Tertúlia 0931, Autonomia, YouTube, canal Tertuliarium, https://www.youtube.com/watch?v=EIoBlCI0RuU,
publicado em 28
de março de 2013.
Pergunta. Como o senhor entende a adoção? O adotado
tem necessariamente laços grupocármicos anteriores com os pais adoptivos? Resposta (WV). Sim,
tem. Quase sempre tem grupocarma com interprisão e algum débito que não foi
saldado. (Tertúlia
0931; 0h:05m).
Pergunta. Sou nova por aqui. Estou chegando aos
poucos. Aprendi a fazer o EV. Estou fazendo sempre. Observei que ultimamente
tenho tido tanta contração muscular no corpo todo que tenho que parar para
respirar. Aí, inicio novamente, paro, respiro e assim vou. Depois o ambiente
fica embaçado e cinza. Resposta (WV). Isso que está ocorrendo faz parte do
desenvolvimento do parapsiquismo. O nome técnico disso é mioclonia (...). Isso
é normal. Pergunta. Isso tem acontecido após o desbloqueio parcial do meu
frontochacra. Antes, quando bloqueava totalmente, eu fazia o EV mas não
observava nada de diferente. Outra coisa que tem acontecido é que em certos
momentos, a pele do rosto do local do frontochacra tem ficado avermelhada.
Antes do desbloqueio ficava levemente, agora fica bem mais. O que pode estar
acontecendo? Resposta (WV). Isso aí é porque está mexendo com os problemas e às
vezes está até curando a pessoa. Não estou falando no seu caso nem você vai
encucar com o que eu vou falar, mas às vezes um caso desses (acontece) porque a
pessoa tem o sinus alterado – ex. sinusite –, um processo oftalmológico (...)
ou trauma no rosto na infância ou adolescência. Tudo isso vai passar. Isso tudo
é fase de crescimento, de desenvolvimento, de melhoria, de aperfeiçoamento das
manifestações parapsíquicas da pessoa. (Tertúlia 0931; 0h:06m).
Pergunta. Tenho tido o privilégio de poder
acompanhar, embora não em tempo real, as tertúlias. Eu as tenho gravado e,
todos os dias, quando viajo, durante uma hora de ida e uma hora de volta do
trabalho, às vezes escuto e assisto no meu DVD portátil. Tenho aplicado o arco
voltaico em minha mãe, depois da tertúlia com esse tema. Ela é bem doentinha.
Coração, depressão, síndrome do pânico e hipertensão. Ela sempre melhora logo
após. Inclusive, suas mãos cheias de frieiras, daquelas que dá feridas e
rachaduras, melhoram quase à cura. Se paro de fazer muitos dias, ela fica ruim
novamente. Será que ela está sugestionada ou dependente? Posso continuar
fazendo? Quando faço tenho cuidado de que não seja nos mesmos horários e também
procuro trabalhar as minhas energias. Resposta (WV). Está perfeito. A única coisa
que está errada é você quando você pára. Deve continuar. Você pode melhorar
totalmente sua mãe com isso. É preciso ver outras condições dela tais como a
dieta, mas a energia cura todos esses processos dermatosos quando eles são
leves., porque o processo todo que vem para a pele, é um processo de energia
consciencial. (Tertúlia
0931; 0h:08m).
Pergunta. Como a pessoa pode identificar se está
sofrendo de semipossessão patológica? Quais os indicativos desse estado? No
caso da simbiose com uma consciex, como desfazer a simbiose? Resposta (WV). Na
semipossessão, a pessoa nota como se ela estivesse possuída por ideias, por
emoções, por intenções diferentes das dela. Para isso, a pessoa tem que ficar
bem tranquila e usar o estado vibracional. Com isso ela expulsa qualquer
influência externa, muito forte, que esteja atuando contra ela. Nessa simbiose
com consciex, a primeira coisa que a pessoa tem que fazer é higiene
consciencial. É ela pensenizar sem fazer evocação da consciex. Tudo o que diz
respeito aos processos da ideia daquela consciex, a pessoa tem que alijar,
afastar, distanciar-se disso. O problema é que, quando tem simbiose, uma boa
parte da culpa é da pessoa que faz o chamamento. Então, a evocação deve ser
evitada ao máximo. (Tertúlia
0931; 0h:10m).
Pergunta. Em tertúlia recente o senhor falou que no
período intermissivo alguns se prepararam 12 anos e outros 15 anos ou mais.
Esses 12 anos ou mais são de curso intermissivo propriamente dito? Ou esse
período é de tempo extrafísico total da dessoma até à nossa ressoma? Resposta (WV). Isso
aí varia de consciência para consciência. (...) Quando a pessoa tem alguma
coisa que ela fez na vida anterior e que tem atenuantes, que está mais suave, a
tendência é ela ser assistida, mesmo sem curso intermissivo, e ela às vezes
demora de 12 a 15 anos para ressomar. É uma ressoma quase imediata, de
emergência, de assistência, no caso, de trabalho de recurso emergencial,
pronto-socorro e pode ter tido curso intermissivo ou não. Quando ela passou lá
de 25 a 30 anos com lucidez, é porque ela está fazendo uma reciclagem “braba”.
