Tertúlia 0924, Horário nobre, YouTube, canal Tertuliarium, https://www.youtube.com/watch?v=zirJYtX_0Fc,
publicado em 21
de março de 2013.
Pergunta. Poderia ampliar “os recursos do
mentalsoma parapsíquico, junto aos potenciais pessoais do mentalsoma cortical”?
Exemplifique. Como lidar com o bloqueio cortical? Resposta (WV). Mentalsoma
parapsíquico seria a parapercepção da pessoa. Mentalsoma cortical é a mente, o
cérebro. O nosso amigo escreveu um livro sobre cérebro. Ele refere no livro que
ficou abismado quando uma pessoa, numa conferência em que ele estava a falar de
cérebro, se levantou e disse: -“Professor, eu quero lembrar ao senhor que a sua
conferência não é sobre cérebro, é sobre a mente.” A mente é o cérebro. A
psicologia trata da mente. E mente muito com isso ((risos)) porque está falando
de cérebro. Bloqueio cortical são áreas que ficam bloqueadas devido à energia
negativa patológica. Como a pessoa pode sair desse bloqueio cortical? A
primeira técnica é o estado vibracional. A segunda, quando tem gente que pode
fazer, é o arco voltaico. A terceira é a tenepes com um bom amparador de
função, para ela ficar com a cabeça mais limpa, mais tempo. (Tertúlia 0924; 0h:03m).
Esta noite (dito em 01.08.2008), eram 03h:31m, eu (WV) fui
trabalhar ((referência à ofiex)) e nós atendemos um homem que foi morto na
cadeira eléctrica. Eu fiz a simulação com ele, porque eu gosto de sentir para
ver como é. Ele só sentiu “aquele negócio” e depois amorteceu tudo. Eu senti “o
negócio” como se estivesse na cadeira elétrica. Sentei na cadeira direitinho e
fiquei quietinho para ver como é que era e com isso deu impacto - ele acordou.
Eu acho que já há algum tempo (que ele dessomou) e ele agora vai passar pela
segunda dessoma. Eu não acho que isso seja coisa deste ano, pelo jeito dele. É
uma perturbação enorme. Tinha o antes, o durante e o que aconteceu depois. O
pensamento, o jeito de pensar, era tudo inglês. Foi a primeira vez que eu tive
uma experiência dessas. (...) Pegou toda a cabeça - processo de bloqueio. O
problema encefálico dele estava bravo. No corpo não senti nada mas a cabeça…
Para mim, a reação está de acordo com a consciência. Alguns são capazes de sair
de lá e ficar lúcidos imediatamente. Esse caso aí, não. O “negócio” é difícil.
Eu procurei ver se ele era de muita idade e não era. Ele devia ter no máximo
uns 50 anos, se tivesse. (Tertúlia
0924; 0h:05m).
Pergunta. Por que é que ele foi parar à sua ofiex? Resposta (WV).
Tem gente que esse “cara” ajudou e que quer ajudá-lo. Tudo é intercessão na
assistência. Ele precisa de muita assistência. É um caso difícil. Para
aliviá-lo e para me proteger, eles não trouxeram ninguém, fui só eu. Eu olhei
no relógio, eram 03h:31m quando ele despertou. Eu fiquei satisfeito com a
situação porque foi a primeira vez que eu vi uma coisa dessas e ele acordou, se
despertou. (Tertúlia
0924; 0h:07m).
Pergunta. Ele tinha gabarito para a segunda dessoma?
Resposta
(WV). Ele tem gabarito para ser assistido assim direto porque eles viram
que ele estava mais ou menos maduro para isso. Senão, eles não iriam fazer
nada, que essas coisas não são fáceis. Para mim, é gente do Texas. O meu
desconfiómetro é esse. Agora, é lá que tem mais cadeira eléctrica, não é isso?
Para mim ele é americano mas não sei a etnia. É branco e tinha umas linhas no
rosto, junto com as rugas, que devem ser marca de alguma coisa, mas não acho
que ele seja de muita idade. Eu não entro no mérito dessa história, só vejo. O
caso dele é difícil de uma tal maneira que ele não ficou na ofiex. Eu observo
isso há muitos anos mas esse caso aí é diferente. Pergunta. Você percebe de
todos os que vão lá? Resposta (WV). Nem sempre. Às vezes eu estou “mais
morto” que eles, obnubilado, por causa do processo de assistência. (Tertúlia 0924; 0h:08m).
Pergunta. Você falou que o problema maior dessa
consciex era na cabeça, na paracabeça. Ele já poderia ter um histórico de
bloqueio antes da dessoma? Resposta (WV). Possivelmente ele já devia ter alguma
coisa. Por isso eu quis ver se ele era de idade, porque às vezes o “cara” podia
ter já doença senil, mas não vi isso. Ali houve alguma coisa nele, ele ficou
estranho, ficou vegetal. Era o pós-mortem psicótico clássico. Eu tenho a leve
impressão, minha impressão, eu não sei de nada disso, nenhum amparador me falou
mas eu tenho a impressão que eles assistiram esse homem porque ele estava sendo
usado como satélite de assediador ((referência a consciência parapsicótica
pós-dessomática, transformada em energívora, satélite de assediadores
extrafísicos)) e isso perturba os outros. Aquela energia dele perturba
qualquer um. No caso, tem dois alívios simultâneos: o despertamento dele e a
evitação do peso para outras consciências. Às vezes é duro. Uma pessoa, mesmo
passando sozinha os seus traumas, não fica sem prejudicar os outros. A própria
energia de uma consciex assim é negativa. E ali no caso, se ele é usado para
colocar em pessoas susceptíveis, frágeis, débeis, piora mais ainda. (Tertúlia 0924; 0h:10m).
