Tertúlia 0913, Recepção Pós-Dessomática, YouTube, canal
Consciustube, https://www.youtube.com/watch?v=1EmUMT1a1DY,
publicado em 09 de setembro de 2011.
Pergunta. No caso em que
uma conscin acorda projetada diante de um ser de luz que sorri levemente
emanando luz de bem-estar contagiante sem falar nada, será uma preparação para
a recepção pós-dessomática? Resposta (WV). Não.
Isso aí mostra o desenvolvimento do seu parapsiquismo para trabalhar com a
interassistencialidade. Isso é um chamamento para o trabalho. Depois desse
trabalho é que vamos ver quem é que te vai receber ((risos)). Eu já falei aqui
do povo que apareceu para mim em hipnagogia e hipnopompia. Você tem
clarividência hipnopompica. Hipnopompia é quando você está para acordar. Um
estado de sonolência entre o o sono e a vigília física ordinária. A pessoa está
semicoincidida e consegue ver quem é que está aparecendo ali. É um puxãozinho
de orelha, estão alertando-te, lembrando-te do trabalho e fazendo o
desenvolvimento da tua clarividência. É muito importante. Parabéns. Ótimo! O
sorriso deles significa que estão esperando: "Como é que é?",
"Vai trabalhar ou vai ficar aí?", "Vai continuar de braços
cruzados?". É isso que significa. (Tertúlia
0913; 0h:03m).
Pergunta. A recepção
pós-dessomática já é na paraprocedência da pessoa ou ela vai para algum outro
lugar para depois ir para a paraprocedência? Resposta
(WV). Às vezes ela é recebida dentro do quarto mortuário dela. Outras
vezes é nas exéquias fúnebres. Quase sempre é quando a pessoa sai do corpo. A
mãe das minhas amigas de Uberaba não queria morrer. Eu fui lá, ela ficou lúcida
e tinha muita gente recebendo-a. Passei energia em cima do corpo dela porque
ela não queria sair do corpo. Nesse caso, se a deixasse assim, o organismo dela
ia definhar e ela ficava presa, como aquele "cara" que eu vi, que
estava no cemitério em S. Paulo há vários anos. Nas narrativas do espiritismo
do século XIX na Europa, já falavam sobre isso. Essas coisas ocorrem. No caso
dessa senhora de Uberaba, ela não queria morrer e era muito forte, tinha muita
energia, era uma matriarca, dirigia a família. Três das irmãs dela eram minhas
colegas. Pediram que eu fosse lá. Eu cheguei lá, conversei com ela mas
"não teve jeito". Eu falei: "Eu vou para casa e vamos ver o que
é que os amparadores vão fazer". De manhã telefonei para elas e já estavam
preparando o enterro. Eu não fiz nada, apenas participei com energia. Mas os
amparadores já tinham dito que estava na hora. A situação era tão precária que
não se podia entrar no quarto, por causa do cheiro. Era um caso de metastases
muito difícil. Morrer é fácil mas pode ser também muito difícil. (Tertúlia 0913; 0h:08m).
Pergunta. Pode uma
conscin projetada fazer a recepção pós-dessomática de uma consciex? Resposta (WV). Pode, mas muitas vezes a pessoa
dessoma já sabendo. Sai do corpo e eles falam: - "Que tal? Eu acho que
está na hora". É mais do que a EQM. No caso dessa senhora de Uberaba, os
amparadores disseram: - "É preciso muita energia, vamos pôr ectoplasma
nisso. Você sai do corpo, vai lá e sobrepaira o corpo dela". Quando eu fiz
isso, eu fiz uma imantação, um acoplamento e no caso, um encapsulamento. Eu
encapsulei ela comigo, como se fosse um possessor. Ela foi saindo do corpo
pouco a pouco, até ficar acima dele. Depois de dar muita energia ela começou a
ficar consciente e daí a pouco ficou em pé. Aí eles levaram-na, totalmente
consciente. Ela ainda me viu e eu falei: "Não tem nada, é tudo positivo, a
tua vida foi muito útil". Mas eu já lhe tinha falado isso umas 15 horas
antes. (Tertúlia 0913; 0h:11m).
Pergunta. Poderia falar
de alguma paracasuística relativamente à Exemplologia? Resposta
(WV). «Exemplologia: recepção pós-dessomática pessoal = a promovida por
alguma consciex afim, paratécnica, sozinha, recepcionando a conscin vitoriosa
com a miniproéxis recém-finda; recepção pós-dessomática grupal = a promovida
por extenso grupo de consciexes afins recepcionando a conscin vitoriosa na
liderança do megaempreendedorismo grupocármico» ((leitura de excerto do verbete
Recepção Pós-Dessomática da
Enciclopédia da Conscienciologia)). Paracasuística da recepção pós-dessomática
pessoal: Sérgio Musskopf ((referência ao
conscienciólogo e tenepessista brasileiro Sérgio Musskopf [1952-1998])). Aquilo
foi mais isolado porque eu vi "o negócio" 22 horas depois que ele
dessomou. Paracasuística da recepção pós-dessomática grupal: o caso da condessa
italina que era a Ana do bócio ((referência a
antiga serviçal negra na casa dos pais de Waldo Vieira, já dessomada, que foi
condessa italiana numa retrovida)). (Tertúlia 0913; 0h:13m).
Pergunta. O Zériro fez muito
esse trabalho de recepção? Resposta (WV). Alguma
coisa. Lembra daquele "negócio" do Tao Mao comigo ((referência a exercícios de entrada e saída do corpo
descritos em Vieira, Waldo. Projeções da
Consciência: Diário de Experiências Fora do Corpo Físico [livro
eletrônico]; 9ª Ed.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR;
2013; ISBN 978-85-98966-57-1; pag. 131-133))? Tinha a ver com isso. É
tão importante a pessoa ter lucidez no detachment,
deslocamento, como fazer resgate. (Tertúlia
0913; 0h:14m).
