Tertúlia 0939, Saber Transversal, YouTube, canal
Consciustube, https://www.youtube.com/watch?v=7pcomzBRBGg,
publicado a 19
de setembro de 2011.
Pergunta. Qual a relação entre saber transversal e
cosmovisão especialmente no conhecimento e em toda a aprendizagem envolvida nas
vivências extrafísicas projetivas? Resposta (WV). A cosmovisão com parapsiquismo mostra o saber transversal
mais avançado, mais evoluído e mais abrangente. De modo que, uma coisa puxa a
outra. Hoje em dia ainda não é possível ter o saber transversal do
parapsiquismo, da parapercepciologia, se a pessoa não estudar por si, porque
nós não temos ainda tudo isso institucionalizado, dentro das escolas, dos
educandários, das faculdades, da academia, da universidade. De modo que, o
saber transversal cosmovisiológico mais avançado é aquele que mexe na
parapercepciologia, é o que permite enriquecer a sinalética, que leva a pessoa
à tenepes e até à ofiex. (Tertúlia
0939; 0h:03m).
Pergunta. Aquele pessoal
da França – Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne, Flammarion, o grupo de
magnetizadores da França, por exemplo o coronel Rochas (…) qual a situação
deles no extrafísico? Resposta
(WV). Alguns deles devem estar por aí. (Tertúlia 0939; 0h:04m).
Pergunta. Como superar a
sensação de trauma de uma linha de conhecimento em vidas pretéritas? Vale a
pena escarafunchar nesta hipótese de trauma ou focar na interassistenciologia
da vida quotidiana? Resposta
(WV). Aqui existe um condicionamento ou um procedimento mais evoluído
que é o seguinte: coloca a interassistenciologia em primeiro lugar. Quando os
amparadores observarem que você precisa de saber, precisa de ser municiado de
informações do passado, eles mesmos vão fazer as indicações nesse sentido e
você então esclarece através das retrocognições aquilo que estava obscuro. Isso
amplia as técnicas de abordagem e as possibilidades da pessoa de ampliar o seu
conhecimento e também dinamizar a sua assistência. Mas a primeira coisa séria,
mesmo, é manter a interassistencialidade teática - teórica e prática. Na
teórica, é sempre bom a pessoa não desanimar com os registros - fazer os
registros possíveis em todas as condições das suas sensações e vivências. Com
isso, ela enriquece mais e agiliza mais os seus processos de desenvolvimento
parapsíquico e intelectual. (Tertúlia 0939; 0h:05m).
Pergunta.
Tenho
62 anos. Ouço as tertúlias diariamente e tenho aprendido muito. A minha dúvida
é: visitando um asilo de idosos, volto muito deprimida com tudo aquilo. Somos
nós mais o evoluciólogo que determinamos a nossa condição de vida aqui na
Terra? É necessário tanto sofrimento? A nossa condição de vida aqui, é
determinada pelo saldo de débitos do passado? Se puder me esclarecer, agradeço.
Resposta (WV). Ninguém
vem aqui para sofrer. Quem sofre é porque quer. Quase sempre, o sofrimento
nasce de desvio que a pessoa cometeu. Olha quanta gente que está aí bebendo
tóxico e fazendo excesso de “tudo quanto é jeito”. As Olimpíadas, por exemplo,
são um conjunto de excessos. Esse povo que (ganha) uma medalha, corta dez anos
de vida. Isso chama-se “saquear o futuro”. O ideal é a gente dispor as
possibilidades da vida, as potencialidades do nosso corpo de acordo com o tempo
para “estender” mais tempo se a pessoa quiser e cuidar da nossa cabeça de modo
a não entrar no processo de demência senil. De modo que, as pessoas sofrem
porque querem. Quem gosta de exaltar sofrimento é a religião, para poder
manipular e dominar os fiéis. Nós aqui,
achamos que as pessoas vêm a este planeta, que é uma escola, para aprender mas
ao mesmo tempo ter equilíbrio, se sentirem bem com isso, se sentirem realizadas
com aquilo que aprendem, com aquilo que desenvolvem. Ninguém vem aqui para
estar sofrendo. Exaltação de dor e sofrimento é tolice animal humana. A nossa
condição de evolução é determinada pelo saldo das vidas passadas, sim. Nós
somos o conjunto daquilo que nós fizemos nas vidas anteriores. O seu saldo da
ficha evolutiva é que comanda o resto. O que é que a gente está fazendo uns com
os outros? Como é que nós tratamos as companhias evolutivas? Esse é o caminho
que a gente tem que levar a sério. Ficar deprimido com o sofrimento, não
resolve. Por exemplo, quando eu engulo a minha saliva, estou ajudando uma
porção de microrganismos a evoluir. Entra uma joaninha que “todo o mundo” adora
(na roupa). Mexo um pouco com a camisa, aperto a joaninha e ela morre. Vou
ficar deprimido porque ela morreu? Nós temos que pensar em todas essas
condições de convívio com os outros princípios conscienciais. Vocês lembram uma
vez que apareceu uma lagartixa na toalha quando eu estava lá no Village? A
lagartixa veio para a minha boca, eu seguro-a e ela cai no chão, quando eu
vejo, eu pisei em cima dela. Eu vou chorar porque eu matei a lagartixa sem
querer? Não! É a vida, o que é que eu vou fazer? Eu estive quase comendo a
lagartixa… ((risos)). Nós temos que saber conviver com os princípios
conscienciais. Nós já fomos microrganismos, já fomos a joaninha bonitinha e já
fomos a lagartixa tão bonita que apareceu lá. Vamos levantar o ânimo e procurar
ajudar os outros. Para ajudar os outros, nós não podemos ser deprimidos. A
melhor pessoa para assistir os outros é aquela que tem mais equilíbrio do que o
assistido. Se uma pessoa ficar desequilibrada, ela não tem capacidade de manter
a assistência aos desequilibrados. De modo que, aquele mais equilibrado, é que
ajuda o mais desequilibrado. A vida é assim. Eu quando posso, pego na joaninha
com todo o amor e carinho, (liberto-a na natureza) e digo: - “Vai embora! Vai
para o norte, que é melhor!” Ainda dou orientação. Mas às vezes não tem jeito.