Pergunta. Nesse caso ele não estava lúcido para a
condição de ser assediador, de ser satélite de assediador? Resposta (WV). Não.
Um caso desse aí é pior do que o de consener. A consener lúcida ou semi, ela
não sabe porque é que ela se sentiu bem, ela tem uma empatia com você e então
ela chega perto. Quem sofre é você, ela se sente bem. Ela vampiriza. No caso
dele aí, não. O caso é de tal maneira que o inferno é pessoal, só dele. Eu
estou falando para vocês, para vocês pensarem como é que são estas coisas. Ele
foi encaminhado, ele está consciente, agora já sabe que já deixou o corpo
humano, houve a lembrança do “negócio” - eu sei porque eu percebi a hora da
lembrança e vi que “queimou o bicho” na electricidade, eu senti o “negócio”. (Tertúlia 0924; 0h:12m).
Pergunta. Como é que dá para administrar o horário
específico para o trabalho aborrecido, difícil, problemático ou desafiador? Resposta (WV).
Você tem uma coisa que está “empurrando com a barriga” porque aquilo vai exigir
mais trabalho, então você vai (escolher) uma manhã na semana e só pensar nisso.
(Tertúlia 0924;
0h:15m).
Pergunta. Provavelmente isso é uma pendência. Resposta (WV). Isso
é uma pendência. É uma pendência horrorosa porque a pessoa está tirando o corpo
fora da situação. Às vezes é uma coisa que é horrorosa mas é simples. Vamos
supor que a pessoa tem que digitar uma porção de coisas, copiar uma porção de
coisas e ela vai enrolando com aquilo. Fica postergando, é o princípio da
postergação, que dá a síndrome da procrastinação. (Tertúlia 0924; 0h:16m).
Pergunta. Para as pessoas que trabalham e tem uma
rotina agitada, de madrugada seria um bom horário para a tenepes? Resposta (WV). Sim,
mas você é muito menina para pensar em madrugada. Você tem que dormir mais.
Você não pode não, senão você fica velhinha até ao próximo ano ((risos)) e não
está certo. Uma moça bonita, cheia de vida, não pode, tem que dormir mais. Veja
os dias que você tem folga. Arranja um horário para diversão e um horário para
um “negócio” sério de mentalsoma. Você também não deve fazer como eu na sua
idade. Isso acabou dando-me um enfarte do miocárdio prematuro. Aquilo foi um
aviso, eu comecei a ter mais disciplina. Você pode encontrar pessoa com a sua
idade e com uma alta organização, tudo certinho, mas a qualificação da
organização não presta. Que é que adianta uma pessoa que se organizou para
fazer ginástica, dançar e nadar? Super organizada e só pensa nela. Escolha a
qualificação (da sua organização), é importante o objetivo. (Tertúlia 0924; 0h:18m).
Pergunta. Poderia explicar o que é que o senhor
quis dizer com “a teoria da interpretação da inteligência evolutiva? Resposta (WV). Que
é que você está fazendo aqui? Como é que é a sua proéxis? Para onde você vai?
Quais são as possibilidades suas no futuro imediato? Tudo isso é inteligência
evolutiva. O arcabouço, a estrutura, o mecanismo da sua vida? Esta vida que
está aqui, tudo o que nós temos. (...) Você tem aproveitado todas as
oportunidades que a vida tem lhe tem oferecido? Aqui em Foz, a oferta de
oportunidades é um “negócio” riquíssimo. É a economia de bens e o círculo
virtuoso. (Tertúlia
0924; 0h:20m).
Explique o ciclo do autodidatismo
teático. Resposta
(WV). Uma pessoa pode ler muito, estudar muito, pesquisar, registar,
tanto na adolescência como na meia-idade ou na maturidade mas o autodidatismo
teático (ocorre quando) a pessoa já tem experiência, ela é veterana e está
traquejada. Por exemplo, o Roberto ((referência ao tertuliano Roberto Leimig))
está estudando a vida de um “cara” do passado dele, da mesma linha de
conhecimento. Isso é autodidatismo porque (não há) nada, nenhum curso sobre
Humboldt ((referência
a Alexander Von Humboldt [1769-1859])), nada. Então, o processo é de
alto nível de didaxia pessoal específica, teática. Os livros que ele arranja,
nem eu li e eu procurei muita coisa desse homem também. Isso é o autodidatismo
teático clássico. E ele está ainda caminhando para a meia-idade. É um ciclo
(relacionado com) as faixas etárias – tem um primeiro tempo, um segundo tempo…
Eu estou no suprasumo do meu ciclo pessoal de autodidatismo. Eu sempre tive o
holopensene bibliográfico mas hoje é demais. Eu recebo livros todos os dias. É
como se eu estivesse fazendo a colheita dos dividendos. (Tertúlia 0924; 0h:23m).
Pergunta. Explique o trinômio da holomaturidade. Resposta (WV). O
trinômio da holomaturidade é composto do discernimento, do código pessoal de
cosmoética e do interassistencialidade. Esse é o clássico. A sua maturidade
ideológica, do discernimento. A sua maturidade emocional sentimental, do
psicossoma. A sua maturidade perante o seu corpo. (Tertúlia 0924; 0h:26m).
Pergunta. Eu queria saber os detalhes de “a prática
da tenepes como coadjutora da expansão do mentalsoma”. Resposta (WV). Você acha que
eu aprendi alguma coisa com esse homem que morreu na cadeira elétrica? Isso
afetou o meu mentalsoma? Eu nunca tive essa experiência (antes)! (Tertúlia 0924; 0h:29m).