Pergunta. Como ficam os
assistidos com a dessoma do ofiexista? Vão para outra ofiex? Resposta (WV). Não. Não tem ninguém na ofiex. Eu
às vezes não tenho ninguém na ofiex durante dias e há dias em que tenho 200
consciexes. Pergunta. Extrafisicamente tem
algum tipo de oficina de assistência? Resposta
(WV). Lógico. O Interlúdio é tudo isso. As comunexes intermediárias, de
assistência, socorristas, são para assistir. O caso de ofiex é uma coisa muita
séria porque é para uma pessoa e aquilo está adstrito a ela. Geralmente isso
ocorre com quem já teve muito contacto com muita gente. Por isso é importante
ter contacto com muita gente, ampliar o círculo de relações concienciais. Estou
falando de relacionamento social e para social. Grupalidade. Quanto mais relacionamento
vocês tenham, mais conhecidos vocês sejam em matéria assistencial, mais
predispostos estão a ter uma ofiex porque são hostess, anfitriões, receptivos, acolhedores, cuidadores. (Tertúlia 0913; 0h:17m).
Pode-se dizer como vai
ser a dessoma de qualquer um que se exponha numa autoconscienciometria. A
pessoa tem que se expor. Conscin-cobaia é uma beleza. Vocês estão se preparando
para morrer bem. A gente tem que saber dessomar com dignidade. Pergunta. O que é que tem que falar? Resposta (WV). Falar tudo o que você fez de bom e
o que você fez de errado. Mas tem que abrir o jogo. Eu vou contar uma coisa
para vocês. Os meus 214 anos, me ajudaram demais. Muitos casos que já
aconteceram, eu vi depois que a pessoa dessomou. Tem gente que chegou para mim
e falou que tudo (o que eu disse) aconteceu. Eu já tive vários casos em que
aconteceu isso. Lá no movimento espírita já acontecia isso. Alguns desses que
ficaram tão gratos que depois não queriam sair de perto de mim. Então o povo
chegava ((referência a
médiuns)) e dizia que estava vendo “fulano”. Eu respondia que ele estava
fazendo um estágio comigo, que ele não era assediador, que ele agora era
“espírito-lar”, como se dizia na Grécia Antiga – o povo o oráculo e de Sócrates.
Existe isso. (Tertúlia 0913; 0h:20m). (Tertúlia 0913; 0h:20m).
A conscin merecedora de recepção pós-dessomática por
"determinada consciex afim, lúcida, amparadora ou evolucióloga, ou até
mesmo grupo específico de consciexes empáticas e em melhores condições
intraconscienciais, evolutivas" é aquela que tem um saldo bom, limpíssimo,
de alto nível, no âmbito da sua proéxis. (Tertúlia
0913; 0h:24m).
O exemplo de uma recepção pós-dessomática calorosa é a da
Ana. A Ana era uma senhora analfabeta que, quando andava calçada era de
sandalinha. Ela tinha um bócio na garganta - patologia da tiróide - quase do
tamanho da cabeça dela. Ela era preta retinta. Ela era uma senhora
personalidade. Tinha força presencial e era uma das maiores cozinheiras que eu
vi na minha vida. A gente chamava-a de artista da cozinha. Ela quis trabalhar
comigo (WV) para o resto da sua vida porque
o filho dela estava bem, nós estávamos ajudando, o Brinquinho (o cachorro)
estava bem, estava tudo bem. Ela tinha uma cardiopatia congestiva -
consequência da doença das Chagas - e queria que eu a tratasse para que ela
pudesse trabalhar até morrer. Ela estava trabalhando, estava fazendo o almoço,
quando eu vi que ela estava passando mal. Ela estava como se fosse minha irmã
dentro de casa, fazia muito tempo, trabalhando connosco (com o Chico). Chamei
até outros médicos mas ela morreu na minha cama logo em seguida. (Tertúlia 0913; 0h:26m).
Eu (WV) já fazia uma
pequena sesta como faço hoje e o Chico Xavier e a minha mãe gostavam de saber
tudo o que acontecia depois da sesta. Eu era "obrigado" a relatar
tudo. Um dia, eu mesmo estava alvoraçado porque eu tinha visto a recepção da
Ana. Foi na hora em que ela estava chegando mas coincidiu com o horário de dia
nosso. Os horários deles nem sempre seguem o horário de dia e noite daqui nem o
calendário gregoriano. Mas esse aí coincidiu porque eu vi a hora que ela
chegou. Vi aquela estrela enorme e daí a pouco apareceu uma cara de uma preta africana
toda cheia vida, de vivacidade, e aquele papo enorme, esplendoroso, irradiando
por todo o lado. Daí a pouco ela transfigurou-se e mostrou-se como uma condessa
italiana (que tinha feito uma porção de besteiras). E aquele monte de gente
recebendo a Ana, foi impressionante. Uma das maiores recepções que teve. Eu
nunca pude esquecer aquilo. Eu vi aquela estrela chegando e nem sabia o que
era, porque não me falaram nada. Quando eu vi, era a Ana. Ela saiu-se bem na
vida e não conhecia nada de Conscienciologia. O caso dela é clássico. É por
isso que eu o tenho como "um gancho" didático. (Tertúlia 0913; 0h:28).
Pergunta. De acordo com o
mérito, existe uma qualificação maior na recepção pós-dessomática? Resposta (WV). Quando a pessoa é avançada, não
perde tempo para nada. Dessoma e já vai para o serviço, como se estivesse como
consciex já há muito tempo. Isso tudo eu já vi acontecer. O Sérgio (referência ao conscienciólogo e tenepessista brasileiro
Sérgio Musskopf (1952-1998)) foi assim. Ele vinha acompanhado por dois
amparadores, um de cada lado, mas já chegou de corpo mental, para mim. Apareceu
só o rosto dele naquela bola de energia, grande, ao pé da minha cama. Eu estava
descoincidido mas junto do corpo. Eu estava dando curso. Eram 22 horas e
parece-me que 20 minutos. (Tertúlia 0913; 0h:30).
«Caracterologia. Sob a ótica da Intermissiologia, eis, por
exemplo, na ordem evolutiva, além das consciexes afins aos companheiros (ou
companheiras) do mesmo nível evolutivo, 5 categorias de consciexes lúcidas, em
patamar evolutivo melhor, preferencialmente recepcionistas, em função da
afinidade com específicas conscins (homens ou mulheres), recém-dessomadas, do
nível anterior: 1. Ex-tenepessista lúcido: recepcionista de pré-serenão
merecedor. 2. Ex-projetor lúcido: recepcionista de ex-tenepessista merecedor.
3. Ex-epicon lúcido: recepcionista de ex-projetor merecedor. 4.
Ex-conscienciólogo lúcido: recepcionista de ex-epicon merecedor. 5. Ex-desperto
autoconsciente: recepcionista de ex-conscienciólogo merecedor» (Vieira, verbete
Recepção Pós-Dessomática). Pergunta. A
partir de que nível a pessoa vai ser recebida pelo evoluciólogo? Resposta (WV). A pessoa não vai ser recebida assim
para não entrar na euforex. (Tertúlia 0913;
0h:31).
