Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Tertúlia 0954 - Reencontro secular

  

Tertúlia 0954, Reencontro secular, YouTube, canal Tertuliarium, https://www.youtube.com/watch?v=VBr_kITdwqU, publicado em 05 de maio de 2013.


Quando a gente vai ler um livro de pesquisa, alguma coisa de filosofia, de sociologia, de política, principalmente quando o povo é da França, eles só falam em processos franceses e não saem de lá. Eu (WV) acho que uma das coisas piores que tem é um analista que não é universalista. (...). O Alexis de Tocqueville, do século XIX, fez uma série de considerações sobre a escravidão e a democracia nos Estados Unidos. Ele foi muito rigoroso e universalista para estudar os americanos. Passaram-se alguns anos e ele foi estudar processo da França com a Argélia e ele não usou o mesmo rigor. Ele puxou a brasa para a França, passou por cima, suavizou. Eu já tinha visto isso mas não sabia que ele está sendo considerado como o pior de todos eles ((referência aos intelectuais franceses da época)). E isso tudo começou com o Rousseau, extrafisicamente. Eu estou falando essas coisas porque eu estou estudando isso há muito tempo. Eu segui as coisas do Rousseau extrafisicamente. Depois que ele dessomou, ele ajudou (muito), inclusive foi um dos mastermind, indiretamente, da Revolução Francesa. Para você ter uma ideia, há um autor brasileiro ((referência a José Pereira da Graça Aranha)) que coloca que tem duas pessoas na história humana que lhe chamaram muito a atenção: uma foi Jesus Cristo e a outra foi Rousseau. É uma coisa séria, para a gente estudar. Agora veja: foi justamente isso que ele fez, extrafisicamente. Ele começou a ficar muito apaixonado pelo processo França e não teve universalismo. (...). Ele já tinha uma tendência para isso – tinha problemas com a família – e foi um custo até ele mudar. Ele mudou agora, depois que eu estou neste corpo, nesta vida. (...). Todos eles ((referência aos intelectuais franceses)) seguiram a linha de Rousseau. Os franceses são muito cheios de si. Hoje eles gozam do prestígio que acumularam durante séculos. Hoje não tem aquelas grandes cabeças que havia na França (...) mas eles são muito fanáticos e bobocas. Um dos maiores, que eles consideram, é Sartre, do Existencialismo – que vivia de cigarro na boca, todo esquisito. (...). Quando um autor fica puxando brasa para a sardinha particular dele, isso é horrível. Nós temos que ser universalistas, ter abertismo consciencial. Eu quero mostrar para vocês, baseado nos fatos historiográficos, como é difícil a gente ter abertura de consciência. A tendência da gente é puxar a brasa para a nossa história, para a nossa língua pátria, para a cultura (do lugar) onde nascemos, para os hábitos, a etnia… isso tudo é bobagem! não existe, por exemplo, uma raça, uma nação, um país que seja superior aos outros, tecnicamente falando. Isso tudo é bobagem, é racismo, está errado. Então esse processo de segregar a situação intelectualmente, estigmatizar as coisas, não é o ideal. A gente tem de evitar isso ao máximo. (Tertúlia 0954; 0h:11m).

Pergunta. Tem alguém encarregado de fazer a ligação da consciência ao soma na ressoma, ou é simplesmente afinidade energética? Resposta (WV). Isso é tipo tactismo. Em matéria de energia, as coisas funcionam quase que automaticamente. (Tertúlia 0954; 0h:17m).

Pergunta. Estou registrando meus sonhos, analisando. Percebo que a maioria da situação gira em torno da igreja, belicismo, conflitos interpessoais e de carácter sexual. Como decidir entre conflitos psicológicos oníricos, projeção semiconsciente ou retrocognição? Resposta (WV). O ideal é ver todos os fenômenos que eu falo no Projeciologia. Vê um por um – eu faço lá uma síntese de cada um. São 54 fenômenos. Através desses fenômenos você coloca o seu critério de análise e descarta tudo o que seja excessivo. A primeira coisa que a gente tem que fazer é a projeciocrítica e o registro disso, que é a projeciografia. Isso é o que eu acho que você deveria fazer imediatamente. O livro Projeciologia tem todos esses dados – dá para encaminhar você. (Tertúlia 0954; 0h:18m).

Pergunta. Poderia comentar algo a respeito da veracidade ou não quanto à existência da cidade baratrosferica que coincide com “A Cruzada”, da qual teria sido Hitler um dos Prefeitos? Resposta (WV). Isso é uma besteirada! Não estou de acordo, não conheço, nem quero saber porque eu já ouvi um monte de besteiras iguais a essa através da minha vida inteira. O Hitler, prefeito? Só se for da baratrosfera… que besteira é essa? No meu ponto de vista, não perca tempo com isso. Vai ler uma coisas mais sérias. Essa é bobagem. (Tertúlia 0954; 0h:19m).

Pergunta. Poderia comentar sobre o trinômio paracicatrizes psicossômicas–vincos mnemônicos–gatilhos retrocognitivos? Resposta (WV). Paracicatrizes psicossômicas: aquilo que a pessoa já teve em vidas anteriores e que vincou o seu processo emocional é que são as paracicatrizes do psicossoma. Vincos mnemônicos: aquilo que a pessoa tem que forma sempre alguma lembrança sem (ter havido) ainda uma catarse, uma melhoria. Gatilhos retrocognitivos são coisas que vêm dessas cicatrizes e desses vincos que instalam ou detonam ou desencadeiam alguma lembrança maior na pessoa, em matéria de retrocognição. Uma das coisas que ocorrem também, é quando a pessoa vai a determinados lugares, (onde) tem uma forma holossomática que ela (desconhecia), que a envolve e cria problema, quase sempre de base emocional, mas que pode ser também de base intelectual. Isso varia muito. Então, não se pode esquecer a forma holopensênica. (Tertúlia 0954; 0h:20m).

correção do curso evolutivo pessoal e grupal é o que estamos tentando fazer. Porque a maioria tinha um curso evolutivo um pouquinho fraquinho. Com o curso intermissivo, esse outro curso evolutivo foi retificado. Então, a diretriz, a orientação básica de tudo aquilo da pessoa, mudou. Por exemplo, a maioria de vocês aqui não pensava nesse processo de evolução: uns pensavam em estética; outros em arte; outros em processo de sociedade; outros em bem-estar social, bem-estar próprio e outras coisas mais. Vocês veem como o assunto ‘evolução’ bate aqui dentro. Isso é devido ao nosso passado: a gente retificou, mudou para melhor, fez uma reciclagem nesse itinerário, nesse trajeto, nesse roteiro - que são os vieses básicos que a gente escolhe para evoluir. (Tertúlia 0954; 0h:21m).

