Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Tertúlia 0938 - Omniquestionamento



Tertúlia 0938, Omniquestionamento, YouTube, canal Tertuliarium, https://www.youtube.com/watch?v=VanvqAA4YNQ, publicado em 28 de março de 2013.



Pergunta. O EM é amparador técnico? Resposta (WV). Ele não é amparador coisa nenhuma. Ele agora já renasceu na Finlândia. Ele é um colega da gente, nesta dimensão ((gracejando)). Ele era uma pessoa que veio estudar. Até certo ponto, ele era um amparador, sim, mas ele veio mais para estudar e trabalhar. Foi só mais ou menos meio século. (Tertúlia 0938; 0h:03m).

Pergunta. Durante a tenepes podemos fazer a fixação mental do arco voltaico, liberar energias e fazer o EV para desassim com a consciex como se estivesse usando os extremos cerebrais para cada momento ao mesmo tempo? Resposta (WV). Sem dúvida. Tudo depende da sua vontade, da sua autoconfiança e da sua sinalética energética para você ter um pouco mais de entendimento e interação com o amparador. A tenepes é para isso. (Tertúlia 0938; 0h:04m).

Pergunta. Como são geradas as consciências no extrafísico? Resposta (WV). Elas não são geradas no extrafísico. É no físico e no extrafísico - é no Cosmos, é em todo o lado. Começa a estudar a biologia, no que diz respeito ao vírus. Depois estude o protozoário e os germes, incluindo os da sua boca - isso são princípios conscienciais. (Tertúlia 0938; 0h:05m). Pergunta. Há possibilidade de evoluir sem passar por este mundo num corpo físico? Resposta (WV). Ao que nos conste, até ao momento não. (Tertúlia 0938; 0h:06m).

Pergunta. Gostaria de saber a condição do professor em seus 214 anos ((referência a período intermissivo)). Quais foram as casuísticas retrocognitivas para essa condição lúcida? Resposta (WV). Não é bem lúcida… é mais ou menos lúcida. Foram os meus débitos maiores para com vocês. Falando mais sério: o processo todo é de assistência. Quem faz assistência é o primeiro a ser assistido. Eu precisava de assistência para enfrentar as coisas oportunamente. Vocês podem perguntar se eu sabia que teria que mexer com isso a que nós chamamos Multiconscienciologia e eu digo para vocês: - “Yes”! Eu tenho provas disso: a minha infância, a recuperação (de cons); o fato de vocês estarem aqui depois desse tempo todo. Vocês não estão sozinhos. Eu também não estou sozinho. Aqui, estamos: eu, vocês e terceiros – os amparadores. A intercooperação disso é muito complexa. Por isso este verbete de hoje (Vieira, verbete Omniquestionamento) “pega” bem o processo do nosso amigo que esteve aí, a quem a gente deu o nome de Magister. (Tertúlia 0938; 0h:07m).

Pergunta (WV). Explica o que é que você acha do Magister ((dirigindo-se à tertuliana Mabel Teles)). Resposta (MIT). Eu estava perguntando como é que o Magister nos ajuda ou ajuda o grupo de maneira geral e cheguei à conclusão que ele cria holopensenes através do discernimento que ele tem, para atrair consciências afins e para criar um sinergismo entre essas consciências a partir desse holopensene. Resposta (WV). É como se fosse um processo de grumos. Quando vocês estão dando curso e fazem os grupos de estudo – ele faz isso. Qual é a instituição maior que nós criámos nos últimos anos? Ele veio para “checar” isso. Discernimento. Na Holossomática, nós estudamos quatro veículos de manifestação: soma, energossoma, psicossoma e mentalsoma. O mentalsoma é o mais evoluído – ele é o paracorpo do discernimento. É justamente o caso dele. O Transmentor é especialista em Evoluciologia. Esse nosso amigo ((referência à consciex Magister)) é especialista na questão do mentalsoma com o discernimento. A última vez que eu o vi aí, ele já estava com o Hayek – é um caso de paracérebrologia, de discernimento. Ele não convoca esse povo. Ele chega e acontece um íman – dá os grumos; ele chupa; imanta. Ele é especialista nisso. Ele imanta, nivelando por cima, (considerando) discernimento, afabilidade, ponderação, cosmoética, priorologia, visando a proéxis de “todo o mundo”, no caso, a maxiproéxis. O ideal seria que ele fizesse aí uma espécie de balcão de consulta para as nossas maxiproéxis ((gracejando)). Pergunta. Mas isso tem a ver com aquela história das especialidades que o Enumerador falou, não tem? Resposta (WV). Tem. Pergunta. Ele veio por causa disso também? Resposta (WV). Foi. São os grumos. Os grumos é que fazem as especialidades. (...). Da última vez que eu encontrei com ele eu pedi (...) para ele ajudar os epicons – o conselho dos epicons. (...). (Tertúlia 0938; 0h:10m).

Os epicons são um ponto nevrálgico nosso, atualmente. Ninguém fala nisso, mas são. Tem que evoluir, aumentar o número, o contingente. É um grumo, um grupelho. (...) O conselho dos epicons é uma coisa deles. A qualificação tem que ser aperfeiçoada, tem que melhorar o nível. (Tertúlia 0938; 0h:15m).