Pergunta. Porque é que “Cerebelologia-Cerebrologia”
é um binómio e não um antagonismo? Resposta (WV). É um binómio porque a gente
tem que viver com os dois. Quem faz um contra o outro, é o doente. Pergunta.
Mas o excesso de uso de um não impede o uso do outro? Resposta (WV). Você tem que
usar todos os recursos do seu corpo em alto nível, de uma maneira lógica,
funcional e que seja útil, fértil, produtivo, prolífico. Na hora que uma pessoa
fica adstrita a uma escravidão do cerebelo e ela fica com vigorexia ((referência à
doença psicológica Transtorno Dismórfico Muscular caracterizado pela busca do
corpo perfeito)), ela está perdendo tempo e o cérebro está indo embora.
Hoje, um amigo meu falou para mim: - “Eu já trabalhei demais com a informática,
agora eu quero ser mais intelectual, vou começar a aparecer no Holociclo…” Ele
está fazendo a gravitação do cerebelo para o cérebro. Você quer coisa mais de
operário do que a maioria das coisas de informática? Eu sou um “cara” da
informática, (nesse sentido) eu sou um operário mas eu estou criando coisas
naquilo que eu faço com a informática. Eles não, a maioria está trabalhando
para manter os aparelhos funcionando, os programas funcionando e os arquivos
arrumados – eles são operários – mas este serviço de operário é a base para o
intelectual funcionar. (Tertúlia
0924; 0h:31m).
Pergunta. Na China, foram agora 20 pessoas para a
forca (dito
em 01.08.2008). Aquilo é uma didática, por causa das Olimpíadas. Eles
estão querendo dizer: - “Se vocês cometerem um crime, vocês estão correndo
risco”. Como é esse contraponto da assistência: matar 20 para… ? Resposta (WV). Você
sabe que lá é uma ditadura. O governador, o líder, o executivo, não tem
amparador de função. A situação da China em certas áreas é terrível. (...) Na
década de 60, eu estava saindo de Hong Kong com gente americana para visitar
Macau. (...) No lugar que nós estavámos, eu comecei a ver o povo que estava
saindo da China continental. O mar ficou vermelho de sangue. Tinha gente que
estava com canudinho ((referência a tubo para respirar)) para ir debaixo
de água e não ser visto. A guarda costeira atirava de metralhadora. Eu vi
depois o litoral, a fronteira de sampanas ((referência a pequenas canoas
impelidas por vela ou por remo)) ao lado umas das outras, onde o povo
vive. Depois disso, os meus amigos americanos - que estavam querendo seduzir-me
para eu ir trabalhar com eles - deram-me um iate com dois chineses ((referência a
tripulação do iate)) para eu andar onde quisesse. Eu perguntei em
inglês, ao capitão do iate, um chinês grandão, qual a rota que nós podíamos
escolher. Ele chegou a uma mesa no convés, deu uma pancada com a mão na mesa, a
mesa virou e apareceu um mapa. Ele indicou uma ilha (cujo povo não estava em
fuga) onde ninguém costumava ir. Depois disso eu tive experiência em Manila,
nas Filipinas, onde os chineses fugiram do comunismo deixando fortunas. Nós
tivemos banquetes com industriais em Manila. Então, eu vi de um lado e do outro
a situação toda. Isso faz 42 anos e a situação ainda é precária, não é fácil. (Tertúlia 0924; 0h:36m).
Pergunta. O horário nobre de produção é para
seguir rigorosamente, todos os dias? Resposta (WV). O rigoroso é uma coisa
relativa em matéria de horário. Dá-te uma dor de barriga, um troço qualquer na
vista, uma intoxicação… Você tem que seguir aquilo dentro da tramitação dos
seus dias típicos. Tem que considerar que às vezes vai acontecer um dia
atípico. A sua consciência é que vai ver o nível de equilíbrio que você tem,
dentro da sua autorganização. Para mim, três horas é o mínimo que a pessoa deve
trabalhar no processo intelectual. Menos do que isso é pouco e mais do que
isso, a pessoa pode começar a falhar. (...) A coisa mais séria é a seriedade
sua com você mesmo, a sua falta de autocorrupção. Ser incorruptível nas suas
coisas, ter equilíbrio. Então você vai ter mais consideração com você mesmo e
mais autoestima, mais autosuficiência, mais autoconfiança. (Tertúlia 0924; 0h:42m).
Pergunta. Como é feita a proposição de logias? Resposta (WV). “Logia”
é matraca. É para matraquear. Sabe o que é matraca? Ta, ta, ta, ta, ta, … é
isso. Essa é a minha didática. Eu estou usando a palavra “matraca” hoje, mas o
nome técnico é “circularidade”, é a batopensenidade ((referência ao ato de “bater” em
determinado conceito até o mesmo ser apreendido)) sadia, cosmoética. É
uma repetição, uma redundância, um pleonasmo técnico. Tudo de propósito. Tem coisa
que eu estou falando faz 50 anos e “o negócio não caiu”... ((referência a
não ter sido ainda compreendido)) o jeito é repetir tudo! Se vai
repetir, radicaliza. Eu radicalizei. Colocando logias, ninguém vai esquecer o
que é isso. O povo ainda está só engatinhando. A maioria está tendo dificuldade
em ler as palavras com logias. (Tertúlia 0924; 0h:45m).
Pergunta. Isso até é interessante porque entra muito
na pensenidade. Outro dia eu estava vendo uma questão de trabalho (na área)
comercial e falei para uma pessoa: -”Isso é um problema de argumentologia!” Eu
nem pensei. A pessoa perguntou: -”O quê?” Resposta (WV). O povo todo(s)
o(s) dia(s) tem essas perguntas… e danado da vida! Uma moça me falou que
falaram: “Esse homem é meio doido, ele coloca logia em tudo!”. A moça
perguntou: “Você já notou se está certo? Vê se o mining, o significado, o sentido, a acepção do que ele está
falando, está certo”. Se está certo, quem é que vai poder reclamar? Ninguém.
