Variáveis
vernaculares. Pergunta. Na
taxologia, os termos são todos bem próximos mas existem termos mais próximos e
menos próximos. Resposta
(WV). Alguns são bem sinónimos e outros bem diferentes. Pergunta. Você teve algum
critério? Resposta (WV). Eu
critério é o que eu escrevo. Isso me ajuda demais, nas coisas que eu escrevo.
Eu faço uma série de enumerações horizontais e verticais e é muito importante a
sinonimologia. (...). Eu quero que vocês examinem as nuances para farem as suas redações. Eu estou provocando,
espicaçando e mexendo com vocês, nesse sentido. Pergunta. Trafar e traço-fardo, são expressões
de grafia diferente mas o significado não é idêntico? Resposta (WV). É mais ou menos a mesma coisa. (...).
Vou ler (a Definiologia). «A variação vernacular é o vocábulo ou expressão
equivalente, muito próximo quanto ao sentido ou ao emprego de outro». Te vira.
No caso seria: você deve se mexer.
(Vieira, verbete Variação vernacular) |
Comentários sobre os
termos da taxologia, obtidos na tertúlia de apresentação do verbete em 17.09.2008 |
01. Adágio /
anexim. |
|
02. Anomalia /
aberração. |
Anomalia e
aberração são um pouquinho diferentes uma da outra. |
03. Aura humana /
energosfera. |
Aura humana e
energosfera também é diferente. Energosfera mexe com o processo da energia em
geral. A aura é aquilo que você vê. Eu ainda uso ´psicosfera´, que é mais
acentada na cabeça da pessoa. A aura, também quase sempre é um processo de
coroa energética. |
04. Biotecnologia
/ Eugenia. |
Biotecnologia é o
novo nome da eugenia, massacrada e envelicida na Segunda Guerra. Criaram o
nome biotecnologia para poder falar de eugenia, por isso é um eufemismo. São
poucas as pessoas que já perceberam isso. |
05. Boato /
factóide. |
Boato é a
“conversa fiada”, o besteirol popular. Factóide é onome técnico da política.
Qual é o político que não exterioriza factóide? |
06. Charme /
borogodó. |
Charme é coisa de
grã-fino. Borogodó é o cara do morro. Olha a diferença, como é grande. |
07. Conceptáculo /
receptáculo. |
Conceptáculo e
receptáculo, eles se parecem muito mas do (meu) ponto de vista, o
conceptáculo é mais adequado. |
08. Consciênçula /
consciência-mirim. |
Consciênçula e
consciência-mirim estão próximos. |
09. Consciex Livre
/ Conscientia libera. |
|
10. Conscin
eletronótica / conscin trancada. |
Conscin
eletronótica e conscin trancada, são bem diferentes e no entanto são iguais.
É muito diferente mas é uma igualdade total. É uma similitude incrível. |
11. Cura /
remissão. |
|
12. Decidofobia /
indecidismo. |
Decidofobia é o
medo, é uma fobia, é uma doença. Indecidismo é a filosofia do indeciso. |
13. Desafio /
repto. |
|
14. Elenco /
elencagem. |
|
15. Escala /
faixa. |
Escala e faixa, às
vezes são bem diferentes. No entanto, em muita coisa podem-se usar ambos. |
16. Evoluciólogo /
orientador evolutivo. |
Eu gosto mais de
orientólogo. |
17. Filologia /
Lingüística. |
Filologia e
Lingüística são diferentes. |
18. Frase /
sentença. |
|
19. Gerontologia /
Geriartria. |
Gerontologia e
Geriartria são diferentes. Gerontologia é a ciência – a cosmovisão. Geriatria
é a medicina do velho, do idoso. |
20.