Pergunta. A questão de formar mais epicons, em parte depende do conselho, de estar trabalhando de forma mais integrada e em parte depende das pessoas. Resposta (WV). Vocês têm que ver quais são as faltas gritantes disso, (como eu fiz) no ECP2 ((referência a curso de Extensão em Conscienciologia e Projeciologia 2)). Eu cheguei lá e bati na mesa: - “Coloca só gente que tem tenepes, para cuidar disso”. Ninguém tinha pensado nisso. Tem que estudar, o que é que ninguém pensou até agora, para “levedar a massa” – a massa crítica e o juízo de valor – e ver o que é que está faltando e como melhorar. No caso do ECP2, melhorou. Eu coloquei o dedo na ferida, onde dói, no nó górdio. Isso, vocês têm que ver, entre vocês. Têm que resolver vocês, para fazer epicons. Talvez uma primeira medida seja não criar mais epicon nenhum sem primeiro resolver os que têm. Enquanto tiver problema maior, não pode ter (mais) senão, aumenta o problema com novas pessoas. A minha esperança é que nós vamos, dentro da Cognópolis, aperfeiçoar cada vez mais a Reuniologia, a ciência da reunião, e isso tem que começar pelos epicons. Vocês precisam estudar a produtividade teática – teórica e prática – das reuniões. Tudo é uma questão de Omniquestionamento. (Tertúlia 0938; 0h:16m).

Pergunta. Eles vão fazer o quê para ajudar o conselho de epicons? Eles vão melhorar o holopensene desse grupo? Resposta (WV). Como, eu não sei. Mas… Como é que a gente melhora o psicossoma? Não é através do mentalsoma?  Eu acho que um dos pontos que ele vai consertar, é por aí. A ideia é que vai “levedar” o processo da emoção, da sensação, do instinto, do sentimento. As energias do mentalsoma são superiores às do psicossoma, mesmo quando o psicossoma é o máximo. Eu acho que ele é capaz disso, então... Eu acho que a turma do conselho (de epicons) deve sintonizar a frequência dele, e “entrar na onda”. Isso vai dar inspiração para vocês. Lembrem-se, ele é Magister – é um professor, ajuda. (Tertúlia 0938; 0h:20m).

Pergunta. Sou judeu, moro em S. Paulo e acho que tenho projeções lúcidas, mas ainda não são de assistência, o que me tem incomodado. São certas imagens que são chapadas diretamente na mente enquanto eu estou pensando num assunto qualquer. Aparecem essas pessoas e a maioria das vezes me parece, pela roupa, do século XIX. Tento mudar o pensamento, mas insistem em continuar, se sobrepondo ao que eu quero. Elas mudam de posição, se movimentam e ficam cada vez mais perto de mim. O que o senhor acha que é isso? Será que essas pessoas querem algo de mim? Resposta (WV). Você está aí com a “turma” de judeus do passado. O processo judaico tem mais de 5 milénios e essa “turma” é muito fechada e corporativista. Até que que ponto você conhece o cabalismo? É preciso ver o processo do cabalismo para ver como é que você se encaixa nele e ver qual é o tipo de assistência que você faz para não ir contra o problema da tacon da qual os judeus são doutores. Levar o esclarecimento pela lógica e abençoar “todo o mundo”. Você não pode pensar para essas consciências, nada que seja a pena de Talião. Tem que ser tudo favorável a eles. Abençoa “todo o mundo” que você quer melhorar e mostre o máximo de discernimento e de lógica no assunto. Se você racionalizar o problema, você afasta as consciências. O que elas querem, possivelmente, é segurar o soldado que quer sair da trincheira. Eu estou falando bem claro, que eu conheço muitos judeus. Alguns conseguem se liberar da situação, trabalhando na assistência aos que ficam. É o que você tem que fazer. Com o tempo, a sua assistência - seja o que for - tem que ser à corporação judaica. Você participa de alguma associação judaica? Seja o que for que você está fazendo, procura ajudar essa associação. Com isso você conquista as graças (do grupo) e pode liberar-se melhor. Se você conhecer bem o cabalismo, isso também te ajuda e melhora a sua sinalética energética parapsíquica. (Tertúlia 0938; 0h:21m).

Pergunta. No futuro próximo, é possível dizer que a máquina de indução de experiência fora do corpo antecederá o atributo da projetabilidade desenvolvido, da mesma forma que o telefone antecede a telepatia desenvolvida? Resposta (WV). Não. Isso tudo já está acontecendo ((referência ao desenvolvimento da parapercepciologia)). Só ainda não pescou isso quem não tem experiência do assunto. Não é só a projetabilidade lúcida, é a parapercepciologia se um modo geral. Lembre-se do meu caso. Eu aos 3 anos já comecei a ter retrocognições do período intermissivo, com lógica, baseado nos fatos e parafatos - de uma maneira que era “barba, cabelo e bigode”, para “liquidar com o assunto”. Aos 9 anos, eu consegui comprovar que eu estava fora do corpo para pelos menos 4 pessoas que estavam ali. Então, não é só a projetabilidade: é a retrocognição, a clarividência e - lá no fim - uma coisa muito séria que é a pangrafia. A pessoa vai desenvolvendo tudo isso e chega à pangrafia. (Tertúlia 0938; 0h:24m).

É preciso levar tudo para o mentalsoma porque os judeus são muito inteligentes. É uma etnia de nível superinteligente. Então, por aí é mais fácil fazer o acesso. Mas tem que ter muita lógica, muita racionalidade. (Tertúlia 0938; 0h:25m). 