Pergunta. Qual é a sua
opinião sobre o trabalho da psicologia relativamente ao luto nos velórios e ao
atendimento à família? Resposta (WV). Sempre
ajuda desde que não se faça dogma nenhum nem exija que o povo siga nenhuma
ideologia. É necessário fazer uma assistência universalista. (Tertúlia 0913; 0h:34).
Pergunta. Existe trabalho
conjunto entre o grupo de recepção pós-dessomática de uma pessoa que está na
CTI (Centro de Tratamento e Terapia Intensiva) morrendo e uma força de energia
externa, de tenepes ou de alguma outra fonte? Resposta
(WV). Às vezes tem. Depende do que precisa. Se a pessoa tem mérito e a
ficha positiva eles assistem até quanto precisa. Pode haver trabalho conjunto
de conscin, consciex, até do cachorro. Você não viu aquele gato, Óscar, que
mostrava quem é que ia morrer? A história do gato está lá em baixo nos
recortes. (Tertúlia 0913; 0h:36).
Pergunta. Com os
subumanos tem alguma coisa que corresponda à recepção pós-dessomática? Resposta (WV). Quando o animal doméstico é muito
chorado, muito sentido, muito pranteado, às vezes tem. Porque às vezes ele é
considerado um membro da família. Pergunta.
E tem subumano que pode participar da recepção pós-dessomática de um humano? Resposta (WV). Tudo é possível, dependendo do
mérito, da ficha. (Tertúlia 0913; 0h:37).
Pergunta. Em alguns
estudos e trabalhos de assistência em que pude participar fora do corpo,
presenciei a existência da figura do especialista ou técnico em dessoma
portando muitas vezes aparelhos extrafísicos e recebendo a conscin
recém-dessomada, quase sempre pré-serenão vulgar. O senhor pode falar mais
sobre essa figura? Resposta (WV). Essa
figura existe. Mas quando aparece uma consciex com uma afinidade mais íntima
com o dessomante, às vezes recente, mesmo da vida que ele está deixando, é o
melhor que tem. Isso é que dá mais empatia, afinidade, envolvimento e é o que
produz mais efeito. (Tertúlia 0913; 0h:38).
Pergunta. No caso da
dessoma coletiva em acidentes aéreos, como sucede a recepção pós-dessomática? Resposta (WV). Geralmente entram conscins e
consciexes. É das piores coisas que tem porque o ambiente fica todo
tumultualdo. É tanta gente chorando e pensando negativamente contra aquilo que
fica "fogo-cruzado". O pior é quando morre uma porção de gente num
incêndio. Lá no Rio aconteceu um acidente desses em que eu participei fora do
corpo. Outro caso também no Rio em que eu participei foi de umas enchentes onde
eu vi dez pessoas caindo de um morro e morrendo cá em baixo. (Tertúlia 0913; 0h:39).
Pergunta. Enquanto fazia
companhia para o meu pai no quarto da UTI (Unidade de Terapia Intensiva)
oncológica (de cancer) quando ele já estava praticamente inconsciente e eu
sabia que não havia mais volta, me veio a ideia de exteriorizar muita energia
nele para que ele dessomasse logo para não haver mais sofrimento. Eu fiquei uma
tarde exteriorizando energia em seu corpo e ele dessomou dois ou três dias
depois. Não estava em minha companhia na hora. Gostaria de saber se eu fiz a
coisa certa ou se não cabe a mim tomar esse tipo de decisão. Minha atitude pode
tê-lo ajudado? Resposta (WV). De qualquer
maneira você ajudou seu pai. Mas uma coisa que não se deve fazer é
"jogar" energia para comandar o destino da pessoa. Faz-se com a
intenção de que "aconteça o melhor para todos" ou "que ele morra
na hora em que tiver que morrer". Mas você não vai querer que morra agora
ou depois. A pessoa assistente não tem capacidade decisória como evolucióloga.
Nós somos pré-serenões. De qualquer maneira ajudou mas não fique querendo fazer
o cenário, o enredo do futuro imediato da pessoa. Vamos ajudar, "eu estou
aqui para ajudar" e acabou. Nada de estar influindo no destino da pessoa.
(Tertúlia 0913; 0h:40).
A Veronesa ((referência a
consciex amparadora)) é uma santa (Tertúlia
0913; 0h:42).
Pergunta. Há um paralelo
entre a recepção pós-dessomática e o acolhimento pós-ressomático? Resposta (WV). Na recepção pós-dessomática,
supõe-se que a consciência esteja lúcida. No acolhimento pós-ressomático, não.
Você recebe o comatoso, o parapsicótico pós-dessomático. A diferença é enorme.
O nível de acolhimento pode variar de acordo com o mérito da pessoa. Um
"cara" comatoso pré-ressomático não vai receber o mesmo tipo de
acolhimento de outro que é super completista. Mérito é mérito. Não adianta
querer fazer descontinho. Não tem desconto. Este mês não há liquidação de
ressoma ((risos))! (Tertúlia 0913; 0h:42:20s).
Pergunta. Umas duas
semanas depois da morte de meu pai eu estava dormindo, veio um amparador e me
tirou do corpo. Levou para uma sala grande onde estava o meu pai no meio e mais
algumas pessoas em volta. Eu segurei-o para poder falar com ele, porque ele
estava muito agitado e disse-lhe: - Pai, você morreu. Aí ele me empurrou, deu
duas voltas correndo ao meu redor e disse: - "Como é que eu morri? Eu
estou correndo!" Resposta (WV). Por
isso é que eu fazia aqueles tratamentos de Gaspar, o fantasminha. Estava lá,
levantava as mãos e apareciam as minhas mãos. Daí a pouco desaparecia o corpo.
E eu falando: - "Esse corpo não é o meu corpo. Esse corpo de vocês não é o
vosso corpo antigo, é outro". Isso tudo é uma das técnicas que a gente
usava. A autotransfiguração do psicossoma é importante para fazer isso. Você
está aí, levanta a mão e daí a pouco o seu braço desaparece. Você está em pé e
daí a pouco está só da cintura para cima na frente de "todo o mundo".
