Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Tertúlia 0922 - Exegese conscienciológica



Tertúlia 0922, Exegese conscienciológica, YouTube, canal Tertuliarium, https://www.youtube.com/watch?v=shIqNcpiNNM, publicado em 21 de março de 2013.



Pergunta. Ontem o senhor disse para não ouvir com headphones pois causa problema na sinalética. Sou usuário assíduo de música multidimensional da autora Jacotte Chollet pois esse tipo de música comprovadamente sincroniza os dois hemisférios cerebrais. Ouço à noite com nível baixo, ouço a tertúlia também no ipod com headset. O que o senhor acha? Resposta (WV). Você está perdendo tempo e isso vai furar seus tímpanos pouco a pouco, em matéria de parapsiquismo, quer dizer, vai “torrar” a sua sinalética. (...) Muito cuidado com esse processo de colocar qualquer coisa no ouvido desde que não seja aparelho feito por otorrinolaringologista porque um monte de gente está ficando surda só de frequentar night clubs por causa da barulhada. Mesmo com o nível baixo, cuidado com isso que isso aí com o tempo é problemático. Eu tive um acidente, rachei a cabeça e tenho zumbidos desde 1970, há 38 anos. No entanto, eu tenho sinalética, inclusive com repercussões timpânicas. Consegui conservar isso, mas eu não uso headphones. É só uma hipótese para você considerar, uma nova abordagem do assunto, diferente da que você usa. (Tertúlia 0922; 0h:20m).

Pergunta. Tenho 49 anos e só agora descobri as maravilhas da Conscienciologia. Resposta (WV). Maravilhas é Foz de Iguaçu e as cataratas. Pergunta (continuação). Tudo é tão lógico e estou tentando mostrar ao meu marido e minhas irmãs todo o conhecimento que tenho adquirido com as tertúlias e os livros. O senhor acha que ainda poderei mudar alguma coisa na minha proéxis? Resposta (WV). A vida começa aos 50! Esqueceu disso? Já tem um monte de gente vivendo até aos 112 anos! É lógico (que pode mudar alguma coisa). Pergunta (continuação). Não quero mais continuar cometendo os mesmos erros vida após vida. Agradeço a todos vocês pela imensa oportunidade de ser uma consciência melhor. Resposta (WV). Existe uma técnica de “mais um ano de vida”. No 700 Experimentos, você pode ver a técnica. Seria bom você fazer a técnica. (...) Você pode renovar a sua vida e recuperar muita coisa que não foi feita dentro da sua programação existencial. Você, de cima dos seus 49 anos, pode verificar uma coisa: possivelmente você tem curso intermissivo, só que você chegou um pouquinho atrasadinha. Nós chamamos isso de retardatária. Retardatária ainda tem jeito de recuperar tudo. Pode fazer até mais do que muitos de nós aqui. Isso não quer dizer nada, porque a pessoa já vem com mais experiência, vai ser reciclante e retomadora de tarefa sem saber que tinha tarefa. Isso é muito sério. Leve a sua condição a sério. (Tertúlia 0922; 0h:22m).

Pergunta. Explique porque exegese conscienciológica e completismo existencial são antónimos. Resposta (WV). É o caso da nossa amiga e da Tânia ((referência a conscins retardatárias na Conscienciologia e reciclantes: uma teletertuliana não identificada e uma tertuliana)). Elas não fizeram exegese da própria vida (antes de conhecerem a Conscienciologia). Agora, fizeram exegese existencial e vão chegar ao completismo, mas antes, se continuassem assim (não chegavam ao completismo). (Tertúlia 0922; 0h:26m).

Pergunta. Eu queria entender a teoria da interpretação da inteligência evolutiva. Resposta (WV). Interpretação é hermenêutica, é a ciência. A inteligência evolutiva, entre todas as inteligências, eu sempre considerei como sendo a mais composta, a mais complexa e a prioritária. Quem fez curso intermissivo já tem a essência, o embasamento da inteligência evolutiva. Dentro da exegese conscienciológica, a inteligência evolutiva é indispensável. (Tertúlia 0922; 0h:27m).

Pergunta. Qual seria o método exegético? Resposta (WV). Análise, hermenêutica, abordagem, definições. Usar a taxologia das análises quando o seu trabalho, o seu objectivo, comportar. Fazer uma abordagem, depois examinar o ângulo, as feições da abordagem. Depois (definir) a metodologia para começar uma análise. Depois da análise feita, você vai discriminar os achados, os findings. Depois, você vai fazer uma síntese. Nessa síntese você já vai começar a ter uma primeira noção da exegese. No comentário ou interpretação sobre essa dissertação, você vai usar, aplicar, fazer a exposição e demonstração dessas técnicas: detalhismo, exaustividade e circularidade. (Na circularidade) você vai e torna a voltar para ver outro ângulo - é uma pseudo-repetição ou uma repetição real para esclarecer. Acrescenta mais um ponto na “espiral”, (ao modo da) espiral evolutiva. Se você deu mais ponto acima ((referência ao retorno da espiral em nível superior)) a repetição deixa de ser rebarbativa, deixa de ser apenas redundante e passa a ser circular: volta para pegar um conceito que ainda não foi esclarecido, para esclarecer mais num segundo, num terceiro, num quarto, num quinto… tempo. As pessoas que quiserem ver isso com mais detalhe devem examinar o Manual de Redação que nós já publicámos. Lá tem as palavras que interessa. Na exegese, seria bom ver aquelas 120 palavras que tem lá. Aquilo realmente leva a pessoa para uma cosmovisão de qualquer tema, oportunamente. Acrescenta e amplia. (Tertúlia 0922; 0h:29m).