Pergunta. A telepatia veio antes do telefone. Resposta (WV). Veio. Sempre existiu. O nosso (objetivo) não é ver o (que aconteceu) antes e depois: é o parapsiquismo de um modo geral e a (ressoma) com o curso intermissivo. Como é que foi o seu curso intermissivo? O que é que já aconteceu com você? Quais são os primeiros sinais, sintomas, sensações, eventos e condições que aconteceram com você? Pergunta. Vivências parapsíquicas e ideias inatas. Resposta (WV). Tudo. Para ver como é que foi. Por isso eu falei o meu caso - eu sou a cobaia desta história. Você sabe que parapsiquismo tem preço. Tem preço para você alcançar e depois tem preço para você usar. Se você começar a expor tudo o que você tem em matéria de parapsiquismo, pode criar mais problema para você do que você está pensando. Nós temos que “abrir o olho” nisso tudo: antes, durante e depois. (Tertúlia 0938; 0h:28m).

Pergunta. O omniquestionamento exige, de certa forma, ser incisivo, ser um pouco agressivo. Como fazer isso de forma fraterna? Resposta (WV). É você ir até à irreverência e não chegar à ironia. É usar até a cosmoética destrutiva para aquilo que seja muito enraizado. Isso pode ser usado na impactoterapia. Impactoterapia, cosmoética destrutiva e irreverência, são os limites que nós temos que seguir. Uma vez, eu fiquei uma manhã inteira respondendo a ao omniquestionamento de quem quisesse sobre as questões do Instituto. Nós enchemos uma sala (e eu fiquei lá), uma manhã inteira. Eles “quase me cortaram em pedacinhos com micrótomo” com as perguntas. Eu até que sai bem no fim. Ninguém saiu em maca ou de ambulância. (Tertúlia 0938; 0h:29m).

Pergunta. E a hiperacuidade de saber o limite dessa destruição cosmoética? Resposta (WV). Você vê se a pessoa com quem você está falando já chegou ao limite ou se ela está em andamento para chegar ao limite. Você vê pelas reações. Você não pode chegar no ponto de a desanimar, de a desencorajar. Se a pessoa chegou ao limite, acabou, não adianta você forçar mais a barra. Mesmo entre nós aqui, cada um de vocês tem um limite. Não fiquem pensando que estão todos no limite máximo, que não estão. Uma das coisas em que o povo tinha mais dificuldade para estabelecer o limite era quando eu dizia que as ideias são superiores à consciência, do ponto de vista geral. O povo não entendia isso de modo algum, devido ao universalismo, à cosmoética, à holofilosofia. Hoje, isso já está superado, a turma já está entendendo. Por exemplo, uma pessoa acha que “é a tal”, mas ela ainda tem uma conotação egocêntrica muito grande, como adulta. Então, a ideia de Conscienciologia tem que ser superior a ela, mas (essa) pessoa tem dificuldade (de reconhecer isso). Então, isso é o limite. Se ela chegar a esse limite, é “bobagem” você estar a insistir no resto – você está perdendo o seu tempo, falando para o deserto ou “atirando pérolas aos porcos”. O modo de você expor o seu posicionamento ou a sua opinião, nunca (deve ser de) tentar persuadir a pessoa. Procure informar: se ela quiser ela “pega”, se não quiser esquece. Mas não procure persuadir. Nada de convencimento. Nada de fazer lavagem cerebral dos outros ou vir com a dogmática. A coisa mais séria nesse intercâmbio é a pessoa falar a linguagem do assistido – com a criança é de um jeito, com um psicólogo é de outro jeito, com o fazendeiro é de outro jeito, com o pesquisador da materiologia é de outro modo. Você “coloca o boné” e “tira o boné”, todo o dia, a toda a hora, de cada vez ((referência a um funcionário que coloca um boné de carregador para levar a mala, chegado ao carro coloca o boné de motorista para conduzir o carro e chegado ao hotel coloca o boné de rececionista)). De modo geral, a base é essa. (Tertúlia 0938; 0h:30m).

Pergunta. Waldo, em função da definição de Omniquestionamento, a tematologia do verbete não devia ser homeostática? Resposta (WV). Não, porque a pessoa pode fazer um questionamento em cima da gente, até melhor do que o nosso, mas com intenção negativa. Pergunta. Mas então não está cosmoético. Resposta (WV). Mas aqui é neutro. Pergunta. É por isso que eu estou perguntando. Se é «a postura intraconsciencial de questionar tudo e todos a partir dos princípios da Cosmoeticologia, da Evoluciologia...». Resposta (WV). Você não entendeu: a Tematologia é uma coisa; a Definologia é outra; a Exemplologia é outra… (...). O melhor é ver no verbete Verbete «Tematologia: Temática; tema central específico de alguma de 3 categorias, tipos ou naturezas em relação à Cosmoeticologia e à evolução das consciências; homeostático ou sadio; neutro ou ambivalente; nosográfico ou patológico; classificado em itálicos. A área de interesse, as prioridades da consciencialidade evoluída. Dependendo do teor específico da abordagem e das argumentações, determinado assunto pode ser analisado em 3 verbetes distintos, correspondentes a cada qual dos 3 temas centrais: o homeostático, o neutro e o nosográfico. Item fixo. V. o livro 700 Experimentos da Conscienciologia». (Tertúlia 0938; 0h:33m).

Pergunta. Como evitar o juízo de valor? Resposta (WV). O juízo de valor, “todo o mundo” tem que fazer. (...). No juízo de valor não pode ter apriorismose, uma condição cronicificada de monoideísmo, ideia fixa, em que a pessoa procura, questiona, mas não quer sair daquilo, só quer que todo o mundo” comprove, aprove, qualifique ou esteja de acordo com ela, mas não quer fazer a renovação. Então, juízo de valor é um perigo. Tem que haver juízo de valor, mas cosmoético, com abertismo consciencial: nem “Europa”, nem “Estados Unidos”. (Tertúlia 0938; 0h:36m).

