Tertúlia 0960, Matematização do conceito, YouTube, canal Tertuliarium, https://www.youtube.com/watch?v=xZKTplYvhBk, publicado em 5 de maio de 2013.
Às vezes, há um adjetivo melhor do que aquele que você usa. Isso é muito importante. Como nós temos muita gente aqui que está redigindo uma obra, uma obra-prima, um livro, é importante estudar o processo da semântica, da forma, da conformática e da comunicologia, visando a melhoria da exatidão da acepção. (Tertúlia 0960; 0h:03m).
Pergunta (WV). Arlindo, qual é o mais nevrálgico, o mais difícil desses 20 (conceitos) ((referência aos adjectivos que
constam na tabela Matematização de
conceitos))? Tem um deles que é muito próximo do outro.
Tabela - Matematização
de conceitos (Vieira, verbete Matematização
do conceito)
Nos |
Até 70% do Sentido |
Acima de 70% do Sentido |
01. |
Aceitável |
Imperdível |
02. |
Admisssível |
Definitivo |
03. |
Ambíguo |
Definido |
04. |
Compreensível |
Axiomático |
05. |
Concebível |
Irrefutável |
06. |
Descortinável |
Explícito |
07. |
Discutível |
Provado |
08. |
Emaranhado |
Deslindado |
09. |
Inconcludente |
Esclarecido |
10. |
Lógico |
Racional |
11. |
Passável |
Irrecusável |
12. |
Plausível |
Certo |
13. |
Ponderável |
Indiscutível |
14. |
Presumível |
Manifesto |
15. |
Provável |
Firme |
16. |
Razoável |
Irretocável |
17. |
Regular |
Excelente |
18. |
Satisfatório |
Insubstituível |
19. |
Sofrível |
Fundamental |
20. |
Verossímil |
Indubitável |
Resposta (AA). Lógico e racional. Resposta
(WV). Perfeito. O lógico, seria na base de 69% e o racional seria na
base de 71%, o que é que você acha? (Tertúlia 0960; 0h:05m)
Pergunta. Na ciência convencional e na filosofia, nada ((referência ao percentual do conteúdo das acepções dos
adjetivos qualificativos)) chega a 100%. Resposta (WV) Eu parei nos 70% ((gracejando)).
(...). (Os adjetivos da) primeira coluna tem menos certeza e os da segunda
coluna tem mais certeza. É isso que eu quero dizer. (Tertúlia 0960; 0h:07m).
Quando a gente vai
descrever ou vai fazer uma obra, falando sobre parapsiquismo, sobre aspectos da
extrafisicologia... Resposta
(WV). … você vai usar mais a primeira coluna. Pergunta. Pois é, é isso que eu estou pensando. Resposta (WV). Tem lógica.
Está certo. Pergunta. Como
é que a gente avança no estudo do parapsiquismo, indo para a segunda coluna? Resposta (WV). É fazer o
penteado com pente fino, dentro das vivências parapsíquicas. É o micrótomo, o
raio laser, o microscópio do telescópio. (Tertúlia 0960; 0h:18m).
Tudo o que você vai ver
de início, é emaranhado. Com o passar do tempo, você vai deslindar tudo. Por
isso tem a retrocognição: o flash, o
episódio e depois a série de cenários com a trama (onde) aparece a história
inteira. Aí, você saiu do emaranhado para o deslindado. Agora veja: primeiro
você tem que ver se o flash é
aceitável, se é lógico, se é admissível. Por exemplo: é ambíguo – difícil de
caracterizar, de classificar; é incompreensível – não é compreensível, senão
não teria problema; é concebível – pelo menos a sua memória ou a sua imaginação
conceberam aquela vivência; é descortinável – “who knows?” é preciso estudar; é discutível – é; é inconcludente –
sim, porque está no início.Vai chegar a um ponto em que você vai ter tanta
certeza que vira axiomático. Vai chegar a ponto que você vai esclarecer. Vocês
estão vendo como é importante a tares? A tares é a segunda coluna. O mentalsoma
é a segunda coluna. Se um de vocês tiver muita paciência, pega todos os
conceitos da Conscienciologia e vai ver se está na primeira ou está na segunda
(coluna). Está começando a ampliar a ideia? (Tertúlia 0960; 0h:19m).
Pergunta.
Em relação à ideia original ou aquele con magno, aquele que ainda não
existe, pelo menos descrito... Resposta
(WV). … o inaudito, aquele que ainda não foi falado. Pergunta. Isso. A pessoa
começa então na primeira coluna e ela vai juntando fatos. Mas como é que ela
pode ter convicção de que aquela ideia realmente se tornou um axioma? Resposta (WV). É porque
aquilo se assenta, dá uma acumulação de fatores e os precedentes vão comprovar
o fato. Não adianta falar que eu tenho seis dedos, faz mais de setenta anos que
eu sei que eu tenho cinco, nessa mão. Isso é um fato. Absolutely. (Tertúlia
0960; 0h:21m)
Pergunta.
Se a Conscienciologia é uma verdade relativa de ponta, como é que nós
podemos ter conceitos definitivos? Resposta (WV). A minha mão tem cinco dedos. Isso aqui é
definitivo. Faz setenta anos, nunca apareceu um sexto dedo e nunca perdi
nenhum. Agora, veja, isso tudo é relativo porque eu posso sair do corpo e vou
ter a réplica desse corpo aqui, o psicossoma que na realidade é que comanda o
corpo, e eu sou capaz de por dez dedos na mão. É relativo, isso aí, mas aqui
para nós não, nessa dimensão, nesse contexto. Hoje, não. (Tertúlia 0960; 0h:22m).