A situação é precária. (Tertúlia
0939; 0h:07m).
Pergunta. Os conhecimentos que acumulamos nesta vida e em outra, podem incorrer num
retrocesso em nossa escala de evolução? Resposta (WV). Sim. Pergunta. Estou numa família que não quer mudar, apesar de
todos os meus esforços. Gostaria de compartilhar com eles, tudo o que tenho
descoberto, mas tem sido inútil. Não vou mais travar batalhas verbais, como o
senhor falou ontem – tiroteios verbais. Que conselho me daria? Resposta (WV). Eu não dou
conselho para ninguém. Eu procuro dar informação daquilo que a vida nos mostra,
que a leitura nos mostra, que os exemplos de todas as cobaias em torno de nós
nos mostram. Mostre à sua família, através dos seus exemplos, a sua renovação,
a sua melhoria, o seu bem-estar, a sua tranquilidade íntima. Mostre que você é
uma pessoa realizada do ponto de vista disso que o povo procura, que é a
felicidade. Se você tem um equilíbrio relativo com isso dentro de você, você
pode mostrar isso através da exemplificação. A coisa mais séria é dar um
exemplo bom. Não vamos querer doutrinar as pessoas, fazer a cabeça das pessoas,
dogmatizar a respeito daquilo que a gente sabe, isso não adianta, não é por aí.
A gente não deve querer convencer os outros. Nós apenas devemos procurar
informar e não persuadir. Quem quiser, atenda: quem não quiser, não atenda. Não
acredite em nada. Experimente. Fale para a sua família: - ”Não acredite em
nada, experimente”. Não adianta nós querermos que as pessoas entendam aquilo
que nós já entendemos. Cada um tem que ser respeitado nos seus limites. Nós
temos que levar cada pessoa como compassageiros evolutivos. E a gente não pode
dar rasteira nesse povo, fazer a cabeça, doutrinar, dogmatizar, querer que eles
mudem porque nós achamos que estamos com a verdade ou que sabemos mais, ou
somos o cura-tudo. Isso tudo é tolice. Não é por aí. Vamos respeitar as pessoas
nos seus níveis, mas dando as essas pessoas a oportunidade de conhecer os
nossos eventos pessoais dignos, cosmoéticos, evolutivos, melhores. Esse é o
caminho que a gente tem para isso. (Tertúlia 0939; 0h:13m).
Pergunta. Professor, vendo o tema que o senhor escolheu –
Saber transversal –, me veio a ideia daquele saber que espaça os outros
conhecimentos e junta as pontas. Seria nesse sentido? Resposta (WV). Sim. A cosmovisão é justamente
isso, é a multiculturologia. Há gente que não gosta de nada que seja
multicultural. Eles acham isso errado, porque tem tanta tolice em matéria de
cultura que se você for juntar tudo, é uma parafernália de loucura. Mas a
multiculturologia das coisas positivas, ajuda a evolução. Eu estou usando a
expressão “saber transversal” para não colocar o saber lateral – o
lateropensene. O Transversal atravessa tudo, como se fosse uma bissetriz. O ideal
é o saber transversal dominar todo o conhecimento da pessoa. Isso, nós chamamos
de autodidatismo. Você tem que ser autodidata a vida toda. Hoje em dia, o
governo, quase sempre faz a pessoa estudar durante (um número determinado de)
anos, mas isso é pouco. O ideal é nós continuarmos estudando por nossa conta,
por nossa vontade, a vida toda. Pergunta.
Eu achei que o tema ficou muito bom, porque dá essa ideia mesmo. Resposta (WV). Leia com
calma e anote as coisas da Fatologia e da Parafatologia. Aí nós vamos ver as
coisas desta dimensão e das outras, do ponto de vista de conhecimento, de
cognição, de entendimento, de informação e de comunicação. Está tudo implícito
aí. (Tertúlia 0939;
0h:16m).
Pergunta. O senhor coloca a Lexicologia como fonte
desencadeadora do saber transversal mais transcendente. O senhor sempre fala
nessas técnicas… Resposta
(WV). A Lexicologia é o estudo das entradas ou dos verbetes do
dicionário ou da enciclopédia. A enciclopediologia é lexicologia também. Ali,
tem o resumo do conhecimento ou da cognição geral. É tanto que eles falam que
“dicionário é o pai dos burros” – todo o ignorante precisa de um dicionário.
Agora, eu te pergunto: - “Quem é que não precisa de dicionário?” Se você vai
estudar, o dicionário é indispensável. Esse é o motivo (pelo qual) a gente
procura ter mais dicionários. Isso não quer dizer que nós somos mais sábios ou
que temos maiores conhecimentos, nós temos é mais fontes de observação, de
consulta bibliográfica. Nós temos mais de 5000 dicionário no holociclo (dito em 24.08.2008). Pergunta. Seria o processo
de a gente ver aquele essencial que é o mesmo, mas de diferentes nuances? Resposta (WV). No holociclo
você tem 3 pilares do saber transversal: mais de 5000 dicionários; o cosmograma
((referência a seleção de
matérias publicadas na mídia)); a internet para consulta pela
lexicomática, bibliomática e outras “áticas” que tem por aí. Com esses três
tipos de fontes, a pessoa vai ampliar o seu conhecimento dentro da autodidaxia,
do autodidatismo. Esse é um dos “segredos expostos” do holociclo – são (estes)
três pilares. (...). Uma pessoa que não esteja afeita, acostumada com o
processo intelectual, quando começa a estudar chega a um ponto em que “passa o
gargalo”. Tudo na vida é assim. A gente supera, passa um gargalo e (chega) a um
patamar – sobe um degrau, sobre outro degrau, sobe outro degrau e chega a um
ponto que senta num plateau. Nessa hora, tudo fica mais amplo. A sua
abordagem de amplia. Ela se amplia no espaço, em comprimento e panorama e
também na perspetiva de profundidade. Nós temos sempre que lembrar que esse
saber transversal é uma das coisas mais gratificantes que nós podemos ter nesta
vida. Não é só leitura: é mais do que isso. Nós temos que ler bastante, mas
temos que refletir ainda mais e registrar tudo, devido à nossa criatividade.