Pergunta. Eu queria que o senhor explicasse “o ato de abrir espaços evolutivos seguindo vestígios racionais”. Resposta (WV). Nas nossas perguntas, nós fazemos justamente isso. Você está procurando ampliar a sua ideia, mas já seguindo tudo aquilo que você sabe. Em qualquer pesquisa, ninguém se baseia numa coisa que seja completamente nova, tem que basear-se sempre naquele dicionário que tem na cabeça – o dicionário cerebral de sinónimos, antónimos e analógico: ideias afins ou ideias diferentes. Os primeiros vestígios racionais são os dicionários cerebrais da pessoa e dos outros que estão a estão ouvindo (por isso) a pessoa tem que falar na linguagem (do ouvinte). (Tertúlia 0938; 0h:41m).

Pergunta. Isto não teria relação com retrocognição? Resposta (WV). Tem, tem sempre retrocognição nisso tudo. O dicionário cerebral aparentemente foi criado nesse corpo que você tem, mas (de fato) não foi. Se você não embasou em vidas anteriores a receção da linguagem, não adianta nada. A linguagem é um processo animal que tem uma conotação milenar e até certo ponto é paragenética também. (Tertúlia 0938; 0h:43m).

Pergunta. Essa forma de assistência que o Magister realiza, atraindo várias consciências afins para um holopensene que ele estabeleceu, pode ser chamada de catarse evolutiva? Resposta (WV). Sim, é um tipo de catarse evolutiva. Mas agora eu pergunto: - “Qual é a assistência que não é catarse evolutiva? A tenepes não é isso?”. (Tertúlia 0938; 0h:45m).

Pergunta. Você ressaltou que “todo o mundo” tem um limite. Como podemos melhorar o nosso limite eficientemente? Resposta (WV). Melhorar o nosso limite eficientemente, em primeiro lugar é detetar os trafares. Depois, ver os trafores que podem combater (os trafares). É com isso que a gente extrapola os limites, as raias, as fronteiras. Cada um tem um método, um jeito, uma tendência, uma área de interesse mentalsomático. (...) Antes de mais nada: acolhimento, esclarecimento e encaminhamento. (Tertúlia 0938; 0h:47m).

Pergunta. O pesquisador vai pesquisar o assunto de outros autores e outros temas para fazer correlações com o tema dele. Se ele coloca a autovivência acima da teoria, então como fica a questão do equilíbrio entre priorizar a experiência pessoal, mas ao mesmo tempo não ficar com essa monovisão e partir para a cosmovisão? Resposta (WV). O ideal é você incrementar a leitura, mas ter mais recolhimento íntimo e mais reflexão. Se você conseguir colocar a reflexão acima da leitura, você está no ideal. (Tertúlia 0938; 0h:50m).
Pergunta. Você pode aprofundar “o ciclo evolutivo da automaturidade consciencial ao omniquestionamento”? Resposta (WV). O omniquestionamento de um rapaz que estude quadrinhologia - arte sequencial - seria primário, porque ele está na base do croqui e do desenho, está na base de um preâmbulo, está na base de uma coisa que está começando. Ele é principiante, noviço, ele está ainda na planta baixa. O problema é a construção daquela planta. Uma a coisa é ver a planta do Tertuliarium, outra coisa é ver a construção pronta. O ciclo começa pelo croqui. O questionamento ali é ainda um pouco primário, elementar, rudimentar, está começando a engatinhar para se sair bem. Chega a um ponto que vai chegar à Filosofia. As perguntas já são mais transcendentes, mas abarcantes, já “pegam” mais a humanidade, dentro de um campo de cosmovisão que a pessoa do quadrinho tenta, mas nem sempre (consegue). O quadrinho é sempre “quarquitante”, é sempre limitado e a mensagem é pictográfica. (Tertúlia 0938; 0h:53m).

Pergunta. Professor, você comentou uma vez que você entra num ambiente como este e em pouco tempo você já identifica diversas coisas erradas. Isso é um nível de detalhismo devido a esse ciclo? Resposta (WV). Por isso eu fiz as seis divisões de cada verbete. A terceira é o detalhismo. Nós não devemos ser perfeccionistas como o Monk ((referência à série televisiva “Monk: Um Detetive Diferente”)) - Monk é o “cara” do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). Nós devemos ser detalhistas, sem sofrer. Pergunta. Você teria um “norte” para acelerar esse ciclo? Resposta (WV). Teria. Tudo o que nós falamos aqui é baseado nisso. É levar tudo para o mentalsoma, tudo para o “pen” do pensene, levar tudo para a cosmoética, levar tudo – no nosso caso – para a maxiproéxis grupal. Na assistência, “pegar” aquela tramitação: EV, arco voltaico, assimilação-desassimilação, tenepes e por aí vai. Nós estamos mexendo com isso o tempo todo, aqui, para seguir esse ciclo, para a pessoa se sentir bem lá no fim. Eu desejaria que “todo o mundo” aqui chegasse à terceira idade numa boa, satisfeito com aquilo que está fazendo até ao momento, mas não se sentir realizado. Quando as pessoas sentem que estão realizadas, que já cumpriram a proéxis, isso é um perigo. Eles estão cheios de vida e vão para a Aquamania ((referência a parque de diversões)). É um bom lugar, a Aquamania ((ironizando)), mas só abre em outubro… ((risos)). (Tertúlia 0938; 0h:55m).