Ela não só fez o curso intermissivo como já tem uma tarefa para cumprir dentro
da proéxis dela, uma coisa mais séria, dentro daquele Ciclo Multiexistencial
Pessoal – o CMP da atividade do grupo – ela já tem uma predisposição enorme de
ser uma minipeça dentro do maximecanismo assistencial. Uma pessoa pode passar
lá 100 anos e estar na baratrosfera, pode passar 100 anos e estar trabalhando
com lucidez relativa, pode passar 10, 20, 30, 50 anos e ter alcançado no fim o
curso intermissivo dela. Isso varia ao infinito. Não adianta querer generalizar
ou especificar. Numa família de 17 membros tem consréu e pode ter até serenão,
evoluciólogo e desperto. Cada caso tem de ser estudado de per si. (Tertúlia
0931; 0h:11m).
Pergunta (WV). «Os três poderes,
legislativo, executivo e judiciário, surgiram na Inglaterra por volta do ano
1100 d. c. e foram ganhando o mundo inteiro». Vocês estão de acordo com essa
historiografia? Resposta. Sempre foi falado de foi na França, com Montesquieu. Resposta (WV). (...)
Não interessa onde surgiu. Esses três poderes surgiram por causa da
reurbanização. Não interessa o local onde surgiu porque é para a Terra inteira.
O que eu quero falar é a data. Está certa. São os meus cálculos também. (...)
Esse 1100 é muito engraçadinho… ele é 1100 para cá e 1100 para lá. (Tertúlia 0931; 0h:15m).
Pergunta. Tenho 22 anos, fui casado por 3 anos e
desse casamento tenho 2 filhos. Minha ex-esposa pediu a separação. Ela, como a
grande maioria da minha família, é evangélica. Um dos motivos da separação:
diferenças ideológicas. Hoje, estou namorando outra pessoa, uma garota também
evangélica mas minha ex-esposa está pedindo a reconciliação. Até que ponto
tenho responsabilidade sobre esse casamento com dependentes, sabendo que nele e
no meu grupo familiar, a minha independência intelectual e liberdade pessoa é
afetada? Seria conveniente uma reconciliação visando auxílio mas que custaria a
minha liberdade pessoal, ou afastamento visando a autonomia? Resposta (WV). Você
arranjou 2 filhos e separou com 22 anos. Isso é um “caso de polícia”. Se você
voltar é uma coisa boa para essas crianças. A (sua) responsabilidade é enorme.
Que é que você está esperando (para ir) cuidar dessas crianças? Você não as pôs
no mundo? Você é responsável. Eu, quando criei o meu filho, fiz um trato com a
minha mulher:-”Ele nunca vai ter babá nem creche”. Não teve. Eu acho que a responsabilidade
de criar os outros é um “negócio” seríssimo. A gente não pode brincar com isso,
não. Até (o filho) chegar lá pelos 20 ou 21 anos, a pessoa tem que estar
vigilante, atenta, alerta, “de olho” como o plantador de arroz – o arroz cresce
com o olho do dono. Se com o arroz é assim, como é com a pessoa? Meu amigo,
pensa duas vezes. Vivam os evangélicos! Ela é mãe evangélica, vai levar “a
coisa” a sério. Seria muito pior se tivesse tóxico… e você sabe o que é que é
isso… eu te conheço. (Tertúlia
0931; 0h:21m).
Pergunta. O livre-arbítrio pode potencializar uma
conscin vulgar para que na próxima vida tenha uma tenepes? Resposta (WV). Pode.
Mas o ideal é o livre-arbítrio já pensenizar hoje, aqui, agora, já! Não deixar
para depois aquilo que pode fazer agora. Comece a preparar a sua tenepes. Daqui
a um ano vamos ver. Possivelmente você já vai conseguir superar. (Tertúlia 0931; 0h:23m).
