54).

Pergunta. Como é que fica a condição pós-dessomática nos casos de eutanásia? Resposta (WV). Cada caso é um caso. Depende, se há justiça, se está na hora, do nível de loucura de quem cometeu a eutanásia e de quem executou a eutanásia. (Tertúlia 0913; 0h:57).

Pergunta. Porque não é bom estar mais que meia hora distante do corpo na projeção? Resposta (WV). Quando você sai do corpo você distancia-se dele. Se você está com muita lucidez, então é como se o corpo fosse desprezado temporáriamente. Às vezes o corpo está hirto, rígido, como se ele entrasse numa catalepsia ou, mais sério ainda, numa letargia. Às vezes o corpo está numa posição que não é a ideal e dá problema no pescoço, na coluna, numa perna (uma cãimbra, por exemplo). Eu como trabalhei muito tempo com isso, eu ia e voltava 2 ou 3 três vezes para acertar o corpo. Existem os avisos admonitórios. Você sente, quando está projetado, o aviso do cordão de prata. Algumas pessoas acham que um assediador as pega pelas costas quando saem do corpo e é o cordão de prata. São ignorantes da realidade extrafísica. É preciso estudar, pesquisar, examinar, ponderar, escrever e não se afobar com nada. Eu escrevi o Projeciologia para ver se mostrava essa realidade. (Tertúlia 0913; 0h:58).

Pergunta. Qual é o principal efeito da recepção pós-dessomática para a consciex recém-dessomada? Resposta (WV). Pensa bem. Você chegou no Japão e não conhece lá nada. Se tem uma pessoa para te receber, é preciso perguntar o que é que é bom nisso? Receber os outros é uma coisa muito séria. A pessoa fica equilibrada mais rápido. Dessoma é igual a ressoma. É sempre um choque consciencial. Eu já tive que falar, fora do corpo, para gente da igreja católica: - "Escuta ((simulando o gesto de tocar numa pessoa, para a despertar)). Acorda. Você está no paraíso. Você vai perder tempo? É o paraíso!" Existe toda a parapsicologia para aceder a cada um como pode, para ajudar mais. (Tertúlia 0913; 1h:00).

A morte prematura pode já estar anunciada, ser esperada, como no caso da miniproéxis. A morte prematura por acidente, negativa, é patológica. Na morte prematura patológica você pode esperar que está tudo ruim. (Tertúlia 0913; 1h:02).

O esquizofrénico às vezes tem enfermagem na recepção pós-dessomática para encaminhar a pessoa. Um catatónico dessoma e não muda nada. Dessoma, não muda a pessoa. Ela continua a ser o que ela é só que não tem mais o corpo humano. Se a pessoa é boa, hígida, sadia, ela vai ter gente boa, hígida, sadia, para a receber. Se ela é muito psicótica - às vezes ela está possuída há 40 anos - ela não vai mudar de uma hora para a outra. Quem vai recebê-la são os possessores. (Tertúlia 0913; 1h:03).

As reações são diferentes. Houve um que estava totalmente alterado. Eu começo a fazer as minhas traquinagens com o processo de transfiguração, ele reconheceu-me e pulou em cima de mim: - "Waldo!" Eu voltei para o corpo em choque com taquicardia e foi um custo até recuperar. Os amparadores vieram ajudar. Isso aí pode matar a gente. Ele já tinha morrido há muitos anos e conhecia-me mais novo. Eu estava trabalhando com 40 consciexes e ele era um deles. Ele estava na fila de trás. Ele pensou, saiu de lá e pulou em cima de mim. Eu era colaborador desse lugar há muito tempo, fui lá muitas vezes. (Tertúlia 0913; 1h:06).

Pergunta. O que o senhor sabe sobre a recepção pós dessomática do Chico Xavier? Resposta (WV). Eu não vi nada porque a gente estava afastado. A única coisa que eu sei é que logo depois que ele dessomou veio aqui com o Emmanuel. O Emmanuel falou com ele para ver os nossos cursos. Eu só fiz uma observação para ele: - "Você está muito eufórico. Isso não é bom para você. Fica mais tranquilo". Ele estava com euforex. (Tertúlia 0913; 1h:08).