Agora, eu tenho que suportar a renovação das palavras. Isso aí é o meu ónus,
isso é comigo, eu tenho costas largas. (Tertúlia 0924; 0h:47m).
Pergunta. Como a gente propõe uma logia? Resposta (WV).
Vê a palavra que você quer, em 50 dicionários. Depois vai para a internet pesquisar. Se não houver
chamada para a palavra, você “nada de braçada”, é “céu de brigadeiro”, e “mar
de almirante” para você. Está tudo em aberto. Agora, veja: ciclologia já
existe, essa não fui eu que criei, essa é antiga. Eles não gostam de usar essa
palavra porque “logia” (remete para) “logos”, ciência. Eu estou criando um
monte de ciências simultâneamente. A turma gosta de usar é a palavra
ciclicidade, o processo do tempo, da cronémica, como eu chamo. (Tertúlia 0924; 0h:48m).
Pergunta. A gente poderia imaginar que tudo o que
existe pode (eventualmente vir a ser) uma ciência? Resposta (WV). (...) Tudo
tem que ter cabimento. Esta sala aqui comporta 70 pessoas. Mais do que isso ela
não comporta. Tudo na vida tem o limite, o bom-tom, a educação, o mais óbvio, o
lógico, o racional. (Tertúlia
0924; 0h:49m).
Pergunta. A ordem das seções dentro do detalhismo
tem uma lógica? Eu ainda não entendi. Resposta (WV). Tem vários. Principiologia:
tudo começa no princípio, é óbvio. Interdisciplinologia: está no fim, é o
conjunto por atacado, da ideia, é quando o detalhismo se fecha. Teoriologia:
tem que vir antes da vivência. Neossinapsologia: a pessoa já começa a mexer com
alguma coisa nova. Tecnologia: a parte prática; a teoria vem antes da técnica.
Laboratoriologia: isso é da técnica, é a continuação da técnica. Efeitologia: é
continuação da técnica. Ciclologia: mexe com a cronémica, o efeito vem antes. E
agora vem as categorias de pluralismos. Interaciologia: é a mesma coisa da
Binomiologia mas apurado, depurado, com aplicação. Crescendologia: é a mesma
coisa, só que em ordem ascendente. Trinomiologia: é o óbvio. Polinomiologia:
expande para quatro e para o resto. Paradoxologia: já é uma pequena interação
do binômio, da interação e do crescendo. Politicologia: eu estou mostrando a
minha política - do ponto de vista intelectual, estou mostrando para você como
eu fiz a listagem do detalhismo. Legislogia: quem mexe com a lei é a política.
Depois vem as partes negativas (Fobiologia, Sindromologia, Maniologia…). Holotecologia:
eu já mostro que tem uma parte prática onde você pode ir buscar a
mentalsomatologia, a cronobiologia, aquilo que você quiser - nas tecas tem o
que você quer. Tem lógica? É um critério. (Tertúlia 0924; 0h:55m).
Pergunta. A Antagonismologia, em vez de vir depois
da Polinomiologia, não poderia vir junto da Binomiologia? Resposta (WV). Não.
O antagonismo é perto da parte patológica. Politicologia e Legislogia também
tem patologia. Entendeu? Os afins se atraem. Eu estou baseado nos fatos. (Tertúlia 0924; 1h:00m).
Pergunta. O senhor estava falando na questão da
ofiex e eu estava pensando aqui nas possibilidades que tem de assistência na
ofiex. Tem trabalhos que são pontuais (mas) eu lembro que uma vez no Rio você
fez um atendimento - um assédio de mentalsoma - e a consciex ficou um tempo na
ofiex até ser resgatada. Existe esse período que a consciex fica lá? Resposta (WV). Já
teve casos de meses, comigo, na ofiex. Isso me perturbou a vida humana. Tinha
viagem que eu tinha que fazer e eu decidi que não ia. Com isso, eu aprendi
muita coisa. Eu fiquei uma temporada sem viajar por causa do povo que estava lá
na ofiex. Ninguém ficou sabendo disso, só eu e os amparadores. Isso me ajudou
muito a pensar em certas coisas. (...) Com a ofiex, você se sente mais responsável
do que com a tenepes. Ofiex, para mim é até mais fácil. Eu estou na Espanha e
eu venho para a minha ofiex aqui. Eu não tenho problema, mas não é a mesma
coisa, eu não reajo do mesmo jeito. Não é só processo psicológico, há um
processo consciencial, intrínseco, muito forte. Às vezes eles ((referência
aos amparadores extrafísicos)) aliviavam o processo da ofiex para eu
poder ter maior liberdade de viagem. Para compensar, eu viajava e de lá vinha
aqui para a ofiex. Chegava e a ofiex estava cheia. “Todo o mundo” esperando.
Tinha paciente até no corredor, em maca, como num hospital. No meu caso, não é
bem isso, mas ficava lotado. Isso tudo a gente tem que ponderar. (Tertúlia 0924; 1h:01m).