Pergunta.
Poderia classificar uma neoverpon com este verbete, para verificar se
ela está adequada? Resposta
(WV). Você é que sabe. Pode fazer a experiência. Faça a aferição, a
averiguação, através da sua contestação. Aí, você tem que fazer uma
demonstração no fim. Pergunta.
O senhor tem alguma ideia de como é que isso poderia ser feito? Resposta (WV). Pegue
qualquer ideia e veja. Pergunta.
Você poderia comparar pela tabela? Resposta (WV). Eu não acho que essa tabela seja
definitiva. E não acho que essa tabela esgotou o assunto, de modo algum. Eu fiz
só vinte (em cada coluna), para não assustar o passarinho. Pergunta. É um ótimo ponto
de partida. Resposta (WV). É.
Ela deslancha. Ela é inconcludente para certas pessoas, ela é lógica para
outras, ela é passável para outras, ela é plausível, ela é ponderável, ela é
presumível, ela é provável… Vocês olhem qual é o primeiro experimento do 700 Experimentos e comparem com isso.
Aquilo é muito chato… eu já fiz de propósito. Pergunta. Eu poderia pensar em analisar assim:
essa neoverpon é aceitável ou imperdível?; é admissível ou definitiva? Resposta (WV). “Te vira”.
Que vai ajudar a pessoa, vai. Quem é que está escrevendo algum livro? Pega um
tema e vê aqui dentro. É preciso ter uma unidade de medida e eu estou dando o
metro para o povo. Metro. Esse metro aí é o metro intelectivo, é o metro de
elucidação mentalsomática. (Tertúlia 0960; 0h:23m).
Pergunta.
Como chegar a um percentual exato (para fazer) um dicionário, você podia
explicar? Resposta (WV). Vamos
começar por aqui. Você vai pegar estas 40 expressões qualificativas, ou
adjetivos, e você vai dar um percentual a umas em relação às outras e fazer um
dicionário na base do percentual. Por exemplo, ‘lógico’ e ‘racional’, estão bem
aproximados um do outro. Se nós estabelecemos a linha divisória em 70%, o
‘lógico’ pode ser 69% e o ‘racional’ pode ser 71% – é isso que eu estou
falando. Agora, vamos fazer isso com 1000 adjetivos. Alguém já viu algum livro
sobre isso, um dicionário sobre isso? Isso tudo precisava de ser feito para
clarear o mentalsoma. Aí, a literatura já foi jogada para o espaço, porque é
besteira. Literatice, é “de morte”. Se eles querem estudar a língua, porque é
que não entram no modo de a língua expressar mais a realidade, mais próxima da
verdade? Aproximação. Por isso eu vivo falando em aproximações simples. Agora,
você já pensou, na hora em que começar uma aproximação composta, complexa,
“sofisticosa”, sofisticada? Pergunta.
Você tinha falado em percentual exato. Resposta (WV). O percentual exato dentro do
momento evolutivo, dentro do seu contexto, neste momento, é isso. (Tertúlia 0960; 0h:37m).
Pergunta.
Você comentou sobre a transição, dentro da rememoração, da
retrocognição, a transição do flash
para o episódio. Isso é mais uma decorrência acumulativa, mais parafisiológica
ou parapsíquica? Resposta
(WV). As duas sim e a terceira também sim ((rindo)). Tudo. O
parapsiquismo é que vai dar mais iluminação, clarear, esclarecer o processo,
devido à vivência. Se você começou apenas com uma elucubração, lá no fim da
história você já vai ter uma certeza razoável e vai ficar tranquilo com isso.
Então, uma certeza razoável, é o que a gente tem que procurar. Ela é uma
certeza relativa, mas ela é compensatória, ela é pacificadora. Isso é o que eu
chamo certeza aproximada, porque ela é relativa. Pergunta. Mas o fundamento, principal seria mais
parafisiológico ou mais parapsíquico? Resposta (WV). Mais parapsíquico, devido à cosmovisão. O flash é antevisão. O episódio é
monovisão, porque é específico. A trama é cosmovisão. Eu não vou perguntar se
tem lógica para vocês porque é óbvio. (Tertúlia 0960; 0h:41m).
Pergunta.
Eu estava pensando sobre a relação entre o paradireito e a invéxis e
(surgiu-me uma) dúvida. Existe a paradeontologia do intermissivista? Existe a
deontologia do inversor? Se existe, quais são as bases e os deveres? Resposta (WV). A
cosmoética. Tanto uma quanto a outra, é a cosmoética. Agora, você tem que
lembrar o seguinte: uma pessoa, mesmo com muita lucidez, tem uma cosmoética
relativa, porque a visão dela, quase sempre é uma monovisão. Uma consciex
lúcida tem mais expansão da consciência – o acesso à definição, o approach, a moldagem, é mais ampla, é
mais cosmovisiógica. Pergunta.
E os principais paradeveres, quais seriam? Resposta (WV). Vai depender do nível da
autoconsciencialidade da pessoa ou da consciex. (Tertúlia 0960; 0h:43m).
Pergunta.