Pergunta. Quando estou estudando, lendo um livro ou
fazendo meditação, percebo imagens de pessoas e lugares diretamente na minha
mente. Estou com os olhos abertos e vendo essas pessoas. Elas também me
observam. Não falam nada e eu também fico muda. Já tentei observar a cena para
ver se há algum recado e nada. Percebo uma forte pressão na testa e o coronário
parece que está rodando com se tivesse uma mão ali, fazendo movimentos
circulares. Professor, isso é possessão? O que posso fazer para melhorar? Resposta (WV). Se
está mexendo no frontochacra é porque tem alguma coisa de clarividência. Você
não está sabendo interpretar o fenômeno e ainda não conseguiu extrair o
conteúdo da mensagem. A coisa mais séria no fenômeno é o conteúdo. Você tem que
examinar sem emoção. Você tem que ficar totalmente equilibrada, e observar. Se
você começar a interrogar qualquer coisa que você veja, vai acabar tendo uma
resposta. Isso tem ressonância, isso tem eco, há um retorno. É só ficar “de
olho” e atenta para interpretar o processo. Quando o “negócio” é só da pessoa
que está pensando, por causa da reflexão, isso pode ser um processo só da
imaginação. Quem tem que fazer a divisão entre uma coisa e outra, o
discernimento, a distinção, tem de ser você. Isso é da sua imaginação? Isso é
real? Procure fazer essa reflexão deitada em decúbito dorsal – de barriga para
cima – num ambiente bem tranquilo, com as mãos estendidas. Procura fazer isso e
procura dormir, nem que seja um pouco. E fala para você que ao acordar você vai
ver o que se passa no ambiente. Com isso, pode acontecer a clarividência
hipnopômpica que vai clarear o processo. Antes, pode acontecer uma
clarividência hipnagógica – à hora em que a pessoa está começando a dormir. Se
começar a ver uma porção de pontinhos pequenininhos e depois uma porção de
luzes, isso é um processo natural do globo ocular e do sistema nervoso. Depois,
pode aparecer uma paisagem. Se estiver a ocorrer isso tudo que você está
falando, que isso seja real, um parafenômeno, um fenômeno parapsíquico, na
hipnagogia também vai começar a acontecer. Se isso acontecer, na hora que você
vir um início de paisagem, você fala assim: -”Eu quero ir para lá”. Sinta,
coloque a sua vontade: -”Eu vou para lá”. Quando você vê, você está lá. Se acontecer
isso, é capaz de você ter uma projeção “violenta”. Se prepare para qualquer
coisa porque a lucidez vai aumentar, você vai ver o ambiente… a situação é
outra. Quase sempre, na hipanogia – na hora em que a pessoa está começando a
dormir – o que acontece mais é a pessoa ver um gramado, um lugar cheio de
capim, alguma coisa na Terra. Isso é muito comum por causa da estrutura da
visão. A vista tem influência na clarividência. Isso aí, só a pessoa é que tem
que ver, com calma. Eu estou dando as dicas. Hipnagogia. Se você ainda não
entendeu essas coisas, pegue o meu livro Projeciologia
e veja um capítulo chamado Hipnagogia. Leia tudo, que aquilo é o processo da
clarividência e pode dar uma noção maior do que essa que nós estamos aqui
tentando comunicar. (Tertúlia
0931; 0h:25m).
Pergunta. Eu gostaria de saber quais os tipos mais
importantes de interdependência. Resposta (WV). É tudo. É evolução. São as
consciências. (...) A independência, quase sempre, para nós, tem sido
patológica. A interdependência tem sido mais rara (...) e é a base de tudo. A
dependência é totalmente patológica – às vezes é uma patologia que diz respeito
à própria evolução, que precisa disso. Dependência, se não está dentro da
fisiologia é um processo patológico. A maioria de nós todos ainda não sabe usar
a liberdade como independência. O que acontece é que, se a pessoa fica rica,
milionária, daí a pouco ela quer ficar bi-milionária e se possível até tri, sem
noção da hora de parar. A interdependência é a coisa positiva que nós
precisamos colocar na nossa cabeça para saber que “o bater da asa da borboleta
mexe no tufão do Bangladeche”. (Tertúlia 0931; 0h:33m).
Pergunta. Qual seria um conceito homeostático da autonomologia?
Resposta
(WV). É por exemplo você usar o seu dinheiro, os seus bens, o seu
património, para ajudar os outros. Isso é positivo. Você não precisava de se
sacrificar e você faz um auto sacrifício. Você não precisava de ser abnegado e
no entanto você mostra abnegação. (Tertúlia 0931; 0h:39m).
Eu (WV) quero que as pessoas entendam o
trinômio dependência-independência-interdependência. Estou trabalhando com isso
há duas décadas e tem gente com dificuldade. De vez em quando, me dá vontade de
falar mas na hora em que a pessoa está em crise você não pode falar nisso.
Dependência e independência, não é fácil. «Independência ou morte!» - D. Pedro.
(Tertúlia 0931;
0h:40m).
Pergunta. Eu queria entender a inseparabilidade
grupocármica dentro do processo da interdependência. Resposta (WV). A
inseparabilidade funciona quando a pessoa está devendo, por causa do processo
da interdependência. Na verdade, ela funciona em tudo mas, quando as pessoas
começam a viver a convivialidade, o gregarismo, a sociabilidade, essas coisas
não precisam de ser lembradas. A inseparabilidade fica séria quando há uma
ruptura – transmigraciologia. A inseparabilidade recebe aí uma cirurgia
violenta. Se uma consciência vai lá para outro planeta, quando é que você vai
ver essa consciência de novo? Agora… se ela foi separada é porque ela é um
tomate podre no meio dos outros... vai apodrecer tudo. Então ela é separada
porque chegou a um ponto que não tem jeito. É uma singularidade patológica, uma
excepção totalmente nociva. Eu acho que só vão para outro planeta aqueles casos
renitentes, recalcitrantes, difíceis, obstinados, pedrais – pedra pura, granito
na cabeça. (Tertúlia
0931; 0h:41m).
«Autonomia ofiexista: a culminação das
tarefas do tenepessista» (Vieira, verbete Autonomia).
À hora em que você se vê com lucidez para ajudar os outros mostra que,
temporariamente, você é uma consciex. Pensa, o que é que isso pode criar para
você. A gente não pode usar isso mal. Como é que é usar mal? É usar bem – se
você começar a usar isso bem para você, você está usando mal. Por exemplo, eu (WV) não
posso ficar numa condição dessas e dali, da ofiex, ir visitar o Interlúdio, ver
os meus amigos e fazer a actualização das parafofocas. Eu não faço isso – (eu posso)
mas eu não faço. Isso é autonomia. É a educação infalável, indizível. Não é
preciso falar, a pessoa já é educada, naturalmente. (Tertúlia 0931; 0h:43m).