A Escola da Exegese, na França, no Século XIX ficou na história como a mais séria. Se alguma pessoa quiser estudar o que é que vem a ser a exegese, ela tem que se reportar ao século XIX na França. (Tertúlia 0922; 0h:32m).

A parapedagogia é a base de tudo o que nós estamos fazendo. Não é só pedagogia, não é só educação, não é só didáctica – é a parapedagogia. Porquê? Porque a Conscienciologia trata da multidimensionalidade da consciência. Então, o processo de qualquer exegese que você for fazer na Conscienciologia, você tem que chegar na parapedagogia. Como é que você vai fazer uma interpretação sem ter a didáctica da demonstração desses fatos, inclusive multidimensionais? Não tem jeito de fugir disso ((referência ao laboratório conscienciológico da parapedagogia)). Tem mais laboratório para isso, por exemplo o mentalssomático. E falando em multidimensionalidade, teria técnicas projectivas, EV e outras coisas mais. Mas o caso mais sério da exegese conscienciológica é justamente a parapedagogia. (Tertúlia 0922; 0h:33m).

A inteligência evolutiva é complexa. Ela é a reunião de diversas inteligências ou modalidades de inteligência ou modus da inteligência da pessoa. Nenhuma pessoa tem uma inteligência só. Nós temos no mínimo 11 ou 12 inteligências básicas. A inteligência evolutiva (inclui) uma inteligência interna de acesso, interpretação, abordagem e a parte intelectual, inclusive de exegese, de hermenêutica, de análise, de síntese e outras coisas mais. A pessoa tem que ter também uma inteligência parapsíquica, que é uma das mais avançada que tem, para ela saber que as catarses que ele tem que ter não são apenas as catarses do freudismo ou da psicanálise que dizem respeito a esta vida. Nós temos que fazer catarse também de vidas prévias, anteriores para ampliar o enfoque da sua realidade dentro do seu momento evolutivo. Então, a teoria da interpretação da inteligência evolutiva, envolve todo um arcabouço dessas ideias e dessas técnicas que nós usamos hoje na Conscienciologia para a pessoa saber o que é que está fazendo aqui, para responder àquelas perguntas fundamentais da filosofia clássica. Quem é você? De onde você veio? Para onde você vai? O que é que você está fazendo aqui? Isso tudo está dentro da inteligência evolutiva. A inteligência evolutiva é muito referida nos nossos conceitos e em dezenas dos nossos verbetes porque é uma condição que nós não podemos escapar dela, é inafastável, é inevitável e insubstituível. É a inteligência evolutiva que dá à pessoa a condição de estar aqui devido ao processo do curso evolutivo que ela fez antes de ressomar. (Tertúlia 0922; 0h:34m).

Pergunta. Qual a importância do desenvolvimento de um projecto ao modo de um departamento linguístico, de poliglotismo, para ampliar a exegese conscienciológica dos nossos autores? Resposta (WV). O ideal é fazer devagar e sempre toda essa ampliação de divulgação, conhecimento, interpretação e principalmente pesquisa que estão fazendo na Conscienciologia. (Tertúlia 0922; 0h:36m).

Eu tenho dificuldade em fazer a diferenciação da exegese e da hermenêutica. Resposta (WV). Hermenêutica, antes de mais nada é a interpretação de alguma coisa. Exegese é a exposição disso, a dissertação, o comentário, as alusões e as conclusões. Até certo ponto, a exegese é uma demonstração técnica. (Tertúlia 0922; 0h:39m).

Pergunta. Quando você está desenvolvendo uma teoria está fazendo uma exegese ou está fazendo a hermenêutica? Resposta (WV). Está fazendo a abordagem ou enfoque, a análise ou dissecação do objecto de pesquisa, a síntese, a reunião disso tudo e o recomeço tudo de novo. Transformar todo aquele conjunto numa síntese, para depois aquela síntese ser um novo conjunto de análise. Isso é interminável. É sempre enriquecível, está sempre em expansão porque no nosso conhecimento não há nada absoluto, definitivo, total. (Tertúlia 0922; 0h:40m).

Exegese é tarefa do esclarecimento. A exegese conscienciológica é o comentário ou dissertação tendo por objetivo esclarecer, interpretar ou explicar, minuciosamente, algum princípio técnico. É isso que interessa. (Tertúlia 0922; 0h:41m).