Robéxis é a robotização existencial. É aquela pessoa que é robotizada, a massa humana que não pensa, que é pensada: o governo pensa por ela, o prefeito de bairro pensa por ela, ela não tem iniciativa, ela não sabe o que fazer, ela não tem expediente, ela não tem um horário, um expediente ou uma organização feitos por ela. Ela é feita, ela é pensada, ela é sentida – são os outros que pensam por ela. Isso é que é o robô. O robô é uma coisa que é comandada por fora, no exterior. A antirrobéxis (ocorre) na hora em que você começa a fazer o questionamento, o omniquestionamento – “omni” é “de todo o tipo”, “tudo” – questionar com todo o tipo de pergunta, “toda a perguntação que você tem na vida”. Se você começar a pensar, a questionar, a perguntar, você deixa de ser robô. (...). O líder é completamente contrário ao robô. Uma mulher ou um homem que comanda alguma coisa, pensa por ele e pelos outros – ele já é uma pessoa plural. (...) Aí já tem três pessoas: 1) o robô; 2) a pessoa que pensa por ela; 3) o líder. (Tertúlia 0938; 0h:57m).

Pergunta. “A dificuldade ultrapassável de superar o familiar e o evidente inquestionáveis” é devida à falta de autocrítica ou a falta de auto-omniquestionamento? Resposta (WV). A dificuldade ultrapassável de superar o familiar e o evidente inquestionáveis foi conseguida pela maioria das pessoas que vieram para Foz. Superaram e ultrapassaram alguma coisa, senão não estariam aqui. O familiar e o evidente é a mesologia, a criação da pessoa, a instrução inicial da própria vida. A primeira escola é o lar, a casa, a família. A gente tem que questionar isso para melhorar. Olha o meu caso: eu questionei muita coisa, eu perguntava. O povo estava cansado de mim com tanta pergunta e me mandou para o internato: - “Vai perguntar lá para o internato e deixa a gente em paz!” ((risos)). Com doze anos eu saí para o internato. Eles estavam certos. Todos os perguntadores vão ser internados ((gracejando)) para a gente conseguir conviver. Depois eles voltam já mais suaves, já pensando mais antes de perguntar, já diminui (a quantidade de) perguntas e melhora o nível o questionamento. (Tertúlia 0938; 1h:01m).

Todos questionam, uns mais do que outros. Há consciência criativa em tais questionamentos? Aqui, praticamente sempre há, por causa dos assuntos que a gente traz. A minha (VW) indução aqui, é só trazer 20 verbetes para vocês escolherem (um). A minha indução é só isso. A escolha do tema é de vocês, não é minha. Eu cortei ao máximo a possibilidade de indução. (Tertúlia 0938; 1h:03m).
Pergunta. Como se situa o omniquestionamento no contexto onde a pessoa que questiona está numa situação de inexperiência ou de imaturidade em relação a um líder ou a uma pessoa mais madura, mais evoluída? Resposta (WV). É fácil para ambos. Em primeiro lugar, você tem direito a errar porque você é chucra. E para ele é fácil explicar, porque você é chucra ((risos)). Quando o questionamento é primário, é mais fácil (a resposta). A gente tem que ir com calma e picotar o assunto para ser entendido. Vocês notam que às vezes eu falo uma coisa e torno a falar com outra expressão – olho outro ângulo. Aqui, a maioria não está no nível de primarismo. Pergunta. Mas vamos supor que a pessoa que questiona não esteja num nível tão ralé, que esteja num nível um pouquinho melhor, que já tenha consciência do que tem de questionar, mas ela não consegue questionar porque ela não sabe a lógica (e a racionalidade) daquela ideia. Resposta (WV). De onde você menos espera, você tem um questionamento rico. Eu tenho (várias) experiências disso, mas eu gosto de falar daquela de Florianópolis. Eu estou lá no clube e, depois de falar mais de uma hora para 1600 pessoas, chega a fase de perguntas. Eu sempre queria ouvir o que é que criança falava. Um menino lá no fundo, pequenininho, baixinho, queria falar. Deram um microfone para ele e então ele fez a pergunta mais inteligente daquele povo todo: -”Como é que fica a sua projeção na intermissão, numa vida mais remota?” Caiu o queixo ao povo. Ele foi longe - ”pegou” tudo em matéria de memória. Nós estávamos falando justamente nisso – a memória com retrocognição dentro do processo da projeção. O menino queria saber: - “Professor, o senhor lembra de alguma projeção em que o senhor estava na intermissão e numa existência há muito tempo?” Quer dizer: eu era uma pessoa, uma conscin; sai do corpo e lembrei da intermissão; guardei (aquela lembrança) para lembrar aqui. Até certo ponto, aquele processo que eu chamo de “memória quádrupla” é baseado nisso. (Tertúlia 0938; 1h:04m).

Pergunta. Estou fazendo Mestrado e minha tese é sobre lazer. Gostaria de abordar alguns conceitos da Conscienciologia no meu trabalho. Queria saber, se for possível, o que uma Consciência Livre ou um Serenão fazem nos momentos de lazer. O Magister faz o quê? Resposta (WV). O Magister assiste você quando está se divertindo ((risos)). É assistência! Existe um trinômio que é automotivação-trabalho-lazer. A motivação é a mesma coisa que o trabalho, o trabalho é a mesma coisa que o lazer e o lazer é a mesma coisa que a motivação. Tudo é a mesma coisa. O que varia é o chapéu – ou o boné ((referência a um suposto funcionário que faz tudo, só muda os bonés: põe o boné de carregador e leva a mala para o carro; chegando ao carro, põe o boné de motorista e conduz o carro até ao hotel; chegando ao hotel, põe o boné de rececionista)). Seria bom você pensar no trinômio automotivação-trabalho-lazer. Eles ((referência a Consciexes Livres e Serenões)) se sentem bem com o processo do esclarecimento. O esclarecimento é o maior lazer que pode existir - o esclarecimento seu e dos outros. (Tertúlia 0938; 1h:09m).