Eu (WV) não sou bisbilhoteiro, curioso,
fofoqueiro, ou ciscador, tipo galinha, em qualquer terreno. Eu só cisco no meu
quintal. (...) São muitos anos para eu aprender isso. Eu já errei, e demais. E
não estou dizendo que eu não erro, não. Eu erro, mas hoje eu erro muito menos
porque eu estou muito mais autoconsciente. Hoje eu já dou prioridade para as
minhas reações extrafísicas. (Tertúlia 0931; 0h:44m).
Pergunta. Professor Waldo, eu queria entender
melhor como funciona a autonomia da conscin desperta, do teleguiado e da
semiconsciex em relação ao fluxo do cosmos, à condição de ser minipeça do
maximecanismo. Resposta (WV). Cada um, com o tempo, vai aprender a medir os
próprios passos. A diferença é só essa. Quanto mais evolui, mais vai saber
medir. Um tenepessista puro já mediu alguma coisa, já sabe se conter, tem
educação para ver os limites, a fronteira que ele não deve passar – a raia, o
ponto a que vai o cordão do sapato dele. O desperto já vê isso com mais
significação e a semiconsciex muito mais. O teleguiado já domina o processo
como um profissional porque ele já tem o processo da minipeça totalmente
assimilado – a assimilação da ideia e a assimilação da vivência. Entendeu isso?
Assimilação da ideia: teoria. Assimilação da vivência: experiência, prática. Eu
acho que do epicon lúcido até chegar lá ao teleguiado, quem domina
profissionalmente o processo é só o teleguiado. Ele já recebeu a condição de
maturidade da função, do desempenho. Por isso eu chamo “teleguiado autocrítico”.
Ele tem mais autocrítica do que a gente. Conclusão: toda a nossa autocrítica
ainda é muito pobre. (Tertúlia
0931; 0h:47m).
Pergunta. Waldo, eu queria que você comentasse a
autonomia realista baseada na seguinte situação. A gente nota que às vezes a
pessoa vem se desenvolvendo muito bem e de repente tem um acidente
parapsíquico, dá uma parada, tem que pensar porque não pode dar um passo à
frente – igual àquela brincadeira de criança: - mamãe, posso ir? Dá um passo e
vê se nada caiu, se as coisas estão no lugar. Qual é a qualidade ou a
característica da consciência que permite fazer uma prospectiva e não ser
imprudente? Resposta (WV). É a hora em que ela começa a ficar desassediada.
Toda a pessoa que fica na dúvida, no impasse, que hesita, é porque tem assédio.
Pergunta.
E quando tem o acidente parapsíquico? Resposta (WV). Ela não se
preparou bem. Ela passou o carro na frente em alguma coisa. Às vezes, a pessoa
ficou muito entusiasmada, antes da hora. Pergunta. Qual é o traço que faz com que a
pessoa seja prudente e ao mesmo tempo não fique no limite da covardia? Resposta (WV). A
pessoa tem que incrementar o recolhimento íntimo para aumentar a reflexão. Não
tem outra saída. A pessoa tem que pensar mais, refletir, para dar mais valor. Às
vezes ela começa a ver as nuances que
ela esqueceu. Dentro da linha de pensamento evolutivo dela ficaram alguns
buracos que ela tem que preencher com reflexão e ela tem o valor agregado de
uma assistência mais específica para o assunto. O valor agregado mais sério de
um tenepessista é a mudança de amparador. Pergunta. Qual é que seria
então a postura mais realista para conservar essa autonomia, não ficar naquele
limite da covardia e não ser imprudente? Resposta (WV). Quando acontece um caso
desses, em que a pessoa já tem uma certa noção, eu falo para acabar com a
cronologia, a cronémica. Isso significa ele não pensar mais em prazo, pensar
que tem a eternidade pela frente. Ele tem que ir devagar e sempre, sem erro. É
seríssimo, isso aí. Isso é um problema de nós todos aqui ainda. Você está
mexendo no vespeiro. A ansiedade é demais ainda, no nosso povo. Sabe qual é a
causa, a culpa maior da ansiedade? É o curso intermissivo. Á hora em que a
pessoa tem aquela visão maior da coisas e ela tem que culimar aquele desiderato,
aquela meta… a pessoa está habituada a arranjar tudo a tempo e a horas e vai
ver que não é assim, é paulativamente. Pergunta. Eu tenho visto essa relação com o
tempo e achei que era exagero da minha parte... Resposta (WV). … tem de
esquecer a cronémica. É aquele “negócio” do tempo e hora do chefe: -“É até ao
dia 27!” Isso é que dá ansiosismo, enfarte do miocárdio e uma porção de coisas.
É a vida humana regulada pelo cronômetro. Isso é bom em certas coisas mas num
percentual pequeno. (...) A pessoa tem que esquecer o tempo e (deve) lembrar
que ela tem muita coisa pela frente e que isso é apenas um primeiro passo de
uma longa caminhada. Talvez essa seja a melhor solução para você indicar num
caso desses. (Tertúlia
0931; 0h:51m).