Gostaria que falasse o que sabe sobre a consciência Rochester e a medium Vera Kryzhanovskaia. Resposta (WV). A Vera foi
uma das grandes mediuns que já existiram aqui neste planeta. E o Rochester era
uma consciência terrivelmente informada sobre o passado. Tem muita coisa que é
real ((referência aos livros
da consciex Rochester psicografados por Vera Kryzhanovskaia)). Estude o
romance que traduziram para português com o título Romance De Uma Rainha e veja o personagem principal – vale a pena
ver como ele mexia com as energias e como é que ele era. Existem livros dele
que a gente deve evitar porque são trevosos, são sombrios – muita coisa
atrapalhada. São muitos livros que essa senhora psicografou. E tem uns que são
negativos – esses, a pessoa deve evitar. O Romance
De Uma Rainha vale a pena a pessoa ver. Através desse, ela vê a relação dos
outros e vê o que é que interessa estudar sobre a medium. Vale a pena estudar
os livros, sim. O livro não é apenas um processo literário – nesse caso tem uma
porção de coisas históricas e também o estudo de historiografia de certas
épocas. Vale a pena ver. (Tertúlia
0960; 0h:49m).
Pergunta. Tenho 21 anos e vou ficar em Londres por um ano estudando inglês. Gostei dos
conceitos da Conscienciologia e sempre que posso estou ouvindo. Li o livro que
você falou sobre J. C. ((provável
referência a RENAN, Ernest. A vida de
Jesus. Porto: Porto Editora, 1926)) e me esclareceu muito. Para
abraçar de vez a Conscienciologia, pergunto. A nossa evolução pessoal nos
levará só a estudos constantes e assistência? Você teria ideia de como seria
como Consciência Livre? Se puder esclarecer ficarei grata. Estou tendo
problemas com os meus pais que são católicos. Resposta (WV). Eu não sei como é a Consciência
Livre, não. A gente especula. A gente faz uma elucubração. Uma das coisas que
me dá aquilo que o povo chama de felicidade – eu vou confessar para você aqui –
é fazer assistência aos outros. Quando eu vejo que eu dei alguma coisa para uma
pessoa, mesmo que seja um olhar, e aquele olhar fez bem, é o que me reconforta
mais, que me gratifica mais. Se eu, que sou pré-serenão, sou assim, eu acho que
com a Consciex Livre que pensa em muita assistencialidade – porque eu já
estudei muito o processo de serenão e deve ser muito mais do que isso – como a
assistência é maior, a gratificação também deve ser correspondente. O que eu
vejo é isso. Eu não vejo jeito de você escapar de fazer pesquisa, estudo,
investigação, começando de você e depois estudando o cosmos. Só assim é que a
gente fica livre disso aqui. Então, além disso que eu falei, eu quero te
explicar o seguinte. Você só vai ficar livre desse seu corpo de mulher que você
tem e das outras próximas vidas se você dominar tudo o que tem nesta dimensão.
Para isso, você tem que estudar. E outra coisa: como não há evolução isolada –
sozinha, solitária – de uma consciência, todo o mundo evolui em conjunto, em
grupo evolutivo, todos tem que fazer assitência uns para os outros, receber e
dar assistência. De modo que, estudo constante e assistência ininterrupta, eu
acho que até a Consciex Livre já está nessa. Agora, sobre os seus pais. Não
queira doutrinar os seus pais a respeito de qualquer ideia. Respeite os seus
pais. Eles têm o direito de pensar com bem entenderem e seguir o caminho do
jeito que entenderem. Não queira nunca persuadi-los ou fazer a cabeça deles. A
melhor coisa que você faz é informar no dia em que precisar. Se você quer
mostrar o que é a Conscienciologia, dê o exemplo de maturidade consciencial
para eles. A Conscienciologia aparece mais pela maturidade do discernimento da
pessoa. Aí é que vem a Conscienciologia. O mais, tudo é teoria. Na prática, o
que interessa é o seu exemplo. Torne-se o espelho de uma consciência lúcida.
Você vai dar muito exemplo para eles – e eles vão respeitar você. Se você,
amanhã, mostrar para eles que você tem racionalidade, lógica, que você é
ponderada, eles vão respeitar o que você pensa. Aí, você vai honrar o seu
conhecimento da Conscienciologia e vai respeitar o ponto de vista da mamãe e do
papai. (Tertúlia
0960; 0h:51m).
Pergunta.
Poderíamos falar que a consciência contínua fora do ciclo de nascimento
e morte é o zero? Resposta
(WV). Não, não tem nada disso. A consciência
contínua fica mais contínua e mais lúcida, mais consciente, entre o
nascimento e a morte. O processo é esse, depende da pessoa. No nascimento ela
fica aqui igual a um animal dentro de um corpo que é o corpo-fole mas eu não
acho que nós somos zero. Aqui nesta sala não tem nenhuma consciência zero. Aqui
não tem, nem a consciênsula – já não tem mais. Então, eu não acho que seja
assim. Vamos estudar. A consciência contínua existe aqui, sim, depende de você.
Não é sempre,ela não permanece, mas ela existe. (Tertúlia 0960; 0h:55m).
Pergunta. Na sua opinião, analisando a tabela, em que conceito se classifica
atualmente a ciência Conscienciologia? Resposta (WV). Quem é que quer falar nisso? Resposta
(tertuliana). Dentro da segunda coluna, com certeza. Seria racional,
imperdível, indubitável, excelente... e tudo ainda dentro do conceito da
relatividade. Resposta (WV).
Uma coisa que seja mais forte. Resposta (tertuliana). Racional. na minha opinião, é racional. Resposta (RN). É
esclarecido. Resposta (WV). Até
ao momento, para você meu amigo ((dirigindo-se ao teletertuliano que enviou a
questão)) é insubstituível, para a turma aqui. Mas eu quero te lembrar: esse
povo todo é prejudicado ((risos)). Agora, eu é que te pergunto. Que é que você
acha? Para você, o que é? Pode mandar para o email que a turma recebe. (Tertúlia 0960; 0h:56m).
Pergunta.