Pergunta. Chegaram a publicar um livro sobre a recepção pós dessomática do Chico Xavier. Resposta (WV). Eles publicam muita bobagem. Escuta: a minha mãe está ressomada na Finlândia e eles ((referência aos espíritas)) vivem recebendo mensagens dela. Isso é besteira. Outra coisa: o Kelvin Van Dine, autor de "Técnica de Viver" que eu recebi em 1967, ressomou logo depois - estava preparando a ressoma quando deu as mensagens - e o povo está recebendo mensagens dele até hoje. Ele é um homem, está aí. As mensagens que eles recebem são 10% autênticas e 90% bobagem. Há muita ilusão. Ninguém faz pesquisa de nada. Os que começam a fazer pesquisa acabam deixando o espiritismo. Estão perdendo tempo com essa besteirada. São milénios mexendo com dogma, seita, religião. Isso é lavagem cerebral violenta, a pior que tem no mundo. (Tertúlia 0913; 1h:09).

Pergunta. A História comenta que lá no Egipto Antigo se esperava que depois da dessoma ia ter um "cara" que ia pesar o coração e ia ver se o "cara" tinha sido bom. Resposta (WV). E daí? Você está perdendo tempo. É mais uma uma ilusão e bem antiga, com uns 3 ou 4 milénios. Pergunta. De acordo com a cultura, existe uma propensão para uma recepção específica, de acordo com as vivências da pessoa dessomada? Resposta (WV). Tudo é de acordo com o saldo da ficha dela. Não interessa o que é que ela fez. Se o saldo é positivo, vai ter mais gente. A maioria da humanidade é recebida por conseneres - consciências energívoras – doidas por energia. São os urubus estrafísicos à espera das presas. (Tertúlia 0913; 1h:11).

Onde tem intercepção, geralmente tem assistência. Até as preces do povo, os pedidos, o pensamento positivo, isso ajuda. O choro faz mal porque a maioria do choro é por egoísmo da pessoa que perdeu outra contra a sua vontade. As mães são assim. Choro é desiquilíbrio para a maioria das pessoas. Quem gosta disso é carpideira, religião, seita, gente que quer dinheiro, gente que quer impressionar. Choro é uma coisa negativa. (Tertúlia 0913; 1h:13).

Pergunta. Do ponto de vista da assistência, existe um interesse nosso de cada vez mais estar ajudando, saindo do corpo? Resposta (WV). Só existe isso quando você está cumprindo o seu trabalho. Se o seu trabalho diz respeito a um processo de interdimensionalidade, com parapsiquismo, tudo bem. Mas se não for, em primeiro lugar você veio para cá com um corpo de Indiana Jones é para fazer as suas aventuras físicas ((risos)). Se você atendeu isso ou se isso tem relação com o processo extrafísico, isso é outra coisa. É preciso examinar. Na minha vida, eu tive fases de muita projetabilidade lúcida. Teve períodos que eu precisava fazer isso até para melhorar a retrocognição, saber o que é que eu ia escrever e encontrar com determinadas consciexes. Hoje, na maioria dos casos, eu mexo com a ofiex, porque está tudo em casa. Eu não posso estar saindo, fazendo excursões, por causa do meu trabalho. Raramente você vai encontrar uma pessoa que precise estar saindo do corpo todos os dias. Se ela veio para cá é para trabalhar aqui, com o corpo nesta dimensão. É lógico que tem que ter contacto com consciexes mas o importante é ver qual o trabalho que está a ser realizado e qual o desempenho. Tem lógica? É isso. (Tertúlia 0913; 1h:14).

Pergunta. Quando uma conscin lúcida se encontra na fase terminal, qual a melhor forma de ela tirar proveito destes últimos momentos? Resposta (WV). Abençoar "todo o mundo" como aquele “cara” que mandou emails pedindo perdão com atraso de 40 anos, porque estava com medo. Mas já é alguma coisa. Tirar proveito é abençoar todo mundo numa boa, dessomar com dignidade, com equilíbrio. (Tertúlia 0913; 1h:16).

Pergunta. Nós continuamos com a mesma realidade aqui e no extrafísico, certo? Eu tive duas projeções com cinco anos de intervalo em situações que eu achava que estavam resolvidas mas na projeção eu via que não. O que é que você acha? Resposta (WV). Quando você está aqui, você tem uma memória. Quando você sai do corpo, às vezes você tem uma expansão da consciência, a sua memória se dilata, se expande. Aí você vê aqueles detalhes que deixou para trás. Às vezes as consciências saem do corpo manipuladas, ajudadas, auxiliadas pelos amparadores, justamente para ter uma projeção vexaminosa para ver o que é que está faltando, aquilo a que você não deu importância. A sua acuidade extrafísica quase sempre é maior porque você começa a pensar a partir do psicossoma. A lucidez é maior, é percuciente. No caso, é a parapercuciência. É aquela visão pontual, certa, para o lugar certo. (Tertúlia 0913; 1h:17).