Pergunta. Se nossas energias ficam impregnadas nos
nossos objetos, como retirá-las? Resposta (WV). Você tem um objecto com
energia sua. O objecto é positivo ou negativo? Se ele é positivo, junta com
outros objetos para impulsionar e potencializar a energia do seu holopensene,
da sua atmosfera, do seu contexto, naquele ambiente. Agora vamos supor que seja
negativo e o processo é seu. Dependendo do objecto, é dar um jeito nele. Um dos
jeitos é enterrar. Cada objecto tem que ser visto para determinar o seu
destino. Coloque energia positiva em cima do objecto que você começa a mudar,
mas não vale a pena você trabalhar um ano, todo o dia, mexendo (por exemplo)
numa jóia, sendo que já morreram três, que passaram por aquela jóia. (Tertúlia 0931; 0h:58m).
Pergunta. Gostaria que falasse sobre as
interrelações do fascínio de grupo, interprisão, autonomia e lucidez. Resposta (WV). O
fascínio de grupo geralmente existe na base da lavagem cerebral. A lavagem
cerebral tem que ser diagnosticada e vista pela vítima e isso só ocorre em
última instância. Antes disso, muito acidente, muita bobagem ocorre. A pessoa
tem que ter um “desconfiômetro”. (...) Você já pertenceu a algum fã clube? Você
por acaso é hooligan / torcedora
fanática de futebol? Você torce fanaticamente na olimpíada? Com todo esse
processo de fanatismo, você acha que não precisa de um “se mancol”? Quase
sempre a interprisão ocorre se a pessoa é fã de um belicista. (...) Luta é
belicismo. A autonomia conquista-se através da sua introspecção, recolhimento
íntimo, reflexão ponderada, com todos os figurantes, o elenco daquele contexto.
A a pessoa liberta-se daquela condição. A lucidez ocorre só depois disso. É a
vontade da pessoa que tem que levar, pela intenção, a essa lucidez. (Tertúlia 0931; 0h:59m).
EV, antes de mais nada, é a pessoa que
sente. A gente pode sentir apenas os efeitos, consequências, derivações, como
se fosse assim um dividendo daquele capital maior da energia da pessoa. Mas é a
pessoa que sente. O EV é personalíssimo. Às vezes a pessoa está recebendo um
banho de energia e no início ela confunde com o EV. (...) O que é esse banho de
energia? É uma das coisas mais evoluídas que tem. O banho de energia (...) te
dá um euforin que você está em paz com o cosmos, totalmente. Nessa hora você já
você já perdoou tudo, até mais do que o ano 3000, que eu falo. Você abençoa o
mundo, dá manga madura, doce de leite, ambrosia para todo o mundo. (Tertúlia 0931; 1h:03m).
Pergunta. Um concurso público é uma luta? Resposta (WV). Isso
é um processo da concorrência em matéria da habilidade. No processo de
desempenho, a coisa é diferente porque aí, vai trabalhar em favor de muita
gente. Uma pessoa que vai entrar num concurso público vai fazer assistência
para a população. Em tese, não é isso? Se ela não faz, o problema é dela, mas
ela está entrando lá para isso. O servidor público está lá para servir a
população. Isso não tem meio-termo. Lógica é lógica. Não é bem uma luta. (Tertúlia 0931; 1h:05m).
Pergunta. O senhor poderia esclarecer mais o
binômio autonomia-igualitarismo? Resposta (WV). Igualitarismo é uma doutrina
da igualdade. O igualitarismo inspirou a Revolução Francesa – Égalité. A pessoa é autônoma mas ao
mesmo tempo não passa da raia, da fronteira, do limite dos direitos das outras
consciências. Ela conserva, mantém, respeita, o nível das outras pessoas. Ela é
autônoma dentro da sua raia e pára com a autonomia dela para que todo o mundo
seja igual. Uma das coisas mais sérias que tem no igualitarismo é a hora em que
o de cima ajuda o de baixo. A pessoa desce em vez de exigir que (a outra
pessoa) suba. Você está por cima – vai lá e vem com ela. Esse é que é o
igualitarismo mais sério – o igualitarismo que primeiro vai para trás para
depois voltar ao mesmo nível em que estava. Quem pode mais pode menos. Quem
ajuda mais as outras pessoas é o menos doente que ajuda o mais doente, o “um
pouquinho” mais evoluído que ajuda o menos evoluído. A evolução é baseada
nisso. (Tertúlia
0931; 1h:07m).
Quando a pessoa aplica um direito que ela
tem, ela tem que lembrar que aquilo tem limites, que aquilo vai bater também na
raia dos direitos das outras pessoas. Vem então o paradever que, conforme o
caso, é uma paraobrigação. A pessoa tem que ter lucidez dessa obrigação –
condição mais difícil de ser alcançada pelas pessoas de modo geral. A gente já
pode cobrar isso da conscin lúcida – vocês, por causa do curso intermissivo. O
Tansmentor já pode fazer uma pequena cobrança nesse sentido porque vocês já têm
essa lucidez – se não aplicam é porque estão com a teoria mas não querem ter a
vivência. É preciso firmar a jurisprudência da vivência. (Tertúlia 0931; 1h:09m).