Holochacralogia / Energossomática. |
|
21. Inventor /
heurista. |
|
22. Leve / light. |
É mais ou menos a
mesma coisa. É questão de idioma. |
23. Listagem /
enumeração. |
|
24. Megagescon /
obra-prima. |
|
25. Monoideísmo /
idéia fixa. |
|
26. Multiculturologia
/ Holoculturologia. |
|
27. Ofiexólogo /
Ofiexologista. |
|
28. Palavra /
vocábulo. |
|
29. Parágrafo /
tópico. |
|
30. Período /
fase. |
|
31. Prevenção /
Profilaxia. |
Prevenção e
Profilaxia não são a mesma coisa. |
32. Próprio /
auto. |
|
33. Reciclante /
retormador. |
Reciclante e
retormador não são a mesma coisa. O reciclante é aquele que está reciclando
alguma coisa muito séria. O retornador está caminhando com uma coisa que ele
já começou, mas no fundo ele está reciclando ou reciclou ou alguma coisa nesse
sentido. |
34. Remédio /
medicamento. |
|
35. Sectarismo /
facciosismo. |
Nem sempre uma
facção é do mesmo tamanho de uma seita. |
36. Serenão / Homo
sapiens serenissimus. |
|
37. Sincronicidade
/ interatividade. |
Sincronicidade e
interatividade não é a mesma coisa. |
38. Sociobiologia
/ Psicologia Evolucionária. |
|
39. Sujeira /
imundície. |
|
40. Surto / crise. |
|
41. Tabagismo /
nicotinismo. |
|
42. Tempo integral
/ full time. |
|
43. Tocador de
obra / homem de ação. |
Não é a mesma
coisa. |
44. Toxicomania /
drogadição. |
|
45. Trafar /
traço-fardo. |
É mais ou menos a
mesma coisa. |
46. Trafor /
traço-força. |
|
47. Transparência
/ glasnost. |
|
48. União dos
opostos / afinidade dos contrários. |
|
49. Veneno /
peçonha. |
|
50. Verborragia /
logorréia. |
|
(Tertúlia 0961; 0h:08m).
Antagonismo
afetação formal / variação vernacular. Antagonismo afetação formal /
variação vernacular: a variação vernacular é essa que eu (WV) estou estudando; a
afetação formal é a hora em que a pessoa começa a ficar afetada demais dentro
dos parágrafos que ela escreve. Por exemplo, usando palavras esdrúxulas, usando
palavras mais difíceis, não explicando nada ou usando muita literatice dentro
do texto. Então, a pessoa exagera no processo da forma. (Tertúlia 0961; 0h:18m).
Gramática. «… o
gramaticólogo; o gramaticógrafo; o gramatólogo; o gramaticista; o gramaticão; o
gramatiqueiro; o gramatista (…) a gramaticóloga; a gramaticógrafa; a
gramatóloga; a gramaticista; a gramaticona; a gramatiqueira; a gramatista» (Vieira, verbete Variação vernacular). Pergunta. A gramaticona existe ou foi você que inventou? Resposta (WV). Não fui eu
que inventei, não. Isso já existe. Em matéria de gramática, tem mais do que
isso, por causa das gramatiquices. É muita bobagem que tem em relação à
gramática. Mas eu sou favorável à gramática. Eu sou diferente desses
gramatólogos do Brasil que estão contra a mudança da língua portuguesa. Eu acho
que tem que mudar. Pergunta.
A resistência (dos portugueses) é maior porque eles acham que a nova
forma se aproxima muito mais do português brasileiro do que do deles. Para
eles, parece perder terreno. Resposta
(WV). Eles sempre vão reclamar. Português, é o português deles, é o
lusitanismo, não tem outro e acabou. E acabou! Fim de papo. (Tertúlia 0961; 0h:19m).
Surto / crise. Pergunta. Podia falar mais
do item 40 - surto / crise - da
taxologia? Resposta (WV). A
crise, geralmente, é um “negócio” mais amplo. O surto é mais rapidinho. Pergunta. No caso, os dois
seriam detonadores ou provocariam uma reciclagem, ou não necessariamente? Resposta (WV). Os dois são
patológicos. Agora, a crise, pode ser uma crise econômica, etc., (e é usada)
com mais amplitude. Pergunta.
Mas no caso da crise de crescimento que a gente fala tanto aqui? Resposta (WV). O surto
quase sempre é um processo patológico, grande. A crise, tem o atenuante da
crise de crescimento e outras “coisitas mais”. Mas a crise é mais usada do que
o surto. Surto, quase sempre é mais expressivo para algum processo de excesso,
principalmente emocional. Pergunta.