Nenhuma pessoa deve pensar que é apenas uma máquina de repetição, ela tem de
ver a criatividade que ela já tem. Com isso, ela vai ampliar os dicionários
cerebrais de sinonímia, antonímia e analógico – de ideias afins. “Todo o mundo”
aqui tem criatividade, tem imaginação, tem facilidade de elaboração de
pensamento, tem juízo crítico, tem, se quiser, autocrítica e heterocrítica.
Então, nós podemos ser criativos, podemos ser inventivos, podemos gerar
neoideias, neoverpons, neoconstructos. As pessoas têm que refletir também,
devido à criatividade delas, para não estar repetindo só aquilo que leu ou
aquilo que ouviu. Isso tudo é saber transversal. (...). É o estudo particular,
pessoal, a vida inteira. Essa escola, não se fecha nunca. É a escola da
autodidaxia, do autodidatismo. Você estudando por você. (Tertúlia 0939; 0h:18m).
Pergunta. A ciência teve origem na Idade Média e desembocou na Renascença. Foi por
isso que você colocou “a obsessão prescritível dos saberes medievalescos
eletronóticos”? Resposta
(WV). Foi. Mas a ciência moderna só tem uns duzentos anos. Eu coloquei
mediavalesco porque as primeiras coisas aconteceram nessa época. E muitos dos
culpados estão aqui. Pergunta.
A ciência provém do conhecimento concentrado na igreja (mas) hoje há um
conhecimento que é contra a religião. Resposta (WV). Devido (ao povo ser analfabeto). No início do
século XVIII, o percentual de analfabetismo em Inglaterra era imenso. A maioria
das pessoas assinava em cruz porque não sabiam assinar. Muitos de vocês, há
duzentos anos, assinavam em cruz. Pergunta. Esse processo vem lá do século XIII e desemboca na
Renascença, mas ele provém do conhecimento concentrado na igreja. O que é que
tem a ver isso, extrafisicamente? Porque a própria igreja criou um conhecimento
que é contra a religião. Resposta
(WV). Isso é aqui para nós. Os islâmicos já não têm nada que ver com a
igreja diretamente. A Índia e a China não têm nada que ver com isso. Nós somos
um conjunto disso, uma boa parte aqui, nesses outros países. E tem muita raiz,
ainda. Olha a Katia… Olha a Rosa… Você pensa que “todo o mundo” é da Europa,
igual a você ((risos))? Pergunta.
O conhecimento científico aparece como revolução científica no século XVI, mas
o início dela foi na Renascença. Resposta (WV). O início mesmo, na verdade, foi na Antiguidade.
Foi o acúmulo de conhecimento através do artesanato e o processo da transmissão
de pais para filhos. (Tertúlia
0939; 0h:27m).
Pergunta. Eu gostaria só de saber do processo da reurbanização desse conhecimento
chamado de revolução científica. Resposta (WV). Eu acho que a reurbanização é que entrou nisso
para a coisa melhorar (quando) a humanidade já estava madura para ser feito o
curso intermissivo. Aí os cursos intermissivos começaram. Você já pensou,
(durante) quanto milénios, “todo o mundo” dessomava, ficava na intermissão a
maioria ainda meio obnubilado, alterado, alguns catatônicos, outros em estado
de coma, a maioria psicóticos. Á hora em que a média começou a sair da
baratrosfera, já (havia) uma massa crítica para se fazer o curso intermissivo.
Eles começaram a estudar isso, como eu falei para vocês, em 1100. Foi de lá
para cá que a coisa começou, mais séria. No século XIX, a coisa se instalou na
prática, um pouco, mas no século XX é que se instalou mesmo, vamos dizer,
profissionalmente. Pergunta.
No século XIII iniciou-se um ciclo de conhecimento que deve ter a ver
com esse (ano) 1100. Resposta
(WV). Os serenões e evoluciólogos tiveram que estudar muito porque na
hora em que eles começassem a fazer a reurbanização e aumentasse a população,
ia dar todos esses processos que nós estamos vendo aqui – assaltante, ladrão...
– gente demais, com todas as loucuras que tem aí. Olha só as morbidezes que
estão acontecendo, que não aconteciam. Olha o tanto de coisa doida, muito
avançada em matéria de patologia que não havia antes. Olha só: as revistas
agora já estão começando a falar com a maior naturalidade de filicídio. Não é
uma coisa esquisita, isso? Daqui a pouco eles vão falar da mãe… do pai… eu já
falo algum tempo sobre a gestante-bomba, que eu acho que é uma coisa das mais
evoluídas do ponto de vista da patologia. (...). Isso é coisa nossa, do século
XX. Não história, eu não vi nada igual. Nós estamos alcançando verdadeira
olimpíada baratrosférica. O povo está saindo de lá para cá e está criando esses
crimes hediondos e incompreensíveis. Dá uma perplexidade. É uma vergonha, do
ponto de vista da evolução, esses excessos todos e a banalização do crime, da
marginalidade. (...). Na minha terra, uma cidadezinha pequenininha, se uma
pessoa tinha dor de cabeça, repercutia na cidade inteira. Agora não – morre uma
porção de gente e tudo continua do mesmo jeito. (...). Pesquisa da consciência,
não é fácil porque não dá dinheiro, não é do capitalismo selvagem. Nós somos do
contra-fluxo. Esta tertúlia é totalmente do contra-fluxo do que está por aí. (Tertúlia 0939; 0h:30m).