Eles estão vendo. É um Gasparzinho. "Eu sou um fantasma. O meu corpo é
outro. Vocês todos já morreram. Prestem atenção”. Tem gente que está lá (no
extrafísico) anos sem admitir (que morreu). Se eu volito eles dizem que o corpo
deles não é igual, que o corpo deles não voa. Existem lugares para a cura desse
povo, do mesmo modo que tem aqui para toxicômanos. É o spa, o paraspa. Tem um
desses que eu nunca pude esquecer porque é um jardim lindérrimo com uma casa
principal. A gente chegava na entrada e eles
((referência aos amparadores extrafísicos)) falavam
assim: - "Você vai de pé, para a frente, volitando mais ou menos a um
metro de altura. Vai andando e passa no meio desse povo todo. Vai, que aqui já
tem uma trilha energética e isso vai-te ajudar". Eu ia. Tinha gente danada
da vida comigo. Eles não queriam saber daquilo. Eles queriam ter um corpo de
gente. Para eles isso de volitar é mágica, tapeação, não interessa. Tem de
tudo. A primeira vez que eu vi isso eu era jovem e aquilo me encasquetou. Lá
eles usavam muito os pets, os animais domésticos. Tinha um "cara" que
tinha um cachorrinho com ele. Na hora que eu passei ele virou o cachorro, nos
braços dele, para que nem ele nem o cachorro vissem que eu estava passando. O
jardim era muito bonito, tudo arrumadinho com as trilhas no meio,
"coisa" florida, uma beleza! E aqueles grupos conversando. Você via
que estava tudo carregado. É um ambiente igualzinho a um hospital. Tudo limpíssimo,
mas você nota que tem "uma coisa no ar". Jardim de hospital mostra
como é a pré-baratrosfera. Tem muito lugar assim. (Tertúlia 0913; 0h:44).
(Dito na tertúlia 913, em
19.07.2008). Sérgio Musskopf ainda não ressomou. Ele está preparando
serviço, uma coisa séria. A última vez que ele apareceu aqui, veio com o Hayek.
É coisa séria. Ele está estudando coisa boa. (Tertúlia
0913; 0h:48).
Pergunta. Existe um
pré-requisito para a gente começar a ajudar na dessoma das consciências? Resposta (WV). Existe o pré-requisito da ficha
assistencial da pessoa. Ela tem que ser interassistencial. Quem já fez isso
antes, vai fazer mais. Se uma pessoa passou a vida toda só pensando nela, é
lógico que não vai ter recepção nem vai assitir ninguém, porque ela não está
preparada para isso. São esses "caras" que estão lá ((referência aos dessomados que querem ter um corpo de
gente)), que acham que são o corpo. (Tertúlia
0913; 0h:50).
Pergunta. Não existe uma
preparação por parte de uma consciex que começa a se aproximar do
pré-dessomante podendo até mesmo aparecer por clarividência? Resposta (WV). Sim, mas isso é aquela vidência da
literatice, a morte com a foice, e o anjo guardião do outro lado. Tem gente ((referência a consciexes)) que fica esperando o
dessomante com a intenção de vingança. Tem criança que aparece mas de criança
só tem a forma porque ela é super madura. (Tertúlia
0913; 0h:51).
Pergunta. As pessoas são
recebidas no momento de sua dessoma da mesma forma que são recebidas no seu
lugar natal quando moram fora? Resposta (WV).
É mais ou menos isso mas depende do mérito. É diferente ter saído de lá
escorraçada ou ter saído numa boa. (Tertúlia
0913; 0h:52).
Pergunta. Qual a relação
da pós-dessomática com o mecanismo sutil do cordão de prata? Resposta (WV). Quando o cordão de prata se desfaz
ocorre a dessoma. A medula oblongata é onde tem a base da ligação energética do
energossoma. O cordão de prata é uma coisa relativa. Você sai do seu corpo e
aparece aquela porção de filamentos. Se você vai para longe, aqueles filamentos
todos viram um só. Esse "um só" é que é o cordão de prata. Se cortar
aqueles filamentos todos ou se cortar só aquele fio, a pessoa dessoma porque
essa é que é a ligação básica, a conexão básica do holochacra (quase sempre
ligado ao coronochacra) ao psicossoma da pessoa. Tem as conexões no psicossoma
e tem as conexões no soma. Quando aquilo se parte, acabou o plug, a tomada desapareceu e a pessoa
dessomou. Isso aí não tem jeito de concertar, não. Dessomou, dessomou. (Tertúlia 0913; 0h:53).
O corpo morto pode ter movimentos devido aos impulsos do
estímulo da energia do corpo. Às vezes cresce a barba, cresce a unha, são
impulsos depois qua a pessoa morre. Quando a pessoa recobra a lucidez, a
consciência, ela se levanta, ela fala. Nesse caso a ligação energética não foi
desfeita, por isso a pessoa recobra. Tem muita gente que entra numa catalepsia
muito forte que parece que morreu e não morreu. Tem gente que tem 4, 5 paradas cardíacas
e estão vivendo aí. A energia mantém o corpo. A consciência mantém a energia.
Uma consciência muito forte, como a da mãe das moças, aquela senhora que não
queria dessomar, é superior ao cancer, à energia, ao desfazer do corpo. A
vontade é a maior força que a consciência tem. O que é que vocês têm? Qual a
qualidade das suas companhias? (Tertúlia 0913;
0h:54).
Pergunta. Como é que fica
a condição pós-dessomática nos casos de eutanásia? Resposta
(WV). Cada caso é um caso. Depende, se há justiça, se está na hora, do
nível de loucura de quem cometeu a eutanásia e de quem executou a eutanásia. (Tertúlia 0913; 0h:57).
Pergunta. Porque não é
bom estar mais que meia hora distante do corpo na projeção? Resposta (WV). Quando você sai do corpo você
distancia-se dele. Se você está com muita lucidez, então é como se o corpo
fosse desprezado temporáriamente. Às vezes o corpo está hirto, rígido, como se
ele entrasse numa catalepsia ou, mais sério ainda, numa letargia. Às vezes o
corpo está numa posição que não é a ideal e dá problema no pescoço, na coluna,
numa perna (uma cãimbra, por exemplo). Eu como trabalhei muito tempo com isso,
eu ia e voltava 2 ou 3 três vezes para acertar o corpo. Existem os avisos
admonitórios. Você sente, quando está projetado, o aviso do cordão de prata.