A recensão crítica é fazer uma análise do jeito que tem no curso Heterocrítica de Obra Útil. É uma resenha crítica. Isso não tem preço, isso é inavaliável. Uma heterocrítica para um autor qualquer, é o máximo. Muita gente cresce com isso. Olha o Cury ((referência a Augusto Jorge Cury [1958-])). Mas mesmo assim ele não aprendeu, que ele ficou doido com dinheiro, está fazendo livro adoidado só para ganhar dinheiro, está errado. Isso aí a gente não explicou para ele, não. Não estou falando que “ensinou” - a gente não se “referiu” a essas coisas que ele está fazendo. (Tertúlia 0922; 0h:43m).

Pergunta. Eu gostaria de saber a parte do contexto extrafísico em que acontece o desassédio pelo esclarecimento. Esse desassédio acontece em função da profundidade do esclarecimento somente ou tem outras variáveis? Resposta (WV). A profundidade é a última coisa que acontece nisso. A coisa mais séria é a pessoa ter “a luz da lampadinha do Professor Pardal” na cabeça. Ela descobrir que existe o fato. O aprofundamento, só com o tempo. No processo de assédio muito grande, principalmente intelectual, a pessoa demora porque ela tem que permutar os conceitos. Ela tem que transformar os que ela já tem em neoconceitos, coisa nova. Isso aí só vem num segundo tempo. No primeiro tempo não há isso. Pergunta. Quando a gente está dando um curso, palestra ou conferência, também é a mesma coisa? Resposta (WV). Não, porque aí tem gente que já conhece, já tem veteranos, não é só calouros, isso varia. Depende também do nível do corpo discente e do nível do corpo docente. O problema do insight maior, só vem com o tempo. Primeiro tem impactoterapia, da pessoa ver aquela realidade, o fato que ela ignorava, que ela desconhecia. O impacto só vem depois e depois do impacto é que vem o esclarecimento mais profundo. E outra coisa: não adianta nada entender os nossos conceitos se não há reciclagem. Não fica pensando que um curso vai resolver tudo. Ele abre caminho mas a pessoa tem que percorrer o caminho, com as pernas dela. (Tertúlia 0922; 0h:45m).

Existe uma técnica principalmente da turma nova, estudante, etc., que ele lê ou escreve alguma coisa e depois tem uma vontade muito grande de expor o que fez. Na hora que ele expõe, faz uma retenção melhor na cabeça dele. Isso é uma técnica que a meninada usa. Ele quer mostrar que estudou mas quer é fixar a ideia para não esquecer. O problema de retenção é um processo mnemônico, técnico. (Tertúlia 0922; 0h:47m).

Pergunta. Além da literatura, a Escola da Exegese dedicou-se a linguística e a outras áreas? Resposta (WV). Quem se dedica a literatura, se dedica a linguística. Aquilo se ampliou para outras áreas. Pergunta. Esse método foi criado realmente no século XIX? Resposta (WV). As ideias básicas já vinham desde a antiguidade e eles normatizaram os processos que já vinham da Idade Média, principalmente da igreja católica, porque antigamente, na época do feudalismo, quem tinha conhecimento, além de um pouquinho do povo da monarquia, era justamente a igreja. Eles não queriam que ninguém estudasse, só eles é que deviam saber das coisas para poderem dominar pelo conhecimento. A exegese vem muito de textos chamados sagrados, que é uma besteirada - não existe nada sagrado, ainda mais textos, mas é a bobajada do direito canónico da igreja católica apostólica romana, ICAR. Besteirada total. A exegese é muito séria na Torá dos judeus. Ela é seríssima nas questões da morte e genocídio no Alcorão dos islâmicos. Se você pegar um clássico antigo e fizer uma interpretação dele, é uma exegese - exemplos: helenismo ou maiêutica de Sócrates. (Tertúlia 0922; 0h:48m).

Do ponto de vista da literatura sociológica, Balzac foi dos maiores. Para muitos autores, Balzac é considerado o maior romancista que já existiu. Ele tinha 1200 personagens nos romances. O livro psicografado por mim (WV), veio preencher uma lacuna que ele deixou - não tocou no assunto do que acontece depois da morte. (...) Ele sofria muito por causa do temperamento dele. A mãe era difícil… uma porção de tolices da época. Ele foi influenciado demais por Paris. Paris era “uma casa de doidos” - muita gente brilhante e muita gente doida depois da Revolução Francesa, quando ele nasceu. Pergunta. Podemos dizer que ele tinha cosmovisão? Resposta (WV). Não, mas ele teve projeção consciente, falou do “homo duplex” e ele não estava brincando com isso. (Tertúlia 0922; 0h:51m).
Pergunta. A gente poderia dizer que um dos componentes que diferencia a exegese do resumo é a crítica? Resposta (WV). Não. Você pode fazer uma exegese resumida. Tudo tem que ter senso crítico, até o resumo. A exegese é crítica «é o comentário ou dissertação tendo por objetivo esclarecer, interpretar ou explicar». (...) Recensão crítica é uma resenha crítica, uma síntese de alguma coisa - tem exegese mas é uma resenha. Se você ler um livro de 500 páginas e fizer um resumo de 5 páginas com interpretação sua, isso é exegese. (Tertúlia 0922; 0h:53m).