Pergunta. O reencontro secular pode ter cunho romântico e acarretar o rompimento de compromissos anteriores? Resposta (WV). Isso é o que acontece mais. Pergunta. Poderia ser fruto de imaturidade? Resposta (WV). Total. Total. Quem é que nunca ouviu falar na outra? Quem é que nunca ouviu falar no triângulo amoroso? Isso é o que acontece mais. Um “cara” com 17 anos (disse-me que arranjou uma dupla e eu respondi-lhe que estudasse, que fosse com calma, que fosse à Europa, já que tinha dinheiro, para ver outras paisagens porque senão ele engajava-se naquela situação, arranjava filhos, e três anos depois encontrava com “a real”. (...). Depois do divórcio, tudo se complica. A rigor, ninguém veio para cumprir uma proéxis ou maxiproéxis com divórcio no meio. Quando tem divórcio, “entrou areia”. “Areia” precipitada, entrou antes da hora alguma coisa que não era para ser. (Tertúlia 0954; 0h:22m).

Pergunta. O trabalho que se está fazendo sobre o Cristo Espera Por Ti, seria um exemplo de recaptura das referências das pessoas? Resposta (WV). É um exemplo. Só que ali, nós estamos estudando outrem. Agora, você tem que estudar outrem mais você, no meio do contexto. Lá no livro, não permite a inclusão de você no meio, você apenas tem um espelho. Então, é uma pesquisa especular, direta, por tabela, ela é “bate e volta”. No normal da nossa vida, (quando) você, por exemplo, encontra com uma pessoa e tem uma certa antipatia por ela, abre o olho, porque essas, geralmente, é que são “as cartas marcadas” e as “figurinhas difíceis” que você tem que colocar na coleção. Entendeu? Aquela antipática é a “figurinha difícil”. (...). No estudo que o Osmar está fazendo do Cristo Espera Por Ti, ele está detalhando as minúcias, as nuances. A nuance é uma coisa muito séria nisso aí, o detalhismo, a tenuidade do assunto. Então, o estudo do Cristo Espera Por Ti, tem um aspeto que ultrapassa a nossa técnica do detalhismo. Todos deveriam estudar aquilo. O Osmar já está estudando há quantos anos… vale a pena ver. Pergunta. E além desse indicador da antipatia imediata e da simpatia também, qual seria outro indicador interessante de se ficar mais atilado? Resposta (WV). A afinidade. A afinidade que a pessoa tem do ponto de vista intelectual, (a aplicação do) binômio admiração-discordância. Você admira a pessoa (num aspeto) mas discorda (noutro aspeto). Às vezes, emocionalmente você está contra a pessoa e intelectualmente você assina em baixo tudo o que ela está fazendo. Isso, nós temos que levar em consideração. Eu sou um dos únicos que fala muito no binômio admiração-discordância, por aí quase não se fala e ele é importantíssimo, ele é muito relevante para examinar (a recaptura das referências das pessoas). De modo geral, tem certas coisas na pessoa, aquilo que o povo chama de ingresia – algo que a pessoa tem que dá intolerância, idiossincrasia, alergia, histeria, ou qualquer “ia” dessas. Alguma coisa que não caracteriza, que você não conseguiu especificar. Que é que o fulano tem? Que é que a fulana tem? Tem uma coisa que bate comigo… o quê? Esse “algo” é a diferença da mudança de corpo. Mudou o soma. Entendeu? O pior da história é quando você encontra com uma mulher que tinha sido homem antes - e hoje ela é uma mulher, toda feminina e mãe de família. A pessoa conheceu um homem e (encontra agora) uma mulher. (...). Vocês estão vendo a importância de estudar o reencontro secular? A retrocognição está aqui dentro, totalmente – não pode fugir. (Tertúlia 0954; 0h:24m).

Pergunta. Você tem experiência pessoal de reencontro secular de cadáver? Resposta (WV). Alguma coisa. Existem condições difíceis nisso e às vezes não é só cadáver. Você já viu o museu Madame Tussauds ((referência a museu de figuras de personagens famosos feitas de cera))? Existem determinados museus “com essa coisa toda” que é um “senhor problema”. A primeira vez que eu fui ao Museu Britânico, na parte do Egipto, eu tive retrocognição lá dentro. Eu cheguei lá e o nosso amigo Tao Mao (recomendou que me sentasse ou, se não pudesse sentar, ficasse quieto num canto exteriorizando energia). Você sabe que a primeira coisa que tem lá é a pessoa saindo do corpo (representada por) um passarinho – o Ka. Eu tive contacto com uma das múmias que eu vi na ocasião… gente com quem convivi… reencontro secular. (Tertúlia 0954; 0h:29m).

Pergunta. No dejaísmo parapsíquico, pode ocorrer a rememoração por uma projeção ou pela vivência naquele local. Resposta (WV). Pode. E outras coisas mais: ((imperceptível)), tela mental, pangrafia… Pergunta. Na hora em que mistura tudo, na prática, como diferenciar a origem de um ou outro? Resposta (WV). Uma pessoa tem que anotar tudo e descartar a emoção. Tem que ter uma frieza absoluta para examinar isso, senão não adianta.  Ou ela tem que ter muitos fenómenos, muitas vivências sucessivas para ela descartar os excessos. (Tertúlia 0954; 0h:32m).

Pergunta. Na frase enfática «Na maioria das ocorrências dos reencontros seculares, a conscin, homem ou mulher, não dispõe de lucidez retrocognitiva suficiente para identificar e aproveitar o fato transcendente» (Vieira, verbete Reencontro secular), você destaca a questão de que a maioria não passa pelos reencontros por não ter lucidez. Resposta (WV). É isso que eu estou dizendo. Uma das coisas que precisava era estudar isso mais. O povo tem muita dificuldade para isso. (Tertúlia 0954; 0h:33m).

Pergunta. Uma vez o senhor comentou que uma boa parte do povo que fez o curso intermissivo foi pelo fruto de ter produzido alguma coisa útil, em termos de livro, ou outra produção. Resposta (WV). É, mas a maioria também por causa de assistência. Quando a pessoa começa a fazer assistência sem puxar muita brasa para a etnia… quando deixar de ter aquele dogmatismo estridente, peremptório, já começa a “ficar de vez” para o curso intermissivo. É o universalismo inicial dando os primeiros passos. Pergunta. O que é que o você poderia chamar mais a atenção de relevância para esse cuidado, que é que poderia trazer mais de aprendizagem, de destaque ali? Resposta (WV). Eu penso que é importante a pessoa saber quando os amparadores vêm, pelo trabalho que ela vai fazer ou está fazendo. Eles dão apoio nessa situação, se a pessoa se predispor. A primeira coisa mais séria que tem com o amparador é se uma pessoa se predispõe ao amparo de função daquele trabalho. Se ela não se predispor, como é que o amparador vai chegar? Tem que abrir os canais, como nós falamos. Abrir os canais do microuniverso consciencial para a pessoa captar essa influência. Quando há um contacto desses, em que há realmente uma interligação, a intervenção do amparador pode ser bem suave e pequena e (ainda assim) funciona. Você está entendendo isso? A primeira coisa é o abertismo consciencial: não ter apriorismose; não ter preconceito; não ter já a cabeça feita a respeito disso ou daquilo, mas ficar com a cabeça aberta. A cabeça fica igual a aeroporto: recebe todo o tipo de avião. Avião, é o pensamento que tem que aterrissar. Isso é que é o ideal. Pensa nisso. Vê se tem lógica, o que eu estou falando. (Tertúlia 0954; 0h:34m).

