Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Tertúlia 0962 - Indução inicial

 

 

Tertúlia 0962, Indução inicial, YouTube, canal Tertuliarium, https://www.youtube.com/watch?v=mlE1uwF8ppA, publicado em 29 de junho de 2013.


 

Pergunta. Waldo, podia explicar como é o diagnóstico das induções pelo Conscienciograma? Resposta (WV). A pessoa pega o Conscienciograma e começa a examinar aquilo em que ela está dando o contra, principalmente a partir do número seis de cada folha de avaliação. Em tudo aquilo que ela não está de acordo, quase sempre tem indução infantil que a faz resistir à renovação, à reciclagem. E naquilo que está lá em que ela acha que é boa e que tem a tendência de dar o contra, geralmente é por apriorismose. Há muita a apriorismose que tem a base na infância. Pergunta. Mas isso não viria já com a paragenética de outras vidas? Resposta (WV). Também. Depende do caso, mas quase sempre a paragenética é menor. Neste caso, a genética é mais forte. É aquilo que atua desde a infância até à meia-idade. Tem muito disso. As induções, na vida, existem e são terríveis. Quando eu digo que eu não estou aqui para convencer ninguém, é para não induzir. Porque a minha presença já induz uma porção de coisas, a sua já induz uma porção de coisas... a força presencial da pessoa já induz uma série de posicionamentos, posturas, atitudes, gestos, reações que a pessoa tem. Então, a gente tem que explicar: -"Eu não estou aqui para te convencer. Eu estou aqui para informar. Você pega ou larga mas pondere o que eu estou falando”. Então, estudar a indução inicial é uma coisa muito séria. Olha os nomes que eu dou «Sinonimologia: 01. Indução remanente. 02. Indução subsistente. 03. Indução infantil. 04. Indução primária. 05. Indução primitiva. 06. Indução prolongada. 07. Indução permanente. 08. Induzimento da infância. 09. Imaturidade primária. 10. Instigação irracional». E é muita coisa assim. Raramente você vai encontrar uma pessoa que tenha lucidez, que não tenha descoberto, com o passar do tempo, até chegar à meia-idade, o que a induziram com bobagem na cabeça, principalmente em matéria de simpatias, dietas, reações perante a natureza e outras coisas mais. Quantos aqui não ouviram que não pode comer banana com manga, que não pode tomar banho depois do almoço, que não pode lavar a cabeça todos os dias porque senão você fica burra? Vocês têm aí uma enciclopédia de bobagens. E defendem: -"Não, isso é da minha infância...!". (Tertúlia 0962; 0h:03m).

Pergunta (AA). Waldo, eu queria exemplos de induções positivas. Resposta (WV). Induções positivas? O meu pai: -"Então você não quer lavar o seu sapato? Está bem. Então você não almoça porque amanhã você vai ter fome mesmo, vai querer almoçar de novo... Deixa para amanhã. Então não vai lavar o seu sapato? Ele está sujo e amanhã você vai sujar mesmo... É isso que você quer?" Nunca pude esquecer a lição que ele me deu. Com a maior naturalidade e com essa veemência. Aí eu pensei: -"Bolas, ele está tão bravo com uma coisa tão pequena..." Depois eu comecei a ver: - "A minha mãe sempre fala para eu limpar o sapato. Eu não posso andar com o sapato cheio de barro porque vai sujar a casa". Lá em casa a entrada era consultório odontológico. Se sujasse, tinha que limpar. Com o passar do tempo, eu cresci e, se faltasse a empregada eu varria a casa para a minha mãe. Eu fiz isso muitas vezes. Pergunta (AA). No caso de induzir uma pessoa a fazer uma cirurgia preventiva, é uma solução positiva, não é? Resposta (WV). Depende de cada caso. Te vira. Você não precisa ter medo do assunto que você não tem mioma, eu te garanto. Eu estou falando de mioma de útero e de ovário ((gracejando)). (Tertúlia 0962; 0h:07m).

Pergunta (AA). Eu gostaria que você explicasse o  efeito das induções pelos exemplos das pessoas. Resposta (WV). É a força presencial. É o epicon. Pergunta (AA). Então é uma indução positiva. Resposta (WV). É. Pelo menos os nossos epicons são. Pergunta (AA). A indução é neutra, pode ser positiva ou negativa. Resposta (WV). É. O tema central do verbete (Indução inicial) é neutro. O que eu quero é que as pessoas cortem fora as excrescências da sua infââânnncia... saborooosa... acabar com as bobagens infantis. Pergunta (AA). A dogmática também entra bastante nisso. Resposta (WV). É o que entra mais. Principalmente você que estudou em colégio de freiras... ((gracejando)) é um problema. Resposta (AA). Em outras vidas. Nesta vida eu sou agnóstico. Resposta (WV). No colégio da diocese ((gracejando)), com os padres seculares de batina preta – esses é que são os mais "brabos". (Tertúlia 0962; 0h:08m).

Pergunta. O que é que a síndrome da distorção imaginativa tem a ver com a indução inicial? Resposta (WV). O que a gente tem mais de bobagem na vida são as distorções. As distorções intelectuais é que dão, por exemplo, a electronótica. Os ph.Deus e ph.Divas têm destruições intelectuais. Eles estudam tudo menos a eles mesmos porque eles já se consideram Deus e um Deus é uma pessoa perfeita. "Não, eu não me submeto a uma pesquisa, eu sou um representante Divino" – dizia o Sai Baba. (Tertúlia 0962; 0h:10m).

Pergunta. A condição da indução pelos exemplos das pessoas, uma condição positiva, homeostática, seria ad eternum por exemplo em relação à escala evolutiva? Resposta (WV). Sim, porque a tendência da pessoa que hoje dá exempo, é melhorar. Ela vai dar exemplos melhores, em maior qualidade e em maior número, com o tempo. Existe um megapensene trivocabular que é síntese que eu faço do exemplo e que é o seguinte: os exemplos arrastam. Isso é a base de tudo. Se o exemplo é bom, ele arrasta o povo, aquelas pessoas se sentem bem com isso, e eles vão voltar a quem foi o exemplificador. É assim que se faz a interassistencialidade. É assim que uma pessoa se transforma em amparador extrafísico. Entendeu o nível? Não tem lógica? Então, vocês têm que dar exemplos bons, que arrastem as pessoas. Não é arrastar para o abismo, é arrastar para o pódio, para o ápice. (Tertúlia 0962; 0h:13m).