A segunda dessoma acaba com as conexões do psicossoma. Se a pessoa limpa, enxagua, na segunda dessoma, às vezes ela recupera tudo o que ela é.  Aí é que é o duro. Esse ponto é que eu trabalhei muito, com os outros, quando eu estava fora do corpo. Tudo o que vocês pensarem acontece nessa hora. Às vezes a pessoa fica fixada em coisas sem importância, como não ter plantado uma planta. Para vocês verem como a pessoa se perturba, observa quais são as últimas palavras de quem morreu. Tem muita bobagem nisso. Observa. (Tertúlia 0913; 1h:19).

Pergunta. É possível sentir dor pós-dessomática através do cordão de prata? Como fica o processo da cremação? Resposta (WV). A cremação ajuda porque a energia do cadáver não interessa mais. As conexões já foram cortadas. Quanto mais a gente se desprender melhor. A cremação não nos pega. Não tem nada disso. Agora, se a pessoa começar a sentir dor, seja conscin, consciex, com corpo ou sem corpo, ela vai sentir porque o problema é dela. A psicologia chama isso se somatização. Desde a Idade Média dizem que é auto-hipnose. Tem outros nomes para isso. Tudo é auto-sugestão. Se eu pensar que me vai doer um dedo, vai doer porque vai haver predisposição para todos os processos negativos produzam inflamação no dedo. A mente é capaz de fazer qualquer coisa. Há casos em que aparece na pele de uma pessoa, em relevo, o nome da pessoa por quem ela está apaixonada. É o processo dos estigmas de Jesus Cristo que aparecem nas mãos de quem pensa nisso. É a mesma coisa. (Tertúlia 0913; 1h:20).

Pergunta. Você comentou da tanatofobia relacionada com a cultura americana. Como ficam as dessomas ligadas a esses países? Resposta (WV). O Brasil tem de tudo mas nós não cultivamos o medo da morte. A cultura americana tem isso devido ao conservadorismo. São eles que ensinam mais a matar e a morrer mas não falam em morte. Mesmo a questão de carpideira, no Brasil não funciona. Em Portugal é muito mais do que aqui. (Tertúlia 0913; 1h:21).

Pergunta. Eu estava num local, passou uma pessoa e eu senti uma energia muito negativa. Eu tinha a certeza de que ela ia fazer uma besteira, que se ia matar naquele momento. Em dois minutos, ele subiu no elevador e se jogou. Resposta (WV). Ele foi assassinado pelos assediadores. Isso é muito comum. Uma boa parte das pessoas suicídas, são assassinadas. Alguns têm atenuantes e outros não. As energias que você sentiu, não foram apenas as energias dele, mas do entourage, da caterna, da quadrilha que estava ali, do holopensene patológico. É o que acontece com os "caras" que se atiram das pontes. A gente tem que levar sempre a sério a pessoa que é candidata a suicídio embora a maioria, principalmente mulheres, falem em suicídio apenas para tirar algum proveito. Na psicologia isso chama-se chantagem emocional. Mas tem que se levar a sério. A maioria dos casos são carências emocionais. (Tertúlia 0913; 1h:24).

Pergunta. No caso da tenepes, muitas vezes a gente percebe consciexes pós-dessomáticas. É uma característica da tenepes em si, atender pós-dessomados? Resposta (WV). Sim. Pergunta. Naquele ambiente é mais fácil fazer a recepção? Resposta (WV). "Fácil", depende de você, depende da consciex, depende do amparador. Não tem nada fácil nem difícil. Quase sempre a recepção já foi antes porque eles não vão levar uma pessoa super carregada com assediadores e energias terríveis porque você não agenta. Eles já enchaguaram, limparam alguma coisa para melhorar, senão te derruba. Agora, quando você vai fazer isso, eles te dão mais energias, você sai do corpo, vai lá e ajuda. Isso é outra coisa. É antes da tenepes. Eu estou falando do geral mas tem de tudo. (Tertúlia 0913; 1h:26).