Algumas pessoas acham que um assediador as pega pelas costas quando saem do
corpo e é o cordão de prata. São ignorantes da realidade extrafísica. É preciso
estudar, pesquisar, examinar, ponderar, escrever e não se afobar com nada. Eu
escrevi o Projeciologia para ver se mostrava essa realidade. (Tertúlia 0913; 0h:58).
Pergunta. Qual é o
principal efeito da recepção pós-dessomática para a consciex recém-dessomada? Resposta (WV). Pensa bem. Você chegou no Japão e
não conhece lá nada. Se tem uma pessoa para te receber, é preciso perguntar o
que é que é bom nisso? Receber os outros é uma coisa muito séria. A pessoa fica
equilibrada mais rápido. Dessoma é igual a ressoma. É sempre um choque
consciencial. Eu já tive que falar, fora do corpo, para gente da igreja
católica: - "Escuta ((simulando o gesto de tocar numa pessoa, para a
despertar)). Acorda. Você está no paraíso. Você vai perder tempo? É o
paraíso!" Existe toda a parapsicologia para aceder a cada um como pode,
para ajudar mais. (Tertúlia 0913; 1h:00).
A morte prematura pode já estar anunciada, ser esperada,
como no caso da miniproéxis. A morte prematura por acidente, negativa, é
patológica. Na morte prematura patológica você pode esperar que está tudo ruim.
(Tertúlia 0913; 1h:02).
O esquizofrénico às vezes tem enfermagem na recepção
pós-dessomática para encaminhar a pessoa. Um catatónico dessoma e não muda
nada. Dessoma, não muda a pessoa. Ela continua a ser o que ela é só que não tem
mais o corpo humano. Se a pessoa é boa, hígida, sadia, ela vai ter gente boa,
hígida, sadia, para a receber. Se ela é muito psicótica - às vezes ela está
possuída há 40 anos - ela não vai mudar de uma hora para a outra. Quem vai
recebê-la são os possessores. (Tertúlia 0913;
1h:03).
As reações são diferentes. Houve um que estava totalmente
alterado. Eu começo a fazer as minhas traquinagens com o processo de
transfiguração, ele reconheceu-me e pulou em cima de mim: - "Waldo!"
Eu voltei para o corpo em choque com taquicardia e foi um custo até recuperar. Os
amparadores vieram ajudar. Isso aí pode matar a gente. Ele já tinha morrido há
muitos anos e conhecia-me mais novo. Eu estava trabalhando com 40 consciexes e
ele era um deles. Ele estava na fila de trás. Ele pensou, saiu de lá e pulou em
cima de mim. Eu era colaborador desse lugar há muito tempo, fui lá muitas
vezes. (Tertúlia 0913; 1h:06).
Pergunta. O que o senhor
sabe sobre a recepção pós dessomática do Chico Xavier? Resposta
(WV). Eu não vi nada porque a gente estava afastado. A única coisa que
eu sei é que logo depois que ele dessomou veio aqui com o Emmanuel. O Emmanuel
falou com ele para ver os nossos cursos. Eu só fiz uma observação para ele: -
"Você está muito eufórico. Isso não é bom para você. Fica mais
tranquilo". Ele estava com euforex. (Tertúlia
0913; 1h:08).
Pergunta. Chegaram a
publicar um livro sobre a recepção pós dessomática do Chico Xavier. Resposta (WV). Eles publicam muita bobagem.
Escuta: a minha mãe está ressomada na Finlândia e eles ((referência
aos espíritas)) vivem recebendo mensagens dela. Isso é besteira. Outra
coisa: o Kelvin Van Dine, autor de "Técnica
de Viver" que eu recebi em 1967, ressomou logo depois - estava
preparando a ressoma quando deu as mensagens - e o povo está recebendo
mensagens dele até hoje. Ele é um homem, está aí. As mensagens que eles recebem
são 10% autênticas e 90% bobagem. Há muita ilusão. Ninguém faz pesquisa de
nada. Os que começam a fazer pesquisa acabam deixando o espiritismo. Estão
perdendo tempo com essa besteirada. São milénios mexendo com dogma, seita,
religião. Isso é lavagem cerebral violenta, a pior que tem no mundo. (Tertúlia 0913; 1h:09).
Pergunta. A História
comenta que lá no Egipto Antigo se esperava que depois da dessoma ia ter um
"cara" que ia pesar o coração e ia ver se o "cara" tinha
sido bom. Resposta (WV). E daí? Você está
perdendo tempo. É mais uma uma ilusão e bem antiga, com uns 3 ou 4 milénios. Pergunta. De acordo com a cultura, existe uma
propensão para uma recepção específica, de acordo com as vivências da pessoa
dessomada? Resposta (WV). Tudo é de acordo
com o saldo da ficha dela. Não interessa o que é que ela fez. Se o saldo é
positivo, vai ter mais gente. A maioria da humanidade é recebida por conseneres
- consciências energívoras – doidas por energia. São os urubus estrafísicos à
espera das presas. (Tertúlia 0913; 1h:11).
Onde tem intercepção, geralmente tem assistência. Até as
preces do povo, os pedidos, o pensamento positivo, isso ajuda. O choro faz mal
porque a maioria do choro é por egoísmo da pessoa que perdeu outra contra a sua
vontade. As mães são assim. Choro é desiquilíbrio para a maioria das pessoas.
Quem gosta disso é carpideira, religião, seita, gente que quer dinheiro, gente
que quer impressionar. Choro é uma coisa negativa. (Tertúlia 0913; 1h:13).
Pergunta. Do ponto de
vista da assistência, existe um interesse nosso de cada vez mais estar
ajudando, saindo do corpo? Resposta (WV). Só
existe isso quando você está cumprindo o seu trabalho. Se o seu trabalho diz
respeito a um processo de interdimensionalidade, com parapsiquismo, tudo bem.
Mas se não for, em primeiro lugar você veio para cá com um corpo de Indiana
Jones é para fazer as suas aventuras físicas ((risos)). Se você atendeu isso ou
se isso tem relação com o processo extrafísico, isso é outra coisa. É preciso
examinar. Na minha vida, eu tive fases de muita projetabilidade lúcida. Teve
períodos que eu precisava fazer isso até para melhorar a retrocognição, saber o
que é que eu ia escrever e encontrar com determinadas consciexes. Hoje, na
maioria dos casos, eu mexo com a ofiex, porque está tudo em casa. Eu não posso
estar saindo, fazendo excursões, por causa do meu trabalho. Raramente você vai
encontrar uma pessoa que precise estar saindo do corpo todos os dias. Se ela
veio para cá é para trabalhar aqui, com o corpo nesta dimensão. É lógico que
tem que ter contacto com consciexes mas o importante é ver qual o trabalho que
está a ser realizado e qual o desempenho. Tem lógica? É isso. (Tertúlia 0913; 1h:14).