Pergunta. Professor Waldo, (a propósito das) despriorizações dos currículos escolares
tradicionais, quando eu vim para cá, eu ia começar o último ano de licenciatura
em português, mas a universidade – não vou dizer o nome aqui online – era
fraquinha. Então, eu aprendi mais com a minha mudança e com o meu
autodidatismo, com a minha busca, do que (teria aprendido) se eu tivesse ficado
e tivesse um diploma. Resposta
(WV). Vem para a holoteca e fica aí. Na holoteca você tem tudo à mão, é
muito mais fácil. Isso amplia o processo do autodidatismo. Na holoteca você tem
todos os livros ali à mão, você faz as coisas que você quer. Nós temos mais de
80000 livros aí (dito em
24.08.2008). A holoteca é a maior biblioteca desta região toda. O nosso
acervo de obras sobre linguagem é muito grande, tem obras raríssimas de estudo
do português em alto nível da linguística. (Tertúlia 0939; 0h:37m).
Pergunta. Na frase enfática «O saber transversal
enriquecedor é o único passaporte existente para a conscin lúcida entrar no
universo da desassedialidade permanente total, na condição magna de ser
desperto» (Vieira, verbete Saber Transversal), porque é que você coloca
“é o único passaporte”? Resposta
(WV). Você acha que uma pessoa vai arranjar algum outro passaporte para
“virar” desperto? Ela não tem que estudar mais do que o ensino tradicional?
Como é que ela vai chegar à desperticidade sem estudar por si? Vocês veem
alguma saída para isso? Tem outro caminho? Eu não vejo. É bom a gente colocar
estas coisas para criar a controvérsia. A controvérsia faz parte da pesquisa. Pergunta. Mas é o único? Resposta (WV). Você acha
que pede a desperticidade (como quem pede o maná dos céus)? Isso não vai
acontecer. Pergunta.
Entendi. Mas a desperticidade total utiliza o mentalsoma. Resposta (WV). Para evoluir
com os processos da parapercepciologia, desenvolvimento paraperceptivo,
parapsiquismo, só pode ser através do mentalsoma. Se isso se desenvolvesse, a
religião já teria desenvolvido isso desde o Cro Magnon. Quando é só emoção, é
questão de bicho, não vai resolver. Os animais sub-humanos que têm
sensibilidade para psíquica, têm um processo instintivo, emocional - isso não
resolve. É preciso ter discernimento para ver: qual é o conteúdo do fenômeno?;
porque é que ele aconteceu comigo?; qual é o meu “puxão de orelha”?: “puxão de
orelha” sobre o quê? porquê? Tem gente que não sabe puxar a sua orelha – é
preciso puxar o nariz, o queixo, a língua, o dedão… está precisando de puxar
tudo. Então, acontece aquele monte de fenômenos e a pessoa não pensa: qual é o
conteúdo disso? Qual é mensagem que eu estou recebendo? É um processo de
discernimento. Não é um problema emocional, é a tranquilidade mental, a
reflexão. (...). Como é que a pessoa faz isso? Ela tem que examinar o que
aconteceu nas últimas horas e as preocupações da última semana. Se pesquisar,
sempre tem relação de uma coisa com outra. Ninguém vive isolado. A rigor, não
há solidão. “Todo o mundo” está cheio de testemunhas, de parceiros, de
companhias, de compassageiros evolutivos, como eu chamo. (Tertúlia 0939; 0h:40m).
Pergunta. Um curso de idiomas estrangeiros para leitura e compreensão de textos
conscienciocêntricos, pode constituir uma ferramenta de saber transversal onde
o aprendizado de uma nova língua se desenvolve paralelamente à aquisição das
neoverpons da conscienciologia e projeciologia? Resposta (WV). Não há dúvida. Nós, aqui, batemo-nos para que a
pessoa, além do português, domine o espanhol e o inglês. Com isso, ela pode
abarcar um panorama, um universo, uma cosmovisão mais ampla em matéria
intelectual. (Tertúlia
0939; 0h:44m).
Uma pessoa que estuda idiomas, vai enriquecer o idioma nativo dela.
Melhorando o idioma nativo, ela vai ter os três dicionários cerebrais ampliados
– estimula os confrontos, os paralelismos e os cotejos. Uma pessoa pode começar
a estudar isso através dos verbetes. Ela pega essas dezenas de tabelas que nós
temos – muitas delas baseadas em cotejos. (...). Lembre-se, os verbetes são
apenas sínteses. Eles não chegam a fazer uma análise muito grande. Tudo o que
tem na Enciclopédia está em andamento – não tem nada definitivo. Tudo isso pode
ser ampliado. Pega os cotejos que tem nas tabelas dos verbetes e procura
ampliar esses cotejos. Se você não quiser ampliar o número deles, procura
ampliar na horizontalidade do conhecimento. Vê se você entende todo o alcance
de cada um dos termos dos cotejos: de um lado e do outro; de um lado e do
outro; de um lado e do outro. Isso ajuda o processo de comunicação e amplia a
intelectualidade. (Tertúlia
0939; 0h:46m).
A teaticidade dos saberes quer dizer: não adianta nada você ter um
conhecimento apenas teórico. Você tem que ter vivência a respeito daquele
conhecimento. A teática é a teoria e a vivência. Na ciência, essa prática é
chamada de experienciologia e a experimentologia é a base do princípio da
descrença. Teoria é aquilo que você vai estudar, que você vai pesquisar, mas
que você não vai fazer uma aplicação. É uma conjetura, é uma elucubração, você
está mexendo com aquela ideia para ver o que é que dá. No experimento, já vem a
experiência, a vivência, a parte prática. Nós precisamos de lembrar que não
podemos ficar só na parte teórica dos saberes transversais. Nós temos que
vivenciar aquilo que nós já sabemos. (Tertúlia 0939; 0h:48m).