Pergunta. Como reconhecer a sua dupla evolutiva? Ambos se reconhecem mutuamente de imediato ou não necessariamente? Resposta (WV). Você está falando do amor à primeira vista. Amor à primeira vista é uma coisa que existe, mas é exceção. Quase sempre é amor à milésima vista. Demora até chegar. Tem uma porção de preâmbulos e outras coisas mais. Para aqueles que têm mais sensibilidade ou que às vezes fizeram uma preparação recente – por exemplo, dentro das últimas três décadas eles trataram a “coisa toda” para vir – às vezes aquilo fixa mais e dá amor à primeira vista. O amor à primeira vista existe. Isso é um fato. Mas é preciso ver a qualificação disso. (Tertúlia 0938; 1h:10m).

Pergunta. A pessoa que é intelectual e é reprimida, vai evitar o omniquestionamento e, pela tendência intelectual, vai se tornar um acumulador de informação? Resposta (WV). Depende. O ideal, na questão do estudo, da abordagem, da pesquisa, do mentalsoma, é a pessoa ser tudo – ela tem que ser introspetiva quando precisar, tem que ser normovertida e tem que ser extrovertida, dependendo das condições. Quando um desses termos falha, é uma lacuna para ela. Pergunta. Essa lacuna é sempre preguiça, autocorrupção? Resposta (WV). Não, não, não. Quase sempre é trauma emocional que a pessoa sofreu e que depois inibe alguma coisa. Por exemplo, há pessoas – é uma coisa estranha, o que eu vou falar, mas pondera bem – que são extrovertidas e excessivas por trauma. A pessoa foi reprimida demais, aquilo foi recalcado e na hora que supitou houve uma implosão. Há pessoas que têm a síndrome do ansiosismo (porque) houve antes uma pressão muito grande – recalcou tudo e (depois) a pessoa excede, sai de um extremo e vai o para outro. O ideal é contrabalançar as três posições. Pergunta. E no caso desses gênios superdotados intelectuais? Resposta (WV). É preciso ver, porque o (que parece) um gênio pode ser um savant ((referência à síndrome do sábio, síndrome do idiota-prodígio, síndrome de savant ou savantismo, caracterizado por memória extraordinária e défice intelectual)). Por exemplo, até que ponto o Monk é gênio? É. E até que ponto ele é mais patologia do que genialidade? Também é. Se nós formos colher os trafores dos pacientes psiquiátricos – um trafor desse, um trafor daquele… –, temos vários gênios. Todos eles são doidos, psicopatas, doentes mentais, no entanto eles têm algum nível elevadíssimo de trafores, específicos de cada um. Se você juntar, você tem uma genialidade absoluta, tirada só de gente doente. Não é um absurdo, o que eu estou falando? Aparentemente é…, mas não é. O sábio-idiota é justamente isso. No caso do Monk – eu estou falando muito do Monk porque é um processo didático – não é só o TOC, de modo algum. Ali tem o processo do savant idiota, esquizofrenia e trauma. Pergunta. Esses gênios somente vão superar isso no momento em que eles tratarem esse trauma? Resposta (WV). Eles têm que preencher a lacuna. A conscin é poliédrica. Nesses “caras”, faltam algumas facetas básicas. A todos nós faltam facetas, dentro da evolução do poliedro. Não nos faltam facetas básicas fundamentais (mas) a esses às vezes faltam. Por exemplo, uma genialidade fora-de-série em alguma coisa mas que não (dá) vantagem, não adianta muito. Então, genialidade é uma coisa relativa. A superdotação foi uma das coisas que eu mais estudei na vida. O Conscienciograma é todo baseado em superdotação. Pergunta. É impossível chegar na consciência poliédrica sem omniquestionamento? Resposta (WV). Chegar em qualquer conclusão mais avançada de evolução sem questionamento, não é possível. O questionamento é a base de tudo. É o croqui do desenhista. Ele pode começar por ser especializado, mas com o passar do tempo tem que ser generalista, tem que ser cosmovisiológico. O ideal é não ter mais porta nem parede nem janela. O problema da consciência não é viver dentro de casa, de caixa, de apartamento, de mansão ou de castelo. Nós somos do espaço sideral intergaláctico, multidimensional. (Tertúlia 0938; 1h:11m).