Pergunta. O senhor poderia falar mais alguma coisa sobre os problemas geopolíticos pessoais? Resposta (WV). Isso sempre implica na vida daquela pessoa que teve em vida anterior mais recente algum processo político ou que viajou muito, que teve muito contacto com locais, cidades e culturas diferentes. Você já deve ter percebido que as pessoas às vezes são muito apaixonadas a respeito de locais. Aqui no Brasil é muito comum, principalmente em S. Paulo, a pessoa ter o sonho dourado de ir a Itália. A essas pessoa eu dizia: -”Não comece a sua tenepes enquanto você não for a Itália”. Senão, os assediadores vão começar a pegar aquele ponto fraco da pessoa. Porque aquilo é um ponto fraco (mesmo sendo a favor da Itália) porque ela não tem ainda o domínio daquele assunto. Por exemplo, ela está estudando uma coisa com toda a lucidez, com muita racionalidade – tocou na Itália, a emoção (já fez com que ela virasse bicho). Se falou mal… Isso é terrível, em matéria da geopolítica. Geopolítica do passado. Eu também sei das minhas coisas pessoais: me chamaram para ir à Rússia com viagens pagas e eu não quis ir; me chamaram para ir à Índia e eu também não quis ir; eu também não quis ir à África do sul, na época do apartheid. Eu não sou contra esses países ou essas etnias ou esses povos. Não. É que eu não queria me envolver com casos que me iam criar problemas depois. A própria Inglaterra tem lugares que eu depois de me conhecer bem, saber das coisas e ter retrocognição, eu não queria ir lá para não perder tempo com o meu processo de passado. Porque se eu chegasse lá, podia encontrar umas coisas que me envolvessem demais – eu ia querer fazer assistência mais para aquele povo do que para outro. Você está entendendo? Puxar a brasa para a minha sardinha. Então, essas coisas todas são o processo do reencontro secular e tem a geopolítica atravessada na garganta da gente. (Tertúlia 0954; 0h:36m).

Penates eram os espíritos lares, os espíritos domésticos, que ajudavam, na mitologia grega. Então, penates significa o doméstico, a sua origem, quando você volta à sua terra natal. Voltar a penates é voltar à terra natal. Neste caso, é a terra natal da vida anterior, da vida atrasada, da vida re-atrasada… isso é a volta a penates. Eu já falei aqui que uma boa parte de vocês, se vão à Europa vão ter a volta a penates. (Tertúlia 0954; 0h:39m).

Uma pessoa perguntou-me esta semana quanto tempo um animal doméstico demora para ressomar. Eu respondi, no caso, o que precisava. Depende. Depende do que é e da estrutura que tem. Você tem que lembrar que eu vi o reencontro secular com o gato que a gente tinha. Ele se transfigurou todo e eu vi – ele era modelo de gárgula, quando eu fazia as gárgulas lá na Europa… cada um faz o que pode…. reencontro secular… (Tertúlia 0954; 0h:41m). Tem gato e tem cachorro, mas principalmente cachorro, que já tem atitudes negativas como chantagem emocional. Tudo isso somos nós… Quem é bicho? Nós todos. (Tertúlia 0954; 0h:44m). Pergunta. A tendência é de haver provavelmente um rapport entre nós e os animais que criamos talvez de uma vida passada? Resposta (WV). Não. A maioria vai rodando, rodando, como no jogo da roleta. (...). (Tertúlia 0954; 0h:45m). Uma amiga minha (WV) que fazia telenovela, de quem o Chico Xavier também gostava muito, tinha essa conotação com bicho, do jeito que eu tinha. O nosso contato foi justamente por isso. Ela ia muitas vezes a Uberaba só para conversar comigo, porque ela sabia que eu atendia muito bicho, muita criança, muita gente…. uma loucura. Eu depois visitei a casa dela e constatei que os bichos estavam lá, do jeito que a gente constata (quando vai ver) um lugar de poltergeist, um lugar de assombramento.... Eu fui lá para ver os bichos e eles estavam lá. Todos os que tinham morado com ela e tinham morrido, estavam todos lá. Eu descrevia o cachorro que via (e ela dizia o nome dele ou dela). Ela disse que eu era um dos únicos que via o que ela vivia falando. Ela tinha um problema sério – era ectoplasta – e às vezes estava com um estigma na testa e no nariz. Era por isso também que ela atraia os bichos – é o meu caso, por causa de ser ectoplasta. Eu viajei e quando cheguei (disseram-me que ela tinha morrido devido a uma queda) na escada. Está na cara que alguém acabou com ela. É a mesma coisa desse monte de médiuns de efeito físico no Brasil. Ela foi mais uma. Ela foi muito bem encaminhada. Era uma grande personalidade, fazia o bem, ajudava “todo o mundo”. Logo depois que eu fiquei sabendo disso, encontrei com ela fora do corpo e ela estava ótima. Isso já faz muitos anos. Ela era de Belo Horizonte. (Tertúlia 0954; 0h:46m).

O encontro inesperado na maxiproéxis (acontece quando) a pessoa acrescentou uma coisa nova que não estava dentro da programação dela – quando aparece alguém ou alguém resolveu acertar a situação. Outra coisa: raciocina sob (o seguinte) aspeto sutil. Aquela pessoa que ela encontra, não fez curso intermissivo. Pensa sobre isso e olha o plot, olha a armação, olha o roteiro, olha o cenário! Ela apareceu porque alguma coisa atingiu – é aquela que vai fazer o curso na próxima intermissão. Ela não fez antes, mas ela tem relação com a “turma”. Tem gente que já apareceu aqui em Foz, assim. Aquilo não estava marcado, aquilo foi espontâneo… é o parainstinto... é positivo, porque ela veio para uma coisa melhor. A gente tem que dar mais atenção para essa pessoa. (Tertúlia 0954; 0h:49m).

Pergunta. Você sempre fala da recomposição grupocármica. O que é que seria a (recomposição) maxiproexológica? Resposta (WV). Pensa nas pessoas que que se afastaram. Depois pensa naqueles que voltaram: primeiro revoltaram e depois re-voltaram ((gracejando)), regressaram. É o retomador de proéxis. Não é retomador de tarefa, é especificamente de proéxis. (...). A elencologia é na base, não de super, mas de macro. Pergunta. Mas o retomador de tarefa e de proéxis, seriam sinónimos? Resposta (WV). Até um certo ponto. Às vezes não é bem. Às vezes é uma tarefa que a pessoa está fazendo que é coisa, muito específica daquela pessoa com outra (da família). Pergunta. Mas geralmente você usa como (sinónimo). Resposta (WV). O que é que que a pessoa faz dentro da CCCI ou das nossas coisas que não envolva a proéxis? Em tese, você tem razão, mas o que eu quero dizer é o seguinte: não é bem assim, há uma leve nuance de diferença. (…). Proéxis é uma coisa no fim; tarefa é uma coisa de agora. Ninguém sabe se ela vai chegar lá ou não, se ela está consciente da proéxis dela ou não. Eu conheço gente que já desertou três vezes da Conscienciologia: alguns já voltaram; alguns revoltaram ((gracejando)). Essas coisas ((referência a retomar a tarefa e retomar a proéxis)) são diferentes. (Tertúlia 0954; 0h:50m).

