Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Tertúlia 0901 - Antiviolência


Tertúlia 0901, Antiviolência, YouTube, canal Tertuliarium, https://www.youtube.com/watch?v=GDe2P5oliX0&t, publicado em 02 de março de 2013.




A completude existencial proexológica (o compléxis), a rigor é a maxicompletude, ou seja, é o conjunto de completudes acumuladas diariamente através das décadas, das autovivências humanas. O que interessa são as minicompletudes, não é o processo patológico do perfeccionismo. O compléxis representa a aplicação das técnicas inteligentes do detalhismo e da exaustividade. Se vocês querem chegar ao completismo olhem com calma diáriamente as minicompletudes. O ideal é criar um hábito de fazer as coisas corretas, sem o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). A síndrome da dispersão consciencial é a incompletude – a pessoa não completa o que precisava. Observe cada um o que está deixando incompleto. Quem deixa muita coisa incompleta não vai nunca chegar ao complexis. Não tem jeito, uma coisa puxa a outra. Complexis é a acumulação, a junção, a convergência do conjunto de minicompletudes / minicompletismos. (Tertúlia 0901; 0h:15m).

A ironia é uma alfinetada, um dardo, o início da belicosidade. (Tertúlia 0905; 1h:34m). Pergunta. A resistência não violenta é própria do Ghandi mas na prática, num país como o Brasil ou em geral, como é que dá para efetuar isso? Resposta (WV). Durante o processo da revolução aqui no Brasil, eu vi uma porção de coisas, falava nos bastidores aquilo que eu podia mas não fui dar o contra em ninguém. Eu aproveitava para sair para fora do Brasil para fazer as minhas pesquisas, para ficar em paz com a minha consciência e perante as coisas que eu via. O que é que eu ia fazer? Dar murro em ponta de faca? Eu sempre fui da não-violência. Sou obrigado a fazer tiro de guerra porque não tem outro jeito – a lei exige, senão não recebo o diploma. Não é com truculência, com gatilho, que a gente resolve as coisas. É com discussão, debate (controvérsia e guerra de ideias mas não chega a tiroteio verbal) e diplomacia. Isso é a substituição do desporto violento, da riscomania, da guerra, do terrorismo, da sabotagem, escondimento da verdade, propaganda bélica. (Tertúlia 0901; 0h:17m).

O mitridatismo é a banalização de atos violentos. O roubo no Brasil e o tiroteio em escolas nos EUA são atos banalizados de tão frequentes que são. As pessoas já estão imunes ao “veneno” da violência, que se tornou habitual. Isso vai até 2075, pelos cálculos que a gente (VW) faz. (Tertúlia 0901; 0h:24m).

O Espartano foi contra mim (WV) e estava errado ((referência a uma época em que Waldo era de Atenas e o Espartano era de Esparta)). Ele quebrou a cara, deixou Esparta e foi para Atenas - trocou a espada pela pena. Hoje ele é um dos meus orientadores. Naquela época ele já era “uma cabeça”. Tinha muita experiência em liderança. Ele era culto. O belicista profissional, quando têm uma erudição mais profunda, com cosmovisão e laivos de polimatia, não aguenta ficar lá dentro. (Tertúlia 0901; 0h:34m).

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