E quase sempre o surto tem processo de assédio no meio? Resposta (WV). Não, isso
varia muito. Às vezes tem autassédio, isso é comum. O surto de gripe é uma
doença. O que eu quero é que vocês examinem que às vezes há mais palavras (do
que) essas que vocês estão usando. (Tertúlia 0961; 0h:22m).
Recursos didáticos
filológicos. Pergunta. Você
poderia dar um exemplo de recursos didáticos filológicos? Resposta (WV). O caso é o
seguinte: «No contexto da Experimentologia, a complexidade da consciência exige
o emprego de todos os recursos didáticos, até os filológicos, com o objetivo de
o comunicador, homem ou mulher, permanecer nos parâmetros da técnica da
circularidade sem extravazar as expressões com duplicidades, redundâncias,
pleonasmos e batopensenes, além de evitar cair nos excessos do gongorismo e da
verborragia» (Vieira, verbete Variação vernacular). Filológicos, no
caso, são os termos mais técnicos sobre
determinado assunto, tipo lexema e outros mais. Hoje, eles batem muito nisso na
universidade. Às vezes, você tem que entrar numa coisa dessas, não tem jeito.
Tem que falar o idioma, dentro de uma gramática
mais avançada. A complexidade da consciência, às vezes exige isso. Eu
tenho que falar essas coisas aqui e lá no Homo
reurbanisatus eu falei muito nisso – nas aproximações simples e outras
coisas mais. (Tertúlia
0961; 0h:24m).
Aumento
dos dicionários cerebrais. Pergunta.
Tanto o verbete de ontem, Matematização
do conceito, como o de hoje (Variação
vernacular), levam a gente a ficar mais atenta ao conteúdo dos fenômenos? Resposta (WV). Não é só
isso. Eu devia de cobrar, quando falo dessas coisas: isso aumenta os seus
dicionários cerebrais. Aumentando os seus dicionários cerebrais isso vai ecoar
na ressonância, no seu próximo corpo. Aí, é o sinonímico principal, mas ele
entra no antonímico e entra também no analógico. Isso aqui já é analogia, já é
estudo analógico, já é estudo de ideias mais avançado. Eu tenho falado aqui
esse tempo todo que falta o processo da expansão da ideia, porque não há
cosmovisão. Nós temos que trabalhar
nisso para expandir essa cosmovisão. Como é que vai expandir uma cosmovisão sem
mexer nos dicionários cerebrais? Não tem jeito. A gente tem que “bater” nesses
três dicionários. Com o passar do tempo, eu acho que a maioria aqui vai começar
a ver, quando estão lendo alguma coisa, que os autores começam a repetir
determinada expressão e eles vão marcar isso. Eu faço isso desde que eu era
rapaz. Então, você vê a fraqueza do autor. Quando é um autor extrangeiro se ele
repetiu demais um assunto, uma expressão ou uma palavra, chega a um ponto que
você vê que não é o tradutor, é ele - isso é o pior que tem. E é muita gente assim. A coisa é muito séria.
Uma vez eu fiz uma crítica disso e mandei para a editora. Eles não quiseram publicar a crítica mas
consertaram o livro, que eu eu falei que estava tudo errado. Só numa página
tinha 22 “que” – página normal, não estava explicando nada sobre “que”. Tinha
22 partículas “que” (numa página), em outra página tinha 21, em outra 19, em
outra 40… uma loucura! Mas começava tudo na de 22. E o cara é “tido” da
literatura, é um nome da literatice do Brasil. Não falaram nada sobre isso, mas
o livro foi corrigido, na surdina. Nem responderam, ficaram danados da vida
comigo. Eu tenho resenha crítica de mais de 80 livros. O António estava até querendo
fazer um livro, com isso. E (de) livros bons, que interessam para a gente. É a
heterocrítica. (Tertúlia
0961; 0h:26m).
Parasitas de linguagem. Pergunta. Qual foi o critério que você usou para selecionar os
parasitas de linguagem que você não usa mais no seu texto? Resposta (WV). O critério é
que eles embolam o texto e dispersam a ideia, a atenção e a concentração mental
do leitor. Do jeito que eu faço, eu vou direto aos finalmente e corto os
intermediários. É como se eu estivesse afastando os médiuns, saio do corpo e
vou lá falar diretamente com o evoluciólogo – é a mesma coisa. Eu cortei, até
agora, 29 tipos de parasitas de linguagem, que eu considero, mas existem mais.