Pergunta. Para potencializar o saber transversal, você
acha que pesa mais a profundidade em cada área ou a capacidade de associação de
ideias? Resposta (WV). Primeiro
a pessoa vê quais são os skills, quais são os potenciais que ela tem. No seu
caso, você tem que olhar em primeiro lugar o processo da Biologia. A partir da
Biologia é que você tem que ver o resto. Essa irradiação vai “pegar” então o
tipo de ciência em que a biologia está incluída, que é a das Ciências Humanas,
etc. Para estudar isso, você vai ter que entrar na Sociologia inevitavelmente.
Atrás, já ficou a Antropologia. Você sai do processo de toda aquela fieira de
classificação de uma realidade viva ((referência ao sistema de classificação dos seres vivos e mais
propriamente do ser humano: reino Animalia; filo Chordata; classe Mammalia;
ordem Primata; família Hominidae; gênero Homo; espécie Homo sapiens)) e
chega a um ponto em que você vai entrar na escala evolutiva e você pode entrar
nos detalhes que não tem lá (e incluir) aqueles bichinhos todos que eu falei
aqui, desde a joaninha até à lagartixa. Você não fica curioso e não dá vontade
de estudar, quando eles descobrem uma nova espécie? E nunca se descobriu tanta
espécie como de 1950 para cá. Isso também se deve à reurbanização. A
reurbanização atinge todos os princípios conscienciais. É verdade ou não é,
isso que eu estou falando? De 1950 para cá, foi uma loucura o tanto de coisas
novas que descobriram. E já estão admitindo que (existem ainda muitas espécies
para descobrir). Já pensou quanta coisa não tem no mar? Todo o dia o Discovery
Channel traz alguma coisa nesse sentido. De modo que, isso tudo, nós temos que
levar para um nível mais amplo da cosmovisiologia. Você tem que sair da sua
especialidade, você tem que deixar o generalismo tomar conta de você, mas você
não pode esquecer jamais a sua especialidade. É (como) o professor (que estudar
diversos) idiomas, mas não pode esquecer a língua pátria, a língua nativa, a
língua do princípio da vida dele, porque essa se encaixou mais dentro do
processo cortical e ele vai ter mais amplitude, desenvoltura, desembaraço, para
levar o conhecimento através dessa língua. Em outra língua ele vai ser sempre
“hemiplégico”, sempre “claudicante”, sempre “mutilado”. Você não pode fugir da
Biologia e eu não posso fugir do processo de fenômeno, que eu comecei a estudar
antes da escola. Eu entrei no grupo escolar com seis anos, mas eu já sabia ler
e escrever, por causa da minha mãe. Eu comecei a estudar os fenômenos. Lá em
casa eles começaram nessa época a estudar os fenômenos porque eles estavam
acontecendo. Nós estávamos vivenciando a fenomenologia e eu não esqueço isso
nunca. Eu nunca deixei de colocar na frente de tudo o que eu estudei, a parafenomenologia,
principalmente – é o básico. Por isso eu tenho retrocognição. Se eu não tivesse
alimentado isso, eu não teria. É o fio da meada, o embasamento, o conceptáculo.
(Tertúlia 0939;
0h:49m).
Pergunta. Poderia
aprofundar um pouco mais o abertismo consciencial? Resposta
(WV). O abertismo consciencial foi o primeiro verbete que eu trouxe para
as tertúlias. É a base do processo do curso intermissivo. A maioria aqui tinha
um fechadismo consciencial devido à doutrina, devido à etnia, devido a várias
vidas sempre no mesmo lugar e com as mesmas consciências. Com o curso
intermissivo, aquilo se expandiu. abriu. Então, a pessoa que era do fechadismo
consciencial passou para uma abertura maior. Esse abertismo, significa que a
pessoa não fica presa nas ideias que ela já tem. Ela está disposta à neofilia.
Ama a coisa nova, desde que ela seja produtiva, evolutiva, que seja boa, em
favor de todos. Gostar de tudo o que seja avançado e novo, faz parte do
discernimento da pessoa. Então, o abertismo consciencial é a primeira
demonstração do discernimento de uma pessoa. Se uma pessoa é fechada, bitolada
– isso é o fechadismo consciencial – (varejismo consciencial). Uma pessoa que é
aberta é do atacadismo consciencial, não é do varejismo. (...). No varejismo,
você compra a unidade: no atacadismo você compra o estoque. Uma pessoa
organizada faz certas estocagens em casa, senão quer sair todos os dias para
comprar coisas que não sejam artigos perecíveis. O estoque também faz parte do
abertismo, mas não podemos é estocar bobagens: cordas velhas, caixas de
fósforos… Nós temos que ver a qualificação da aplicação daquilo que nós temos.
(...). Através do estoque de uma pessoa na sua casa, eu falo tudo o que ela é –
através daquilo que ela tem. Pelos objetos de uso pessoal, vê-se o
microuniverso consciencial que comanda aquilo. O abertismo consciencial, esse
se revela pelo modo da pessoa. Uma pessoa que tem abertismo consciencial e é
extrovertida, tem que (se controlar) para não chegar ao excesso – tem hora que
tem que ficar caladinha e escutar, não pode falar nada, em que morder a ponta
da língua. Quais são as qualidades do abertismo consciencial que nós devemos
procurar? A maior delas é a assistencialidade aos outros e a interassistencialidade
baseada no parapsiquismo – é você ter um parapsiquismo que possa doar para os
outros. A maioria das pessoas não tem parapsiquismo. Se você tem, você tem que
distribuir o que você tem. E uma das coisas mais difíceis, mais complexas, mais
sofisticadas, mais complicadinhas que tem por aí, é você saber usar o seu
parapsiquismo em favor das pessoas. (Tertúlia 0939; 0h:55m).