Pergunta. Quais as consequências do choque interconsciencial da dessoma? Resposta (WV). O primeiro choque da pessoa é querer localizar-se e identificar-se, saber onde está, o que está fazendo ali, que lugar é aquele, o que é que aconteceu. Isto, quando ela tem um pouco de lucidez porque tem uns que dessomam e ficam totalmente obnubilados, ofuscados, demoram a clarear a cabeça. (Tertúlia 0913; 1h:28).

Pergunta. Durante a recepção pós-dessomática pode ocorrer a segunda dessoma? Resposta (WV). Pode. Às vezes também a primeira e a segunda ocorrem simultâneamente. Foi o caso do Sérgio, esse meu amigo que o povo aí conheceu. Pergunta. A partir de que nível da escala evolutiva a morte não é traumática? Resposta (WV). Quando a pessoa já faz assistência. A maioria dos tenepessistas aqui, não vão ter morte traumática. Tenepessiata trabalhando 10-15 anos nisso, se ele á sincero, se se sente bem, já tem contacto com consciexes todos os dias, ele já está semi-morto (risos) ou, se você quizer, semi-vivo. Ele já está mais para lá do que para cá. Esse é o caminho para daqui a 1-2 vidas ele ser uma semi-consciex. (Tertúlia 0913; 1h:29).

Você ((referência a um tertuliano, sobrinho de Waldo Vieira)) me conhece há algum tempo, praticamente desde que você nasceu. Você já viu algum mês que eu não tenha mexido com algum processo de consciência e processo extrafísico? Eu só mexo com isso. Até plantando mandioca, em menino, com o velho Filipe, já pensava nessas coisas, na hora que «vinha os troços dele lá, que vinha batendo o copo cheio de água» ((relato acompanhado de gesto demonstrativo de um percurso aos solavancos)). (Tertúlia 0913; 1h:30).

Pergunta. Recentemente faleceu uma pessoa num acidente de moto. No dia anterior, essa pessoa passou em casa de todos os parentes próximos confraternizando, coisa que não costumava fazer. Resposta (WV). Se morreu de moto tem assédio. Moto é arma de matar e de suícidar. Ele estava assediado, possivelmente ele era propenso ao suicídio, sabia que já estava abusando, sabia que podia morrer a qualquer hora e então ele se preparou. O "cara" estava consciente disso. [O Chico recebeu um monte de mensagens de motoqueiro. A maior besteira! E as mães ficam chorando] A riscomania é o início do suicídio. Lá no fundo ele quer morrer. Muita gente á assim. (Tertúlia 0913; 1h:31).

Pergunta. Num caso desses, o que é que se pode fazer para assistir? Resposta (WV). Pensa positivo, exterioriza energia e deixa de sentir o destino dele. Nada de chorar que senão você perturba e piora mais ele. O choro de uma pessoa que chora porque o outro morreu, prejudica aquele que dessomou. (Tertúlia 0913; 1h:34).

Eu (WV) quero mostrar para vocês e agradecer a alguém que me mandou essa caixa ((mostra uma caixa branca para lenços de papel)). Lembra que eu falei que eu estava atrás de um "negócio" desses por causa "do povo que chora comigo" ((risos))? Ela é boa porque a pessoa pode puxar e ela não cai ((puxa os lenços para demonstrar que a caixa não se move e a audiência ri)). É pesada e bonitinha. A maioria das caixas de papelão, você puxa assim ((gesto de puxar o lenço e levar com a caixa na cara)) e ela bate na sua cara ((risos)). Eu estou atrás disso há muito tempo porque eu via isso em suites de hotéis. Isto aqui é metal - oh, oh, - ((puxa de novo os lenços e os tertulianos riem)). Eu estou feliz da vida! (Tertúlia 0913; 1h:35).

Pergunta. Você já ouviu falar de alguém que passou pela terceira morte? Resposta (WV). Quem sou eu ((risos))? Pergunta. Mas já teve algum caso no Planeta Terra? Resposta (WV). Eu sei que tem, mas eu não vi. Eu vi coisa melhor, a Consciex Livre (CL). Mas a CL é depois. A terceira dessoma é antes. (Tertúlia 0913; 1h:37).

Eu já vi Serenão. E é horrível ver Serenão porque vemos as nossas mazelas todas. A maioria aqui não está preparada para ver ter contacto, sentir a presença de Serenão. (Tertúlia 0913; 1h:38).