Pergunta. A gente vê, no Livro dos Espíritos, que seriam os espíritos, ou as consciexes, que fariam uma série de indicações. Parece que há uma certa indução em algumas mensagens passadas para o Kardec para que ele faça certas coisas. Como se qualificaria esse tipo de indução? Resposta (WV). As mensagens ali são de base religiosa. Tem muita besteira naquilo tudo. Naquela época, falava-se em miasma: -"Não vai lá fora que está cheio de miasma e isso vai fazer mal para você". E ninguém sabia o que é que era aquilo. Já existia a pasteurização e uma porção de coisas nesse sentido, mas aquilo não era bem difundido. É muita coisa furada. Alguns anos antes de Allan Kardec, havia um percentual enorme de analfabetos na Inglaterra. Analfabetos, totalmente analfabetos, que assinavam em cruz. Pensa só nisso. Era uma época bem obscura ainda, das trevas, no século XIX. Pergunta. Mas a gente poderia considerar aquelas induções – eu estou colocando como induções, se não forem o professor me ajuda por favor – como induções iniciais dentro do contexto do verbete Indução inicial? Resposta (WV). Eles queriam ajudar. Ele recebeu uma série de mensagens de Santos da igreja católica. Todo o mundo exaltava demais Jesus Cristo. Ele não levou o espiritismo para o lado da ciência, levou para o lado do cristianismo, porque era mais fácil de romper o caminho, para a ideia não morrer. Ele errou. Ele devia ter ficado sem massificação, com uma turminha pequenininha, mas uma coisa depurada. Ele podia ir longe. Podia ter caminhado para a conscienciologia, lá no século XIX, mas desviou. Entendeu? Ele tinha muita pressão, de duas coisas. Primeiro, ele morava em Paris e Paris tinha muita pressão da Revolução Francesa. Então, tinham que acabar com tudo o que fosse novo e fazer um Novo Mundo. Segundo, e mais sério ainda, é que ele já estava muito doente quando começou a estudar o espiritismo. Ele não passou nem 14 anos estudando o espiritismo foi menos do que isso. Pergunta. As consciexes alertavam-no para isso. Resposta (WV). Falaram tudo. E ele morreu de aneurisma. Ele era um francês rechonchudo. Ele até que durou muito. Viveu 65 anos. Pergunta. Existe alguma informação sobre o Kardec, o que é que aconteceu com ele? Resposta (WV). Eu não sei. Só sei que ele está trabalhando com outras áreas que ele precisava. Houve tanto desvio que ele teve que atender outras coisas. Ele já tinha problemas em vida. O povo começou a fazer muita pressão em cima dele, muita crítica. E aquilo estabeleceu polêmica. A vida dele foi muito difícil. Ele era um mestre escola, tipo professor de grupo escolar de primeiro nível. Ele escreveu um livro sobre matemática, para esse povo, escreveu um livro sobre idiomas – era um professor desse tipo. E ele gostava muito de fazer metáforas baseadas em química e algumas em biologia. O problema é que a comunicação das consciexes foi levada para o lado da religião. A metapsíquica quis ajudar aquilo e não conseguiu. Depois apareceu a parapsicologia e fez muito pouco até agora. Pergunta. E no Brasil virou uma cristolatria. Resposta (WV). Foi. Aqui virou uma seita cristã igual às outras. (Tertúlia 0962; 0h:14m).

Bezerra de Menezes nasceu num lugar chamado Riacho do Sangue. (...). Ele era chamado médico dos pobres. Todo o mundo gostava muito desse homem. Cabeça chata, bem nordestino, mas uma grande cabeça. Ele foi (presidente da Federação Espírita Brasileira). Ele era um strong profile, um perfil forte. Para a época, início do século XX, não era fácil. Eu (WV) quero ver o filme ((referência ao filme Bezerra de Menezes: O Diário De Um Espírito, dirigido por Glauber Filho e Joe Pimentel)). Está sendo um sucesso, é um dos maiores filmes brasileiros deste ano (dito em 18.09.2008). (Tertúlia 0962; 0h:20m).

Pergunta. Você pode explicar a lei do retorno restaurador? Resposta (WV). A evolução ((gesto de subida em espiral)) sempre tem uma volta acima – vai e retorna (a determinados) pontos. Você dessoma e resnasce. Dessoma e renasce. Olha a lei do retorno. Tudo é assim. Existem determinados assuntos que você conheceu na infância e agora volta aquele assunto que te ensinaram errado – indução inicial – para você entender. É a lei do retorno. (Tertúlia 0962; 0h:22m).