Pergunta. Ter
abertismo consciencial é um requisito prévio para ter um curso intermissivo? Resposta (WV). Não. O curso
intermissivo desencadeou, alargou esse abertismo. O abertismo melhor não é
aquele de ter a porta larga – é aquele que acaba com a porta, com a janela e
com a parede. Pergunta. Como é que fica a
pessoa que teve curso intermissivo, mas que no intrafísico não conseguiu esse
abertismo? Resposta (WV). Tem que
desenvolver. O voluntariado permite isso. (Tertúlia 0939; 1h:01m).
Pergunta. Eu queria saber
mais sobre o efeito comunicativo do saber pessoal. Resposta (WV). Quanto mais uma pessoa sabe, se
ela sabe coisa boa, mais capacidade de comunicar ela vai ter. Não é uma coisa
lógica? Não é decorrente do conhecimento? Uma pessoa que sabe pouco não tem
muita coisa para comunicar. Uma pessoa que sabe mais, tem a comunicação
ampliada. Isso é um efeito natural, lógico. Quando você sabe das coisas, o povo
vem te procurar. Você não precisa de ir atrás, eles vêm para você. A vida é
assim. (Tertúlia
0939; 1h:02m).
Pergunta. Eu
queria entender a relação entre Paradireitologia e Cosmoeticologia. Resposta (WV). Paradireitologia é o processo do
Paradireito, que envolve todas as dimensões em matéria do direito em geral.
Isso envolve as vidas humanas, a vida extrafísica, a intermissão, a evolução e
o modo como você respeita os direitos da consciex. Uma consciex tem direitos.
Como é que você faz para respeitar uma conscener – uma consciência extrafísica
energivora? Ela chega perto de você sem má intenção, mas a energia dela é
vampirizadora, sem ela saber. Ela chega perto de você e absorve as suas
energias. Você tem que entender a condição dela. A maioria da humanidade ainda
não sabe mexer com isso. Eles ficam com raiva da consciência, acham que é um
assediador igual aos outros e não é. Você entendeu a diferença? Isso tudo é
Paradireito. Cosmoeticologia – de cosmos – envolve todas as dimensões que nós
estamos falando e mais alguma coisa que a gente não sabe. A Cosmoeticologia
entra em todos os níveis e linhas de evolução – é o estudo da ética, da moral,
da convivência com todos, num equilíbrio máximo. Pergunta.
E qual seria a relação da Paradireitologia e da Cosmoeticologia com o
saber transversal? Resposta (WV). O objetivo
do saber transversal é alcançar esse desiderato, esse escopo. Isso é o fim, a
finalidade. Quanto mais paradireito nós tivermos nas nossas ações, mais
corretos nós estaremos e menos erros cometeremos. Uma coisa puxa a outra. No
universo, tudo tem uma interdependência: das consciências entre si; das
consciências com as coisas; entre conscins e consciexes. Tudo tem
interdependência. Nós não podemos esquecer isso nunca. (Tertúlia 0939; 1h:03m).
Pergunta. O senhor poderia
aprofundar o trinômio aprender-ensinar-reaprender? Resposta (WV). Quando você aprende, você é
aluno, (pertence ao) corpo discente. Quando você já sabe alguma coisa, você já
pode começar a ensinar. É (o caso) da irmã que começa a ensinar a irmãzinha
mais nova. O professor tem que saber pelo menos um pouquinho mais do que a
média dos seus alunos, embora possa haver um ou mais alunos que saibam mais do
que o professor. Lá pelas tantas, ele tem que se atualizar. essa atualização é
a reaprendencia. Ele tem que estudar sempre – autodidatismo. Um profissional,
em qualquer linha de conhecimento é atualizado ou está ultrapassado. Se uma
pessoa não estiver up to date, bem atualizada, ela está defasada,
obsoleta, ela está regredindo porque está marcando passo. Se ela está marcando
passo, ela já regrediu, porque a ciência sempre caminha. Sob esse especto, é
como a consciência; está sempre em evolução. A reaprendência é uma necessidade.
Eu tenho uma expressão para isso – o semperaprendente. Tem alguma coisa errada
com você se passou o dia e você não aprendeu nada. Esta escola ((referência ao planeta Terrra))
é para a gente aprender diariamente. (...). Na verdade, esta condição da
trinômiologia, é a ciclologia também: é o ciclo da assimilação, a
desassimilação a favor do outro e depois a reassimilação a favor da pessoa. E o
ciclo continua, é uma reação em cadeia interminável. (Tertúlia 0939; 1h:07m).
Pergunta. O Estado Mundial tem relação com o saber
transversal. Para chegar ao saber transversal, eu começo a estudar o Estado
Mundial pelo Direito, ou começo pela Ciência Política? Qual seria o caminho? Resposta (WV). Eu acho que
a melhor coisa é a Ciência Política. Para estudar política você tem que estudar
mais do que aquilo que você estudou em Direito sobre Sociologia. O segundo
passo é estudar Filosofia. (Tertúlia 0939; 1h:10m).
Pergunta. Hoje, a gente encontra mais saber transversal de Estado Mundial em Bruxelas
na União Europeia, ou na ONU em Nova York? Resposta (WV). Eu acho que é na União Europeia.
A ONU é muito difusa, a União Europeia é mais fechadinha, ainda não chega a 30
países. O próprio futebol – A FIFA – consegue-se harmonizar mais do que a ONU.
Examinar a União Europeia vale a pena porque é a parte prática do que já teve
até agora de Estado Mundial. (O Tratado) Maastricht – vale a pena. (Tertúlia 0939; 1h:13m).
Pergunta. Você acha que a crise ambiental vai ser a primeira coisa a unir os países? Resposta (WV). Não vai
ser, já é (dito em
24.08.2008). O planeta Gaia está pedindo socorro. A situação é precária.
(Tertúlia 0939;
1h:15m).