Pergunta. As dessomas coletivas, como no caso do avião da TAM ((referência ao desastre da aviação brasileira que ocorreu em São Paulo no dia 17 de julho de 2007 com o Airbus A-320 da TAM)), como é que esse pessoal é amparado? Resposta (WV). Eles recebem assistência coletivamente, tanto num desastre como num tsunami ou num vulcão. Vem uma porção de amparadores e cada um vai procurar ajudar do modo que pode. Se tem no meio daquelas 199 vítimas que morreram, um ou dois muito bem assistidos, os seus amparadores vão ajudar os outros também. São criados comités de assistência, encaminhando tudo. Pior do que os acidentes é a guerra. (Tertúlia 0913; 1h:39).

A pior época que eu vi foi a segunda guerra mundial que afetou o mundo inteiro. Eles então mandavam muitas consciexes para os países, para receber esse povo. É por isso que nós aqui temos uma porção de ex-nazistas e ex-pilotos de avião. A pior dessoma é aquela que ocorre com explosão. Com a bomba atómica a pessoa volatiza em segundos. Isso é terrível porque não fica nenhuma ligação com nada. As conexões são cortadas instantâneamente. (Tertúlia 0913; 1h:40).

Pergunta. Mas tem amparo? Resposta (WV). Tudo depende da ficha. Tem um monte de gente que dessoma sem amparo nenhum. Dessomar e ressomar não muda o mundo. Se a pessoa criou um círculo de relações afins, de amizade, a amizade "pega muito" na hora em que a pessoa ressoma e na hora em que a pessoa dessoma. Quais as amizades que vocês cultivaram, por exemplo, no ano 1200? Quais as amizades que você conservou de lá para cá? Há amizades de 800 anos. Se uma dessas pessoas evoluiu um pouco mais, vai ser o amparador da outra. Que beleza! (Tertúlia 0913; 1h:41).

Pergunta. Você falou que na ofiex às vezes ficam 200 consciexes lá. Tem um amparador que superintende o trabalho, mas existe uma equipe que trabalha com ele para ajudar? Resposta (WV). Ali tem um círculo de contenção. Eles estão como se fosse num campo de concentração de um hospital parasanitário. Agora, isso tudo é relativo e é muito rápido. Isso não fica aí muito tempo. Eu já tive dentro da ofiex, durante semanas, 16 consciexes. Noutros casos tinha mais de 200. Tudo isolado. Eles isolavam para fazer assistência. Havia pessoas que eram afins, que já tinham alguma lucidez, que precisavam de assistência. (Tertúlia 0913; 1h:42).

Pergunta. O trabalho com elas é desse amparador. Não há uma equipe? Resposta (WV). Não, o amparador é que domina tudo. Ele é o chefão. Manda em mim, manda nas coisas, manda em tudo. Mesmo as pessoas que chegam, às vezes mais evoluídas que ele, obedecem a ele. Ele é que comanda tudo. Ele é o administrador, é o gestor. Agora, tudo depende da gente. È como se o meu corpo fosse o terreno. Agora, quem dirige o terreno, a construção, a instituição é ele. Eu participo. (Tertúlia 0913; 1h:43).