Há dezenas de tertúlias atrás, o senhor comentou sobre algoritmo. Resposta (WV). Não, essa é
de centenas (de tertúlias atrás). Pergunta. Centenas ((risos)), é verdade, que também são
dezenas. O senhor poderia explicar um pouco melhor essa questão dos flashes passarem para o episódio e para
a trama? Resposta (WV). É
você ver como é que você esclarece, dentro de uma linha ascendente de
esclarecimento. Uma linha ascendente, como se fosse uma numeração que se está
desenvolvendo a maior. O caso todo é mexer com uma coisa e com outra. À hora em
que você faz o algoritmo, ele é confuso. O algoritmo não é uma coisa definida.
Então o algoritmo é uma coisa para os “confusinos”, para quem está começando,
que precisa esclarecer mais. Uma coisa que começa a ficar mais clara é a
enumeração horizontal. Por isso eu falo que aqui uma das coisas mais sérias que
tem é a enumerologia – conforme o tipo de enumerologia. Olhe aqui ((leitura do
verbete)). «Enumerologia: a faculdade autopensênica de conceituar; a faculdade
autopensênica de calcular; a faculdade autopensênica de comunicar; a faculdade
autopensênica de discriminar; a faculdade autopensênica de interpretar; a
faculdade autopensênica de expor; a faculdade autopensênica de validar». (Vieira, verbete Matematização do conceito). Tem alguma noção de crescimento mas,
por exemplo, ‘comunicar’ e ‘expor’ tem uma diferença mínima, mas é diferente.
Entre ‘comunicar’ e ‘expor’ eu coloquei ‘discriminar’ e ‘interpretar’.
‘Comunicar’ é geral mas ‘expor’ já é bem específico, eu já coloquei na pinça –
é o pontual, é o raio laser, é o foco. À hora em que a gente faz uma enumeração
horizontal desse tipo, ela é sempre discutível. Sempre. Porque sempre você pode
arranjar uma nuance menor e colocar
no meio ou substituir alguma delas, ou mudar. Você entendeu? Agora começa a
pensar sobre a enumerologia, no caso, e agora compara a técnica da enumerologia
horizontal com o algoritmo de qualquer tipo: a enumerologia sempre vai ganhar,
se ela for colocada dentro dos termos lógicos de ascendência, de crescimento, a
maior. (Tertúlia
0960; 0h:58m).
Pergunta.
Mas dentro do contexto dos registos diários que você vai fazer, para
você (passar) dos flashes para a
trama… Resposta (WV). Você
tem que guardar isso tudo e ver o que acontece. A coisa melhor que tem é a hora
em que você não precisa nem de olhar mais os registos porque a trama já
entrelaçou tanto que você já viu quem são os personagens, os figurantes e o
cenário. Uma coisa muito séria que tem nessas rememorações, que é o processo do
engrama, é o engrama no tempo, no espaço, nos figurantes – quer dizer, na
elencologia – e no cenário. Isso é um “troço” terrível. É o que nós estávamos
falando aqui antes. Eu falei que apareceram aqui duas consciexes hoje que estão
com roupa daquela época porque parece que eles estão trabalhando na ré-ressoma,
para despertar certas consciexes. Então, eu estava falando que um deles – o
homem – estava usando uma blusa antiga, bufante, muito bonita, azulada, com uma
raias claras no ombro. A mulher estava com saia rodada e ele todo bufante.
Então, a gente estava querendo colocar isso, aonde? Nós não estamos sabendo o
que é (exatamente mas) se eu vir as roupas eu vou (identificar) a era, a época
e vamos ter uma ideia daquilo. Então, na questão da retrocognição, o cenário, a
roupagem, a chamada vestimenta, o vestuário, é muito importante. Se você for
falar em linguagem cinematográfica, aí é o continuísmo. Você sabe o que é
continuísta, no cinema? É aquele que vê a roupa (que os atores usam em cada
cena e a caracterização, por exemplo, cuidar para que um ferimento que numa
cena apareceu do lado direito não seja exibido do lado esquerdo em outra cena)
– ele vê o entrosamento de uma cena com outra.
Nas retrocognições, todo o mundo devia estudar cinematografia. Foi o que
eu fiz. Eu fui a Hollywood para estudar (cinematografia), por causa disso. (Tertúlia 0960; 1h:02m).
Aos 10 anos eu fui falar com o Zé Vitoriano porque eu queria
trabalhar no cinema, só para ter contacto com o cinema. (...). Na ocasião,
deram uma máquina de projetar que já estava obsoleta, a um dos meus primos. E
deram também um pedaço de filme de Tarzan, mas era uma parte do filme que não podia aparecer no Brasil – na
hora que ele pulava para pegar o cipó para se jogar, apareciam “os documentos” dele
em baixo ((risos)). Isso é um filme muito antigo, feito nos Estados Unidos. Nós
montávamos o cinema e cobrávamos. Como a meninada não tinha dinheiro, tinha que
pagar em palito de fósforo. Iam meninos e meninas (e mandavam parar a fita para
verem “os documentos” do homem). Isso em Monte Carmelo, na década de 30 para
40, um pouco depois da época do cinema mudo. Eu fui trabalhar no cinema e
acabei sendo gerente, depois de 10 meses – eu tinha 10 anos. Eu fui gerente lá
do cinema aos 10 anos de idade. Eu comecei entregando os programas do dia na cidade,
ao povo que ia mais (ao cinema). Fui
caixa e depois eu subi para o andar superior, para ser enrolador de fita. Não
podia ficar olhando para o carvão porque não era bom para a vista ((referência
à queima de carvão, fonte de luminosidade das lanternas dos projetores)). De
vez em quando queimava e ficava queimado na tela. Trabalhei lá dez meses e
depois deixei porque o homem dessomou. Cabiam mais de 300 espectadores no
cinema, era bem arranjadinho, tinha uma tela enorme que descia (antes da sessão
de cinema), com propaganda das lojas da
cidade, tudo desenhado à mão. Eram três sessões, que a gente projetava:
primeiro as notícias do dia, numa espécie de documentário; depois uma comédia,
quase sempre dos Três Patetas, pequenininha; e depois o filme. À terça-feira
tinha a sessão das moças, mais barata. Enchia de mulher. No domingo de manhã
tinha matinê, baratinho, para a meninada – filmes do Walt Disney, etc. Tinha
dia específico para o seriado. Quase sempre eram só dois episódios. Os seriados
de quinze episódios eram um problema – demoravam, todo o mundo brigava e havia
apostas para o que ia acontecer. E tinha uns seriados terríveis. Tinha um
seriado que era A Cidade Infernal em
que havia um aparelho que colocavam em cima dos jovens pigmeus na África e eles
cresciam e se transformavam em gigantes. (...). Eu me interessava (por cinema)
devido ao processo mnemônico de retrocognição. (Tertúlia 0960; 1h:05m).