Seca… nuvem de poluição… doenças devidas à poluição… efeito estufa…
derretimento de geleira…. detergentes… agrotóxicos... isso é uma primeira
preocupação básica para o Estado Mundial. Você já viu a briga dos países por
causa da riqueza do subsolo do Ártico…. Isso tudo é Estado Mundial. Fazer
Estado Mundial sem cosmoética… ainda bem que os três poderes brasileiros não
estão dominando isso aí. O Rio (de Janeiro) tem três poderes: o poder
institucionalizado que manda pouco; o poder dos narcotraficantes que manda
mais; as milícias que estão começando a mandar. Antes de acontecer qualquer
coisa muito grandiosa, tem que aparecer as mazelas todas. Você está vendo isso
aí, mas vai ter ainda muito mais coisas – podemos esperar. (Tertúlia 0939; 1h:16m).
Pergunta. Quem tem mais relação com o Estado Mundial? O orientador evolutivo que
apareceu aqui – Magister –, o Espartano, o Transmentor, qual deles? Resposta (WV). Esse que
apareceu tem mais amplitude de manifestação, o universo dele é mais amplo.
Agora, quem tem mais são os serenões, porque eles mexem com continentes, não
mais com países. Esse aí, ainda mexe com país. Pergunta. Algum deles tem ligação específica com
a temática do Estado Mundial? Resposta
(WV). Todos eles. Todos fazem interassistencialidade. Isso é a base. Pergunta. Com relação à
União Europeia, tem algum atuando especificamente? Resposta (WV). Deve ter até mais de um, mas eu
não sei. Vamos ver, do nosso ponto de vista pequeno, o que é que ocorre. Com o
passar do tempo, a gente tem uma visão maior. É da nossa monovisão que nós
vamos chegar à cosmovisão. Só de começar a mexer, você vai ver que vão
começando a aparecer uma porção de ideias. Faça uma pesquisa de temas que sejam
interessantes para o Estado Mundial na internet e acompanha aquilo. Uma das
coisas mais sérias é estudar as etnias. Nós estamos (em Foz de Iguaçu) na
capital do estudo do Estado Mundial, com 79 etnias de 75 países (de origem) – é
uma ONUinha – nós somos uma ONU em tamanho minúsculo. (Tertúlia 0939; 1h:20m).
Pergunta. Levando em consideração a autocura através do
próprio autoconhecimento, a gente poderia considerar que um dos saberes
transversais seria a própria Conscienciologia na teoria e na prática? Resposta (WV). Até um certo
ponto, sim. Pergunta. A
tertúlia, nesse contexto, é extremamente importante.... Resposta (WV). Mais importante do que a
tertúlia é o curso intermissivo. Se não fosse o curso intermissivo, eu não
teria feito nada do que eu fiz aqui. O pouco que eu fiz, eu devo ao curso
intermissivo, devido a vocês. Pergunta.
O extremo, em termos de saber transversal, é o próprio curso
intermissivo então? Resposta
(WV). É. O que é que já foi feito na Terra com a expressão sociológica
que nós fazemos na Conscienciologia, a partir do curso intermissivo? Eu não
lembro de nada. Nunca foi feito isso baseado numa coisa que veio da
extrafisicalidade, com a origem a partir de lá. O que a religião faz – que vem
o percursor, etc. – tudo é besteira. Nós fazemos tudo “preto no branco”, com
lógica. Uma das coisas mais sérias do saber transversal é a cosmoética, o
universalismo, a holofilosofia e o autoparapsiquismo interassistencial. Presta
atenção nessa expressão composta: autoparapsiquismo interassistencial. Eu
trabalhei no movimento espírita 28 anos. Todos nos procuravam por um processo
de parapsiquismo pessoal, para se socorrerem a si mesmos. A assistência que era
dada, era visando essas pessoas e o espiritismo. As pessoas ficavam presas
aquela dogmática. Nós aqui não, nós estudamos o parapsiquismo para ajudar os
outros e esquecer o próprio egão. Não há doutrinação, mudou tudo. Pergunta. Os debates em si,
reforçam bastante a questão do saber transversal. Resposta (WV). Sem debate, não há reforço de
autoconhecimento. O debate é indispensável. Sem questionamento – o
omniquestionamento de que falámos ontem – nada funciona, não vem a coisa nova.
Uma pessoa tem uma ideia, uma teoria que está na cabeça dela. Ela tem que desenvolver
a ideia e levá-la para a vivência. É preciso debater a ideia – quanto mais
cabeças pensarem sobre o assunto, melhor. O debate, o questionamento, é
indispensável, insubstituível. Pergunta.
A tenepes em si, também é uma oportunidade imensa de saber transversal. Resposta (WV). É, mas ela
deriva de uma pessoa: o tenepessista. A tenepes gira em torno do tenepessista e
ela não é egocêntrica – é paradoxal. Ela exige muito. É a favor da pessoa, mas
não é para a pessoa, é para os outros. Olha o paradoxo. (Tertúlia 0939; 1h:22m).
Pergunta.
Professor, eu queria entender de uma forma mais técnica, o processo da tenepes
porque o senhor já falou que muitas vezes é mais eficiente a pessoa colocar o
nome numa tenepes (com a qual) ela tem afinidade do que colocar o nome numa
ofiex. Resposta (WV).