Pergunta. Eu já observei casos de indução familiar, em que os filhos têm várias reações similares às dos pais e até o humor é muito parecido. Resposta (WV). Eu tenho um caso para te contar que eu vi na minha infância e que chamou a atenção de Monte Carmelo inteiro. Eu estava no curso primário (assim como) dois rapazes do bairro mais pobre da cidade. Um era mais velho um ano mas nós todos éramos da mesma classe do curso primário. (...). Em frente da casa dos meus pais, atravessando a avenida, do outro lado da rua, havia o senhor Dante, que era um barbeiro italiano. Eu tinha que andar com o meu cabelo sempre cortado, bonitinho. O senhor Dante vendia revistas e eu era jornaleiro dele. O filho dele, que era também barbeiro no mesmo salão, era muito amigo meu porque gostava de gibi ((referência a revista em quadrinhos ou banda desenhada)) e eu vendia-lhe os gibis na rua. Lá pelas tantas, aquela família dos dois irmãos do curso primário precisava de arranjar emprego para o rapazinho que já estava grandinho – já estava com uns nove anos para dez – e foram pedir de mãos juntas para o senhor Dante ensinar a profissão para o menino mais velho. Todo o mundo sabia daquilo, todo o mundo pediu, eu pedi, minha mãe pediu para o senhor Dante. O senhor Dante tinha um sotaque italiano muito carregado … Aí, entrou esse meu amigo para ser barbeiro e em dois meses o menino mudou o sotaque e começou a falar igual ao senhor Dante. Você está entendendo? Quando ele tinha que aprender a cortar o cabelo… a fazer tudo igual ao senhor Dante, ele começou a ter os mesmos gestos do senhor Dante. E o senhor Dante era muito específico, era uma pessoa muito definida! E daí a pouco o menino falava igual ao senhor Dante! Em dois meses, ele mudou! O menino começou a ser (como) um macaco, imitava tudo do senhor Dante – o modo de falar, as expressões – virou italiano como o senhor Dante! Você veja como é que esse “negócio” é pegajoso, é contagioso, é contaminador! Isso eu vi, na minha infância. Então, eu pensava: - “Como é possível uma pessoa assim?” O rapaz não era burro não, mas ele macaqueou tudo – uma imitação absoluta! Ele transformou-se num grande barbeiro. (Tertúlia 0962; 0h:23m). Pergunta. Que traços é que levam a consciência a fazer isso? Resposta (WV). O senhor Dante tinha uma personalidade forte e definidora, dirigia  a família e todo o mundo que chegava ali. Ele era uma cara que ia cortando o cabelo e ia dizendo: - “Não, o prefeito aqui tem que o fulano!” Ele influenciava um monte de gente, era uma personalidade forte e virou uma canga em cima do menino do curso primário: - “Tem que fazer assim… não pode fazer isso… tem que varrer esse cabelo…”. (Tertúlia 0962; 0h:27m). Nesse caso, o barbeiro estava ensinando a profissão para o outro – quanto mais o outro imitasse, melhor. Pergunta. Mas nesse caso o cara foi um pouco exagerado. Resposta (WV). Demais. Ele não manteve o respeito pela personalidade do outro. Ele quis criar alguém à sua imagem e semelhança. Pergunta. Nesse caso, o temperamento do rapaz e o temperamento do barbeiro, seriam muito diferentes? Resposta (WV). Eu p’ra mim, aquele rapaz já tinha estado na Itália e já teve vida com aquele cara. Essa foi a opinião da minha mãe. Pergunta. É o que o senhor fala do rapport – existe uma indução mas existe já uma pré-disposição da pessoa. Resposta (WV). A paragenética está nos bastidores e atrás da porta. Se você não abriu a porta direito, você não viu o que é que está atrás. Pucha a porta que você vai encontrar lá. Tudo tem a sua razão e tudo tem relação. É difícil arranjar alguém com quem você não teve contacto. Então, família nuclear, nem se fala, isso é demais. (Tertúlia 0962; 0h:31m). Pergunta. Existe uma descoberta recente da neurologia que é os neurônios espelhos, que mostram a tendência da pessoa numa condição de submissão, de imitar. Resposta (WV). Exatamente isso. A imitação é universal, cósmica. Lembre-se da questão do macaco que foi lavar a fruta, o outro viu e começou a lavar a fruta. Daí a pouco aquilo irradiou e criou um holopensene. A imitação é um “negócio” sério. Por isso eu desejaria que aparecesse um serenão para vocês o imitarem. Isso ia me ajudar demais ((gracejando)). Já pensou, eu ficar livre da teimosia da turma de uma semana para a outra? O “trio parada dura” seria o primeiro que a gente ia apresentar ((risos)). Pergunta. A imitação é a base (da aprendizagem pelo) exemplo. Resposta (WV). É. Eu não tinha razão, na hora em que pedi para o evoluciólogo ((referência ao evoluciólogo Magister)) para me ajudar com o colégio dos epicons? Eu estava certo, por causa do exemplo. O exemplo pessoal é um “negócio” muito sério. O princípio do exemplo pessoal, que eu chamo de PEP. (Tertúlia 0962; 0h:33m).

Pergunta. Waldo, na pré-ressoma, a gente pode trazer uma ideia do curso intermissivo ou do período intermissivo. Isso é uma indução que é feita para a gente poder minimizar o esquecimento? Resposta (WV). Você mesmo, às vezes costuma arranjar as induções. Olha lá no meu livro Projeções da Consciência que tem o Tancredo. O Tancredo estava estudando e fez uma reprodução mais ou menos da vida que ele ia ter aqui, para ele seguir tudo. Então, veja. Isso é mais do que indução, é muito mais sério. Pergunta. Na pré-ressoma, que tipo de força energética existe para vincar a ideia? Resposta (WV). O “problema” maior, mesmo, é a autolucidez, para a pessoa depois recuperar os cons - as unidades de lucidez – com menos dificuldade. Então, quanto mais lucidez você expandir lá, melhor. Esse é o motivo (pelo qual) em muitos dos cursos intermissivos os alunos são levados para atmosferas iguais a essa do Interlúdio, onde o povo é praticamente induzido pelo ambiente a só pensar o correto. Só o equilíbrio. Entende? Então, já pensou, se uma pessoa passa lá uma boa temporada, ela vai ter tendência de sair muito mais equilibrada do que entrou e aquilo vai ficar por muito tempo. É o que eu desejaria ter aqui – aquele “negócio” que eu falo do lava- jato, aquele “negócio” que eu falo da holoteca: a pessoa entra de um jeito tem que sair de outro, diferente. (Tertúlia 0962; 0h:36m).

Pergunta. A Evolucin está lidando com crianças e vai ter lá muita indução inicial, de alguma maneira. Resposta (WV). Só passa (informação) boa, sem besteirada. Eu sou contra aquela orientação da psicologia que acha que a criança deve ser conservada criança até quando não der mais. Então você vai encontrar a síndrome do canguru, por causa da psicologia. Se colocasse a pessoa já madura desde cedo, ia melhorar. Eu acho que não se pode exagerar, nem numa coisa nem noutra. Se a gente fizer uma inculcação numa criança e a tirar do brinquedo muito cedo, mais tarde vai dar problema, vai explodir alguma coisa na personalidade dela. Mas a gente também não pode querer conservar eternas crianças – isso está errado. Então o “problema” é clarear. Eu, por exemplo, eu vi tanta coisa na minha infância que estava errada, devido à indução das pessoas de mais idade que eu procurei fazer uma listagem de tudo. Quando eu fui para o internato, eu sabia uma porção de coisas que hoje se chamam de mito popular. Em 1944 eu já tinha isso comigo, porque eu vi muita bobagem. Na minha terra o povo usava alecrim – homem fortão, machão, com alecrim na orelha, para afastar o mau-olhado, isso era comum. Tinha alecrim e arruda por todo o lado. Eu achava isso insuportável. Pergunta. Mas para trabalhar com uma criança, qual é o limite (para não) ser lavagem cerebral, dogmática? Resposta (WV). Não existe isso. Se a criança tem lucidez era vai debater com você porque ela te fala tudo na cara. A criança não fala no meio termo. Eles têm que informar e transformar aquela criança o mais depressa possível em gente, mas respeitando. A a menininha vai ter a boneca dela e o menino vai ter um caminhãozinho, mas ao mesmo tempo vamos trabalhar com o EV, com a energia. Isso é que é o importante. Os professores vão ver os limites de cada coisa. São os fatos que vão orientar essa pesquisa. Com o passar do tempo, eles vão entender tudo. Trabalhar com criança é um doce de coco. Por exemplo, eu poderia chamar vocês todos de criança, mas vocês não são crianças, mais. Vocês têm visão curva, atrás do morro e se puderem dão rasteira até no vento. Quem trabalha com criança e tem síndrome do infante, são pessoas que estão felizes da vida porque estão condicionadas naquela situação. Mas criança precisa de reeducação. Isto aqui, é o serviço nosso da reeducação, é mostrar a bobajada infantil que a gente tem na cabeça. (...). Nos Estados Unidos, em certos lugares você não pode falar em assédio. Na Índia, em qualquer lugar, não é de bom tom falar em assédio. Você quer uma impregnação mental, inculcação, pior do que essa? Então a pessoa vai ao léu na vida, de qualquer maneira. (Tertúlia 0962; 0h:41m).