Pergunta. Você pode considerar como se fosse ao modo
de uma emergência onde você vai atendendo e vai fazendo os encaminhamentos,com
as equipes? Resposta (WV). O problema todo é que você está ali devido ao
processo da energia animal de bicho, de humano, de gente. O que a gente tem
para dar é isso. No caso deles ((referência aos assistidos)) isso é muito
importante, é o fator de ligação, é o link
com essas consciexes muito perturbadas. Pergunta. Numa ofiex existe alguma
potencialização de trabalho em alguns momentos específicos ou é uma coisa
dinâmica? Resposta (WV). Tem fases e objetivos. Muda a qualidade da
assistência. Por exemplo, uma vez um espírita perguntou para mim se a sessão de
desobsessão faz muita assistência. Eu respondi que faz muito pouca tares mas eu
exalto o processo (devido à) psicofonia, que é o fenômeno da incorporação. Se
uma pessoa desenvolver (a psicofonia) pode ajudá-la mais tarde com a tenepes,
com a ofiex, com tudo isso. Eu digo aos espíritas que chegam aí, para fazerem a
sua sessão de desobsessão (na tenepes). A própria tenepes é muito mais do que o
espiritismo. Você vai ter muito mais autoconsciência do assunto,
responsabilidade. (...) A psicofonia é a base do processo (da sessão de
desobsessão). Por um lado isso é bom, mas por outro lado, o ranço da religião é
um problema para sair daquela crosta - é um bolor que dá na consciência da
pessoa. A psicofonia no desassédio - lá no espiritismo, na sessão de
desobsessão -, é a melhor coisa que eles têm. A sessão de desobsessão é a coisa
mais importante que tem lá, se acabar com isso não tem nada. (Tertúlia 0924; 1h:04m).
Pergunta. Como é que eles localizam a sua ofiex? Resposta (WV).
É tudo em casa. Eu não tenho endereço na internet.
Nós todos sabemos onde é. Quem entra, já entra pelo corredor íntimo. Eles é que
decidem quem vai. Às vezes um caso não vai para a ofiex porque a ofiex está
lotada, eles não querem colocar mais gente. (Tertúlia 0924; 1h:07m).
Pergunta. Quando você se submete a uma cirurgia e
passa por uma anestesia, qual é o nível de vulnerabilidade energética em que
você fica em função do contexto? Resposta (WV). Todas as salas cirúrgicas são
assistidas, umas mais do que outras, depende de quem trabalha lá dentro. Eu já
vi médico mal assistido. Entrava na sala de cirurgia e dava problema. Entrava
outro que era (bem assistido e tudo fluía). (Tertúlia 0924; 1h:08m).
Pergunta. No caso da tenepes, podem ficar
consciexes vários dias com a gente, como acontece na ofiex? Resposta (WV). Na
tenepes, quase sempre eles encaminham ((referência aos amparadores extrafísicos)) para
não criar problema para a pessoa. O tenepessista é sempre mais vulnerável e
precisa de maior defesa. O ofiexista já não é assim. (Tertúlia 0924; 1h:09m).
Pergunta. Na tenepes eu já percebi consciex com
cheiro ruim. Eu já passei por uma situação em que fiquei três dias sentindo o
mesmo cheiro. Resposta (WV). O cheiro ruim às vezes é o cheiro de um remédio (com
o qual) a pessoa que está assistindo não se está sentindo bem. É um cheiro ruim
de quê? Vamos localizar, identificar. Tem cheiros que para um é perfume e para
outro é alergia. Quando “o negócio” é de mau cheiro - coisas de Umbanda, de
Quimbanda… - fumo e outras coisas nesse sentido, fica tudo impregnado. Fica
tudo desagradável e não é só o cheiro, é tudo. (Tertúlia 0924; 1h:10m).
Pergunta. É possível a pessoa sentir as consciexes
de uma ofiex de outra pessoa? Resposta (WV). Geralmente não. Por exemplo, você
está pensando numa pessoa e (pode) sentir alguma coisa, algum processo que tem
relação com ela, mas não tem nada a ver com ofiex nem com tenepes. A tenepes é
bem exclusiva, para não criar problema para o tenepessista. A regra é essa. Com
evocação e afinidade, tudo pode acontecer mas isso não é regra, não é o padrão.
(Tertúlia 0924;
1h:11m).
Pergunta. Quando a pessoa ainda não tem uma ofiex
onde ficam as consciexes que estão sendo assistidas? Resposta (WV). Nas comunexes
de assistência. Pergunta. Eu percebo que às vezes tem uma consciex que está sendo
assistida por vários dias seguidos, pelo padrão do meu comportamento. Resposta (WV). Sei,
mas às vezes são pessoas do mesmo padrão e você está confundindo. São cinco e
você está pensando que é uma só. O tenepessista vai ficando especializado. Tem
um dia que é só criança extrafísica que vem. Outro dia é só pessoas de idade,
que morreram. Outro dia é só gente que foi estourada na guerra. Outro, os que
caíram em acidente de avião. Aquele povo todo faz fila. Tem casos desses que,
se a pessoa tivesse gabarito, eles trariam tudo de uma vez só, mas não podem
porque a maioria não tem gabarito para isso. Então tem que dosar a assistência.
(Tertúlia 0924;
1h:12m).
Pergunta. Eu não consegui assistir uma pessoa na
minha tenepes. Ela me pediu assistência, eu coloquei o nome e ficou uns três ou
quatro dias e ela continuou (com o mesmo problema), quer dizer, a minha tenepes
não deu conta de assistir. Resposta (WV). Não é que não deu conta. O amparador
é que está vendo como é. Às vezes foi atendido noutro lugar e noutra situação.
Isso não quer dizer nada. Isso varia muito. Você não deve preocupar-se com
isso, isso é por conta do amparador. Você deve preocupar-se é se está atendendo
(tanto quanto) a sua infraestrutura (permite) para atender ou se está
perdulária, “empurrando com a barriga”. Você deve preocupar-se é com o seu lado
e não com o lado do amparador. (Tertúlia 0924; 1h:13m).