Pergunta. O senhor pode aprofundar o conceito de
“autonomia compartilhada da conscin interassistencial interdimensional”? Resposta (WV). Existe
o livro Quem Cuida do Cuidador. Eu
estou dando a síntese. O cuidador não pode ser esquecido. (Tertúlia 0931; 1h:10m).
Pergunta. Qual seria a melhor conduta, frente a uma
criança que está priorizando o time de futebol. Resposta (WV). Fazer
diversificação de interesses, é o mais inteligente que tem nessa pedagogia,
para ele descentralizar um pouco. Não deixa aquilo envolvê-lo o tempo todo, tem
que diversificar. Quando o “negócio” é excessivo, você tem que proibir alguma
coisa, não tem jeito. Criança tem que ter limites. Arranja um jeito de ele
praticar natação, de ele ler… começa a fazer compensação de uma coisa com
outra, de acordo com a idade dele. (...) Não pode fanatizar de uma tal maneira
que aquilo tome conta da vida dele inteiramente. (...) Tem a escola de samba. A
escola ensina a pessoa a sapatear. Brasileiro: futebol e samba. (...) Fale para
ele que existe a corrupção, a culturologia e o idiotismo cultural. Explica para
ele o que é idiotia, oligofrenia e hemiplegia. O hemiplégico está paralisado de
um lado, então ele mexe de um lado só - se ele mexe só com futebol, ele é um
hemiplégico. E a sua cabeça não funciona? É só o pé? Você levou o seu cérebro
para os dois pés? O hemisfério direito está no pé esquerdo e o hemisfério esquerdo
está no pé direito? O cérebro está abaixo do tornozelo? O cabeceamento faz mal
para o cérebro da pessoa. Isso, a turma do futebol não fala nada. Então diz
para ele que evite cabecear (...) que pondere, que tudo na vida tem um limite.
Isso não quer dizer que o futebol não seja bom… não… pode ajudar… mas temos que
saber conviver com o alimento, com o remédio, com o desporto, com tudo o que a
gente faz socialmente. Tudo tem limite. Coloca os limites para ele. Converse
com o filho. (...) O diálogo às vezes ajuda muito, enriquece muito, encaminha. (Tertúlia 0931; 1h:18m).
Pergunta. Que tipo de atitudes podem demonstrar o
«predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto ao
emprego da liberdade pessoal» (Vieira, verbete Autonomia)? Resposta (WV). Em qualquer instância, contexto ou
área em que a pessoa se manifestar, ela tem um local central com mais liberdade
e tem as áreas circulares – primeiro círculo, segundo círculo, terceiro círculo…
fora da “mosca”, fora do “olho do furacão” – com menos. O problema todo da
pessoa é saber essas áreas de direito: a liberdade, a independência, a
manifestação autônoma. Se ela está na “mosca” tem 100%, se ela vai para o
primeiro escalão tem só 90%, no segundo tem só 80%, no terceiro tem 70% e por
aí vai. Essa interrelação, que eu chamo de interdependência, é generalizada, é
universal, é cósmica. Se entendermos isso vamos entender mais a
interassistencialidade. (...) Esse processo da mosca e do círculo é bem o
processo da target, do alvo, do ponto
de vista quase que proxémico. Aí tem que colocar a cronêmica. Por exemplo, a
criança de 10 anos tem menos liberdade do que a mãe. Isso tudo se expande
naqueles círculos. Observa os efeitos disso. Isso que eu estou falando aqui é
baseado nas coisas do Transmentor. Muita coisa de ponderação, de colocar na
balança para fazer o juízo, é nessa base. Como está o círculo? Vai caminhando
para onde? (Tertúlia
0931; 1h:25m).
Pergunta. O que é que a gente teria mais que observar
nos efeitos? Que tipo de variáveis? Resposta (WV). Quando aquilo começa a ter
resultados positivos ou negativos. Mas só isso ainda é pouco. É preciso saber
também para quantas consciências o resultado é positivo ou negativo. Não
interessa se são conscins ou conciexes, mas para quantas consciências. Essa
repercussão é o efeito, consequência. (...) Aí entra um princípio básico da
própria vida: nós temos que fazer o máximo de bem para o número máximo de
consciências. Isso já vem da Antiguidade e já foi repetido por uma porção de
filósofos. A verdadeira felicidade é essa. (Tertúlia 0931; 1h:27m).
Pergunta. A gente pode aplicar essa dimensão das
áreas ((referência
a um local central com mais liberdade e as áreas circulares com menos)) à
«técnica da convivialidade autoconsciente em grupo»?. Resposta (WV). É isso aí. É
isso aí. Total. (Tertúlia
0931; 1h:29m).
Pergunta. Como podemos dominar o processo da
clarividência hipnagógica? Existe alguma técnica para isso? Resposta (WV). A
técnica que eu falo é a técnica de projeção hipnagógica. O melhor são os
processos hipnagógicos espontâneos que a pessoa tem. A pessoa que, na hora de
dormir tem uma porção de entresonhos, entretons, sobretons, imagens, cores e
formas. Às vezes, você pode começar a mudar aquilo. E aquilo, para você, é
quase que palpável. E você muda. A coisa mais séria é a hora em que aquilo vira
uma paisagem, um cenário. Aí, você dá um jeito de ir para lá. Você vai se
sentir perto do cenário. Quando você vê, você está fora do corpo. (Tertúlia 0931; 1h:30m).