Pergunta. Como é que o senhor escolhe as cracias para colocar na politicologia? Resposta (WV). Aquelas que correspondem a alguma coisa ((relacionada com o tema do verbete)).Vamos ver se essas correspondem ((referência ao tema Indução inicial)): asnocracia – é o que tem mais; cleptocracia – é o roubo; corruptocracia – é a corrupção; lucidocracia – é a lucidez que a pessoa precisa de ter, tanto a vítima como a pessoa que está querendo induzir os outros; conscienciocracia – é o que nós estamos tentando implantar. (Tertúlia 0962; 0h:46m).

Pergunta. Ontem eu perguntei, de uma família de sinônimos, como é que se escolhe aquele que é o principal, o mais abrangente. Resposta (WV). Eu falei. O que é que você não entendeu? Pergunta. Eu não entendi a técnica. Resposta (WV). É aquele que alcança a cosmovisão do assunto de uma maneira nítida e mais correta. Correção, nitidez e abrangência. Se você conseguir uma coisa dessas, ninguém vai reclamar. Pergunta. Por exemplo: servilismo, puxa-saquismo e capachismo. Resposta (WV). Desses três, você quer que eu diga qual é o maior? Servilismo. Pergunta. Mas, como é que você vai saber qual é o maior? Resposta (WV). Eu vou te dar uma dica: isso que você está querendo é o tesauro. Nós temos o tesauro da Projeciologia. Eu tenho o meu tesauro da Conscienciologia, que eu estou colocando na Enciclopédia. Tesauro é um dicionário com todas as palavras sinonímicas sobre cada assunto. Mas você vai ressaltar, enfatizar, só aquela palavra que deve ser usada, as outras você tem que esquecer. Você está querendo entender é o tesauro. Faça o seu. Tesauro é a coisa mais difícil que tem. Os melhores tesauros que tem por aí (são na) língua inglesa – eles têm tesauros que vale a pena. No Brasil, os tesauros são fracos. Há muita briga ainda entre Brasil e Portugal sobre idioma, então, isso cria problema (para) o tesauro. Eu tenho tesauros. Por exemplo: vidas sucessivas, reencarnação, palingenesia, seriéxis. Destes, o melhor é seriéxis. É este que a gente deve usar e esquecer o resto. Só falar nos outros quando falar na arcaismologia, o arcaísmo. Entende? Então, você tem que estudar é o tesauro. O tesauro é aquilo do momento, aquilo que se estuda no momento, na contemporaneidade, aquilo do dia que passa, o momentoso – esse é que interessa. (Tertúlia 0962; 0h:47m).

Pergunta. No caso da política nosográfica, regressiva, o que é que é melhor? É pegar aquele traço que aparece mais entre todos os políticos, é isso? Resposta (WV). É, e chamar a atenção para o assunto. No Brasil, por exemplo, qual é a patologia que aparece mais? É a corrupção. Todo o mundo sabe. Isso é o tesauro. O problema todo é identificar o nó górdio, o locus, o mega-locus – esse é que é importante. Se você identificou, o resto – a taxologia e a classificação – isso é outra coisa. O "negócio" é saber o factual, aquele do dedão ((apontando o dedo)), aquilo em que você vai pôr o indicador em cima – isso é que interessa. (Tertúlia 0962; 0h:50m).

Pergunta. Na definição estamos tratando de quem induz e de quem é induzido? E a indução relacionada às consciexes? Resposta (WV). Qual é o problema? Vamos trabalhar com qualquer tipo de indução e ver as que prestam. Eu, por exemplo, cheguei aqui e disse: -"Eu convido vocês a visitar todas as árvores que estão carregadinhas de fruta e vamos comer, chupar a fruta". Isso é uma indução. Tudo o que a gente fala aqui é indução, mas essa indução é negativa? Eu estou hoje tratando neste verbete as induções patológicas. (Tertúlia 0962; 0h:51m).

Pergunta. Qual a relação da carência das energias conscienciais dos ingênuos com a indução inicial? Resposta (WV). A indução inicial existe mais nas pessoas que são ingênuas, nas bobinhas, suscetíveis, que são impressionáveis, que são, no caso, quase que hipnotizáveis. Então, são ingênuas, são inexperientes, são imaturas. (Tertúlia 0962; 0h:52m).

Pergunta. Poderia comentar e exemplificar as inspirações baratrosféricas na infância? Resposta (WV). Por exemplo: -”Você não pode misturar as frutas, senão dá um problema, você vira a cara para as costas, dá estupor”. Era assim que eles falavam na minha terra. “Não tomar banho depois que você comeu alguma coisa, que isso pode te matar dar uma congestão”. Muita coisa disso veio de Portugal, da época de D. João. O povo era analfabeto, analfabeto total. Vinha uma pessoa da corte, falava uma coisa e todo o mundo seguia aquilo. (Tertúlia 0962; 0h:53m).

Pergunta. Estou iniciando a minha autopesquisa e a prática do EV um maior número de vezes por dia para tentar um desbloqueio emocional que vinha se manifestando. Tenho tido dores de cabeça constantes, além de não conseguir sentir a energia como acontecia antes. O que pode estar acontecendo? Resposta (WV). Faça um check-up. Pode haver alguma coisa junto desses bloqueios. Isso chama-se ressaca energética. Quando a gente mexe com energia e tem uma ressaca energética, é preciso examinar para ver o que é que tem atrás disso. Pode ser que tenha assediador, mas pode ser também um processo físico. Não é para ter. O EV faz, em primeiro lugar, a identificação dos diagnósticos. Isso aí, está te chamando a atenção para alguma coisa. É preciso saber se tem alguma coisa, qual é o motivo disso. Se você tem dor de cabeça há muito tempo, qual é o problema, qual é a causa disso, se é um processo oftalmológico, se é um problema de circulação, se é um processo de intoxicação, se é um problema apenas de sol, com mais claridade... é preciso examinar. (Tertúlia 0962; 0h:54m).

Pergunta. Existe maneira da criança se defender da indução na infância? Depende do nível de evolução dela ou é responsabilidade dos pais e educadores? Resposta (WV). Em primeiro lugar, a criança é ingénua, inexperiente e imatura. Simples e ignorante. Quem é responsável são os pais e responsáveis, de modo que, eles é que têm que saber de disso. Eu estou falando aqui para pessoas adultas, para que essas pessoas, que somos nós, estejamos autoconscientes do processo de indução que a gente recebeu e que muitos de nós ainda tem remanescente em si mesmos e também para que a gente evite fazer induções negativas sobre as outras pessoas. (Tertúlia 0962; 0h:55m).