Pergunta. O senhor falou que algumas consciexes
não ficam nas ofiexes porque (estas) estão lotadas. Você explicou também que a
ofiex é, em termos de tamanho, um campo de futebol ou uma cabine telefónica. Resposta (WV). Às
vezes pode ter duzentas pessoas. Pergunta. O que é que determina a lotação
máxima de uma ofiex? Resposta (WV). A necessidade de assistência e a
capacidade da pessoa sustentar aquilo. Uma coisa é um pai que pode sustentar um
filho. Outra coisa é outro pai que sustenta vinte filhos. Uma cadela pode ter
22 filhotes e há mulheres que têm 1 filho e fica estropiadas para o resto da
vida. Pergunta.
Então, essa capacidade de sustentação é menos quantitativa e mais qualitativa? Resposta (WV).
A base de tudo é a qualidade da assistência. É feita uma convergência para que essa
assistência seja a mais eficaz no menor tempo possível. (Tertúlia 0924; 1h:15m).
Pergunta. A desobsessão não é uma espécie de tenepes
pelas energias e a ofiex um processo de amparo e encaminhamento? Resposta (WV). Até
um certo ponto sim mas não é bem isso. Na desobsessão conversa-se através de
uma pessoa ((referência ao medium)) e na tenepes não. Na tenepes existe o
amparador e a pessoa humana. Não tem plateia, ninguém está interferindo. O
processo é muito mais circunscrito, específico, pontual, raio laser em cima da
consciência - da consciex, no caso. Uma coisa é um laboratório de uma pessoa
só. Outra coisa é um laboratório de um grupo como o Acoplamentarium com
interferência de pensamentos, emoções, experiências. Por exemplo, não se deve
fazer o ECP2 ((referência ao curso de Extensão em Conscienciologia e Projeciologia 2))
na época do carnaval. Quando tem uma comoção popular, evita se puder porque “a
turma” não tem estrutura para aguentar. A comoção popular do carnaval em tese é
para ser tudo bom mas nem sempre é. (Tertúlia 0924; 1h:16m).
Pergunta. Eu queria entender porque é que
Culturologia está dentro da Argumentologia e não no Detalhismo. Resposta (WV). Porque
a cultura é uma coisa básica, de “todo o mundo”. Ela envolve tudo o que eu
estou falando aqui. Qual é a sua cultura conscienciológica? Qual é a sua
cultura tenepessológica? Qual é a sua cultura ofiexológica? Qual é a sua
cultura do estado vibracional? Ela envolve tudo, tem de ficar mais para o fim,
na Argumentologia. Você pode especificar uma porção de coisas aí. Tudo está em
andamento, não tem nada definitivo. (Tertúlia 0924; 1h:18m).
Pergunta. Que indicadores, que critérios a gente
pode usar para avaliar se a gente está atendendo aquilo que a gente pode
atender? Resposta
(WV). Quando acaba o transe da tenepes do dia, você sente que foi pouco?
Esse é um dos critérios. Se você se predispõe mais, as coisas ficam mais
eficazes, no mesmo nível com você - o que você tem e o que está dando. Quando
você se prepara com um montante de dinheiro para fazer determinada coisa e não
vai usar aquilo tudo é uma frustração. Tem alguma coisinha de frustração quando
acaba a tenepes? Baseada em quê? Qual a qualidade dessa frustração? Qual a
etiologia, a causa dela? Abre mais e liga os canais. Tira a arteriosclerose do
calibre dos seus canais com o amparador. Abrindo mais, ele vai explicar o que
você deve fazer. Eu devo ser sempre o último a responder às perguntas. O ideal
é ser o amparador a responder à pessoa. (Tertúlia 0924; 1h:19m).
Pergunta. Waldo, você comenta sempre a questão do
amparador da tenepes. É sempre um amparador ou tem condição de ter mais
amparadores? Resposta (WV). Não, é sempre um que sustenta a situação. Pergunta. E
o amparador vai mudando com o tempo, não é? Resposta (WV). É. O melhor é
quando muda para melhor e quando aparece o outro amparador, o da ofiex. (Tertúlia 0924; 1h:27m).
Para aquele nosso amigo que perguntou
sobre a desobsessão, eu (WV) quero dizer: não confunda as coisas que “o
negócio” é diferente. Assim como não confunda o laboratório da imobilidade
física vígil com meditação transcendental. (Tertúlia 0924; 1h:28m).
Pergunta. Eu não entendi a questão da psicofonia
no desassédio. Resposta (WV). A pessoa é incorporada, ela começa a sentir a outra
consciex que está dominando ela. Chega num ponto que é uma semipossessão
benigna. Se uma pessoa passa por uma experiência dessas, ela é veterana, está
traquejada com o assunto. Isso, para fazer assistência na tenepes, é o máximo.
É uma grande preparação que a pessoa vai ter para chegar à tenepes. Homens
muito machões não dão muito certo no processo da psicofonia, “todo o mundo”
sabe disso no espiritismo. (...) Pergunta. A psicofonia ajuda o transe, é
isso? Resposta
(WV). A psicofonia é um tipo de transe. Ela ajuda a você como conscin a
assistir, amparar, acolher, abraçar a consciex doente. Eu já contei aqui o caso
dos epiléticos. Aquilo era psicofonia. Eu colocava a consciex dentro da minha
psicosfera (durante) horas, para ela ficar imantada comigo. Chegava lá e
deixava, me expunha todo para ver o que é que acontecia e o amparador do lado,
tudo ajudando. Com isso eu fazia assimilação, entrava dentro da psicosfera
dela. Aí eu começava a pensar tudo o que ela pensava e depois a sentir tudo o
que ela estava sentindo. Era como se eu tivesse tido uma crise epiléptica sem
ter tido. É preciso ter muita energia da pessoa e muito equilíbrio. Não pode
deixar sequela, não pode ter ressaca (energética). (..) É a pessoa humana ter jogo de cintura para
saber o que é receber uma outra personalidade nela - que não é fácil. Há
pessoas psicofónicas “fora de série”. As melhores que eu vi na minha vida foram
mulheres, quase sempre mães, chefes de família. O próprio Tao Mao falava para
estudar isso. Tem gente que acha que o homosexual seria melhor mas não é, não.