O qualificativo “crítica” na expressão composta, por exemplo “resenha crítica” ou “exegese crítica” é colocado para frisar, para mostrar o objetivo real, para ficar cada vez mais exaustivo, pontual. (...) É uma coisa muito pequena que está sendo colocada em grande tamanho para chamar a atenção do “olho do furacão”. (...) Crítica, antes de tudo é autodiscernimento. A pessoa tem que ter uma bagagem intelectual correspondente àquela área que pretende criticar. Isso é discernimento. (...) A pessoa não pode discernir sem ter uma bagagem (intelectual) para interpretação, exegese, análise, síntese, que é a crítica propriamente dita. Entre os atributos todos que nós temos, o autodiscernimento é o mais sério. Mas, para começar qualquer coisa, a concentração mental é indispensável. (Tertúlia 0922; 0h:55m).

Pergunta. As verpons seriam uma consequência da exegese conscienciológica? Resposta (WV). A verpon é consequência mas às vezes ela é independente (da exegese) mas no fim é sempre uma consequência porque é uma verdade relativa de ponta - temporariamente ela vai se impor, ela se manifesta. Isso é um processo de interpretação, exegese, análise, síntese, autopesquisa. O CEAEC é dedicado a autopesquisa. A autopesquisa tem que começar pelo princípio da descrença. Não vai “no meu bico” - microfone aceita qualquer coisa. Tem que ter a experiência. (Tertúlia 0922; 0h:57m).

Pergunta. Na exegese católica, a pessoa faz a interpretação lá do “negócio” todo e na verdade ela vai estar dogmatizando. Resposta (WV). A gente tem que acabar com a dogmatização. Tem que ter universalismo e não pode ter facciosismo nem sectarismo. A pessoa tem que olhar detalhes mas sem sectarismo. Tem que ter racionalidade e lógica o tempo todo, senão não adianta nada, senão a refutação acaba com ela. A exegese católica é dogmática. A exegese conscienciológica é só refutação ou confutação. Nós precisamos de crítica, de debate. Isto aqui é um debatódromo - “todo o mundo” tem liberdade de expor o que pensa, o que quer - é a democracia mentalsomática, intelectual. A exegese católica e a exegese conscienciológica são diferentes (embora) as duas sejam interpretações. No processo doutrinário é uma interpretação canónica, do direito canónico, que eles fizeram até um direito deles. O nosso direito é outro - chama-se paradireito - muito mais avançado e universalista. A nossa filosofia é a holofilosofia - todas reunidas no melhor. (Tertúlia 0922; 0h:58m).

Pergunta. Se comparamos a exegese conscienciológica com a exegese científica convencional, quais os pontos diferentes? Resposta (WV). Eles são muito especialistas. Eles ficam só na matéria, eles são da electronótica ((referência à ciência baseada no electrão)). Nós não, nós somos da consciência. Electrão é uma coisa, consciência é outra. (Tertúlia 0922; 1h:00m).

A exegese espírita também é totalmente errada. É baseada em Kardec e em Jesus Cristo. Nós fazemos pesquisa ((referência à Conscienciologia)). Tudo nosso é mais efémero. Tudo aqui dura pouco. Tem as verpons, está tudo em renovação, é uma reciclagem ininterrupta, tudo muda. (Tertúlia 0922; 1h:01m).

Pergunta. Que aspectos da hermenêutica devem ser considerados ou empregados a fim de ampliar a qualificação e cosmovisão da exegese? Resposta (WV). A primeira coisa que a pessoa faz é uma abertura inicial e uma abordagem e ela vai ver qual é o core, qual é a essência daquele objeto e qual é a periferia. Então ela vai distinguir onde é que ela vai atacar em primeiro lugar. Qual é “o olho do furacão” desse tema, desse objeto. Logo em seguida, ela examina todos os detalhes e confronta com tudo o que ela sabe. É uma boa, ela dar “uma geral” na holoteca para fazer associação de ideias. Comparação, confronto, cotejo, importam muito e ajudam muito porque dá outras derivações, outros vieses, outros caminhos, outra vertente, outro desfiladeiro para entrar com a ideia. Se uma pessoa estudar bastante a interpretação - que é o caso da hermenêutica - ela vai puder depois esclarecer. Para esclarecer, seria bom ela estudar qual a possibilidade dela se comunicar. A primeira coisa, num caso desses, seria melhorar os dicionários cerebrais. Se a pessoa já tem um dicionário de sinónimos, ela já pode enfrentar isso. Mas se ela tem um dicionário cerebral de sinónimos, antónimos e analógico, ela vai caminhar muito mais porque a exegese dela vai ser mais rica, mais ponderada, mais abrangente, mais cosmovisiológica. (Tertúlia 0922; 1h:01m:30m).

Pergunta. O exemplarismo é uma exegese? Resposta (WV). O exemplarismo é uma demonstração de espelhamento. Toda a pessoa é um livro. Ela está sendo vista através do exemplo que ela está dando. A exegese não - quem está interpretando é quem está fazendo a exegese. A hora em que está se expondo, ela é uma exegeta. Não precisa nem de falar para estar mostrando o que ela é. Mas na verdade o que interessa mais é a hermenêutica exegética de quem a está observando. (Tertúlia 0922; 1h:02m).