Pergunta. Analise a situação dos pais que não preparam a pessoa para o mundo e somente para inflar o seu ego de pai. Resposta (WV). Os pais estão errados nisso mas às vezes, veja, só por ter dado o corpo para aquela pessoa já fizeram um favor, porque às vezes ninguém estava querendo nem chegar perto da pessoa. Está cheio de consréus que estão chegando aqui. De modo que, vamos com calma. É preciso saber de que modo foi e quem é que tem culpa. Há atenuantes e agravantes nessas coisas, que a gente tem que levar em consideração. (Tertúlia 0962; 0h:56m).

Pergunta. Você abordou em outra ocasião o megapeso. O tradicionalismo seria o principal? No caso, funciona também como mega indução inicial? Resposta (WV). Não há dúvida. Você está certíssimo. Gostei de ver que você guardou o termo megapeso. Existem já alguns verbetes que a gente já trouxe aqui sobre o processo, não só do megapeso, mas também sobre outras coisas erradas na vida. Há uma série deles. O problema é ver qual é a atitude, o modo, e o jeito. (Tertúlia 0962; 0h:57m).

Pergunta. Estou vivendo na França há 13 anos. E em minha busca de conhecimento espiritual, cheguei até as tertúlias. Estou online com vocês há um mês e tenho dificuldade ainda de entender tudo – mas isso é outro papo. O senhor acabou de falar que aqui na França foi traduzida a sua psicografia Cristo Espera Por Ti. Gostaria de saber qual é o título traduzido em francês. Resposta (WV). Não, ainda não foi levado para lá (dito em 18.09.2008). Foi traduzido mas ainda não foi publicado. Osmar ((dirigindo-se a Osmar Ramos Filho, presente na tertúlia por estar de visita a Waldo Vieira)), qual é o título do livro em francês? Resposta (Osmar Ramos filho). Christ t'attend. Resposta (WV). Está vendo ((dirigindo-se a Osmar Ramos Filho))? Eu já tenho uma leitora do livro antes de ele ser publicado ((gracejando))! (Tertúlia 0962; 0h:58m).

Pergunta. Podemos dizer que na sua relação com o E.M. havia um processo de indução? Resposta (WV). Até certo ponto, indução recíproca. Uma dupla evolutiva, tem algum processo de indução? Tem a indução mútua. Você como o gato tem algum processo de indução? É lógico! Domesticação mútua. E por aí vai. Eu já tenho uma listagem de tudo isso. Tudo bate no processo da educação ou da domesticação mutua. Isso é inevitável. (Tertúlia 0962; 0h:59m).

Pergunta (AA). Eu lembrei de um caso de um monge budista brasileiro, muito entrevistado na televisão há coisa de uns 15 anos atrás (dito em 18.09.2008), que mudou muito o modo de falar para o jeito oriental e as feições também mudaram – o olho ficou puxado, ele ficou com uma feição de chinês. Eu queria saber como é que ocorre essa indução. Resposta (WV). É preciso saber se ele não fez algum puxadinho no olho, pela plástica. Essas coisas acontecem. Pergunta (AA). Disseram-me que foi natural, não sei. Mas é possível? No caso dessa transfiguração, se foi real, ela ocorre no psicossoma e depois passa para o soma? Pode ocorrer isso? Resposta (WV). Pode. Pode ocorrer porque o que orienta a forma do corpo, antes de mais nada, é o psicossoma. E o psicossoma é o corpo dos desejos, é o corpo das emoções. Então se a pessoa tem uma emoção, já vai moldando aquilo que a pessoa é. A ciência hoje admite que, quando uma pessoa convive muito com um cachorro, com o passar do tempo, há reações da pessoa e do cachorro que ficam iguais. Pessoa não é cachorro e cachorro não é gente, no entanto, eles ficam parecidos. Já pensou, você arranja um cachorro e daí a pouco você começa a coçar atrás da orelha e o cachorro começa a latir italiano ((gracejando))? (Tertúlia 0962; 1h:00m).

eu (WV) comecei a sair muito do corpo, eu encontrei com uns assediadores que estavam danados da vida com a gente que saía e ia a certos lugares fora do corpo. Aí eles começavam a xingar: -"Passeador de cachorro!" E gritavam aquilo contra mim. O benfeitor que tira a pessoa fora do corpo e faz ela ter uma projeção, era o passeador de cachorro, para eles! Eu escrevi isso lá no Projeciologia. (Tertúlia 0962; 1h:02m).

Pergunta. Estes comportamentos que o adulto continua apresentando ao longo da vida, que tem a ver com a indução inicial, eles são indicadores de comportamentos já apresentados numa vida anterior e "startados" na infância? Resposta (WV). Quando a pessoa não tem neofilia, não busca coisa nova, não há renovação nem reciclagem, não é só desta vida, quase sempre é de vidas anteriores. É aquela pessoa estratificada, 5 palavras resumem a vida dela e não passa daquilo. O dicionário cerebral é pequeno, ela não quer saber de novidade nenhuma, ela não é "novidadeira", ela é regressiva, estacionária, estagnante. Pergunta. Que trabalho assistencial pode ser feito com uma pessoa dessas? Resposta (WV). É fazer com que ela faça a reciclagem. Para isso, ela tem que se reorganizar, disciplinar, arranjar método na sua vida, enfim, fazer pesquisa dos próprios erros. É mostrar, antes de mais nada, para ela, a desvantagem de ser assim e a vantagem de fazer uma renovação. (...). Se puder, dá um jeito de ela acessar o computador e começar a marcar essas coisas todas. Se ela já passou da meia idade, se já está caminhando para a terceira idade, o ideal é ela escrever as memórias dela. Com isso, ela muda. É óptimo a pessoa escrever a própria autobiografia, principalmente se ela já está nos 60 anos. Porquê? Porque ela tem mais memória transata, remota, e não a memória recente. Ela às vezes não sabe, por exemplo, o que é que comeu ontem ao jantar, mas é capaz de lembrar uma coisa de há meio século atrás, com toda a nitidez. Então ela começa a expor na biografia dela esses erros todos. Você não está vendo que eu estou contando aqui um monte de coisas da minha infância com toda a facilidade? Eu (posso) contar a minha vida inteira. Eu tenho uma memória para isso, nítida! Eu sou capaz de lembrar, na minha casa, na década de 30, (onde eu guardava) os meus brinquedos, a lasca na parede e o defeito no soalho. Eu sou capaz de desenhar tudo que havia lá: os móveis, o lugar da água, a mesa com 3 gavetas que esticava, a janela... Eu lembro de tudo! Aquela casa foi feita a partir dos meus 3 anos, em 1935. Então, é um absurdo esse "negócio" de memória. Eu sou capaz de contar como é que era o passeio, como era o poste, porque é que um poste era diferente do outro... Eu lembro de tudo o que eu via porque eu já era de detalhes. Eu era detalhista, via as coisas todas desse jeito. Isso é um absurdo! Agora, eu ainda estou muito bem – os savants são piores, porque eles não esquecem nada. Eu não sou assim, eu lembro das coisas que eu quero, não me importo com isso e não sofro com essas coisas. E isso me ajudou demais no parapsiquismo, porque, como a memória boa, eu tenho rememoração quando saio do corpo. Eu sou capaz de ter um dicionário cerebral maior para a pessoa ver o que é que tem aqui ((colocando a mão na cabeça)) e fazer rapport comigo. Isso me ajudou na psicografia, me ajuda na pangrafia. Memória é uma coisa essencial, fundamental, indispensável e insubstituível. Se acabou a memória de uma pessoa, acabou a personalidade – é o Alzheimer. A demência senil é um processo mnemônico. Então, a holomnemônica é importantíssima, nesse caso. O que é que é o computador? É uma extensão da nossa memória, do nosso registo. Então se a pessoa começa a trabalhar no laptop isso ajuda e você pode acessar melhor a pessoa. (Tertúlia 0962; 1h:04m).