Eu tirei o grosso para ver se a gente pelo menos lança a moda. Tem muita gente
já usando esse estilo. (Tertúlia
0961; 0h:30m).
Acomodação e
alienação. Pergunta. Qual
seria a raiz em termos de conteúdo entre acomodação e alienação? Resposta (WV). É a
intencionalidade, que leva você a se acomodar ou não. Pergunta. Como é que a acomodação e a alienação
podem afetar a imperturbabilidade da pessoa nas suas manifestações? Resposta (WV). É a pessoa
ser ponderada e ver qual é a prioridade daquilo que ela quer, qual é o
objetivo, não sair do megafoco. Alienou… a pessoa está fora do megafoco, já
acabou tudo. Se ela fica exasperada também já não tem mais equilíbrio. Então, o
processo é você ficar no megafoco, com equilíbrio. E isso precisa de
intervenção precisa da vontade, precisa de disciplina e de organização, senão não
chega lá – é muito difícil. (Tertúlia 0961; 0h:45m).
Auto-percepção da comunicação. Pergunta. Para a pessoa perceber suas variações
vernaculares, ela precisa ter auto-percepção da sua comunicação? Resposta (WV). A primeira
coisa que a pessoa precisa é fazer uma revisão do texto dela para ver o que é
que ela pode mudar. Se ela vê que uma palavra está se repetindo demais, ela tem
que procurar outra para colocar no lugar, desde que não mude o sentido, a
acepção, o que é que ela quer dizer, a significação do processo. Precisa ter
autopercepção sobre o próprio texto dela, isso precisa. É sempre bom a gente se
colocar na posição do leitor e da leitora, do jovem e do maduro, do adulto,
para ver como é que ele vai reagir perante aquilo que a gente escreveu. Eu uso
aquela técnica contra os americanos. Eu estava lá, passamos uma noite fazendo
uma revisão e os americanos queriam mudar tudo. Eles disseram: -”Ninguém vai
entender o que você escreveu”. Eu respondi: -”Então, eu prefiro não escrever,
não publicar com vocês, eu publico do meu modo”. Eu não quero torcer o que eu
penso para fazer um negócio normal, tipo americano. Tudo aquilo que eu estava
enfatizando estava caindo, com a linguagem dos americanos. Eu não entro nessa.
Isso tudo aconteceu lá em New York. Não vale a pena. Eles querem vender para
ganhar dinheiro, não interessa mais nada, não há profundidade do assunto, é
tudo superficial. Eles disseram: -”Não, senão ninguém vai entender o que se vai
escrever!” E eu disse: -”Vai. Há um que vai entender, e já valeu. O resto não
interessa, o resto é você, é a aura
popularis, é o processo da reurbex, é a pessoa bitolada – não dá!” Quando a
bitola popular é do povão é ótima mas quando é dos literatos é coisa da
baratrosfera. (Tertúlia
0961; 0h:49m).
Autenganos na
comunicação. Pergunta. Como
uma pessoa pode perceber seus autenganos na comunicação? Resposta (WV). É fazendo a
revisão e perguntando para todo o mundo o que é que achou depois que houve a
publicação. Quais são as observações feitas ou análises ou críticas que vieram
de fora sobre o texto? A gente sempre ganha com a heterocrítica. A Rosa, a
Kátia e a Adriana guardam certas coisas que servem de crítica para aquilo que
estou escrevendo. Eu levo isso tudo em consideração (assim como) tudo o que
falam aqui. Às vezes eu “dou o contra” na hora, (mas depois mudo) – tem coisas
que eu “jogo a toalha”. Se eu ”jogasse a toalha” sempre depois de escrever,
ficaria tudo melhor, seria o máximo. É bobagem você escrever uma coisa que
ninguém critica. Qual é o melhor livro? É aquele que foi mais criticado. (Tertúlia 0961; 0h:52m).
Orgulho
e supremacia. Pergunta. Qual
é a palavra principal, aquela que é mais abrangente, a palavra-chave-da-chave
no grupo de sinónimos: arrogância, prepotência, orgulho, pesporrência,
presunção, ostensibilidade e superioridade? Resposta (WV). Olha, aqui tem uma que é a mãe de
todas. (...) A mãe de todas é o orgulho. Essa é a que você está procurando.