Pergunta. Professor Waldo, o senhor diz que chega uma hora em que a pessoa até pára de fazer alguns questionamentos, ela não pede mais para si e pára de perguntar. Resposta (WV). Principalmente no que diz respeito ao egocentrismo dela. Ela não quer mais nada para si. Então ela pára de questionar. Ela vai ver se resolve o que ela já tem, que já é muita coisa. Pergunta. Então, por exemplo, na condição do senhor, com as consciexes mais avançadas com quem você interage, você já falou várias vezes que você nem pergunta várias coisas, você deixa acontecer. Resposta (WV). De amparador para cima, eu sou mais paraouvidos e paraolhos. A minha barba ((referência ao laringochacra)) não funciona com esse povo. Laringochacra… com eles não. Tenho que ficar quieto a “u-ro-bo-ser-var” ((gracejando)). Pergunta. O senhor teria várias questões, mas na verdade não acha pertinente perguntar. Porque seria isso? Resposta (WV). Eu sempre tenho, sobre qualquer coisa. E não sou só eu – você também. É só pensar. Dê cinco minutos para a pessoa – seja quem for – que ela arranja pergunta, exceto quando não quer ou tem alguma inibição. Pergunta. No caso, você não quer perguntar para não incomodar? Resposta (WV). Para não sair da tramitação principal. Como eu não estou mandando na peça, eu tenho que seguir o elenco. Eu não sou o diretor. O cenário não é meu. Se eu sou o diretor, o produtor, o dono do teatro e o dono da peça… sai de baixo... quem manda sou eu! Agora... nisso, não. Eu acho que é o mais inteligente. Na hora que eu não pergunto, eu não estou fazendo bonitinho, não. Não é “frescurinha”, é sério. Com o passar do tempo, eu já mostrei que eu sou assim. Nesta altura dos acontecimentos eu não tenho que estar demonstrando muita coisa, nem para conscins nem para consciexes. Quem quiser (entender) já entendeu, (quem não quiser entender) já deu o contra, o outro foi a favor… já houve a definição. A gente está aqui para ver se amplia o que tem de bom nisso e esquecer o que não presta. Com o amparador é assim, com o assediador é assim, com tudo é assim. Depois de tantos anos você estar mexendo na mesma coisa, você não está precisando de expor mais nada. Não sou dono da verdade nem o cura-tudo, mas precedente, de tudo quanto você pensar, já houve. Agora, é ver o que é que a gente faz. Vocês todos vão chegar nisso. É aquilo do primeiro, segundo e terceiro tempo – já tem verbete para isso. (Tertúlia 0938; 1h:17m).

Pergunta. Qual é o limite prático do questionamento das vidas passadas, da seriéxis? Resposta (WV). A coisa mais séria é ver o que é que deu resultado positivo. Nada de emoção e nem de ver outras pessoas. “Todo o mundo” quer saber de emoção, poder e outras pessoas. Isso é bobagem. Tem de esquecer isso e pensar: - “O que é que deu resultado comigo? Em que é que eu me saí bem?” Tudo isso eu estou usando na minha vida aqui. Pergunta. Geralmente as primeiras rememorações ou retrocognições são aquelas mais negativas, mais traumáticas. Resposta (WV). Para muita gente é assim – mais de 51%  – , isso é verdade. Pergunta. Vale a pena insistir nessa análise? Resposta (WV). Analise o que deu certo. Mesmo num processo patológico, havia o outro lado da questão, o outro lado da moeda. Esse outro lado da moeda é que nós temos que enfatizar. Que é que deu certo? Você vai ver os seus skills, os seus talentos, os seus dons, o que (você) tem que não está aproveitando. Retrocognição quase sempre leva a pessoa a ver que ela é polivalente. Eu conheci um homem em S. Paulo que, quando começou a fazer projeção viu o tanto de polivalência que tinha – mas ele cerceava tudo por causa de um trauma. Quando ele ultrapassou o trauma, fez a catarse, limpou aquilo, virou outra pessoa. Ele superou por causa da retrocognição. E outra coisa: ele não tinha muito assediador – ele era o assediador. Era um autassédio violento, muito sério e ele superou tudo. Eu lembro que esse “cara” tinha bigode, tudo arrumado, acertadinho e só pensava num determinado assunto, não saía dali. Com a retrocognição ele (reconheceu): “Eu sou muito mais do que isso, estou perdendo o meu tempo. Eu sou mais rico, estou sendo muito pobre.” Mudou tudo, “virou” outra pessoa. Perguntavam-me qual foi o tratamento que eu dei para ele e eu respondia que eu não fiz nada – foi ele, o processo é dele. Existem certas pessoas (para as quais) não adianta nada levar todos os processos terapêuticos e de profilaxia que tem aqui. O problema é dele, a farmacologia está dentro dele, a tendência da conscienciometria é dele, a consciencioterapia é dele. Agora… isso são exceções. E exceção também é a pessoa sair dessa, do jeito que aconteceu com esse. O melhor da história é que ele reformulou a vida, começou a distribuir o bom patrimônio que ele já tinha. Porque as coisas dele rodavam em torno do patrimônio. (Tertúlia 0938; 1h:23m).

Pergunta. Professor, essa assistência que o senhor falou aí do Magister, inclui também ajudar as pessoas a lidar com a polivalência delas? Resposta (WV). Sim (mas depende do talento da pessoa) e se ela tem possibilidade de renovação, dentro daquele contexto, naquele momento evolutivo. Senão, não adianta. Ás vezes, só ter talento não quer dizer nada. (...) Essa pessoa lembrou do processo de miserê dela da outra vida, mas era um miserê que foi nascido de uma penúria muito grande, a pessoa passou muita necessidade, muita vicissitude e aquilo criou um trauma e repercutiu em outras vidas. Ele começou a lembrar de tudo isso e (reconheceu): - Então é por isso que eu sou assim! Isso é uma bobagem!”. Aquilo segurou o camarada durante alguns séculos. E ele viu tudo. Não adiantava apelar para ninguém, porque o “negócio” era dele. Era uma personalidade muito forte. Se a pessoa reconhecer o processo dentro dela, dá um diagnóstico e melhora tudo. (...). O autodiagnóstico só chega quando “a coisa” fica mais clara. Para isso a pessoa tem que fazer experiência. Para nós, que não estamos naquela condição negativa do homem, é fazer assistência. Com a assistência, você vai encontrar com os amparadores e eles incentivam aquilo que você precisa. Com isso, você vai agilizar o seu processo de retrocognição, de melhoria, de escolha e de priorização. (Tertúlia 0938; 1h:27m).