Eu (WV) cheguei
a fazer um filme, uma curta que foi um sucesso, colorido, sobre quadrinhos no
Brasil, do cineasta Renato França e com a maior parte da fotografia de Pedro de
Moraes, um dos maiores fotógrafos do Brasil, filho do Vinicius de Moraes. Nós
trabalhamos alguns meses com eles, lá no Rio, na rua Visconde de Pirajá, para
fazer o filme. Filmaram toda essa gibiteca básica que nós temos aí e depois
mandaram para o exterior. Esse filme passou no Brasil como complemento, como
curta, como noticiário. O meu interesse básico (no cinema) sempre foi o
processo mnemônico, devido à retrocognição. É muito bom quando você começa a
ter certeza do que você lembra – isso não tem preço. Isso é uma coisa
impressionante. E é muito engraçado, também, ver o seu desconfiômetro – o que é
que você desconfiava que era, que você pensou antes de ocorrer e quase sempre
você acerta – e era mais ou menos aquilo que você sentia dentro de você. Mas
para isso, você tem que ter muito equilíbrio de dedução, não pode ter paixão
nisso. Você tem que olhar você de fora,
ser um espectador externo que está olhando você – isso é que é o interessante. Pergunta. E a questão dos
10 eventos para uma certeza? Resposta
(WV). É a melhor coisa que tem: é a minha fórmula. Pergunta. Isso independe do
nível de lucidez e clareza que você teve em determinada situação. Resposta (WV). Sim, é o
jeito. (Tertúlia
0960; 1h:12m).
Pergunta.
Gostaria de saber a sua opinião sobre o Santo Daime ou o vinho
Ayahuasca. Resposta (WV). É
tremendamente intoxicante e mata a pessoa antes da hora, principalmente se é
jovem, principalmente criança. A ayahuasca, devido ao processo da chacrona,
devido ao processo do cipó, tem escopolamina e dá hepatopatia na pessoa. Para
essa pessoa que perguntou eu recomendaria ver o meu livro Projeciologia, que tem um capítulo sobre o Santo Daime, sobre
tóxicos. Eu estudei muito e lá no livro, se você quiser estudar, tem uma
bibliografia da época que é o melhor que existe sobre a ayahuasca, que é o
Santo Daime. Santo Daime é uma coisa que eu acho que é horrível e horrenda.
Eles não permitem uma porção de coisas no Brasil e no entanto permitem um
“negócio” que é tóxico. Cocaína não pode, maconha não pode. Agora, cigarro
pode, Santo Daime pode e chimarrão pode. A ayahuasca em criança é uma loucura
porque prejudica o sistema nervoso central. (Tertúlia 0960; 1h:14m).
Pergunta. Há
pouquinho, o senhor falou de uma enumeração horizontal: lógico, ponderado e
racional. O lógico e o racional, você já tinha falado que era 69% e 71%. Eu
entendo que você faz a enumeração horizontal para varrer várias percentagens.
Dentro dessa enumeração – lógico, ponderado e racional –, esse ponderado, na
minha opinião, ele podia ter uns 70% ou mais até. Resposta (WV). Mas o ponderável é um dos mais
fracos que tem aqui, a meu ver. Ponderável, para mim, é 5%. Contra ele, é o
indiscutível. Indiscutível, praticamente é mais de 90%, no mínimo. Pergunta. Pois é. Foi isso
que eu vi. Eu vi que o número 13 da tabela Matematização de conceitos é
ponderável e indiscutível. Esse ponderado então está relacionado com o
ponderável do número 13? A semântica não funciona? Resposta (WV). Não. O ponderável é uma coisa que
pode ser medida, pode ser pensada, é uma coisa que deve ser levada em
consideração. Pergunta. Mas
não dá garantia nenhuma… Resposta
(WV). Não vale nada! Ponderado é um peso bem menor do que indiscutível.
Se você colocar na balança, indiscutível, pesa muito mais do que ponderado. Pergunta. Então, essa
enumeração aqui está boa porque admite o ponderável, admite o lógico e admite o
racional. Resposta (WV). Sim,
mas eu acho que tem muita coisa que a gente pode melhorar. Eu não acho que isso
seja definitivo, de modo algum. (Tertúlia 0960; 1h:16m).
Pergunta. Vamos
supor que eu quero usar dois adjetivos. Se eu estou entendendo que um é
emaranhado, e o outro é deslindado, não é a palavra emaranhado e ou a palavra
deslindado que está em jogo, é o adjectivo que está emaranhado, não é isso?