Pergunta. Professor Waldo, dentro desse assunto da pessoa de mais idade escrever a biografia, a minha dúvida é a seguinte. É muito comum a pessoa de idade avançada às vezes ser fixada no passado – tem o problema das evocações de consciências – isso não pode ter o efeito de levar a pessoa a ficar mais fixada no passado? Resposta (WV). Pelo contrário! Você vai fazer a crítica daquilo que ela escrever. É o único jeito de você fazer a avaliação, porque ela não vai falar para você espontaneamente. Desse modo, ela fala indiretamente. Eu estou dando a solução. Se ela ficar muito teimosa, recalcitrante, você (pergunta) se ela já fez a comparação de como ela era e como é agora, se ela era mais feliz do que é agora. Se ela falar que na infância ela era muito mais feliz do que hoje, então ela jogou a vida toda dela no buraco e vai ficar fácil de você explicar tudo para ela. Uma pessoa que acha que a melhor fase da vida dela foi a infância, ela é um “animal”, é apedeuta, para ser um animal a diferença é mínima. Nós somos animais mas já somos crescidos. Essa é que é a nossa diferença. (Tertúlia 0962; 1h:11m).

Pergunta. Só para complementar, na psicologia chama-se isso de recapitulação da vida. É bem saudável, na terceira idade, a pessoa fazer isso. Resposta (WV). Na metafísica, Ernesto Bozzano tem uma coisa mais séria, que é a visão panorâmica. A pessoa quase sempre tem a visão panorâmica quando ela desoma. Pergunta. Isso é o máximo do balanço existencial ainda na vida. Resposta (WV). É. É por isso que a pessoa de vez em quando tem que fazer o balanço. (Tertúlia 0962; 1h:13m).

Pergunta. Qual é a melhor técnica para fazer memorização? Resposta (WV). A melhor técnica é ler e registrar. Agora, só isso não adianta. Há um percentual para isso. Para você começar, do tempo que você tem disponível para a intelectualidade, o seu mentalsoma, o corpo do discernimento, você dá 30% para a leitura, 30% para o registro e 40 % para a reflexão. Na hora em que você for refletir, você não pode ter caneta na mão nem teclado. Além da imobilidade física vígil, temos uma técnica que é a pessoa passar, por exemplo, 5 horas de manhã, só refletindo, sem anotar nada. Ela só pode anotar, 5 horas depois. Porquê? Você deve pensar mais do que lê e do que registra. Com o passar do tempo, você pode ser 20% de leitura, 20% de registo e 60% de reflexão. Refletir é o processo mais sério que tem porque aí é que aparecem as ideias, é quando você acessa a centrais extrafísicas da Verdade, enfim, você expande a sua cabeça. Vê se tem lógica aquilo que eu estou falando, não vai no meu bico. Vê se você diversifica a leitura mas faça aquilo que interessa a você. Saiba ler o livro. Tem livro que é besteira. Você começou a ler, não interessou: ou é bobo; ou é pobre; ou está cheio de erros - você passa para o outro. Há muitos livros. Lá na holoteca, que é a nossa biblioteca, tem tudo. É só você chegar lá e ver. Vale a pena. (Tertúlia 0962; 1h:14m).

Indução inicial não é bem manipulação. Um pai, às vezes, está pensando que ele está salvando o destino do filho. Não é bem uma manipulação, a gente não pode carregar nas tintas num assunto desses. A coisa mais séria da indução inicial é com a gente. Eu (WV) estou trabalhando aqui, em primeiro lugar, é com vocês, adultos. Nós ainda temos muita besteira. Mesmo na área de saúde, está cheio de casos, está cheio de mitos. O problema nosso é combater a mitologia. É muita superstição, muita bobagem que tem. (Tertúlia 0962; 1h:18m).

Pergunta. Você pode comentar o limite da concessão e do acúmpliciamento? Resposta (WV). Você é que vai ver as condições da pessoa, a personalidade, o temperamento dela, e ajudar. Você está falando, na sua condição de professora para criança ou na condição de adulto para adulto? Pergunta. De adulto para adulto. Resposta (WV). No adulto, você abre o jogo. Eu uso a impactoterapia. "Soco no queixo fratura exposta" para mostrar a situação – "abre as veias" da pessoa” e dá “um mar de sangue” como o que eu vi na época de Mao Tsé Tung, lá na China ((analogia do “mar de sangue” em sentido figurado, como resultado impactoterapia, com o verdadeiro mar de sangue de cidadãos chacinados nos anos 60 do século XX no mar da China, que Waldo Vieira presenciou in loco)), ao sair de Macau, onde o povo (se escondia abaixo da superfície da água do mar, respirando com tubos). (Tertúlia 0962; 1h:19m).