Pergunta. Acontece isso quase todos os dias comigo.
Só que, quando eu estou num local, conversando com alguém ou sendo orientado em
alguma situação, quando eu percebo que estou nesse local eu acabo voltando. Eu
não consigo me manter nesse local. Resposta (WV). A primeira coisa que você tem
que fazer é ampliar a sua autoconsciencialidade lá. Esqueça tudo, primeiro
tenha autoconsciência de que está fora do corpo – se é que você está. Depois
você observa o ambiente. Vê se tem gente. O que interessa mais extrafisicamente
é isso. Depois você passa para o diálogo transmental, se precisar. Pergunta. E
a parte da rememoração? Resposta (WV). A rememoração é você guardar todos os
ápices dos episódios – aquele ponto crítico de cada episódio. É difícil guardar
tudo. Para quem está começando, é ver os ápices. Qual foi o auge, aquilo que
mexeu com você, aquilo que vincou. E sempre guardar uma palavra. Se for
possível, uma palavra mais curta, senão não vai adiantar muito. Relacionar
números com idades, por exemplo, complica mais do que ajuda. Arranja uma coisa
bem simples, exemplo “garfo”. Você não vai esquecer que era um garfo e aquele
garfo vai dar todo o episódio da história, do cenário, daquele flash que você teve. Isso é o que
funciona mais, do que eu conheço até hoje. (Tertúlia 0931; 1h:31m).
Eu (WV) estudei dezenas de anos o processo de
projeção. Para fazer o livro Projeciologia,
eu demorei 19 anos cotejando tudo quanto era fenômeno. Com 14 anos eu já estava
estudando 222 fenômenos parapsíquicos para chegar no processo da projeção, que
a gente chamava de “desdobramento”. Com o passar do tempo, eu desdobrei mais
esses temas, por causa do “desdobramento”, da projeção consciente. A
Conscienciologia é justamente isso. Que é que adianta você sair do corpo se
você não vai fazer nada, não vai mudar a sua vida, não vai ter ideia nova, não
vai reformular o seu bem-estar? A Conscienciologia é justamente isso. A gente
tem que sair do corpo com um objetivo produtivo em favor da gente, em favor dos
outros, em favor de tudo. Tem lógica? (Tertúlia 0931; 1h:33m).
Pergunta. Professor, eu queria que você fizesse uma
relação entre o “laboratório conscienciológico da autorganização” com “a
evitação da subordinação ou sujeição amaurótica interconsciencial”. Resposta (WV). A
autorganização é colocar a disciplina em tudo. Se você tem contacto com outra
pessoa ou se aquela pessoa, pela própria condição ou função dela, tem ordem
sobre você, você tem que se disciplinar perante isso. O problema é você limitar
onde termina o poder dessa pessoa, dentro do serviço, sobre você e onde é que
você tem que ter autonomia. Às vezes isso vicia a pessoa e ela se entrega,
relaxa. Então tem aquela pessoa que às vezes está fazendo um trabalho há 12
anos contra aquilo. Eu falo para essas pessoas mudarem a vida toda. Vai passar
aperto debaixo do viaduto, mora lá, faz o sacrifício durante uma temporada mas
sai fora disso, que depois você se liberta. A autonomia séria é nessa hora em
que precisa acabar com a patologia. A autorganização é que leva a pessoa a
diagnosticar, a ver a profundidade disso, ver se está na hora certa, ver o que
é que realmente ela quer, olhar a voliciologia dela. (Tertúlia 0931; 1h:35m).
Pergunta. A gente pode dizer que a autorganização é
o traço chave para superar qualquer condição de subordinação? Resposta (WV). Para
superar qualquer condição patológica. Quando os médicos indicam um spa a uma
pessoa, é para ela se organizar. Ela vai ter horário certo para tomar remédio,
para se alimentar, para dormir, vai ter companhias adequadas – que não são as
más companhias que ela tinha antes. Isso tudo faz parte da autorganização. A
medicina é um conjunto de critérios de organização consciencial. A
Conscienciologia é um conjunto de organização consciencial para a evolução da
consciência – tudo o que a gente tem. Então, organização e disciplina são
inevitáveis. Na Terra, a disciplina que tem mais (organização e disciplina)
geralmente é a belicista, a caserna. É um processo de bicho contra bicho – o
bicho superior que domina o bicho inferior – mas tudo é uma força bruta que
ainda não é o ideal. Mas é o jeito da pessoa acertar. Veja: às vezes uma moça
não sabe caminhar mas se lhe ensinar a marcha da caserna, ela vai aprender a
caminhar e até a desfilar. (...) Não pode chegar ao nível da disciplina do TOC
– Transtorno Obsessivo Compulsivo – porque a pessoa sofre com isso.