Pergunta. No polinômio mnemônico compreender-adquirir-conservar-lembrar, a minha dúvida está na conservação. Resposta (WV). Conservação é retenção mnemônica. Porque hoje as pessoas pensam que têm muita memória e não tem nada, o que está ajudando é o computador. Pergunta. A absorção do aprendizado que você retém na sua memória, com o passar do tempo você vai perdendo. Resposta (WV). É bom estudar o processo da neurociência: como é que é feita a retenção no cérebro. Porque a pessoa vai ver mais detalhes da técnica de retenção. Pergunta. Mas eu queria saber do senhor, técnicas para conservação do que você reteve. Resposta (WV). É falar aquilo o mais possível, repetir, repetir oralmente, repetir por escrito, repetir por leitura. O primeiro passo é ver as palavras-problema e depois dessas, ver o resto. “Todo o mundo” tem palavras-problema. Pergunta. Na realidade, eu tenho dificuldade com algumas palavras. Porque é que acontece isso, exatamente? É um processo cerebral? Resposta (WV). É um problema cerebral da gente e também a diversificação da vida moderna que tem estímulos demais e desvia a cabeça do povo. Pergunta. Mas seria uma falta de priorização da técnica de retenção? Resposta (WV). Tem isso também, mas o problema todo é a diversificação de estímulos. Há muito excesso nesse processo e a pessoa não se fixa no prioritário. Pergunta. Uma coisa que eu observei, dessas palavras-problema, é que às vezes, associando-as com outras coisas, melhora. Resposta (WV). Melhora. Isso é uma das técnicas da mnemotecnia. (...). “Todo o mudo” precisa de registar, anotar. Hoje, o laptop já ajuda o processo da memória. Agora, o que tem de memória falha por aí… eu acho que as pessoas, de um modo geral, fora da CCCI, têm em média mais hipomnésia do que memória. É muita gente com hipomnésia, que esquece tudo! Memória de todo o tipo: memória numeral, memória nominativa, memória visual, pictográfica, fisionômica. (...). Eu às vezes falho muito na memória, você sabe que quanto mais idade você tem, pior fica. (...). Memória é uma coisa muito sensível. Tudo o que você faz influi na memória. É como a projeção: tudo o que você faz aqui influi quando você sair do corpo ou quando você estiver lá, na outra dimensão. Memória é mais ou menos a mesma coisa. E lá, tudo começa com a memória, que é a rememoração – a memória extrafísica. Ter duas memórias é a coisa mais difícil que tem: a daqui e a de lá. Então, a gente tem que trabalhar, tem que trabalhar, muito. (...). Examina nas suas palavras-problema, quais são as linhas de conhecimento de cada qual. Isso é o mais importante porque às vezes, tem uma linha em que você é fraquinha. O pior da história é quando a pessoa tem uma linha de conhecimento em que ela é fraca e, no entanto, é a linha profissional dela. Aí, ela está “no buraco”, ela precisa de trabalhar mais. (...). E existe a chamada paramnésia. A paramnésia é quando você começa a relembrar uma coisa que não se encaixa em nada: não tem cenário, não tem figurante, não tem galã, não tem personagem, não tem enredo, não há lembrança remota nem recente sobre o assunto. Se você for falar com um psiquiatra, ele vai logo taxar você: que você está com um processo bem alterado de DSM-IV. Mas às vezes não é: é um processo de retrocognição. Isso pode ser um reencontro secular. Então, nós temos que descartar a parte psicopatológica, ou psiquiátrica, ou psicológica, desse assunto. Isso, só você que pode fazer. São técnicas da mnemotécnica que a gente vai ter que estudar muito, por aqui. Eu falo muito em memória, já tenho uma série de verbetes sobre o assunto, com o processo mnemônico. Agora, nós temos que estudar é a holomnemônica: todo o tipo de memória que envolva a consciência. (Tertúlia 0954; 0h:54m).

Pergunta. O atrator ressomático ressoma. Depois começa a ter o reencontro das pessoas que ressomaram em função dele, do trabalho da proéxis... Resposta (WV). … é aí que aparece o amparador da tenepes, o amparador da ofiex… Pergunta. … isso pode ser também reencontro secular? Resposta (WV). Até um certo ponto, mas não é bem isso. Pergunta. Mas, por exemplo, você começou a dar palestras, num determinado momento, naquela situação que você falou que esperou duas gerações. Você tinha que falar, as ideias tinham que aparecer para que as pessoas fossem chegando. Resposta (WV). Na ocasião, o Transmentor virou para mim e falou assim: - “Quando você falou uma palavra e alguém veio falar sobre aquela palavra, você anota. Quando acontecer, por exemplo, que você esteja falando e cinco pessoas fizerem isso, a geração já começou a aparecer”. Você está entendendo a inteligência dele? Foi isso que aconteceu. Eu só cheguei a me predispor a fazer o Centro da Consciência Contínua, depois que isso começou a acontecer. Eu sondava. Teve época que eles até me chamavam para eu ir ao centro espírita e eu fui, e dava palestras sobre projeção em centro espírita lá em Jacarepaguá. Em vários lugares desses, eu fui. No início, eu era ingénuo, eu pensava que “todo o mundo” fosse aparecer novinho… e não era nada. O povo estava ali todo embutido, era tudo casca grossa. Tanto que no Centro da Consciência Contínua tinha muita gente jovem, mas também tinha muita gente velha. (Tertúlia 0954; 1h:01m).

Pergunta. Se o animal, no final da vida, foi muito bem tratado, é possível que ele ressome antes? Resposta (WV). O trato ajuda, mas a coisa mais séria não é isso, não. A coisa mais séria é o rapport que ele tem com a pessoa e o trabalho que essa pessoa exerce. Porque é preciso que o trabalho e a condição da pessoa estejam consertados e adequados para perder tempo com o bicho. Tem gente que ainda não tem capacidade de perder tempo com bicho – estão tão envolvidos com coisas tão mais grossas que precisam de acertar que não podem ainda mexer com animal doméstico, não têm capacidade para isso ainda. Um amigo meu não gostava de bichos, mas arranjou um cachorro. Ficou apaixonado com o cachorro e o cachorro com ele. De uma hora para a outra o cachorro morreu. Ele nunca mais quis chegar nem perto de cachorro nem de bicho nenhum. Isso foi um “cotoleloma”, o egoísmo dele. Ele chorou demais – um homem chorando… ele que era machão… – aquilo foi uma coisa que acabou com ele. Foi a perda de um filho. Pergunta. Os animais que são tratados muito mal não teriam mais dificuldade para ressomar? Resposta (WV). Pelo contrário, eles podem até sair para um lugar melhor. Isso não quer dizer nada. O problema todo é de rapport, das pessoas. A coisa mais séria é o rapport da pessoa e o que ela faz. Pergunta. Então se uma pessoa trata bem o bichinho, o bichinho ressoma antes, não é isso? Resposta (WV). Não tem nada que ver. É outra abordagem. (Tertúlia 0954; 1h:04m).