Pergunta. Quais os auto-omniquestionamentos mais qualificativos? Resposta (WV). Eu, ontem, por exemplo, me “tapiei” em alguma coisa? Há alguma autocrítica que eu não fiz a mim mesmo? É isso que a gente tem que pensar. A minha autocorrupção como foi no mês passado? Qual foi o nível? Qual a qualificação? Em função de quê? Atingiu quem? O melhor que podemos ter da autocrítica é partir da autocorrupção. Primeira pergunta: - “Eu sou ainda autocorrupto? Em quais áreas? Porquê? Desde quando? Quais os efeitos negativos que isso tem me alcançado? O que é que eu tenho feito com as outras pessoas a esse respeito?”. (Tertúlia 0938; 1h:35m).

Pergunta. Quando o amor à primeira vista é unilateral, ou seja, somente um deles tem esse sentimento, o que fazer? Resposta (WV). Isso chama-se amor platônico ou amor unilateral. Esqueça esse “negócio” porque não dá certo. Mas tem uma coisa que vale a pena você pensar. Se há só do seu lado e não há do lado da (outra) pessoa, você pergunta quem é que errou. possivelmente foi a outra pessoa e não você – porque você tem amor e a outra pessoa tem indiferença. É uma “palavra que consola” mas é de uma lógica “terrível”. Então, o que fazer? Você marca um encontro e “abre o jogo”. Pela reação da moça – a pergunta é de um homem – você vê se o “negócio” vai ou não vai, se está fácil ou difícil. Homem, não pode ser igual a mulher, tem de ser definido, em cinco minutos resolve tudo e depois já casam. E não é só em matéria de casamento. Eu queria comprar um apartamento em (determinado prédio de) Ipanema. Perguntei ao porteiro se havia um apartamento à venda. Ele disse que sim, mas que (o proprietário) punha dificuldade. Eu fui falar com o homem e doze minutos depois desci e disse ao porteiro: - ”Já comprei o apartamento”. Pergunta. Mas provavelmente você usou o parapsiquismo. Resposta (WV). Não. Eu usei foi dinheiro ((risos)), em primeiro lugar, porque para comprar não tem outro jeito, e em segundo lugar, o modo de falar com os “caras”. (Tertúlia 0938; 1h:36m).

Pergunta. Dentro do meu onmiquestionamento, como eu poderia reeducar meus trafares para melhorar a minha proéxis? Resposta (WV). É você perguntar a você mesma e à sua mamãe o que é que você tem que melhorar. Você pergunta para a mamãe o que é que tem que burilar, ajustar. E pergunta para você o que é que precisa de melhorar. É por aí. Você está na fase em que pode fazer isso – é uma adolescente, vai longe. (Tertúlia 0938; 1h:43m).

Pergunta. Como é que a gente pode aprimorar a técnica de dedução e elucidação própria do omniquestionamento? Resposta (WV). Dedução – você vai tirar uma conclusão por você. Elucidar é clarear o processo. Essa clarificação é o esclarecimento. Você primeiro tem que esclarecer a você e depois procurar esclarecer os outros e defender aquele ponto de vista, de um ponto de vista técnico de questionamento, de debate e de refutação se for o caso.  O omniquestionamento tem estas variáveis, e muitas outras, mas estas são importantíssimas. A elucidação tem que caminhar para qualquer coisa clara, objetiva. E essa objetividade tem que ser sua. (...). A dedução, você tira da teoria – aquilo que você pensa – e da experiência – aquilo que você experimenta. (Tertúlia 0938; 1h:45m).

Pergunta. No caso do Rousseau e do Voltaire: um era extremamente irônico e incisivo, mas teve um efeito enorme no esclarecimento, na época. O outro era mais idealista, e, olhando hoje, talvez um pouco ingênuo. Qual dos dois foi o melhor? Resposta (WV). O Rousseau influenciou mais gente do que o outro, a meu ver. Mas ele errou no fim também, como o Voltaire, porque ele ficou muito francófilo depois da Revolução Francesa. E ele não participou propriamente na Revolução Francesa, ele só preparou o ambiente. O Rousseau passou depois muito tempo sem ressomar. O Voltaire é muito enrolado. (...). Algumas das máximas dele são de uma acuidade “violenta” – ele ia para os saraus e anotava as ideias de “todo o mundo” – mas ele tem máximas que são exageradas e até anticosmoéticas. (...). Algumas são até baratrosféricas, no entanto são máximas. Até que ponto ele estava errado? Possivelmente ele estava certo para aquela época, mas não para a humanidade em si, o tempo todo - e máxima tem que tem que ser uma coisa para valer mais tempo. (Tertúlia 0938; 1h:50m).

Pergunta. Você poderia explicitar o que é a autofocagem? Qual é a dimensão dela? Resposta (WV). Você, com tudo o que está fazendo, você acha que está bem no seu posicionamento real? A focagem principal é o seu posicionamento. Depois do seu posicionamento, as suas reações para o exterior, que são as suas focagens de abordagem, de definição, de acesso, estão corretas? A autofocagem está correta? Eu estou focando tudo o que eu estou pensando, tudo o que estou fazendo, de uma maneira produtiva para mim e para todos? Isso é o pico máximo quando a consciência enfoca as questões da (própria) pessoa, de si. Isso é a maximologia. Essa pergunta é autoanálise. De vez em quando a gente tem que fazer uma retirada para uma autorreflexão, uma reflexão íntima para corrigir as coisas. Eu depois que cheguei ((referência a uma viagem recente)), eu já fiz um levantamento, um balanço das minhas coisas todas. Tenho treze coisas que ainda estão pendentes. De ontem para hoje, está tudo lá anotado numa listagem dentro de uma daquelas caixas, lá na minha mesa principal. Tudo evidente e enumerado. (Tertúlia 0938; 1h:54m).

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