Então, se eu sei que é emaranhado, eu não uso? Resposta (WV). Emaranhado é uma coisa confusa,
‘complicosa’, que você ainda não sabe discernir. Agora, deslindado – esclareceu
tudo. Pergunta. Então
não é para usar o emaranhado, é isso? Resposta (WV). Não. Depende do contexto. Por exemplo, tem gente
que não conhece orismologia: então ela não é boa, nem em nomenclatura nem em
terminologia. Ela vai ler algumas coisas minhas e vai achar que está emaranhado
– e eu explico tudo. (...).É preciso ver o que é que é emaranhado e deslindado.
Tem gente que não entende isso. Custa. É o “confusino”. Pergunta. Então a tabela (Matematização de conceitos) não é para
discriminar nenhuma palavra, é para você saber bem o que está fazendo. Resposta (WV). É. E outra
coisa: e o que é que você está comunicando – qualificando algo. Um adjetivo é
qualificação. Essa qualificação é muito importante. (Tertúlia 0960; 1h:19m).
Pergunta. No caso da tabela Matematização de
conceitos, a gente poderia pensar em estabelecer aqueles percentuais
básicos, tipo 25%, 50%, 75%... acima de 90%? Resposta (WV). Não, não, não. O “negócio” é ver
o detalhe. Eu já dei uma dica baixa e uma dica alta. A alta é: o lógico e o
racional. A baixa é: o ponderável e o discutível. (Tertúlia 0960; 1h:21m). Pergunta. Entre o regular e
o excelente, poderia ter o bom e o ótimo? Resposta (WV). Isso é conversa. Ótimo e
excelente é mais ou menos a mesma coisa, em certo contexto. Tem muita coisa
parecida, mas não adianta fazer. Ver os dois extremos, é melhor do que fazer a
coluna do meio. Pergunta. De
onde é que saiu o 70%? Resposta
(WV). Uma porção de coisas na vida é na base dos 70%. (...). A maioria
das enumerações em literatura, em ciência, em filosofia… é de quatro ou cinco,
nunca chegam a sete. À hora em você coloca sete, você “furou a boca do balão”
porque é o mais difícil que esclarece mais. Por isso eu uso sete numa porção de
coisas. Eu quando examino o processo de você ter a vida dividida em duas partes
– primeiro a preparatória e depois a executiva – a preparatória vai de 1 a 35
anos e a executiva vai de 36 a 70. Setenta, é uma média boa – ainda – para você
examinar o processo da longevidade na Terra. Você entendeu isso? Agora, outra
coisa. Uma pessoa me pergunta como é esse “negócio” de uma pessoa ter lucidez
com a recuperação dos cons? E eu falo assim: -“Quando ela começa a ter 70% de
recuperação dos cons, ela é ótima, é um génio”.Estou dando os exemplos que me
vêm à cabeça. O ideal é colocar os dois extremos para classificar isso – dá
mais impacto. (Tertúlia
0960; 1h:22m).
Pergunta. Professor Waldo, voltando àquele tema do continuísmo, que o senhor falou em
relação à retrocognição, tem consciências que vem dentro do continuísmo da
evolução e alternam entre cenários e conjunturas humanas. Tem pessoas que ficam
mais lineares dentro do continuísmo de cenários humanos… Resposta (WV). … e tem
aquele “negócio” do break – de vez em
quando muda, porque mudou o patamar. Você sabe o que é? É a hora em que muda de
sexo. Esse é um break, é um patamar.
É tanto que no livro do Balzac ((referência
ao livro Cristo Espera por Ti)),
uma das coisas que ele está expondo é justamente isso. É a base do livro. Outra
coisa séria: se uma pessoa teve dez vidas durante um milênio, por exemplo no
continente europeu, lá em dois ou três países ali perto e ela depois vai para a
China, é um break. Aí já é um novo
patamar, muda tudo – já não é só um degrau, já é um plateau. (Tertúlia
0960; 1h:24m). Pergunta.
Como é que você faz a avaliação dentro do continuísmo, porque no caso, a
base do continuísmo é a evolução da consciência, independentemente dos
contextos humanos? Resposta
(WV). Não é só a evolução. É a norma de equilíbrio. Aquilo que a pessoa
tem de bom ficou imutável. Há uma coerência dentro do processo dela e essa
coerência tem que partir do temperamento da pessoa. Era isso que eu queria ver
a meu respeito, até conseguir lembrar alguma coisa que valesse a pena. A
imutabilidade da correção sua, a coerência, no tempo, no espaço, nos corpos e
nas vidas. Coerência, no tempo, no espaço, nos corpos e nas vidas – presta
atenção no que eu estou falando. Entendeu isso? Eu dou um nome para essa
coerência: auto-revezamento. Tem lógica? Depois que você dessoma, se você teve
uma vida que foi mais ou menos, você vai ficar na euforex. Vocês ainda vão ter
isso na próxima vida e talvez em mais duas ou três (e depois) vocês não ter
mais, não. Isso não interessa mais, vocês já vão “ser” isso, vocês não vão
“ter” euforex, vocês vão “ser” euforex. (Tertúlia 0960; 1h:25m). Pergunta. Como se relaciona essa coerência do
autorrevezamento, quer dizer, a essência da consciência, aquilo que ela tem de
bom, com a conjuntura humana? Vou dar um exemplo: o sr. Manuelzinho era
desperto, teve vidas em que ele era mais mentalsomático e teve uma vida
analfabeto, no entanto, a coerência era uma. Como se relaciona essa mudança de
contexto, de perfil? Resposta
(WV). Ele não mudou nada, ele apenas ficou especializado dentro do processo
de fazer uma tacon com mais detalhes, mais circunstanciada. Ele não mudou. Ele
já vinha fazendo alguma coisa daquilo mas ainda não tinha se especializado no
que precisava. Dedicado uma vida toda à tacon, ele consolou aquilo em que muita
vezes ele foi negligente. Ele sabia disso. (Tertúlia 0960; 1h:28m). Pergunta. E a Ana ((referência a antiga cozinheira de Valdo Vieira))?