Um dos aspetos mais difíceis de se lidar no Direito Penal é o estado em que se encontram os detentos nos presídios. São fatos jurídica e politicamente muito difíceis de solucionar no momento. Que postura cosmoética é mais adequada para aquele que trabalha na área, já que ficamos divididos entre o abrandamento da pena, pela piedade, e a rigidez da lei? Resposta (WV). Trabalhe no sentido de fazer escola. Escola, escola, escola, escola, escola ….dê primeiro a escola para as autoridades que administram os presídios. Em segundo (lugar) dê escola para os que tomam conta do presídio, que sejam responsáveis: soldados, carcereiros, etc. Em terceiro (lugar), escola para todos os detentos. Eu recomendo ao meu amigo a leitura do livro que eu andei escrevendo por aí, que se chama Homo sapiens reurbanisatus, porque lá tem até o processo da superlotação de detentos, que é uma das piores coisas que tem no Brasil – inclusive, em Foz tem esse problema também. (...). O pior tipo de explosão, é uma explosão de gente. (...). O que precisamos mais, é a educação do judiciário. Comece pelo Supremo Tribunal Federal e de lá para baixo, porque o “negócio” está corroído é lá em cima. (Tertúlia 0954; 1h:06m).

Pergunta. Gostaria de uma orientação. Desde quando conheci uma determinada pessoa, ela me causa mal-estar, sensação de traição e falta de confiança. Nesta vida, ela nunca fez nada que a desabonasse. Não quero, nem amar nem odiar, desejaria que houvesse pacificação. (...). Qual a assistência adequada, neste caso? Resposta (WV). Quem está perguntando é uma mulher falando de outra. Olha, isso que está acontecendo com você, é coisa de mulher que deve ter vindo da monarquia. É preciso você acabar com as intrigas da corte que ainda continuam. São as intrigas da corte. Abençoa, passa por cima, vê o que é que ela gosta, dá presente para ela: alguma bijuteria, alguma coisa de casa, uma roupa, um prato de culinária francesa… Pacífica, ajuda, e vai em frente. Só tenho uma pergunta: Você é obrigada a viver com essa mulher? Se for, a coisa é pior do que eu estou falando. (Tertúlia 0954; 1h:09m).

Pergunta. Sou separado. Após a separação, minha vida mudou totalmente. Tenho uma nova pessoa hoje, que combina 60% comigo. Mantenho contacto com a ex dupla até hoje e de forma amigável. É possível ser completista em uma situação dessas? Resposta (WV). Perfeitamente. Porque não? Tudo é possível. Ajuda urbi et orbi, tudo o que você puder. (Tertúlia 0954; 1h:10m).

Pergunta. Quando não dá certo a formação da dupla evolutiva no começo da vida adulta, como se procede o encontro com o outro homem ou a outra mulher, futuros parceiros da seriex? Existe alguma influência de orientador evolutivo? Resposta (WV). Se a pessoa merece, se ela ajuda muito os outros, sempre tem ajuda de função. Seja no caso pior do mundo, sempre tem, se a pessoa começou a mudar e ela mostrou uma reciclagem. Pode ser até um assassino. Eu já vi gente que tinha matado outro, que resolveu mudar, realmente mudou e começou a ajudar os outros. Tinha assistência. Você via a aura do “cara” e tinha melhorado. E eu tinha visto o “negócio” quando a situação era “ho-rro-rí-vel”, com a nuvenzinha plúmbea de tempestade em cima dele. Ele era um “cara” que chegava e o teto caia na cabeça da gente. Depois disso, ele limpava por todo o lado que ia. Se uma pessoa quer, existe a técnica de mais um ano de vida, em que muita coisa pode mudar na vida da pessoa. (Tertúlia 0954; 1h:11m).

Pergunta. Você já falou mais de uma vez sobre a pessoa realizar o sonho dourado de consumo de viajar. Eu queria saber se isso vale só para esse caso que tem a questão do rapport com o sonho dela ou se se aplica a outros casos. Resposta (WV). Toda a pessoa deve ler muito e toda a pessoa deve viajar. Eu não estou falando de viajar muito, de ter dromomania, mas de ver outras plagas, outras terras, que isso ajuda a cabeça dela em matéria de etnia e universalismo. A coisa é tão séria que, no curso intermissivo, conforme o tipo da pessoa que era muito arraigada e apegada a certas coisas, eles a levavam para outro planeta, para ver como é que era – porque a humanidade é maior do que esta nossa. Então, é importante certas pessoas viajarem. Tem certas pessoas que são tão arraigadas, bairristas, com interiorose (como o caso de uma pessoa que recusou uma viagem ao Japão, em que eu ia, porque não falava japonês nem inglês). A pessoa sentia-se insegura com a viagem. A viagem aumenta a autossuficiência, a autossegurança da pessoa. Se a pessoa tem um certo dinheirinho, ela pode fazer uma viagem em que ela não tem problema de nada, Em todo o lugar que ela chegar vai ter translado, vai ter gente que espera, vai ter gente que leva, vai ter gente que traz, vai ter tudo à mão, tudo mastigado, só falta engolir. Eu mesmo fiz viagem assim, mesmo conhecendo o país, para andar rápido. Eu às vezes tinha só uma semana para estar fora do Brasil. Eu chegava ao turismo no Bradesco, (dizia ao gerente, que era meu amigo, para onde queria ir e o tempo que tinha), chegava e tinha gente por tudo quanto é lado. Numa semana eu resolvia tudo, (mas gasta-se) mais dinheiro porque tem que pagar os translados. Pergunta. A minha dúvida é se a gente pode usar esse princípio para outras coisas, a outros sonhos dourados que a pessoa tem e que ela não consegue realizar. Resposta (WV). Nunca (se deve) fazer viagem apenas por turismo, mas fazer excursões que sejam de estudo, com sentido. Turismo por turismo, o que eu chamo de gado, isso é muito ruim – o gado no curral. (Tertúlia 0954; 1h:13m).

Pergunta. A pessoa tem extrapolacionismo e chega a um determinado nível. Passado algum tempo, ela (volta a ter extrapolacionismo) e aquilo dura mais tempo. Então, a tendência é que sempre o tempo (do extrapolacionismo) vai ser maior. Para sair da condição de “sem extrapolação” para a condição de isso ser a realidade da pessoa, vai ser quando aquilo se torna rotina? Resposta (WV). Não. É a hora em que a pessoa se dedica àquilo. O extrapolacionismo acontece para a pessoa fazer aquilo por si mesma. Te vira. Eles estão dando a indicação: - “O seu próximo passo é esse - faz isso que você já está vivendo”. É aquela pessoa que (pega na sua mão e (diz como é que você tem que escrever). Depois solta (a sua mão para que você escreva por você). Dá a indicação do próximo passo, da conquista parapsíquica que (você) precisa. Eu estou falando no extrapolacionismo parapsíquico, energético. (Tertúlia 0954; 1h:16m).