Eu (WV) às vezes trago estas palavras ((referência a hermenêutica e a exegese)) para que vocês estejam mais afeitos a estes conceitos e também para a gente ter isso como o “arroz com feijão” da gente, o trivial de todo o dia, porque geralmente as pessoas “tiram o corpo fora” da interpretação disso - são palavras tabus dentro da linguagem erudita. O povo empaca nestes conceitos. Não é só hermenêutica nem exegese, é por exemplo a zetética, a inortodoxia, a refutação, a holofilosofia, a catarse e a cosmovisão. (Tertúlia 0922; 1h:05m).

O zoom de afastamento e de aproximação é o que a gente devia de dar para “todo o mundo”. Se tivesse um jeito de ter um zoom prático para a gente dar eu (WV) ia distribuir para “todo o mundo” aqui - um zoomzinho mas que fosse bem poderoso para atrair e puxar. Esta noite eu tive uma primeira experiência, com calma - eu trabalhei várias horas, dentro do meu turno mentalsomático, com 12 câmaras funcionando em torno da nossa casa. Eu estava lá trabalhando quando aparece a minha mulher, a Graça, dizendo: - O bicho apareceu lá em cima e me acordou! Na hora que eu olhei, passou o bicho à frente da nossa casa. Eu vi pela TV mas não sei o que era - pequeno, com o pelo preto - pode ser ratazana, pode ser gambá, pode ser um gato. Ele passou muito rápido, não deu para ver. Passou só na primeira e sumiu. Esta noite, “o negócio” estava lá na minha frente e de vez em quando eu olhava - aquilo é uma diversão, um brinquedinho. Passa borboleta, insecto... e a câmara fica registrando. Se eu quiser eu vejo tudo o que passou à noite, inclusive o bicho que passou, porque ficou lá registrado. Isso aí é que seria o ideal para todo o tipo de ideia. Vamos pegar uma ideia qualquer e colocar tudo quanto é câmera com zoom em cima e colocar mil pessoas para ver se chegam a um consenso. Se eu pudesse ia dar esse zoom. (Tertúlia 0922; 1h:08m).

Pergunta. Eu posso dizer que a exegese é uma demonstração, uma exposição mas para chegar nisso nós usamos como instrumento a hermenêutica, a análise e a cosmovisão? Resposta (WV). Está tudo certo, é isso aí. Está perfeito. Você fez uma síntese. Como todos os instrumentos, e mais instrumentos além daqueles que eu falei. (Tertúlia 0922; 1h:11m).

Pergunta. O autoexemplo seria uma forma de exegese também? Resposta (WV). Na exemplificação, até um certo ponto você está se expondo. É um esclarecimento quase sempre mudo. A coisa mais séria, nesse caso, não é bem o exemplo que você dá. De que adianta você estar dando o exemplo se ninguém está prestando atenção? A coisa mais séria é o exegeta que está vendo você como espelho. Isso é que é importante e nós temos que entender. O observador de fora é mais importante do que a exegese. Pergunta. Quer dizer que a hermenêutica do outro perante a nossa exegese é o mais importante nesse caso? Resposta (WV). É, nesse caso aí. (Tertúlia 0922; 1h:12m).

Os grandes exegetas e hermeneutas que estão registados na história, todos eles dizem respeito a processos religiosos. A ciência só pegou isso do século XIX para cá. Mas antes, tudo o que havia era (da religião) porque era o jeito de doutrinar, era o jeito de convencer, o jeito de fazer lavagem cerebral. A lavagem cerebral mais séria é feita por aí é o dogma, a dogmática. (Tertúlia 0922; 1h:13m).

Pergunta. Autodiscernimento e autoconsciência são a mesma coisa? Resposta (WV). Autoconsciência é (um termo aplicado a) uma pessoa que tem consciência de si mesma. Autodiscernimento é (um termo aplicado a) uma pessoa que é capaz de fazer o discernimento sobre si mesma, dentro do cosmos. Ela está se interpretando, se distinguindo dentro do cosmos. Ela é capaz de pegar todos os factos, ocorrências, realidades, fenômenos, parafenômenos, parafactos, e vai fazer a definição para distinguir aquela realidade das outras. O autodiscernimento é o discernimento seu. Tem que começar por você. É o que nós chamamos a autoconscienciometria. A melhor coisa que uma pessoa pode ter é autodiscernimento sobre a autoconscienciometria. Daí ela parte para o resto. Quando eu uso o prefixo “auto” é porque ele é indispensável, é prioritário, é o que eu chamo “primado do egão”. Nós temos ainda muitos egões. Precisamos de conservar esse egão (mas) com outra qualidade. Por exemplo, o serenão é o egão que está purificado. Ele é um egão enorme: ele influencia, domina, actua sobre o universo mas ele não tem mais o ego de pensar só nele. Aí é que muda tudo: ele se distribui, ele se doa. Muda tudo. (Tertúlia 0922; 1h:14m).

Pergunta. O processo da exegese é o aprofundamento, a interpretação e depois a exposição? Resposta (WV). A exegese, até um certo ponto, já é o comentário e a dissertação sobre isso. Ela não existe quando está só em você. Ela só existe quando ela tem que aparecer. Ela tem que vir à tona. É o refluxo. (Tertúlia 0922; 1h:17m).