Ela era intelectual numa vida e veio cozinheira numa outra vida. Resposta (WV). Essa veio
para ajudar algumas pessoas, inclusive o filho dela e o marido que depois
sumiu. Outra coisa: vai ter um curso sobre (o livro) Cristo Espera por Ti (dito em 16.09.2008) e uma das questões que eles já levantaram
é “porque é que a Monja vai renascer numa família obscura e escondida, em pleno
século XIX, no interior, lá no fim do mundo, da França?” Essa é pior. Você tem
que analisar porque é que a Monja foi renascer lá. Baseado em quê? Eu quero ver
qual a conclusão a que eles chegaram. Se eu puder eu vou estar lá, para ouvir o
que é que eles vão dizer. (Tertúlia
0960; 1h:29m). Pergunta.
Só finalizando, como é que a gente “amarra essas pontas” e começa a
estudar e a entender mais, com cosmovisão, a continuidade da assistência, das
tarefas, da coerência pessoal da consciência? Resposta (WV). Esqueça isso. Pense primeiro no
modo de você fazer essa análise. Se você estudar a estrutura e chegar a uma
conclusão, você vai ter outras conclusões depois disso. Não se preocupe com
isso. Vê se você entende o modo de fazer a análise dos flashes, dos episódios e da trama. O episódio pode ser pequeno ou
grande. Os episódios das sérias, às vezes são um verdadeiro filme de uma ou
duas horas cada um, não é isso? Então, veja: isso é um episódio grandão. E
existe um instantâneo – isso é um flash.
Uma cena que se desenvolve durante cinco minutos com três personagens é um
episódio. Agora vamos supor que o episódio se desenvolve aqui, lá fora e num
veículo – começou a complicar. Isso aí é que você tem que entrelaçar e ver o
que é que se passa. Quando você tiver muito material na mão, você vai começar a
pensar no timeline. Que tempo é esse?
Onde nós estamos? Porque é que aconteceu isso? Procure ver, nesse período todo,
alguma expressão, nome ou legenda, que tenha algum lugar que você viu.Isso é
uma das coisas mais difíceis (mas) às vezes (com) um nome, você (identifica)
uma época e uma localização geográfica. Então, o elemento geopolítico da coisa
é importantíssimo e de retrocognição muito difícil. Números, nomes. Datas não
são um número simples, então é complicado. À hora em que você tiver qualquer
lembrança, seja na vigília física ordinária, seja projetada, a primeira coisa
que você vai fazer é o seguinte: fixa uma ideia, que é a palavra-chave, ou
expressão-chave ou ideia-chave daquilo e esquece o resto. Com aquela ideia-chave,
você pega o resto. Você tem que pinçar, porque senão, principalmente se for
fora do corpo e você tem trinta coisas, você não vai lembrar. Então, tem que
pegar o essencial e registrar – e tudo melhora. E o registro tem que ser feito
imediatamente, quando você volta, não pode deixar para depois. É muito
diferente da técnica de reflexão de cinco horas pela manhã sem anotar nada, só
pensenizar. Isso é outra coisa. Nesta técnica de reflexão de cinco horas a
pessoa só penseniza, num lugar tranquilo, com boa temperatura, tudo adequado –
uma coisa boa é usar o serenário. Você entendeu? Isso é que é o importante, o
resto vem como complemento. (Tertúlia
0960; 1h:30m).
Pergunta.
Você comentou a questão da mudança de sexo em relação à rememoração. Esse
seria um dos fatores principais? Resposta (WV). Não, mas esse abala. Você, machão, durante oito
vidas – machão... dominava tudo... o líder... o diabo… – e aí, você vem como
uma mulher franzina, dessas esquálidas, que tem até problema gastro-intestinal,
que não pode comer demais. (...). Pensa bem: aquele machão em oito vidas e
agora é uma loura, raquítica, franzina – o pijama dela tem uma lista só,
vertical ((risos)). Como é que fica isso? Você não acha que é um impacto?
Lembre-se do livro Cristo Espera por Ti
– ele foi escrito para assumtar esse tema de uma maneira mais detalhada,
mostrando um caso. O livro todo foi feito para isso. Ele é todo piegas, com
muita platitude, até ridículo: Cristo espera por você – seja homem ou mulher,
seja mulher ou homem, Cristo espera por você. Muito chato ... ((sorrindo)). Pergunta. Essa mudança se
dá a partir de que nível? Resposta
(WV). Ao passo que for preciso. (...). Nós todos temos milhões de
pessoas no nosso grupo evolutivo. Sempre tem homem e mulher que pode ser pai da
gente e que pode ser mãe. Isso varia muito. Então você era homem e tinha a sua
amada. Você errou muito e arranja uma vida em que você vem a ser filha da sua
amada. Aí, você vai adorar a sua mãe, como menina – é uma menina que adora a
mãe, e fica por isso. Com isso, você já começou a fazer a partilha das emoções.