Pergunta. Haveria um momento específico, de viagem, ideal para provocar mais fortemente… ((referência a retrocognições de vidas passadas))? Resposta (WV). Você não provoca, você é provocado. Você chega, observa tudo e vê o que é que acontece. Não tem que provocar nada. É o ambiente que vai provocar você. Pergunta. Mas, de certa forma, você é que vai decidir viajar para lá. Resposta (WV). Isso é outra coisa. Eu estou falando para quem (já) está lá, quem já viajou. Pergunta. Se você já sabe que tem um rapport com aquele local… Resposta (WV). … você não sabe bem… Pergunta. … você tem ideia… Resposta (WV). ...iiiiisso varia muito… ao infinito. Não é assim, não. Há tanta ilusão romântica e fantasista nessa história… Tudo é diferente. Quase sempre a pessoa pensa aquele lado que ela acha que é o melhor, porque está no cinema, porque é o artista tal… isso tudo é bobagem. A realidade nua e crua, (está) bem longe da fantasia. Pergunta. Um dos objetivos que você poderia colocar nessa viagem ou até numa itinerância internacional, seria de estar atento aos reencontros seculares. Resposta (WV). Você tem que fazer uma viagem como uma excursão científica (para ver) coisas que você não conhece. Porque uma viagem bem feita equivale à leitura de dezenas de volumes de uma biblioteca. E é para o resto da vida. Às vezes a pessoa tem muito mais uma memória pictográfica do que uma memória de leitura, para fixar a ideia. Então a viagem é uma biblioteca ambulante que você está lendo, sem perceber, com a maior naturalidade.  Não se deve fazer viagem excessiva ou sem motivo. Viagem de avião excessiva é perigoso. Uma viagem apenas levianamente, frivolamente, por frivolidade, por trivialidade, por besteirada, isso não vale a pena. Viagem de avião é coisa séria, muito séria. Eu já contei aqui o caso daquela médium do espiritismo, que era muito minha amiga, que viu que eu estava fazendo viagem demais. Eu, nessa ocasião, fazia não só viagens ao exterior como toda a semana eu tinha que ir a S. Paulo e escolhia ir de avião – quando um dia eu estava fazendo a viagem de carro e não estava dirigindo, eu tive o maior acidente da minha vida. Eu fazia sempre pela ponte aérea. Eu viajei com um monte de artistas porque todas as semanas eu ia e voltava. Teve semanas que fui duas vezes a S. Paulo. Eu tinha uma casa em S. Paulo e outra casa no Rio. Essa médium falou que eu estava dando muito trabalho para os amparadores nessas viagens. Com o tempo, eu diminuí as viagens. Eu nunca fiz viagem apenas por turismo ou apenas para ver as coisas – sempre fui fazer alguma pesquisa. Eu aprendi isso muito cedo porque a primeira viagem que eu fiz fora do Brasil foi para ir a Buenos Aires numa excursão científica. Aquilo me criou um padrão. Aquela viagem me ajudou muito, eu nunca pude esquecer nada. Quando você faz uma viagem a um lugar desconhecido, você lembra de todos os detalhes, você fixa tudo, por isso é que uma viagem é uma leitura detalhista da realidade humana. Pergunta. Eu comentei isso porque eu poderia colocar como meta, por exemplo, ter mais itinerâncias para poder começar a fazer esse rapport mais forte com esse povo do passado. Resposta (WV). A itinerância não é para isso. A itinerância é para a pessoa crescer sob todos os aspetos porque ela vai ter assistência extrafísica. (Mesmo) a pessoa que nunca teve assistência extrafísica, vai ter um amparador quando ela for professora itinerante, principalmente naquele período da itinerância. Na hora em que ela tiver que fazer uma reunião, às vezes executiva, o amparador vai estar lá com ela e ela vai sentir isso tudo. Quando ela der uma aula e o povo fizer umas perguntas cabeludíssimas, o amparador vai estar lá, inspirando-a. Muita gente cresceu por causa da docência itinerante, eu sempre recomendei isso. E a gente é que começou isso no Instituto, para valer. O primeiro problema que eu tive foi que, para gastar pouco dinheiro, queriam mandar “todo o mundo” de ônibus, mas eu falei: - “Não. Tem viagem que tem (de ser feita) de avião, para andar rápido e (dar) tudo certo. E a pessoa tem que ter um relativo conforto”. (Tertúlia 0954; 1h:18m).

Pergunta. Waldo, você falou que o Transmentor falou para você que se alguém fixasse aquela palavra ou perguntasse da palavra, era para entender que as pessoas chegaram. Eu queria entender mais isso… (tinha a ver com) neologismo? Resposta (WV). Não é bem neologismo mas, por exemplo, há pouco um amigo nosso perguntou o que era a expressão “volta a penates”. Não é neologismo, é (expressão) cultural, mas que quase sempre diz respeito ao ambiente, à etnia, à cultura específica e, no meu caso, e de “todo o mundo“ aí, ao parapsiquismo, por causa do curso intermissivo. Pergunta. Então, aquela palavra trazia uma evocação do curso intermissivo, que fazia com que você achasse que a gente ia chegar? Resposta (WV). Quase sempre. Mas às vezes pode ser da vida da pessoa ou alguma coisa nesse sentido. É uma senha. Pergunta. Como é que é o trânsito dessas palavras, de lá para cá e daqui para lá, no sentido de elas se fixarem multidimensionalmente? Por exemplo, você fala “seriex” - já não fala reencarnação – e fala“pensene”. Como é que se cria essa comunidade extrafisica? Resposta (WV). É tirar a conotação da prostituição. A palavra está prostituída, está envilecida, tornou-se vil. Então, você coloca aquela ideia, sem prostituição. Isso é muito sério. Por exemplo, Alan Kardec usou o termo “reencarnação” que já era usado no Oriente. “Seriex” é um termo muito mais técnico, estou falando sobre serialidade e o povo não tem dificuldade em traduzir. Serialidade das vidas sucessivas. Pergunta. Mas a minha pergunta é: já tem grupos de consciexes que naturalmente usam esses termos? Resposta (WV). Não, o caso é o seguinte: quanto mais evoluídas são as consciexes, mais elas usam telepatia. Telepatia é a interlíngua, não precisa de língua, elas entendem tudo. Aí é o processo de conceito. Então, o problema da semântica já foi para o espaço. No nosso caso, temos que considerar a orismologia, a terminologia e a nomenclatura. E outra coisa: querendo ou não, a gente está abrindo um campo, um caminho sobre esse assunto, que não havia antes. (Tertúlia 0954; 1h:24m).