Autorganização e autodisciplina. Mas não pode ser perfeccionista – tem que ser
detalhista. Exaustividade, mas olhando a proxémica e a cronêmica – o espaço e o
tempo. Você não pode ir para exaustividade (impondo): - “É até amanhã!”. Não
pode. Não pode ter ditadura nessas coisas, “o seu pai não está na forca”. Se
você começar a pensar nisso você vai dar mais valor para todo esse
desenvolvimento da organização e da disciplina. O nome disso tudo dentro da
ciência é metodologia científica. A metodologia científica precisa da
epistemologia, etologia, hermenêutica e exegese. Uma coisa puxa a outra e tudo
está aí dentro. Eu sou um “cara” organizado, até um certo ponto, porque eu já
tenho autoconsciência e com o tempo (vou) melhorando nisso. A pessoa que começa
a se organizar, não precisa de mostrar, ou falar que ela é organizada mas mostra
a organização. Por exemplo, você acha que eu gaguejo muito para falar, que eu
embaraço para fluir o meu pensamento, que eu “coloco o carro adiante dos bois”
no processo da pensenização? Se nós começarmos a falar com a lógica racional a
exposição vai ter mais lógica e racionalidade, vamos (despender) menos energia,
não vamos gastar tanto tempo e o povo vai entender melhor. Tudo tem que começar
por essa comunicação. Na hora em que você sai de você, no primeiro passo que
você dá para sair do seu egoísmo para chegar à comunicação, você mostra
organização ou desorganização. (Tertúlia 0931; 1h:37m).
Pergunta. Eu queria entender a relação entre
autonomia e as neossinapses sadias. Resposta (WV). Quando você tem neosinapses,
sinapeses novas, tem recuperação de cons magnos da sua vida. Se você começar a
ter mais autonomia sem incorrer no crime de invadir os direitos das outras
pessoas, inevitavelmente você vai recuperar cons magos – uma coisa puxa a
outra. (Tertúlia
0931; 1h:45m).
«Exemplologia: autonomia primária = a
condição fechada no próprio egocentrismo; autonomia avançada = a condição
aberta ao universalismo interassistencial» (Vieira, verbete Autonomia). A autonomia primária é a
condição fechada no próprio egocentrismo – a pessoa é autônoma mas está fechada
em si mesma, não abre mão de nada, não beneficia os outros, não faz
assistência. A autonomia avançada é uma condição aberta ao universalismo
interassistêncial – a pessoa já é universalista, já não é sectária, não é
facciosa, não é fundamentalista, não é “papo-amarelo”, é interassistencial, é
universalista. Esse é o caminho da mini-peça. (Tertúlia 0931; 1h:47m).
Há muita categoria de bitolamento. Bitolamento
por emoção, por arte, por por processo intelectual, por problema familiar,
problema profissional, religioso… O bitolamento religioso é o pior, devido ao
dogma. “A minha religião é superior à sua” – é assim que eles falam. Aí vem a
guerra. Matam gente em nome de “tudo quanto é tipo de deus” que tem por aí. Vão
matando sem parar – olha o que tem no Afeganistão, no Iraque e na Palestina. Nestes
três lugares tem islâmicos e às vezes os islâmicos estão se matando uns aos
outros. (...) A xenofobia é terrível e o racismo religioso é o pior. É muita
bobagem que ainda tem na Terra, a gente precisa “pôr a boca no trombone” porque
é muita besteira. (Tertúlia
0931; 1h:48m).
Pergunta. Porque é que o pessoal não reflete, não
questiona? Resposta (WV). Isso é a robex, a robotização existencial. A massa
humana impensante faz umas coisas bem negativas. Por exemplo, o nazismo foi
criado pela massa humana impensante, tendo sido acionado por Hitler. Linchamento
existe em todos os países. O que aconteceu no Cristo Espera por Ti foi isso. “Vamos atrás do assassino” ((referência ao
start que dá início uma posterior
ação conjunta da massa humana impensante)) e daí a pouco está (toda aquela
gente) subindo a escada para matar um inocente. Tradição. Se você estudar o
tradicionalismo, vai chegar à conclusão de que 51% é negativo. Mas nós
precisamos da tradição. Do ponto de vista de ciência, se não tiver tradição,
nada funciona bem. E ciência é a linha de conhecimento menos pior de todas. (Tertúlia 0931; 1h:50m).
O egoísmo é a primeira coisa que a pessoa tem que combater para ela evoluir.
O orgulho é filho do egoísmo, não é o pai – o egoísmo é maior. O egocentrismo
da criança, que (na criança) é uma coisa natural, quando fica como
remanescência no adulto, é o pior que tem. A maior parte dos nossos egoísmos
são egocentrismos infantis de adulto. Você vê isso com muita facilidade nas
moças que não têm muita experiência. No processo emocional das jovens tem muita
coisa nesse sentido. No nível em que nós estamos, essas coisas vão ficando cada
vez mais vomitivas para nós. Você vai começar a melhorar quando em cada 10
filmes você recusar 7. Dez minutos depois de ter começado a ver um filme, com
toda a esperança, você muda de canal. Vai chegar a um ponto que vocês vão ver
que a comunicação está extraordinariamente poluída. (...) Daqui a pouco, como é
que vão classificar filme pornográfico se todos eles estão ficando
pornográficos? (...) As consréus estão começando a dominar certo tipo de
comunicação. A infiltração é incrível. Às vezes você está com uma confiança
enorme num (filme) histórico e é tudo violência, cada vez maior. (...) O Zé do
Caixão é o representante brasileiro da baratrosfera no cinema. (Tertúlia 0931; 1h:52m).