O amor de homem para mulher, o amor de filha para mãe, o amor de filho para
pai, o amor de irmão para irmão... o amor de você com a humanidade. Esse é o
caminho do processo da seriéxis. Vocês todos já estão num nível mais ou menos
avançadinho. Não é um “negócio” atrasado, eu não acho. Sobre o processo de
seriéxis, todo o mundo aqui está numa situação até um pouco boa, apesar da
Idade Média, do Feudalismo… apesar disso… não obstante… sin embargo ((rindo))... apesar
de todo. (Tertúlia
0960; 1h:35m).
Pergunta.
Opinião pessoal. O paradigma consciencial poderia ser classificado: como
indiscutível e indubitável. Já a ciência Conscienciologia, pelo amplo campo de
estudo e condição atual de nossas ferramentas de pesquisa, se classificariam em
lógico e indiscutível. Resposta
(WV). Até pode ser, mas o que eu vejo é que tudo é ainda discutível. (Tertúlia 0960; 1h:41m).
Pergunta. Poderia explicar de novo a diferença entre o lógico e o racional? Resposta (WV). Alguém quer
explicar ((dirigindo-se aos tertulianos))? Resposta (RN). O lógico ficou até 69% e o
racional ficou até 71%. Porquê? O lógico é mais fraco e o racional atinge um um
atributo intraconsciencial mais evoluído, mais permanente, mais estável. O
lógico é uma coisa mais extrínseca. Resposta (WV). Existem várias escolas para a lógica. (...).O
irracional, não tem lógica, não é preciso nem falar nele. O racional é
dicotômico: ou é ou não é. A lógica – um pensa com uma lógica, outro pensa com
outra lógica – já tem uma picotagem da ideia. (Tertúlia 0960; 1h:43m).
Pergunta. Qual é a gazua para atingir, manter e conservar a retilinearidade
do pensamento no dia-a-dia? Resposta
(WV). Vamos dar então uma receita para esse nosso amigo. EV, imobilidade
física vígil e começar a falar com retilinearidade do pensamento. (...). Você
tem que começar a esquecer os prolegômenos, os prefácios, os pródromos e os
preâmbulos e ir direto “aos finalmente”. (Tertúlia 0960; 1h:44m).
Pergunta. Ultimamente tenho sentido dores fortes no cardiochacra ao passar qualquer
tipo de irritação. Trabalho com a energia há alguns anos mas tenho me dedicado
mais nos últimos meses. Que pode ser a razão disso? Desbloqueio? Qual a
recomendação? Resposta (WV).
Não. Eu acho que isso é estressamento. É bom você fazer aquilo que eu
fui fazer: uma série de exames para fazer o seu checkup. É bom examinar isso. Se uma pessoa está sentindo assim o
cardiochacra, é uma coisa para a gente estudar e descartar a parte física. Eu
não sei qual é a sua idade. Se você já tem mais de 40 anos, então isso é
duplamente recomendado. Se tem menos de 40, é só uma recomendação; se tem 40, é
duas; se tem 70, é quatro recomendações ((sorrindo)). (Tertúlia 0960; 1h:46m).
Pergunta
(ASC). Em relação ao polinômio
singificado-significante-signo-significância, porque não
signo-significante-singificado-significância? Resposta (WV). Isso é com a Regina Camillo. Resposta (RCC). Dentro
dessa visão, o significante mais o significado forma um signo. Isso é
indissociável e está num crescendo. Eu sugiro uma outra palavra em vez de
significância: a significação. É uma sugestão. Seria todo o processo da relação
entre a forma e o conteúdo, que é o signo, que dentro de uma contextualização
ela amplia o significado. Então a significância ou a significação, ela é mais
do que o significado. Você entendeu? Resposta (ASC). Não ((risos)). Resposta (WV). Isso é semiótica. Resposta (RCC). Isso é
semiótica. A semiótica é a ciência que estuda a significação. Então veja: se
você pega o significante, que é a forma mais o significado que é o conteúdo,
significante e significado significam o que a gente chama de confor. Essa
relação indissociável que é o confor, é um signo. Então, (o polinômio) está num
crescendo: significante mais significado é o signo, que é a síntese do confor.
A síntese do confor, não é só um significado ou conteúdo, ela expressa uma
significação contextual que aí está sendo chamado de significância. Neste
sentido, o polinômio está num crescendo, está dentro de uma lógica dentro da
conformática ou da semiologia. Resposta
(WV). Ela deu uma aula de semiótica. Agora, eu vou dar a minha opinião
para defender o meu texto. Porque é que eu coloquei a palavra significância?
Porque às vezes a gente está perdendo tempo com isso, está usando a semiótica
num assunto que não vale toda essa temática. Então, eu quero que ele tenha uma
significância, porque ele pode ser
totalmente insignificante. A intenção é essa. Está perfeito, tudo o que você falou.
Resposta (RCC). Foi
feita uma pergunta técnica. Então, dentro da pergunta técnica da semiótica, eu
estou mostrando que o crescendo chega à significação. Nesse caso, da forma como
está sendo explicitado, tem uma lógica, deu um salto. Dentro da génese da
ciência, seria a significação. Resposta
(WV). É um salto quântico da ideia. Tudo é um processo de quantidade. (Tertúlia 0960; 1h:47m).
Pergunta. Como é que a gente faz para encontrar a palavra mais certa para a expressão
da ideia? Resposta (WV). É
tentar, tentar, tentar, tentar. Escrever, escrever, escrever. E ampliar o
vocabulário, tudo o que você puder. Ampliar, ampliar, ampliar. Sempre tem
outras palavras que você ignora. Uma coisa boa é ler o dicionário. Ler
dicionário. Eu coloquei muita gente lendo o dicionário. Inclusive, dei
dicionário, na época do Centro da Consciência Contínua. (Tertúlia 0960; 1h:50m).