Recomposição cosmoética é quando a pessoa se desviou muito, mas chegou à conclusão que estava na hora de mudar. Então, a primeira coisa que ela tem que fazer é melhorar o processo ético, moral, da história dela. Ela às vezes tem que se recompor com os ambientes, com as ideias, com as pessoas, com o povo mais chegado, com os interesses, com as metas, com os objetivos da vida. Ela tem que se compor novamente, tem que voltar para aquele povo com quem ela brigou, para o outro que ela vitimizou... tem que dar um jeito nisso. Isso é uma das coisas piores que tem, esse tipo de recomposições. Cosmoética é aquilo que diz respeito à moral, processo ético, aquilo que faz a pessoa ter a consciência pesada, que dá autoculpa, que cria problema nesse sentido. Praticamente, nós todos estamos nessa. Em matéria de recomposição, aqui não tem ninguém que escape, “todo o mundo” precisa de recompor alguma coisa. Alguém acha que não? Levanta a mão! É difícil (mas) está ótimo, porque nós já pensamos nisso, já falamos nisso e já queremos mudar. A maioria nem sabe que está assim ou que precisa de fazer essa recomposição. Então, a nossa condição está até muito boa. Quando a pessoa vai falar comigo que está desanimada eu falo que ela olhe para os lados e para a família consanguínea. (Tertúlia 0954; 1h:27m).

Pergunta. Sou (...) que estou esperando os últimos preparativos para o meu livro Sempre é Tempo, que é uma reciclagem existencial na terceira idade. Tive um encontro com esse moço que foi meu marido nesta vida, quando estava fazendo uma assistência a alguém que nunca havia visto na minha vida. Ele me ajudou a assistir a moça e ficamos juntos 45 anos. Foi o meu amparador intrafísico, me ajudando a voltar a ser gente outra vez, porque eu estava “no fundo do poço”. Gostaria de ouvir uma resposta, pois ainda não tenho o meu parapsiquismo desenvolvido, para saber até onde posso contar, se foi ou não um encontro marcado. Resposta (WV). Está difícil dar palpite nisso. Eu não tenho competência, minha amiga, para falar nisso. Tem que ver mais detalhes da história. Olha detalhes, penteia com pente fino todos os fatos e acontecimentos do início até ao fim. Se você chegar aqui, a gente conversa da boca para o ouvido e eu vou fazer umas perguntas de alcova e outras fora de alcova que podem clarear mais, mas eu aqui não posso falar nessas coisas. (Tertúlia 0954; 1h:33m).

Pergunta. Favor explicar a “recaptura das referências das pessoas”. Resposta (WV). A “recaptura das referências das pessoas” é a hora que você vê hoje uma pessoa que está com uma fisionomia, um visual, e você lembra dessa pessoa como era antes, num outro visual. Então você vai ver que a estrutura dela, ou seja, o temperamento, é o mesmo, mas no espelho ela é outra pessoa. A última coisa que ela muda é o temperamento. Então, você vai ver que o temperamento não mudo muito – é a mesma pessoa, com outro formato. A embalagem mudou, mas a essência do livro é a mesma. Agora, quase sempre ele era brochurado e atualmente ele é encadernado. É preciso saber se hoje o livro tem ilustrações, se a lombada é maior, se é bem-apresentado, se o papel é couché, se as ilustrações são coloridas… uma porção de coisas ((gracejando)). (Tertúlia 0954; 1h:35m).

Pergunta. Você pode fazer uma relação com o tema “reencontro secular” e a síndrome do estrangeiro? Resposta (WV). A síndrome do estrangeiro é da pessoa que não se dá bem no ambiente em que ela nasceu. Isso às vezes tem relação com o processo do reencontro secular. Por exemplo, ela vem para cá, encontra-se com a Malu e então lembram e atualizam as fofocas seculares da monarquia. E então esse reencontro secular faz com que a Malu fale para ela:-”Olha, você está com a síndrome do estrangeiro, você tem que dar um jeito de se adaptar a esse corpo e ao ambiente em que você está, o feudalismo e a monarquia já foram embora!”. É isso. (Tertúlia 0954; 1h:37m).

Pergunta. É possível dar um exemplo de elemento, fato, objeto ou coisa que serviu de agente retrocognitor para confirmar o trabalho a ser feito nessa sua vida? Há algo preparado na sua vida anterior que serviu de bússola ao seu desenvolvimento parapsíquico? Há algum elemento preparado por você e com a equipex para que o grupo se encontrasse e reconhecesse aqui nessa vida? Resposta (WV). O que tem dessas coisas “não está no Gibi”. Uma das primeiras coisas que a gente tem nesse assunto, são os erros da gente. Quando você vê uma pessoa, pelas primeiras reações, você vê que tem que se dedicar muito a essa pessoa porque deve muito a ela. E uma boa parte das pessoas não pensam assim. Isso aí, eu aprendi, com os amparadores – eles me ensinaram isso. Pergunta. Pelas reações da pessoa você sabe que deve muito a ela? Dá um exemplo. Resposta (WV). Você vê pelo jeito… e você às vezes tem retrocognição. O fator desencadeante de uma retrocognição maior que existe, é o encontro com pessoas. A primeira vez que eu vi o Pietro Ubaldi, eu tive um monte de coisas ((referência a retrocognições)) da Itália. Não era bem diretamente com ele mas aquilo que ele representava, a psicosfera dele, a energosfera que ele trazia. Por exemplo, quando eu levei o Chico Xavier a Lurdes, para ver a gruta dos milagres, eu cheguei lá e comecei a ver uma porção de coisas “antes daquilo” na área toda. Uma outra coisa: quando eu cheguei em Verona, que apareceu lá a Veronesa e “mostrou o negócio”, eu vi “a coisa toda do jeito que era”. Aí, eu (quis ver) as coisas mais antigas, para ver como é que funcionava. E lá tem o Castelvecchio, o castelo mais antigo. Eu pude ver, sozinho, eu passei 10 dias sozinho lá, para ver. Eu olhava para o povo e (via que ali devia haver) gente daquela época, em vários lugares. (Tertúlia 0954; 1h:38m).

Pergunta. É correto afirmar que os encontros seculares até certo ponto são condições inevitáveis na evolução de toda a conscin pré-serenona que ainda não disfruta dos benefícios da retrocognição? Resposta (WV). Não há dúvida. Você vai encontrar com um monte de gente. Se você fez o curso intermissivo e (sabendo que) a maioria das pessoas que você encontrar não fizeram o curso, isso vai dar muito mais problema do que a gente pensa. Pergunta. Se for correto, até que ponto os encontros ectópicos de hoje não são reencontros seculares resultantes de desencontros inevitáveis do passado? Resposta (WV). Também são. Cada um tem que ver e examinar o que é que se passa ali de perto. É pensar nos detalhes. A técnica do detalhismo aplicada à retrocognição e à holomemória. (Tertúlia 0954; 1h:42m).

Pergunta. Tenho lembranças de uma reunião de materialização de que participei, mas não consigo encaixar em minhas vivências atuais nem me recordo, nas minhas várias leituras sobre o assunto, de ter fixado algo que justificasse esta lembrança. Essa memória é fruto de uma retrovida ou de acontecimento que se deu nesta fisicalidade? Resposta (WV). Isso é só você que sabe. Você tem que saber se a sua retrocognição é de período intermissivo ou se ou se foi de uma vida que você teve, por exemplo, no século XIX, quando havia muitos desses fenômenos. (Tertúlia 0954; 1h:43m).