Prepotência, arrogância e pesporrência são mais ou menos mesma coisa.
Presunção, às vezes tem uma certa diferençazinha, pequena. Ostensibilidade é uma
coisa bem mais suave e menor – como patologia, é uma patologia superficial.
Superioridade também pode ser muita coisa. Então, essas últimas não têm nada a
ver com (as anteriores). Agora, o orgulho, depois do egoísmo, é a coisa mais
séria, dentro da parapatologia, ou da patologia da natureza humana. Arrogância,
prepotência… e tem mais, por exemplo, supremacia. Se falar de política tem que
falar de supremacia – e é muito mais sério do que isso tudo. (Tertúlia 0961; 0h:58m).
Comunicação dos amparadores. Pergunta. Nas comunicações dos amparadores mais técnicos, de
mentalsoma, normalmente eles falam usando uma palavra só, não é? Resposta (WV). Não é bem
assim. É na base de uma interação telepática. Essa interação telepática traz
uma conotação que transcende a comunicação escrita. Eles não usam propriamente
a palavra, eles te dão uma estrutura do que eles estão pensando. (...). Guardar
a estrutura da ideia é mais fácil porque ela tem mais pegas, ela tem mais raiz
no córtex. Guardar uma palavra é muito específico. E a maior prova disso é a
retrocognição. No processo, por exemplo, da rememoração de uma projeção, a
pessoa tem mais dificuldade em guardar determinada palavra específica do que (em
guardar) o acontecimento que a afetou. Se é um processo de emoção, a pessoa tem
melhor memória. Pergunta. Mas
por exemplo no ECP2, quando as pessoas fazem perguntas, as respostas são bem
sintéticas. Resposta (WV). São,
mas aí não tem telepatia. Eu estou falando de telepatia, por exemplo, na (minha
comunicação) com o Enumerador vem aqueles flashes.
É necessário que esses flashes, dos
episódios, se ampliem cada vez mais para a gente chegar na pangrafia, porque a
pangrafia é a mãe de todos. (Tertúlia 0961; 1h:03m).
Termo invariável versus variação vernacular. Pergunta. O senhor colocou na Antonimologia
(Vieira, verbete Variação vernacular)
o “termo invariável”. O que é que seria um termo invariável? Resposta (WV). Tenepes.
Tenepes é só uma coisa – é um acrónimo. É uma tarefa energética pessoal, fim de
papo – não pode ser outra coisa. Por exemplo, você não pode fazer doce de
tenepes, nem meia ou sapato de tenepes. Pergunta. Então existe uma diferença entre a variação
vernacular e o termo invariável. Resposta (WV). É. O termo invariável está na Antonímia, não
está? Observa que é outra coisa. (Tertúlia 0961; 1h:07m).
Sincronicidade / interatividade. Pergunta. Existe
sincronicidade sem interação? Resposta
(WV). Existe interação sem sincronicidade? A sincronicidade está bem
dentro da cronêmica – é o tempo, é o símbolo. Interação é um processo espacial,
proxêmico. Cronêmica e proxêmica. (Tertúlia 0961; 1h:09m).
Esquecimento de
palavras. Pergunta. Professor
Waldo, em relação às palavras (das quais) a pessoa não se lembra, isso é só em
relação à forma ou é também em relação ao sentido? Resposta (WV). É em relação à forma de uma
palavra específica. Você lembra que existe mas não lembra da palavra. Nós todos
temos esse problema. Pergunta.
E o contrário? Quando a pessoa lembra da palavra mas não lembra o
significado? Resposta (WV). Isso
é porque ela não aprofundou, não vivenciou o processo. Quando vivencia, não
existe isso, nunca.
(...). A forma é o que se esquece. O conteúdo é mais inesquecível. (...) A
pessoa que faz uma narrativa, expõe o processo, ela fixa mais. No caso, é quase
que uma técnica instintiva. (Tertúlia 0961; 1h:11m).
Holochacrologia e Energossomatologia. Pergunta. O
senhor lançou a Holochacrologia e depois Energossomatologia. Essa variação teve
um outro motivo? Resposta
(WV). Teve. Processo histórico. Eu tinha que falar muito em chacra.