Pergunta. Quando uma
conscin lúcida se encontra na fase terminal, qual a melhor forma de ela tirar
proveito destes últimos momentos? Resposta (WV). Abençoar
"todo o mundo" como aquele “cara” que mandou emails pedindo perdão com atraso de 40 anos, porque estava com
medo. Mas já é alguma coisa. Tirar proveito é abençoar todo mundo numa boa,
dessomar com dignidade, com equilíbrio. (Tertúlia
0913; 1h:16).
Pergunta. Nós continuamos
com a mesma realidade aqui e no extrafísico, certo? Eu tive duas projeções com
cinco anos de intervalo em situações que eu achava que estavam resolvidas mas
na projeção eu via que não. O que é que você acha? Resposta
(WV). Quando você está aqui, você tem uma memória. Quando você sai do
corpo, às vezes você tem uma expansão da consciência, a sua memória se dilata,
se expande. Aí você vê aqueles detalhes que deixou para trás. Às vezes as
consciências saem do corpo manipuladas, ajudadas, auxiliadas pelos amparadores,
justamente para ter uma projeção vexaminosa para ver o que é que está faltando,
aquilo a que você não deu importância. A sua acuidade extrafísica quase sempre
é maior porque você começa a pensar a partir do psicossoma. A lucidez é maior,
é percuciente. No caso, é a parapercuciência. É aquela visão pontual, certa,
para o lugar certo. (Tertúlia 0913; 1h:17).
A segunda dessoma acaba com as conexões do psicossoma. Se a
pessoa limpa, enxagua, na segunda dessoma, às vezes ela recupera tudo o que ela
é. Aí é que é o duro. Esse ponto é que
eu trabalhei muito, com os outros, quando eu estava fora do corpo. Tudo o que
vocês pensarem acontece nessa hora. Às vezes a pessoa fica fixada em coisas sem
importância, como não ter plantado uma planta. Para vocês verem como a pessoa
se perturba, observa quais são as últimas palavras de quem morreu. Tem muita
bobagem nisso. Observa. (Tertúlia 0913; 1h:19).
Pergunta. É possível
sentir dor pós-dessomática através do cordão de prata? Como fica o processo da
cremação? Resposta (WV). A cremação ajuda
porque a energia do cadáver não interessa mais. As conexões já foram cortadas.
Quanto mais a gente se desprender melhor. A cremação não nos pega. Não tem nada
disso. Agora, se a pessoa começar a sentir dor, seja conscin, consciex, com
corpo ou sem corpo, ela vai sentir porque o problema é dela. A psicologia chama
isso se somatização. Desde a Idade Média dizem que é auto-hipnose. Tem outros
nomes para isso. Tudo é auto-sugestão. Se eu pensar que me vai doer um dedo,
vai doer porque vai haver predisposição para todos os processos negativos
produzam inflamação no dedo. A mente é capaz de fazer qualquer coisa. Há casos
em que aparece na pele de uma pessoa, em relevo, o nome da pessoa por quem ela
está apaixonada. É o processo dos estigmas de Jesus Cristo que aparecem nas
mãos de quem pensa nisso. É a mesma coisa. (Tertúlia
0913; 1h:20).
Pergunta. Você comentou
da tanatofobia relacionada com a cultura americana. Como ficam as dessomas
ligadas a esses países? Resposta (WV). O
Brasil tem de tudo mas nós não cultivamos o medo da morte. A cultura americana
tem isso devido ao conservadorismo. São eles que ensinam mais a matar e a
morrer mas não falam em morte. Mesmo a questão de carpideira, no Brasil não
funciona. Em Portugal é muito mais do que aqui. (Tertúlia
0913; 1h:21).
Pergunta. Eu estava num
local, passou uma pessoa e eu senti uma energia muito negativa. Eu tinha a
certeza de que ela ia fazer uma besteira, que se ia matar naquele momento. Em
dois minutos, ele subiu no elevador e se jogou. Resposta
(WV). Ele foi assassinado pelos assediadores. Isso é muito comum. Uma
boa parte das pessoas suicídas, são assassinadas. Alguns têm atenuantes e
outros não. As energias que você sentiu, não foram apenas as energias dele, mas
do entourage, da caterna, da
quadrilha que estava ali, do holopensene patológico. É o que acontece com os
"caras" que se atiram das pontes. A gente tem que levar sempre a
sério a pessoa que é candidata a suicídio embora a maioria, principalmente
mulheres, falem em suicídio apenas para tirar algum proveito. Na psicologia
isso chama-se chantagem emocional. Mas tem que se levar a sério. A maioria dos
casos são carências emocionais. (Tertúlia 0913;
1h:24).
Pergunta. No caso da
tenepes, muitas vezes a gente percebe consciexes pós-dessomáticas. É uma
característica da tenepes em si, atender pós-dessomados? Resposta (WV). Sim. Pergunta.
Naquele ambiente é mais fácil fazer a recepção? Resposta
(WV). "Fácil", depende de você, depende da consciex, depende
do amparador. Não tem nada fácil nem difícil. Quase sempre a recepção já foi
antes porque eles não vão levar uma pessoa super carregada com assediadores e
energias terríveis porque você não agenta. Eles já enchaguaram, limparam alguma
coisa para melhorar, senão te derruba. Agora, quando você vai fazer isso, eles
te dão mais energias, você sai do corpo, vai lá e ajuda. Isso é outra coisa. É
antes da tenepes. Eu estou falando do geral mas tem de tudo. (Tertúlia 0913; 1h:26).
Pergunta. Quais as
consequências do choque interconsciencial da dessoma? Resposta
(WV). O primeiro choque da pessoa é querer localizar-se e
identificar-se, saber onde está, o que está fazendo ali, que lugar é aquele, o
que é que aconteceu. Isto, quando ela tem um pouco de lucidez porque tem uns
que dessomam e ficam totalmente obnubilados, ofuscados, demoram a clarear a
cabeça. (Tertúlia 0913; 1h:28).