Pergunta. Qual foi a sua maior experiência dessomática? Resposta (WV). Uma das experiências mais bravas que eu tive foi o seguinte. Eu estava visitando um local numa zona rural e a gente estava fazendo assistência. O processo político da área estava muito forte. Eu entrei lá e queria começar a doar certas coisas da terra, do jeito que o MST ((referência ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra brasileiro que busca fundamentalmente a redistribuição das terras improdutivas)) está tentando fazer. Eu estava num local que era meu. Eles prepararam um negócio para pôr fogo naquilo tudo. Na hora em que eu saí no quintal o fogo pegou-me da perna para trás. Eu morri queimadinho. Aquilo foi um crime. Eu saí do corpo e na mesma hora fui participar para ajudar, no mesmo serviço que eu estava fazendo só que agora fora do corpo. O "negócio" deu "pano para mangas". Criou um problemão enorme. Não é nada aqui na América, não. Foi na Europa, há muito tempo. Isso aí eu não pude esquecer pelo seguinte. Várias vezes nesta vida eu chegava num lugar que tinha um ângulo, um ambiente que me fazia lembrar do "negócio". Aí eu olhava para trás para ver se não tinha fogo. Me criou uma espécie de recalque, vínculo, multisecular. Eu fiquei em pé, no quintal, com mato, conversando com eles. Mas eles puseram aquilo de uma tal maneira que não teve jeito. E me seguraram! Logo em seguida eu peguei fogo, eles me soltaram e eu virei uma tocha humana. Eu lembro que o "negócio" começou pelo calcanhar. Veio por trás. É como receber um tiro pelas costas. A impressão que eu tive foi essa. Eu morri quase que imediatamente. Na mesma hora estava fora do corpo. Mas foi um custo porque eu sempre lembrava da parte em que eu estava morrendo. Para começar a lembrar, nessa vida, nesse corpo aqui, eu tive muita experiência antes ((referência a recordações)) "só morrendo". Por isso eu falo: primeiro vem um flash, depois vem um pequeno episódio, depois vem um episódio inteiro, depois vem a história toda. Eu tive um monte de flashs "apenas pegando fogo" da “bunda” para cima. Eu estava com roupa e eles jogaram coisas em cima de mim para pegar fogo e me seguraram para eu não ser assistido. Foi uma surpresa enorme. Eu estava ali com a melhor das boas intenções, tudo positivo, confiando naquele povo todo, mas era gente muito primitiva. Processo de distribuição de terra não é fácil. A terra é a base da posse, não é o dinheiro. O dinheiro é uma coisa criada pelo homem, a terra não, ela está aí e vai continuar depois. A posse de património não é fácil. (Tertúlia 0913; 1h:44).

Pergunta. Eu fiquei curioso com uma coisa: o senhor falou que se viu fora do corpo de imediato. Não houve padecimento físico? Resposta (WV). Eu acho que a morte não tem padecimento físico. A pessoa tem porque já tem aquilo. Dor e sofrimento é antes de mais nada um processo da cabeça da pessoa. Eu já tive um problema com dente mas estava a tomar remédio para a hipertensão arterial. Joguei bastante energia, o dentista arrancou-me o dente sem anestesia e eu "segurei a barra". (Tertúlia 0913; 1h:49).

Pergunta. Nesta vida, quando é que o senhor começou a ter rememorações? Resposta (WV). Eu trabalhei muito para ter rememoração. Descobri, ainda muito pequeno, que tinha retrocognição. Isso é um dos fenómenos mais sérios que tem na vida porque eu posso ter isso na vigília física. Não é preciso sair do corpo para ter isso. Com a projeção, essas coisas ampliaram. Depois eu comecei a ter outra que me chamava muita a atenção porque era "um negócio" que ficava muito obscuro, eu não sabia o que é que aconteceu depois. Tinha uma porção de retrocognição mas tinha aquele período que ficava obscuro. Eu tinha receio que aquele período fosse de alguma besteira minha que eu estava ocultando, acobertando, sepultando. Mas não era. Com o tempo aquilo veio à tona, mas não era. Foi um alívio. (Tertúlia 0913; 1h:51).

Pergunta. O que é que o senhor poderia falar para quem recorda, ainda que ténuamente de alguma dessoma? Resposta (WV). Eu acho que a melhor coisa é não se preocupar com isso. Quando você se despreocupa e o seu trabalho exige que você fique sabendo mais alguma coisa, os próprios amparadores ajudam você a recordar. Se chegar aqui o Transmentor e mexer com você com energia, ele faz você lembrar o que você quiser. Eles têm capacidade para isso mas não fazem estupro. Agora, se a pessoa precisa por causa do serviço, do trabalho, da assistência que está sendo feita, ela vai ter isso, inevitavelmente. Eu acho que muitas das coisas que eu tenho é por causa do serviço. Se eu não estivesse a fazer este serviço não teria esses fenómenos. Isso faz parte do meu trabalho. (Tertúlia 0913; 1h:52).

Eu fico pensando: qual é o segredo de um serenão que vem como oligofrênico? Deve ter alguma coisa "violenta", algum processo que a gente ainda não sabe. Eles não falam para a gente porque se falar "estoura tudo". Nós não estamos preparados para isso. E há muita coisa que se for expor, a gente "vai dar o contra", porque não admite. Eu sei porque a vida é assim. Eu quando era mais moço, se me falassem as coisas que eu sei hoje, eu ia criar problema. Não ((abanando a cabeça em sinal de negação)). Não cito ((risos))! (Tertúlia 0913; 1h:58).

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