Pergunta. Um espírito como o de Emmanuel, de alta estirpe, ressomado, criará nos encontros uma expectativa como aquelas existentes no budismo em crianças preparadas para a santidade? Resposta (WV). Até um certo ponto. Mas não compare com o budismo, que lá está “cheio de furo”. Eles pegam as crianças, às vezes, “no escuro”. Isso tudo é processo de marketing – fez fama, deita na cama. Vai devagar com o andor… tem que dar um desconto enorme nesse processo de orientalismo… tem muita besteira. Cuidado com essa barata que é a minha mãe que está reencarnada ((gracejando))! Tem bobagens enormes. (Tertúlia 0954; 1h:43m:30s).

Pergunta. Poderia falar sobre a tenepes das 18 horas? Faço essa prática há 9 anos e recentemente, há 5 meses, me mudei para próximo ao cemitério da cidade, Centro Oncológico, loja maçônica, asilo de idosos, (...), perícias médicas, igreja metodista, tudo na mesma rua. Resposta (WV). Eu tiro o meu chapéu para você. A sua tenepes vai longe. Isso é muito importante. E as 18 horas é a hora piorzinha que tem. Vamos nessa. Você está no front da batalha. (...). Até que ponto você está a abrir passagem para outros? Existem outros nessa área que praticam a tenepes? Em S. Paulo, há muitos anos, numa rua só tinha seis de seguida (trabalhando com tenepes) e mudou tudo o que acontecia naquela rua. Então, pode ser que (tendo) colegas lá, vá melhorar. (Tertúlia 0954; 1h:44m).

Pergunta. Com relação ao reencontro secular de dupla evolutiva, como é que a gente avalia isso? Resposta (WV). Quando tem um percentual maior de afinidade, porque você já teve 30 vidas com a pessoa em vez de 3. Eu já falo isso há algumas décadas. Pergunta. O que seria confluência de interesses nesse caso, professor? Resposta (WV). A confluência de interesses é a proéxis. Os dois têm o mesmo objetivo? Um pode ajudar o outro? Eu não estou falando de ter a mesma profissão, mas de ter profissões diferentes que se encaixam e que se enriquecem mutuamente. Há uma reciprocidade de influência positiva, enriquecedora. Esse é o caminho. E não forçar a barra. A maioria quase sempre só vê processo de sexo. A mulher olha se o homem é bonitinho e o homem fica olhando se a dona é boazuda. Isso é um buraco – é aí que aparecem depois os divórcios. Têm que superar isso. Sexo, é uma coisa que dura pouco. Depois tem que vir uma amizade substituindo o sexo, por causa da afetividade. A afetividade é sempre superior à sexualidade. Tem que saber conviver com essa história. (Tertúlia 0954; 1h:45m).

Pergunta. Na execução da maxiproéxis, (há) interação dos trabalhos assistenciais entre a conscin intermissivista e a consciex (...) em função de afinidades e de disciplinas no intermissivo? Resposta (WV). Não. Quase sempre é por causa de vidas anteriores. Depois é que vem o intermissivo, a parte da intermissão. Quase sempre é afinidade do passado, séria. Pensa por aí em primeiro lugar. (Tertúlia 0954; 1h:48m).

Pergunta. Quando nós tivermos mais lucidez retrocognitiva, como é que a gente tira partido dessas informações? O que é que a gente deve fazer com isso? Resposta (WV). Conduzir tudo e fazer a convergência para enriquecer o trabalho da proéxis. Por exemplo, (no caso da) megagescon, a primeira pergunta é: o que é essa ocorrência tem a ver com a megagescon e em que aspecto a pode favorecer ou enriquecer? E por aí a pessoa tem que tirar partido e ver o que é que faz. Outra coisa: sempre é bom ver outros casos similares que podem estar acontecendo ou que vão acontecer. Às vezes aquilo é apenas o início de uma série de ocorrências que vão dar uma visão cosmovisiológica muito mais ampla. Você entendeu isso? Quer dizer, juntar um fato com outro, com alguma coisa que se predispõe igualzinho com a outra. (Tertúlia 0954; 1h:49m).

Pergunta. A pessoa pode começar a fazer tenepes mesmo tendo vontade de fazer coisas, de viajar, mas sem ser essa paixão que o senhor falou? Resposta (WV). “Todo o mundo” às vezes tem vontade de viajar. Isso não quer dizer nada. Eu estou falando é naquele sonho dourado de consumo que a pessoa só pensa naquilo, já falou com você seis vezes sobre aquele assunto, ela está siderada com aquela condição. (Tertúlia 0954; 1h:50m).

Pergunta. Eu queria entender melhor “o antagonismo desmemoriação ressomática / perdas mútuas”. Resposta (WV). A desmemoriação ressomática (refere-se à) pessoa, por exemplo, que procura esquecer aquilo que ela devia lembrar. Ela já tem o quiprocó, alguma apriorismose que ela não (aceita), nem o amparador, nem a conversa da gente, nem as expressões ou os fatos que você mostra. Ela só pensa naquilo antes de mais nada e não quer saber. Às vezes aquilo bate e volta com outra pessoa, que é o fenômeno do ricochete. Ricocheteia e “o negócio” dá na cabeça. Você entendeu? Pergunta. Não, eu não estou entendendo, professor. Eu tinha pensado em restringimento. A desmemoriação ressomática não é restringimento? Resposta (WV). É também, isso é lógico, tudo o que nós estamos falando é a partir do restringimento. Mas às vezes a emoção supera o restringimento. A pessoa vem danada da vida, seja como consciex ou como conscin depois na volta como consciex e ela não muda “meeesmo”, é um “animal consciencial” ((gracejando)). É aquilo que eu chamo um animal humano, consciência animal, consciênçula, o homem-animal… tem várias expressões (para isso) que eu já uso há muito tempo, a ver se “cai a ficha”. Pergunta. Essa parte eu (já) entendo. E as perdas mútuas? Resposta (WV). As perdas mútuas (refere-se à) pessoa que devia de se engajar no trabalho que às vezes ela mesma escolheu junto com o evoluciólogo e ela não quer saber, porque ela gostou demais de voltar à carne – como o povo gosta de falar – à matéria. (...). Passa aquele manequim vivo, que se mexe. Pergunta. Agora eu entendi melhor. E aumentou minha dúvida. Porquê o antagonismo? Porque parece que está na mesma linha, com prejuízo dos dois lados. Resposta (WV). Mas é antagonismo porque é um lado e outro. Um podia ajudar o outro – não está ajudando, é antagônico. Você entendeu ou não? Pergunta. Não. Resposta (WV). Uma pessoa bate por um lado, a outra bate por outro, tudo mais ou menos no mesmo contexto, naquela época. Chegam aqui, o “negócio” começa a dar o contra, o arranca-rabo continua do mesmo jeito. Olha bem: “antagonismo desmemoriação ressomática / perdas mútuas” – um esqueceu e o outro está fazendo toda a força para esquecer, um não ajuda o outro, “todo o mundo” se perdeu. Precisa explicar mais a reciprocidade? Os filhos, os irmãos, a mãe, a família consanguínea, o grupo evolutivo, “tudo vai para o espaço”. Aquilo, desencadeia uma série de prejuízos. (Tertúlia 0954; 1h:51m).

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