Pergunta. Durante a
recepção pós-dessomática pode ocorrer a segunda dessoma? Resposta (WV). Pode. Às vezes também a primeira e
a segunda ocorrem simultâneamente. Foi o caso do Sérgio, esse meu amigo que o
povo aí conheceu. Pergunta. A partir de que
nível da escala evolutiva a morte não é traumática? Resposta
(WV). Quando a pessoa já faz assistência. A maioria dos tenepessistas
aqui, não vão ter morte traumática. Tenepessiata trabalhando 10-15 anos nisso,
se ele á sincero, se se sente bem, já tem contacto com consciexes todos os
dias, ele já está semi-morto (risos) ou, se você quizer, semi-vivo. Ele já está
mais para lá do que para cá. Esse é o caminho para daqui a 1-2 vidas ele ser
uma semi-consciex. (Tertúlia 0913; 1h:29).
Você ((referência a um
tertuliano, sobrinho de Waldo Vieira)) me conhece há algum tempo,
praticamente desde que você nasceu. Você já viu algum mês que eu não tenha
mexido com algum processo de consciência e processo extrafísico? Eu só mexo com
isso. Até plantando mandioca, em menino, com o velho Filipe, já pensava nessas
coisas, na hora que «vinha os troços dele lá, que vinha batendo o copo cheio de
água» ((relato acompanhado de gesto demonstrativo de um percurso aos
solavancos)). (Tertúlia 0913; 1h:30).
Pergunta. Recentemente
faleceu uma pessoa num acidente de moto. No dia anterior, essa pessoa passou em
casa de todos os parentes próximos confraternizando, coisa que não costumava
fazer. Resposta (WV). Se morreu de moto tem
assédio. Moto é arma de matar e de suícidar. Ele estava assediado,
possivelmente ele era propenso ao suicídio, sabia que já estava abusando, sabia
que podia morrer a qualquer hora e então ele se preparou. O "cara"
estava consciente disso. [O Chico recebeu um monte de mensagens de motoqueiro.
A maior besteira! E as mães ficam chorando] A riscomania é o início do
suicídio. Lá no fundo ele quer morrer. Muita gente á assim. (Tertúlia 0913; 1h:31).
Pergunta. Num caso
desses, o que é que se pode fazer para assistir? Resposta
(WV). Pensa positivo, exterioriza energia e deixa de sentir o destino
dele. Nada de chorar que senão você perturba e piora mais ele. O choro de uma
pessoa que chora porque o outro morreu, prejudica aquele que dessomou. (Tertúlia 0913; 1h:34).
Eu (WV) quero mostrar para
vocês e agradecer a alguém que me mandou essa caixa ((mostra uma caixa branca
para lenços de papel)). Lembra que eu falei que eu estava atrás de um
"negócio" desses por causa "do povo que chora comigo"
((risos))? Ela é boa porque a pessoa pode puxar e ela não cai ((puxa os lenços
para demonstrar que a caixa não se move e a audiência ri)). É pesada e
bonitinha. A maioria das caixas de papelão, você puxa assim ((gesto de puxar o
lenço e levar com a caixa na cara)) e ela bate na sua cara ((risos)). Eu estou atrás
disso há muito tempo porque eu via isso em suites
de hotéis. Isto aqui é metal - oh, oh, - ((puxa de novo os lenços e os
tertulianos riem)). Eu estou feliz da vida! (Tertúlia
0913; 1h:35).
Pergunta. Você já ouviu
falar de alguém que passou pela terceira morte? Resposta
(WV). Quem sou eu ((risos))? Pergunta.
Mas já teve algum caso no Planeta Terra? Resposta
(WV). Eu sei que tem, mas eu não vi. Eu vi coisa melhor, a Consciex
Livre (CL). Mas a CL é depois. A terceira dessoma é antes. (Tertúlia 0913; 1h:37).
Eu já vi Serenão. E é horrível ver Serenão porque vemos as
nossas mazelas todas. A maioria aqui não está preparada para ver ter contacto,
sentir a presença de Serenão. (Tertúlia 0913;
1h:38).
Pergunta. As dessomas
coletivas, como no caso do avião da TAM ((referência
ao desastre da aviação brasileira que ocorreu em São Paulo no dia 17 de julho
de 2007 com o Airbus A-320 da TAM)), como é que esse pessoal é amparado?
Resposta (WV). Eles recebem assistência
coletivamente, tanto num desastre como num tsunami
ou num vulcão. Vem uma porção de amparadores e cada um vai procurar ajudar do
modo que pode. Se tem no meio daquelas 199 vítimas que morreram, um ou dois
muito bem assistidos, os seus amparadores vão ajudar os outros também. São
criados comités de assistência, encaminhando tudo. Pior do que os acidentes é a
guerra. (Tertúlia 0913; 1h:39).
A pior época que eu vi foi a segunda guerra mundial que
afetou o mundo inteiro. Eles então mandavam muitas consciexes para os países,
para receber esse povo. É por isso que nós aqui temos uma porção de ex-nazistas
e ex-pilotos de avião. A pior dessoma é aquela que ocorre com explosão. Com a
bomba atómica a pessoa volatiza em segundos. Isso é terrível porque não fica
nenhuma ligação com nada. As conexões são cortadas instantâneamente. (Tertúlia 0913; 1h:40).
Pergunta. Mas tem amparo?
Resposta (WV). Tudo depende da ficha. Tem um
monte de gente que dessoma sem amparo nenhum. Dessomar e ressomar não muda o
mundo. Se a pessoa criou um círculo de relações afins, de amizade, a amizade
"pega muito" na hora em que a pessoa ressoma e na hora em que a
pessoa dessoma. Quais as amizades que vocês cultivaram, por exemplo, no ano
1200? Quais as amizades que você conservou de lá para cá? Há amizades de 800
anos. Se uma dessas pessoas evoluiu um pouco mais, vai ser o amparador da
outra. Que beleza! (Tertúlia 0913; 1h:41).
Pergunta. Você falou que
na ofiex às vezes ficam 200 consciexes lá. Tem um amparador que superintende o
trabalho, mas existe uma equipe que trabalha com ele para ajudar? Resposta (WV). Ali tem um círculo de contenção.
Eles estão como se fosse num campo de concentração de um hospital
parasanitário. Agora, isso tudo é relativo e é muito rápido. Isso não fica aí
muito tempo. Eu já tive dentro da ofiex, durante semanas, 16 consciexes.