É a mulher mãe. Por causa do processo da doação e da passividade passiva total.
(Tertúlia 0924;
1h:28m:30s).
Pergunta. A gente vive hoje, na comunidade, um
momento em que as pessoas estão tentando descobrir as suas especialidades. Como
é que a gente deve lidar com a interação especialidade-generalismo? Resposta (WV). É
ver quais são os perfis, os talentos, os dons que a pessoa tem e através desses
potenciais ver qual o caminho. Quase sempre a pessoa vai escolher alguma coisa
da qual já tem um certo percentual. Nunca uma pessoa vai entrar chucra em
alguma coisa, principalmente do ponto de vista da proéxis. Por exemplo, não
adianta falar com certa pessoa a respeito de determinado assunto se aquela
pessoa nunca leu nada a respeito. Precisa de um pré requisito para clarear a
cabeça dela, para ela chegar num nível de assimilação, de compreensão, de
entendimento daquilo. O generalismo é uma coisa de “todo o mundo, é a
prostituição do processo, é a promiscuidade da ideia”. É igual à clínica geral
- você tem uma panorâmica geral, que é a cosmovisão, e depois você especifica
as especialidades. (Tertúlia
0924; 1h:32m).
Olha o meu jeitão. Eu sou cosmovisiólogo
numa porção de situações. Olha o tanto de interdisciplinologias com que eu
mexo. Eu tenho alguma resposta para a maioria do que vocês falam. Eu discuto
com vocês até Direito, sendo que eu não tenho diploma de Direito. Eu sou um
rábula, sou da rabulística, mas com muita honra porque eu dou valor para o
direito. Jamais quis receber alguma condecoração honoris causa ou qualquer coisa (parecida). Isso foi recomendação
que eu recebi antes de aparecer por aqui. Pergunta. Você atribui à
clínica geral, essa tua experiência com generalismos? Resposta (WV). Do ponto de
vista de assistência, a clínica me ajudou demais (mas) foi (principalmente) a
odontologia. Eu comecei muito por baixo. Eu comecei ajudando o meu pai nas
próteses, (depois) na radiologia de 28 consultórios de odontologia (durante)
anos. Eu era adolescente, tive que usar calça comprida pela primeira vez. A
rapaziada usava calça mais curta e eu comecei a usar calça comprida. A minha
visão de conjunto com a universidade, eu devo ao Mário. Isso me ajudou demais.
Eu tinha contacto com “todo o mundo”: médicos, dentistas, contabilistas,
advogados, engenheiros, todos professores. (Eu) podia fazer consulta com quem
quisesse. Quem (fazia) a grade horária deles era eu. (Tertúlia 0924; 1h:34m).
Pergunta. O voluntário da conscienciologia
seleciona a especialidade para a qual tem mais talento… Resposta (WV). … e dá
tudo o que puder naquilo, até ver o que é que vai dar. Esse é que é o caminho.
Não brincar com isso - meia porção, meia sola. Pegar a coisa para valer.
Arregaçar as mangas e enfrentar. Pegar full,
a coisa inteira, integral, assumir. Não light
- nada de soft. Por isso eu falo: -
Seja homem ou mulher, “quêdê” a sua testosterona? Tem que ser forte para
enfrentar a situação. O caminho é esse. Vale a pena. (Quando) a pessoa começar
a alcançar alguns créditos com ela mesma, aquilo vai dar uma automotivação
violenta. Aí, ela passa para outra especialidade com a maior facilidade. A
primeira é que custa, até deslanchar. Na hora que desencadeia o problema, a
coisa caminha. Sempre lembrando que tudo é temporário, tudo é efémero. Nesta
vida, tudo é passageiro. (Tertúlia
0924; 1h:36m).
Pergunta. Qual a melhor psicofonia para fazer
assistência: a consciente, a semiconsciente ou a inconsciente? Resposta (WV). A
consciente absoluta e lúcida. Quem gosta de (psicofonia) semiconsciente e
inconsciente é a religião. Na questão da tenepes, quanto mais lucidez você tem,
melhor. No nível em que o amparador amplia o seu processo de doação, o seu
lastro de psicossoma, isso vai fazer com que você fique semiconsciente ou
inconsciente, mas isso é outra coisa, você está consciente do que vai
acontecer. Os médiuns mais evoluídos, mesmo dentro do espiritismo, jamais
perdem totalmente a lucidez sem saber que perderam. Eu tinha, desde a
inconsciência total, até superlucidez absoluta. Variava de acordo com a
necessidade da assistência mas eu estava sabendo de tudo. (Tertúlia 0924; 1h:37m).
Olha o caso desse “cara” que morreu na cadeira eléctrica ((referência a
uma consciex dessomada em cadeira eléctrica que Waldo Vieira assistiu na sua
ofiex)): vocês pensam que isso é fácil? Há alguns aqui que se trouxerem
esse homem para si, vão para a cama um mês. Vai dar tudo quanto é tilt no seu corpo. A gente tem que ter a
mitridatização da experiência do transe interconsciencial. Não é um transe só
seu, é um transe em que você está recebendo outro. O que eu estou falando aqui
hoje, é o processo técnico mais avançado que tem no parapsiquismo. (Tertúlia 0924; 1h:38m).