Em interassistencialidade, quanto mais empatia, afinidade, a pessoa tem,
melhor, para haver o rapport. O rapport é o envolvimento de uma
pessoa com outra. Olha o Acoplamentarium. Se tiver gente com quem você
tenha mais empatia, é muito importante. Por exemplo, uma das coisas que eu
recomendo no Acoplamentarium é as pessoas irem com os amigos, com os
parentes para participar daquilo porque cria aquele bloco de energia afim. Pergunta. Eu entendo essa
questão da afinidade para facilitar a aproximação da pessoa, mas eu faço um
paralelo com a questão da medicina. Você pode ter afinidade com a pessoa, mas
não ter competência para fazer a assistência e então existe um processo de
encaminhamento. É assim que funciona? Resposta (WV). É. Se uma pessoa se predispõe a ter afinidade
com os outros, ela aumenta o rapport. Aumentando o rapport, a
potencialidade das energias dela na doação do processo assistencial aumenta. Pergunta. Então é assim que
o tenepessista vai se qualificando e se especializando mais? Resposta (WV). Sim ((sinal
afirmativo com a cabeça)), e quando começa, ele ainda é xucro, ele está
engatinhando, aquilo demora. Por isso, para chegar à ofiex, eu calculo duas
décadas em média. Pergunta. Então,
por exemplo, quando um tenepessista iniciante receber um pedido, é melhor
colocar também o nome da pessoa numa ofiex? Resposta (WV). Pode, mas ele não deve
preocupar-se com isso. Ele deve é pensar que o amparador já está sabendo o que
é que se passa. Quando a gente recebe aquele pedido, o amparador já está de
“parabutuca”, já está “de olho” naquilo, já está seguindo a coisa há muito
tempo. Ás vezes, foi ele mesmo que inspirou aquela pessoa a pedir a tenepes. A
coisa é muito maior do que nós pensamos, extrafisicamente. Quando há assistência,
a partir do momento em que a pessoa começou a pensar na tenepes, já há um
processo de interligação, um rapport. Esse é o motivo (pelo qual) às
vezes (mesmo sem ver o pedido) eu sinto e sou capaz de falar alguma coisa –
isso é a psicometria do pedido. Se o “negócio” é muito forte, eu sinto todos os
sinais de alerta da minha sinalética.
Então, a gente já sabe o que é que vai dar. Há casos em que você recebe
um “banho de loja” – esse você tem que ver com mais calma. Por esse motivo, a
gente tem que separar os pedidos que recebemos, um por um. Você não deve pegar
tudo de uma vez para resolver. Quando “o negócio” é muito sério, eu peço para
as pessoas escreverem um nome separado em cada folha, para fazer o rapport.
Pergunta. Quando o
caso é mais sério, é porque envolve uma quantidade maior de consciências? Resposta (WV). Isso. Quase
sempre é porque envolve mais gente. E às vezes é porque tem coisa séria –
processo de UTI, proximidade da dessoma, um acidente maior ou a iminência de
acontecer alguma coisa. (Tertúlia
0939; 1h:26m).
Pergunta. Quanto à questão
do idioma a ser utilizado como língua franca durante a vigência do Estado
Mundial, não seria interessante considerar a interlíngua considerada como
neolatim, síntese do grego e do latim, como idioma a ser empregado no futuro,
embora milhares considerem o esperanto? Resposta (WV). Eu acho isso tudo bobagem. Eu vou dar a minha
opinião pessoal. Eu li muita coisa e estudei esperanto. Mas o esperanto é uma
língua artificial e língua artificial não “fu-non-cia”. Qual a língua que
dominou depois do latim? Uma língua bárbara, que é o inglês, mas ela funciona.
Não fica querendo impor uma língua – você vai perder “o seu latim” e perder o
seu tempo. O melhor é estudar o Estado Mundial do ponto de vista da
megafraternidade. Aí, a comunicação vai ser maior e as pessoas vão ter mais
ideias. Eu considero muito importante e recomendo para “todo o mundo”: - Seja
poliglota o mais depressa possível. Com isso, você vai ajudar o Estado Mundial
sob todos os aspetos. Quanto maior o poliglotismo, maior a sua capacidade de
entendimento da realidade. Você vai poder ajudar mais a estrutura do futuro
Estado Mundial. Isso de ver qual o idioma, “tira o cavalo da chuva” que ainda é
muito cedo, ainda vai demorar muito. Agora, interlíngua e esperanto, me perdoa:
por enquanto eu acho que não resolve nada. isso é língua artificial. Há uma
língua que é superior a essas e não vale nada: a linguagem musical. É um
idioma, a pauta é a gramática do som, mas de que é que adianta? (Tertúlia 0939; 1h:30m).
Pergunta. Em relação à escola e aos currículos
ultrapassados, eu queria entender como se poderia instituir alguma atividade ou
um círculo de estudos de modo a melhorar o saber transversal? Resposta (WV). A escola
tradicional tem que se fazer uma reeducação geral. Há escolas onde, se você
falar em autodidatismo, eles te põem fora, porque isso vai contra a
universidade. Se uma pessoa começar (a praticar) demais o autodidatismo, ela
não precisa mais da universidade, da escola. Eles não querem isso, eles querem
segurar a escola para eles devido ao capitalismo selvagem. O ideal é começar a
informar, desde as crianças – na Evolucin e na Reaprendência, por exemplo – e
mostrar o autodidatismo, a autodidaxia. Pergunta. E se colocar uma atividade extra, por exemplo de
leitura de obra selecionada? Resposta
(WV). Um semestre dedicado a alguma coisa nesse sentido, vale a pena.
Fazer um currículo de um semestre dedicado à autodidaxia. Isso pode ajudar
muito. (Tertúlia
0939; 1h:33m).
Solilóquio é aquilo que a pessoa pensa. Mas a maioria dos solilóquios que as
pessoas têm não são racionais, são emocionais. Você (deve) ter solilóquios que
sejam lógicos. O laboratório da pensenologia é baseado nisso. É importante a
racionalização daquilo que nós pensamos. Pergunta. Como é que a gente pode mensurar a qualidade do nosso
solilóquio? Resposta (WV). É
ver o que é que está predominando nas suas manifestações diárias. A sua
autopensenidade é baseada em quê, atualmente? Na semana passada, o que é que
ficou mais na sua cabeça? No fim de semana em que você está mais livre, como
este, em que você está aqui, o que é que está predominando em você? Porque esse
é o mais sério, você se desligou de muitas obrigações e deveres do dia-a-dia. (Tertúlia 0939; 1h:35m).