Pergunta. Você poderia destrinçar um pouco mais as proporções do mentalsoma? Resposta (WV). Isso é para começar. (...). A coisa mais séria é você pensar, é a pensenização. Você quer que eu entrei mais detalhes? Retilinearidade da pensenização. (Tertúlia 0962; 1h:21m). Pergunta. Eu queria entender essa condição da reflexão. Por exemplo, a pessoa não tem que necessáriamente parar (para refletir), a reflexão é contínua durante todo o dia. Resposta (WV). Sim mas (a pessoa deve) pensar mais tempo do que lê e (também) mais tempo do que escreve. Mas não pode riscar fora, nem a leitura nem no registro – tem que levar a eito as três coisas ao mesmo tempo. Isso é que é o importante. O que eu falei no início, para começar, é para ela se interessar. Então, ela tem que ler um pouco mais, até ele se enfronhar, para ficar mais gabaritada, para ter uma visão maior e chegar à cosmovisão. A intenção é essa. Pergunta. Dentro de tudo o que o senhor já falou até agora, essa condição de o percentual de reflexão ser maior do que o de leitura, é uma coisa impactante, até. Resposta (WV). Quem está começando, às vezes pensa muito pouco, não deduz por si mesmo. O processo é de dedução, não é de indução. (A pessoa) tem que deduzir aquilo que ela leu, tirar a conclusão, fazer inferências, fazer essa sinalização para fechar o pensamento. Isso às vezes falta. Pergunta. Nesse contexto, onde é que o debate entra? Resposta (WV). O debate é a "briga" para chegar às ideias. Agora vamos ver os consensos. Na hora que chegam a um consenso vamos ver se você desde o início estava naquele consenso. Se não estava, você ficou depois? Quando chegou na inferência final, que levou para o consenso, você mudou o seu pensamento ou não? Debate, é mudança de pensamento, é transformação. Se não houve, tem alguma coisa errada. Se você todos os dias vai a um debate e fica tudo do mesmo jeito... Você aqui com as tertúlias, de vez em quando você muda as suas ideias, não muda? Isso é debate. Se uma pessoa vem aqui e depois de 1 ano está do mesmo jeito, "abaixa noutro centro" porque "este terreiro" não é o seu – drop in on another place. (Tertúlia 0962; 1h:22m).

Crescendo patológico criança na miséria–adulto miserê: de que adianta o professor falar para uma criança miserável, na miséria, sem recursos, se não dá recursos para ela desenvolver os talentos que ela tem? (Tertúlia 0962; 1h:26m).

Pergunta. A indução patológica sempre envolve vampirismo? Resposta (WV). Às vezes não. Às vezes, a pessoa faz a indução patológica mas a intenção dela é boa, principalmente com aquilo que nós chamamos de consciex energívora. A (consciex) energívora gosta da energia da pessoa porque ela se sente bem com o rapport de se aproximar daquela pessoa. E às vezes aquela presença dela já é indutora. Ela já induz, é indutiva. Isso é vampirismo (mas) ela não sabe que está fazendo vampirismo. (Tertúlia 0962; 1h:28m).

Pergunta. O pai de um rapaz me pediu ajuda, por saber que eu estudo a Consciênciologia. Seu filho tem epilepsia e está com hepatite medicamentosa. Fui ler sobre os sintomas de epilepsia e senti grande compaixão por esse rapaz. A família é católica. O senhor acha que a consciencioterapia pode ajudar esse rapaz? Resposta (WV). A consciencioterapia pode ajudar tudo o que ajude a consciência. Esse facto aí, beneficia  o processo, antes de mais nada, de consciência. Então é lógico que pode ajudar, e muito. Agora, é preciso examinar, ver com calma. Um epilético, não pode deixar de tomar remédio ou mudar a medicação sem a consulta do especialista que o segue. Isso também tem que ser levado em consideração, no caso. Agora, vale a pena, sim. Se tem chance de vocês consultarem um consciencioterapeuta, vale a pena. (Tertúlia 0962; 1h:29m).

Pergunta. Toda a pessoa detalhista tem boa memória? Resposta (WV). Nem tanto. Eu já vi gente que até que era detalhista mas esquecia tudo. Essa pessoa que eu conheci, que eu examinei muito, era um marceneiro. Ele era daqueles que (pendurava as ferramentas em lugares marcados com desenho) para ele ver se estava tudo correto. Na hora em que ele ia fechar a oficina, a marcenaria dele, ele olhava e se faltava uma (ferramenta) ele ia buscar, porque ele esquecia de tudo. (Tertúlia 0962; 1h:30m).

Pergunta. Quando uma consréu dá a vida a uma criança que tem um nível evolutivo superior ocorre inevitavelmente uma indução de evolução automática, forçada e inversa? Resposta (WV). Não. Quando acontece um caso desses, a pessoa já vem para salvar a família nuclear, já entra ali para melhorar. É uma mini proéxis, às vezes, alguma coisa nesse sentido. (Tertúlia 0962; 1h:32m).

Pergunta. Sinto lapsos de memória no cotidiano. O que fazer para eliminar esse processo? Resposta (WV). É preciso saber qual é a causa dos lapsos. Tem que ver: a sua idade; o que é que você come; como é que é o seu sono. E tem que consultar o médico para ver se você pode tomar o remédio que o médico toma – não aqueles que o farmacêutico receita. (Tertúlia 0962; 1h:33m).

Eu já falei muito aqui sobre a dificuldade de  a conscin sair do bloco de ideias. Por exemplo, a maneira mais fácil de fazer um diagnóstico é ver se a pessoa muda logo alguma ideia ou não. É só você fazer um teste com ela – alguma coisa que a partir deste instante ela não pode fazer mais. Você observa: Se ela conseguiu mudar aquilo imediatamente ou se daqui a 1 ano ela ainda está mudando. Você vê logo. A pessoa que muda de bloco rápido, quase sempre tem taquipsiquismo, ela quer renovação, ela é neofílica – ela não é neofóbica. Ela quer uma coisa nova, ela é reciclante. Então, você vê logo as reações que ela tem. Outra coisa: Uma pessoa que está acomodada e que não sai do bloco, é aquela que é conservantista, conservadora, estagnada, interiorota, apriorística, está cheia de preconceitos, tem uma série de mitos que já estratificou como lei absoluta e definitiva para ela. Ela é dogmatizada, dogmática. Então você vai ver a diferença na hora, de processo com outro. Quando a pessoa muda, a mudança começa a ter efeito, ela vai ser uma reciclagem, há uma renovação disso. Com essa renovação, a coisa muda. (Tertúlia 0962; 1h:36m).