Pergunta. Você sentiu o quê na questão da cadeira
elétrica? Resposta (WV). A cabeça dele estava um vegetal. Tinha que começar a
tomar conta de todas as áreas do paracérebro dele. Ele voltou para aquele
momento em que os olhos dele fecharam na cadeira elétrica, eu senti foi isso.
Ele voltou para aquele momento até clarear e ele ficar sabendo onde é que
estava, examinou onde é que estava - eu estava no meu escritório - , viu que
não estava na cadeira elétrica, olhou bem, examinou e bem, voltou a si e eles
encaminharam ele. (Tertúlia
0924; 1h:39m).
Pergunta. Mas você sentiu tudo o que ele sentiu na
cadeira elétrica? Resposta (WV). Não. Uma parte, só. Eu posso modular isso tudo. Com
o tempo, você sendo veterano, você faz o que quer. Deixa a consciência vir até
onde você quer. Uma pessoa que não seja traquejado, se fizer um acoplamento
(como este), ela vai para a cama. Vai pegar o sistema nervoso central, o
sistema nervoso periférico, músculos, órgãos, sistemas, todo o corpo. Eu já vi
um caso desses, com uma pessoa que até tinha gabarito, que à hora que ela ficou
em transe ela fez chichi e cocó, literalmente, na hora. Não se brinca com essas
coisas. É por isso que eu falo: - em matéria de parapsiquismo, só deve por
banca quem tem competência. Se a pessoa não sabe, vai apalpando, vai estudando,
vai experimentando, vai pouco a pouco, principalmente na questão
interconsciencial. Uma coisa é você ter o seu parapsiquismo e funcionar com ele
dentro do seu microuniverso. Outra coisa é quando você recebe uma consciência, (quando) tem o contacto. Aí é o dualismo da situação, muda tudo, é plural, é diferente.
Pensa bem, se isso acontece sem ter um amparador... (Tertúlia 0924; 1h:40m).
A psicofonia é muito mais séria do que a psicografia do
ponto de vista do fenômeno do transe em si, mas os resultados às vezes não,
porque uma pessoa pode ser um grande psicógrafo e os livros podem repercutir
muito mais do que aquele processo de atender um “todo o dia”. (Tertúlia 0924; 1h:43m).
Pergunta. O que é que significa, qual é a
amplitude, como é que seria assumir uma especialidade, qual é a abrangência
disso? Resposta
(WV). É fazer imersão absoluta dentro do assunto e fazer a saturação
total do seu microuniverso consciencial com aquilo. Mais, não preciso de falar:
imersão e saturação. Com gabarito, racionalidade, ponderação, sem excesso, mas
total. Total é uma coisa, excesso é outra. Saturação absoluta é uma coisa,
excesso é outra. Tudo é um problema de você dosar. Se a gente vai na chuva, vai
se molhar. Se vai enfrentar, vamos abrir o peito. Tire o sutiã e meta os peitos
((risos)). (Tertúlia
0924; 1h:44m).
Pergunta. Até certo ponto, o início do transe se
assemelha com a hipnagogia. Resposta (WV). Existem mil e um tipos de transe.
Isso varia ao infinito. Em dez pessoas, cada uma pode ter um transe diferente
dos outros. Transe é um processo de transição, efêmero, transitório mas é um
estado de alteração da consciência. Esse estado varia ao infinito. O resultado
de todos os fenômenos de estado alterado da consciência - como a clarividência
viajora, o estado vibracional, o arco voltaico, a saída do corpo - varia em
profundidade, alcance, qualidade, saúde na manifestação, homeostase. (Tertúlia 0924; 1h:45m).
Pergunta. A gente sabe que o processo de tenepes é
bem pessoal mas usando uma expressão sua de um ano atrás que “qualquer tenepes
é melhor que nenhuma”, e também que “se nós esperarmos o momento certo para
fazer a coisa certa talvez passe uma existência toda”, existe o momento certo
para iniciar a tenepes? Resposta (WV). Sim. É aquele momento que você não
tem nada que você esteja esperando, você já completou tudo o que queria, não
está dependendo de nada, não quer fazer mais viagens, não quer comprar acordeão
para aprender a tocar, tem tudo assentado. A tenepes é muito monopolizadora e é
para o resto da vida. Naquele período que a pessoa está iniciando,
principalmente nos primeiros 6 meses ou no primeiro ano, tem haver dedicação
exclusiva. (Tertúlia
0924; 1h:47m).
Pergunta. Eu tenho dúvida se é amparo ou assédio o
processo de “esperar mais um pouco”, “aguardar mais um pouco”, “não estar
preparado ainda”. Resposta (WV). Tem gente que nunca está preparada, até que entra na
UTI ((referência
a Unidade de Terapia Intensiva ou Unidade de Tratamento Intenso de um
hospital)). A gente tem que entender as prioridades. Priorize sua vida,
suas possibilidades e veja se está na hora. É você que sabe. Eu não dou palpite
para ninguém começar a tenepes. Eu só dou essas dicas. É você que tem que
decidir, você é que sabe. Não tem mais nada que você queira fazer na vida, tudo
aquilo que era importante você já fez, está tudo assentado? Há jovens que já
têm tudo assentado, a gente vê que já estão preparados para fazer a tenepes.
Tudo o que vem é apenas complemento, que a base, eles já têm. Isso é muito
importante. Tem gente que diz assim, por exemplo: -”Eu sempre quis ir a Itália
e nunca consegui...”. Esse está danado, na tenepes os assediadores vão pegar “o
cara” nos primeiros seis meses. Porque ele está carente, de uma maneira às
vezes emocional, intelectual, tudo junto, muito forte. (Tertúlia 0924; 1h:48m).