Pergunta. O senhor coloca que a exegese (conscienciológica) máxima é o (conscienciólogo, homem ou mulher, autor do) tratado (publicado sobre a Conscienciologia). Resposta (WV). Tratado quer dizer detalhismo. Você nunca vai estudar um tratado que não entrou no detalhismo. Essa interpretação, ou seja, a hermenêutica do tratado é a máxima que pode existir para aquele autor, para aquele tema, para aquela condição, naquele momento evolutivo. O tratado é isso. Pergunta. Mas o que eu queria saber é se a exegese inclui o fato da pessoa fazer expansão das ideias. Resposta (WV). Só de estudar a exegese, já mostrou expansão das ideias porque começa pela (compreensão da) palavra (“exegese”) da linguagem erudita. (...) Nunca ninguém escreveu alguma coisa que tivesse pretensão de falar do jeito que eu estou fazendo com vocês porque nunca ninguém juntou a linguagem popular à linguagem erudita. Eu estou fazendo o casamento disso na enciclopédia. Você vai pegar meu texto e você vai ver, desde a gíria, condenada pelos eruditos, até ao nível de erudição mais avançada, condenada pela turma da rua. A enciclopédia é uma apostila enciclopédica. Uma apostila é um resumão. É tudo síntese. Eu já dou tudo mastigado, só falta a pessoa deglutir. Eu dou esses resumos todos, por exemplo, 20 categorias de exegeses para a pessoa pensar ((referência à Taxologia do verbete Exegese, composta pela seguinte lista: 01. Exegese anticosmoética; 02. Exegese bíblica; 03. Exegese católica; 04. Exegese científica; 05. Exegese comparativa; 06. Exegese conscienciológica; 07. Exegese constitucional; 08. Exegese cosmoética; 09. Exegese falaciosa; 10. Exegese forçada; 11. Exegese histórica; 12. Exegese imaginativa; 13. Exegese logosófica; 14. Exegese médica; 15. Exegese moderna; 16. Exegese psicanalítica; 17. Exegese sistemática; 18. Exegese sofística; 19. Exegese sumária; 20. Exegese teológica)). A última é a teológica, a mais usada, que tem mais livro, que se fala mais e que é a pior delas. Você quer coisa mais besta do que a exegese bíblica, que é a segunda? A bíblia está cheia de tolices e no entanto é considerada um livro sagrado. A gente respeita o direito das pessoas de pensar o que quiserem. Tem gente que já criou até o Rei Momo. Eles adoram o rei Momo na época do carnaval. E geralmente o rei Momo é enorme, tem um barrigão enorme, pesa mais de cem quilos. Na Índia eles não adoram a vaca? A gente respeita. A gente tem que respeitar o povo que adora livro. Isso é uma loucura. Seja o livro que for. Tudo isso é exegese. (Tertúlia 0922; 1h:18m).

Pergunta. Mas o que eu queria saber é se a exegese inclui o fato da pessoa fazer expansão das ideias. Resposta (WV). Só de estudar a exegese, já mostrou expansão das ideias porque começa pela (compreensão da) palavra (“exegese”) da linguagem erudita. (...) Nunca ninguém escreveu alguma coisa que tivesse pretensão de falar do jeito que eu estou fazendo com vocês porque nunca ninguém juntou a linguagem popular à linguagem erudita. Eu estou fazendo o casamento disso na enciclopédia. Você vai pegar meu texto e você vai ver, desde a gíria, condenada pelos eruditos, até ao nível de erudição mais avançada, condenada pela turma da rua. A enciclopédia é uma apostila enciclopédica. Uma apostila é um resumão. É tudo síntese. Eu já dou tudo mastigado, só falta a pessoa deglutir. Eu dou esses resumos todos, por exemplo, 20 categorias de exegeses para a pessoa pensar (referência à Taxologia do verbete Exegese, composta pela seguinte lista: 01. Exegese anticosmoética; 02. Exegese bíblica; 03. Exegese católica; 04. Exegese científica; 05. Exegese comparativa; 06. Exegese conscienciológica; 07. Exegese constitucional; 08. Exegese cosmoética; 09. Exegese falaciosa; 10. Exegese forçada; 11. Exegese histórica; 12. Exegese imaginativa; 13. Exegese logosófica; 14. Exegese médica; 15. Exegese moderna; 16. Exegese psicanalítica; 17. Exegese sistemática; 18. Exegese sofística; 19. Exegese sumária; 20. Exegese teológica). A última é a teológica, a mais usada, que tem mais livro, que se fala mais e que é a pior delas. Você quer coisa mais besta do que a exegese bíblica, que é a segunda? A bíblia está cheia de tolices e no entanto é considerada um livro sagrado. A gente respeita o direito das pessoas de pensar o que quiserem. Tem gente que já criou até o Rei Momo. Eles adoram o rei Momo na época do carnaval. E geralmente o rei Momo é enorme, tem um barrigão enorme, pesa mais de cem quilos. Na Índia eles não adoram a vaca? A gente respeita. A gente tem que respeitar o povo que adora livro. Isso é uma loucura. Seja o livro que for. Tudo isso é exegese. Pergunta. Então essa expansão, além do que o autor da obra examinada inicialmente fez, esse acréscimo, também está dentro da exegese? Resposta (WV). Está. A exposição disso é aquele ponto final ou a fase final da exegese. A verdadeira exegese tem que se expor para receber crítica. É a refutação. Isso tem que aflorar, vir à toa, fazer o refluxo, o repuxo. Aquilo sobe, vem a público. (Tertúlia 0922; 1h:19m).