O bradipsiquismo é que conserva a pessoa mais sem mudança, porque ela raciocina devagar. As outras pessoas estão renovando depressa e ela vai com calma, custa-lhe decidir, às vezes ela tem, por exemplo, uma síndrome da dispersão, ela é decidofóbica, ela tem medo de decidir imediatamente, ela consulta todo o mundo, até o cachorro da casa dela, se vale a pena mudar aquilo ou não – é um problema, isso aí. Pergunta. Existem pessoas que podem ser mais taquipsíquicas externamente – para a recéxis – e mais bradipsíquicas internamente – para a mudança interconsciencial? Resposta (WV). Existe isso. Mas isso são as pessoas que não querem mudar por pirraça, birra, "cotoveloma". Isso pode acontecer, por causa da emoção. A pessoa quer mostrar alguma coisa contra a outra. Aí é o processo da objurgação - ela está fazendo uma coisa contra a outra, ela está defendendo o ponto de vista com muita veemência e paixão. Uma pessoa que é taquipsíquica, é taquipsíquica, ela não vai ser diferente. Uma pessoa que é bradipsíquica, é bradiquipsíquica, ela é assim, ela não vai ser diferente. Só vai mudar se ela quiser. E isso não muda de uma hora para outra. Resposta (WV). Às vezes são precisos anos para a pessoa mudar. Para uma pessoa normopsíquica mudar, às vezes são precisos dois ou três anos. Uma coisa muito boa é ela arranjar companhias que sejam diferentes dela. Se ela é bradipsíquica, arranje pessoas taquipsíquicas. (...). Chega-te aos bons, que você vai ver se é bom ou boa mesmo ou se vai dar para trás. (Tertúlia 0962; 1h:38m).

Pergunta. A indução inicial do maçom, seria a iniciática? Resposta (WV). Não é o iniciático. Você sabe, eu sou mestre maçom. É o companheirismo. Pergunta. Mas em termos de… Resposta (WV). Não. É o companheirismo e "fim de papo". Eu falo tanto positivamente como negativamente, que é o companheirismo. Tem maçom que só pensa com maçons, só vive com maçons, só reage com maçons. Ele não sabe viver com outras pessoas. Isso é errado. Ele tem o corpo fechado. Pergunta. Isso é pior do que a questão da iniciática que existe lá dentro? Resposta (WV). Iniciação existe em tudo quanto é coisa. Por exemplo, no holociclo tem iniciação. Qual é? É o fichamento. Tudo tem iniciação na vida. Como se chama a iniciação de um curso numa escola? Exame de admissão, vestibular – quer iniciação maior do que essa? Eu fiz exame de admissão no curso primário, no curso ginasial, no curso de odontologia, no curso de medicina e cheguei no Japão para fazer aquilo que era considerado pós-graduação e fizeram também uma Sabatina violenta, senão, eles não admitiriam. Só aí, tem 5 admissões que eu fiz. (...) Então, por exemplo o Igor está doido para ir lá no Interlúdio, então, ele está querendo fazer o vestibular, agora é preciso ver onde é que está sendo feito esse vestibular, para ir ao Interlúdio ((gracejando)). Ele vai acabar chegando lá, ele  insiste… (Tertúlia 0962; 1h:41m).

Pergunta. Eu queria que o senhor comentasse o anacronismo emocional. Resposta (WV). Anacronismo emocional (é o que tem) aquela pessoa que fica sempre com o mesmo nível de emotividade e de sentimento e não sai daquilo. Ela pensa no passado, sentindo o passado. Já pensou, se eu estivesse no passado, escrevendo a lápis até hoje... eu estava perdido! (Tertúlia 0962; 1h:44m).

Estagnação afetiva (é o que tem) aquela pessoa que gosta da igreja católica, estudou uma porção de coisas, e na procissão do encontro ela carrega no ombro o andor da Santa – vai de gravata, paletó, tudo arrumadinho. Você quer mais estagnação do que isso? Pergunta. Nesses casos, como é que a gente faz para auxiliar essa pessoa a poder sair dessa estagnação emocional? Resposta (WV). Fazer uma reciclagem, mostrar para ela uma renovação, através de exemplos lógicos e racionais para ela ponderar. E, se for possível, mostrar o que você acha – verbação, verbaciologia. Pergunta. Porque ela está pressionada nesse sentimento lá no passado. Resposta (WV). E outra coisa: a pessoa que é prisioneira, precisa de assistência. Ela não tem a mesma força do outro, que é o aprisionador. Em tese, o algoz tem mais força do que a vítima, em termos de estrutura física, animal. Agora, quase sempre a vítima é superior ao algoz, do ponto de vista consciencial. (Tertúlia 0962; 1h:45m).

Pergunta. Que dica você poderia dar para facilitar isso? Resposta (WV). Você quer fazer rapport com alguém ou quer chegar em algum lugar, ou quer ter um alvo. Qual é o alvo essencial? Em primeiro lugar é pessoa, consciência. Em segundo (lugar) é o local. Em terceiro (lugar), é a ideia. Qual é o denominador comum desses três? A imagem. A pessoa tem uma imagem fixa. O cenário, já é secundário, mas é fixo. A ideia é abstrata. A imagem abstrata é muito mais difícil. Pergunta. Eu queria ter uma projeção onde eu visse um planejamento de proéxis. Considerando esse critèrio, o que é que eu poderia fazer para facilitar isso, para criar o rapport para isso? Resposta (WV). A primeira coisa é, através da tenepes, você "casar-se" com o amparador, para ele abrir caminho na assistência que você está fazendo. Você está em duas portas: o amparador e a assistência. A chance de você ter obter algum sucesso vai ser maior. Eu não vejo outra saída. A tenepes é uma porta aberta ao desenvolvimento parapsíquico, vamos pensar bem nisso. (...) você não pode ter medo nenhum (nem) estar pensando em processo emocional quando estiver projetado. Senão, em vez disso te ajudar vai-te piorar tudo. É preciso ter muito cuidado com isso. (Tertúlia 0962; 1h:47m).

Pergunta. Qual é a melhor forma de superar a decidofobia? Resposta (WV). A melhor forma de superar a decidofobia é a pessoa colocar na cabeça o seguinte: - “Eu tenho que decidir, mesmo se eu errar”. É errando que a pessoa aprende a acertar melhor. Então ela decide, mesmo para quebrar a cara, para ela aprender. Se ela quebrar a cara umas três vezes, da quarta vez ela vai decidir " em cima do lance", já sabendo o que é que se passa. Muita gente não faz nada porque tem medo de errar. Quem tem medo de errar, já está errando. Vocês estão entendendo? Quem tem medo de errar já venho errando há muito tempo, o erro já vem cronicificado há muito tempo. Nós temos que ter disposição, coragem, valentina, abertismo consciencial para enfrentar qualquer coisa, mesmo que seja errado. Se for um erro, a pessoa conserta depois. E é muito bom errar, que é para ver como é que ela vai acertar. Como é que uma pessoa pode crescer sem saber o que é certo e o que é errado entre as coisas que ela vai fazer? (Tertúlia 0962; 1h:50m).


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