Noutros casos tinha mais de 200. Tudo isolado. Eles isolavam para fazer
assistência. Havia pessoas que eram afins, que já tinham alguma lucidez, que
precisavam de assistência. (Tertúlia 0913;
1h:42).
Pergunta. O trabalho com
elas é desse amparador. Não há uma equipe? Resposta
(WV). Não, o amparador é que domina tudo. Ele é o chefão. Manda em mim,
manda nas coisas, manda em tudo. Mesmo as pessoas que chegam, às vezes mais
evoluídas que ele, obedecem a ele. Ele é que comanda tudo. Ele é o
administrador, é o gestor. Agora, tudo depende da gente. È como se o meu corpo
fosse o terreno. Agora, quem dirige o terreno, a construção, a instituição é
ele. Eu participo. (Tertúlia 0913; 1h:43).
Pergunta. Qual foi a sua
maior experiência dessomática? Resposta (WV).
Uma das experiências mais bravas que eu tive foi o seguinte. Eu estava
visitando um local numa zona rural e a gente estava fazendo assistência. O
processo político da área estava muito forte. Eu entrei lá e queria começar a
doar certas coisas da terra, do jeito que o MST ((referência
ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra brasileiro que busca
fundamentalmente a redistribuição das terras improdutivas)) está
tentando fazer. Eu estava num local que era meu. Eles prepararam um negócio
para pôr fogo naquilo tudo. Na hora em que eu saí no quintal o fogo pegou-me da
perna para trás. Eu morri queimadinho. Aquilo foi um crime. Eu saí do corpo e
na mesma hora fui participar para ajudar, no mesmo serviço que eu estava
fazendo só que agora fora do corpo. O "negócio" deu "pano para
mangas". Criou um problemão enorme. Não é nada aqui na América, não. Foi
na Europa, há muito tempo. Isso aí eu não pude esquecer pelo seguinte. Várias
vezes nesta vida eu chegava num lugar que tinha um ângulo, um ambiente que me
fazia lembrar do "negócio". Aí eu olhava para trás para ver se não
tinha fogo. Me criou uma espécie de recalque, vínculo, multisecular. Eu fiquei
em pé, no quintal, com mato, conversando com eles. Mas eles puseram aquilo de
uma tal maneira que não teve jeito. E me seguraram! Logo em seguida eu peguei
fogo, eles me soltaram e eu virei uma tocha humana. Eu lembro que o
"negócio" começou pelo calcanhar. Veio por trás. É como receber um
tiro pelas costas. A impressão que eu tive foi essa. Eu morri quase que
imediatamente. Na mesma hora estava fora do corpo. Mas foi um custo porque eu
sempre lembrava da parte em que eu estava morrendo. Para começar a lembrar,
nessa vida, nesse corpo aqui, eu tive muita experiência antes ((referência a recordações)) "só
morrendo". Por isso eu falo: primeiro vem um flash, depois vem um pequeno episódio, depois vem um episódio
inteiro, depois vem a história toda. Eu tive um monte de flashs "apenas pegando fogo" da “bunda” para cima. Eu
estava com roupa e eles jogaram coisas em cima de mim para pegar fogo e me
seguraram para eu não ser assistido. Foi uma surpresa enorme. Eu estava ali com
a melhor das boas intenções, tudo positivo, confiando naquele povo todo, mas
era gente muito primitiva. Processo de distribuição de terra não é fácil. A terra
é a base da posse, não é o dinheiro. O dinheiro é uma coisa criada pelo homem,
a terra não, ela está aí e vai continuar depois. A posse de património não é
fácil. (Tertúlia 0913; 1h:44).
Pergunta. Eu fiquei
curioso com uma coisa: o senhor falou que se viu fora do corpo de imediato. Não
houve padecimento físico? Resposta (WV). Eu
acho que a morte não tem padecimento físico. A pessoa tem porque já tem aquilo.
Dor e sofrimento é antes de mais nada um processo da cabeça da pessoa. Eu já
tive um problema com dente mas estava a tomar remédio para a hipertensão
arterial. Joguei bastante energia, o dentista arrancou-me o dente sem anestesia
e eu "segurei a barra". (Tertúlia
0913; 1h:49).
Pergunta. Nesta vida,
quando é que o senhor começou a ter rememorações? Resposta
(WV). Eu trabalhei muito para ter rememoração. Descobri, ainda muito
pequeno, que tinha retrocognição. Isso é um dos fenómenos mais sérios que tem
na vida porque eu posso ter isso na vigília física. Não é preciso sair do corpo
para ter isso. Com a projeção, essas coisas ampliaram. Depois eu comecei a ter
outra que me chamava muita a atenção porque era "um negócio" que
ficava muito obscuro, eu não sabia o que é que aconteceu depois. Tinha uma
porção de retrocognição mas tinha aquele período que ficava obscuro. Eu tinha
receio que aquele período fosse de alguma besteira minha que eu estava
ocultando, acobertando, sepultando. Mas não era. Com o tempo aquilo veio à
tona, mas não era. Foi um alívio. (Tertúlia
0913; 1h:51).
Pergunta. O que é que o
senhor poderia falar para quem recorda, ainda que ténuamente de alguma dessoma?
Resposta (WV). Eu acho que a melhor coisa é
não se preocupar com isso. Quando você se despreocupa e o seu trabalho exige
que você fique sabendo mais alguma coisa, os próprios amparadores ajudam você a
recordar. Se chegar aqui o Transmentor e mexer com você com energia, ele faz
você lembrar o que você quiser. Eles têm capacidade para isso mas não fazem
estupro. Agora, se a pessoa precisa por causa do serviço, do trabalho, da
assistência que está sendo feita, ela vai ter isso, inevitavelmente. Eu acho
que muitas das coisas que eu tenho é por causa do serviço. Se eu não estivesse
a fazer este serviço não teria esses fenómenos. Isso faz parte do meu trabalho.
(Tertúlia 0913; 1h:52).
Eu fico pensando: qual é o segredo de um serenão que vem
como oligofrênico? Deve ter alguma coisa "violenta", algum processo
que a gente ainda não sabe. Eles não falam para a gente porque se falar
"estoura tudo". Nós não estamos preparados para isso. E há muita
coisa que se for expor, a gente "vai dar o contra", porque não
admite. Eu sei porque a vida é assim. Eu quando era mais moço, se me falassem
as coisas que eu sei hoje, eu ia criar problema. Não ((abanando a cabeça em
sinal de negação)). Não cito ((risos))! (Tertúlia
0913; 1h:58).