Pergunta. Qual é a etiologia da do efeito halo das neoidéias? É a hermenêutica? Resposta (WV). A etiologia é a causa. No caso do efeito halo das neoidéias, é a pesquisa, a autopesquisiologia que leva você a ter ideias novas. A causa é a evolução. Nós temos que estudar muito é o efeito. A causa a gente já sabe porque nós estamos estudando muito a evolução que é uma das especialidades da conscienciologia. A pesquisiologia está nisso. Você falando o efeito, você já está mostrando que lá dentro tem uma causa. Se você falar em causa, você ainda não falou em efeito. Efeito é uma coisa mais composta do que a causa. Efeitologia, quase ninguém usa. No entanto, tudo é efeito. Tudo “tem” causa mas tudo “é” efeito. Eu trago essas ideias hoje ((referência ao debate sobre exegese)) porque vocês já chegaram em algum nível, que é o efeito, que eu provoquei, pela minha causa, para vocês debaterem esses processos dentro da linguagem erudita.Com isso eu não estou dizendo que eu sou erudito. Eu sou um escrevinhador técnico, mercador da minha própria ignorância, alfabetizado e diplomado até no exterior. (Tertúlia 0922; 1h:28m).

A comunicação (deve ser) óbvia, clara, evidente. O problema é da própria literatura. Eles enrolam demais. Vão a Buenos Aires via Paris. Porque é que eu uso o apostilamento? Para simplificar. Nós não podemos deixar nunca de erigir o monumento da síntese. Não é fazer concisão. É procurar o “olho do furacão” e falar do “olho do furacão”. Que é que adianta estar a falar do furacão se você não viu o olho? Aí vem a causa, depois o efeito, a hermenêutica, a exegese. Espiral e circularidade. (Tertúlia 0922; 1h:32m).

Todo o debate de ideia repercute. Às vezes a pessoa não vê a repercussão por causa do processo extrafísico, mas sempre tem repercussão. Um monte de gente que defende certas ideias, pensa que aquilo é dela e não é nada: às vezes é do assediador ou pode ser até de um benfeitor. Sempre tem repercussão, tudo o que a pessoa pensando. Ninguém pensa totalmente isolado. Não existe isso. O autismo é impossível. Uma pessoa que é autista, nunca é autista. Eu (WV) já vi uma porção de autista que está assim ((gesto de muitos)) de gente ((referência a assediadores extrafísicos com o autista)). E às vezes é por isso que ela é alterada, que ela é patológica, que ela é doida. Tem de tudo. Qual é a hermenêutica da patologia? Qual é a hermenêutica da homeostática? Isso tudo nós temos que ver. Eu procuro trazer aqui temas que são da hermenêutica da patologia e da parapatologia e também (temas que são) da hermenêutica da homeostática. Este aqui ((referência ao verbete Exegese)) é neutro: ele é dos dois. (Tertúlia 0922; 1h:33m).

Pergunta. No nosso atual nível de pré-serenões aqui, a gente pode falar em profilaxia (do síndrome da ectopia afetiva? Resposta (WV). A turma está apurando mais para sair da ectopia. Estão começando a ficar mais centrados no prioritário. É muito difícil depurar uma pessoa totalmente em 10 ou 20 anos, é muito pouco. Ela vem alterada há 40 séculos e vai mudar totalmente em 10 anos? Não dá. A reciclagem é sempre “devagar e sempre”. A expressão “ectopia” é muito usada na medicina. A expressão “síndrome da ectopia afetiva”, fui eu que criei. A síndrome da ectopia afetiva é o amor errado. É a devoção à vaca, por exemplo. (Tertúlia 0922; 1h:35m).

Pergunta. Que efeitos indicam a correta aplicação do princípio hermenêutico da Cosmoética? Resposta (WV). Universalismo na pesquisa pelo aspecto moral ou ético. O princípio da interpretação da cosmoética, naquilo que você faz. A subtileza da moral, da ética e da cosmoética exigindo uma cosmovisão maior, não só na apreciação dos fatos como também na divulgação dos seus achados. Eu uso a linguagem popular e a linguagem erudita. Eu faço, desde a apostila até, com um pretenção enorme, uma enciclopédia, sendo esta uma reunião de apostilamentos. Eu falo, desde a gíria até à linguagem mais erudita da filosofia ou da ciência. Isso tudo é a cosmovisão cosmoética. Eu não tenho nada que eu deixe escondido, eu me exponho plenamente, não tenho nada para esconder. É o processo da glasnost, da plenitude da transparência. Isso tudo é cosmoética. Em vez de sonegar informação (a pessoa) devia esclarecer mais. Que tarefa do esclarecimento é essa que você só coloca uma parte e não quer dar a outra? Isso aí é tacon. Na tacon “o cara” só dá o pé esquerdo mas não dá o pé direito. Isso não adianta nada - “o cara” vai sair mancando. Nas questão da cosmoética aplicada na interassistencialidade, nós, na tares, temos dar tudo o que temos naquele momento evolutivo. É o que estou tentando mostrar para vocês. Eu às vezes não falo tudo ainda porque também não adianta falar. Se colocar o carro adiante dos bois, só vai dar problema: para o carro, para os bois e para quem está dirigindo. É um problema difícil. Então, o problema nosso, de colocar tudo a andar na caminhada e no processo correto, exige antes de mais nada, pensar na cosmoética. Essa cosmoética não pode passar da conta. Você não pode ofender os outros, que seria anticosmoético mas você também não pode mostrar alguma coisa superior à capacidade e limite de apreensibilidade daquela pessoa, porque senão vai ser também anticosmoético. Então, a cosmoética entra em tudo. Agora, o realismo que a cosmoética destrutiva traz, às vezes é mal interpretado pelas pessoas devido ao problema da apriorismose. Elas estão cronificadas dentro de um erro apriorista a respeito de alguma coisa. Cosmoética destrutiva, impactoterapia - o povo tem “um abalo” com isso. Mas é preciso falar a realidade. Como é que nós vamos consertar um local que foi uma prisão, para fazer um jardim, sem destruir a prisão? Tem que acabar com aquelas ruínas, tem que liquidar com tudo - isso é destruição. A demolição é uma necessidade. Por isso é que eu “meto o pau” nas questões que não interessam: eletronótica, religião, bíblia, arte literária. Isso tudo, para mim, é a moldura do quadro. O core, mesmo, é a consciência em si. Essa é que eu quero exaltar, nos seus trafares e nos seus trafores, para a gente ver como é que concerta isso. Tudo isso é reeducação, a base da conscienciologia, de tudo o que nós falamos. Todo o esforço nosso, é esse. Cada um faz o que pode. Eu estou fazendo o que eu posso. Outros que acharem que “o negócio” não está bom, que venham e consertem isso. Eu não sou dono da verdade nem isso aqui tem nada de definitivo nem de absoluto. Nossas verdades são sempre relativas de ponta. Agora, no dia de hoje, 30 de julho de 2008, é o que a gente tem para expor. (Tertúlia 0922; 1h:37m).

Pergunta. O que é que mais impede, qual é o principal travão de uma aplicação mais correta do princípio hermenêutico da Cosmoética no nosso caso? Resposta (WV). É a pessoa que tem “o rabo preso”, que tem “culpa no cartório”. É aquele “quarto fechado” que ela não mostra para ninguém, uma autoculpa ou um problema qualquer de autovitimização que ela ainda não consegue ter uma visão de conjunto para superar aquilo e ultrapassar o processo. É um problema patológico, sério, bravo, anticosmoético, uma anticosmoética retro, porque agora ela quer uma coisa nova - neocosmoética - mas ela ainda está com retroanticosmoética. (Tertúlia 0922; 1h:42m).

Pergunta. Poderia por favor explicar em que sentido o completismo existencial seria antónimo de exegese conscienciológica? Resposta (WV). Ela tem aí uma espécie de autoconscienciometria, ela está vendo a consciência dela como é que funciona, para um autojuízo crítico da condição pessoal dela. A exegese seria aí no caso, não só a interpretação ou a explicação da situação mas a exposição disso. Eu chego para você e falo assim: - Você é um incompletista. Você então vai me expor porque é que você é incompletista: - Eu acho que sou incompletista por causa disso … e disso. Ou você vai explicar: - Eu sou completista porque eu já fiz isso… e isso. Você vai explicar tudo.Você faz uma exposição. Aí no caso, é muito importante o processo do compléxis. (Tertúlia 0922; 1h:45m).

Pergunta. É estranho o completismo existencial ser antónimo de exegese consciencial. Resposta (WV). Se você não interpretou sua vida corretamente, você não vai dar valor para o compléxis. Se você interpretou bem, na exegese sua você vai ser um exemplo de compléxis. O completismo é a ação de completar alguma coisa, não é a exposição de nada. A exposição tem que vir antes. A pessoa que fez o completismo não não vai querer nem fazer interpretação, nem hermenêutica nem exposição, que ela não precisa. (Tertúlia 0922; 1h:47m).

A macrossomatologia existe quando a pessoa vai executar uma proéxis que precisa de alguma assistência para fortalecer os seus potenciais. Ela então recebe um macrossoma para ficar mais potencializada, mais predisposta, mais adequada. É como se ela estivesse maceteada para executar aquela tarefa. Isso não tem nada egóico. A maioria dos macrossomas dizem respeito a maxiproéxis, a um processo grupal, coletivo, amplo, de interassistencialidade. (Tertúlia 0922; 1h:52m).

Pergunta. Qual o limite entre a plenitude da transparência e o estupro evolutivo? Resposta (WV). O limite é a cosmoética. (Tertúlia 0922; 1h:53m).

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