Falei de holochacra até o povo acostumar. Hoje eu uso mais energossoma,
energossomatologia e energossomática em vez de holochacra. Você pode usar uma
palavra que está prostituída (como a palavra “carma”), desde que você faça a
plástica. Dos males, o menor – faça a plástica, a lipoaspiração. Pergunta. No espiritismo
não houve essa abertura para incorporar essas palavras (do hinduísmo). Resposta (WV). Não, eles
não permitem porque tudo é bitoado. Eles louvam, exaltam e fazem apologia de dois
livros: Evolução em Dois Mundos e Mecanismos da Mediunidade. Lá está
falando nisso, mas eles não falam nisso. Eles só exaltam os livros mas ficam
por aí. Como Allan Kardec não tocou nesse assunto, eles não admitem. Esse é que
é o processo bitolado do problema de religião e de seita. O espiritismo se
transformou numa seita cristã, igual às outras. (...). Se tem religião, estou
fora – “me inclua fora dessa”. Chega. Eu tenho retrocognição, eu lembro de
outras vidas, religião não dá certo, eu já morri por causa disso. Tudo evolui e
vamos ficar assim? Como é que é? (Tertúlia 0961; 1h:13m).
Recuperação de cons
com variação vernacular de época. Pergunta. Ao longo dos séculos, a variação vernacular vai
mudando em função da cultura. Resposta
(WV). E vai expandindo o idioma, ele vai crescendo. Pergunta. Então, se a gente
ler determinadas obras com a variação (vernacular) de outras épocas, como é que
fica isso em função de recuperação de cons? Resposta (WV). Você não está recuperando
palavras, está recuperando a manifestação pensênica, o conteúdo. Pergunta. Mas se a gente
lesse livros com a variação vernacular de outras épocas, isso ajudaria como
fator desencadeante? Resposta
(WV). Para fazer a evocação, quanto mais você ficar no tempo e no espaço
melhor. Isso é óbvio. Pergunta.
Eu queria saber se é o mesmo efeito de assistir filme de época. Resposta (WV). Sim, mas a
coisa mais séria é o tipo de invocação que você faz. Não interessa se você está
usando a forma atual ou uma histórica, da época. O problema é ver o nível, a
qualidade, a profundidade e o alcance da sua evocação. Aí, é o processo de
manifestação pensênica. Isso é o problema da forma. A conformática é
secundária, é a moldura do quadro. O que interessa é a mensagem que está
naquele quadro. Pergunta. E
aquela condição de quando se vai fazer terapia com algumas conciexes e se usa a
linguagem daquela época? Resposta
(WV). É porque aquela pessoa está totalmente congelada no tempo. Ela
está paradona lá, ela não saíu daquilo. Então, é preciso despertá-la para alguma
coisa. Mas para isso, a gente tem que fazer o rapport, tem que falar na linguagem dela, do jeito que é. Na hora
em que ela localiza você, (recorda) a amizade. (Tertúlia 0961; 1h:18m).
Palavra erudita. Pergunta.
Professor Waldo, como é que a gente faz para saber quando a palavra é erudita? Resposta (WV). O erudito é
mais intrincado, mais raro, mais sofisticado e quase sempre aquela palavra
expõe mais o assunto em si mesma. Entendeu? Ela é concentrada. Quase sempre, a
significação (da palavra erudita) é mais concentrada. E quase sempre ela tem
uma história mais técnica. A gíria, a linguagem popular, mesmo a etimologia é
muito popular. A linguagem técnica não, ela tem um histórico mais erudito. Isso
é regra. (Tertúlia
0961; 1h:25m).
Cosmovisão
comunicativa. Pergunta. Além
de tudo isso que você fala, o que é que poderia ajudar mais na cosmovisão
comunicativa? Resposta (WV).
É a pessoa pensar grande. Eu coloquei no quadro, lá no holociclo: «Pense
grande. Hoje é o grande dia.» No outro dia, a pessoa chega lá e fala assim:
-”Hoje é um grande dia, de novo.” Está lá o tempo todo: “pense grande”. Faz
alguns anos que eu tenho aquilo lá. Esse “pense grande” é a base de tudo. Que é
pensar grande? O povo tem dificuldade para entender o que a gente quer falar
com isso. É a cosmovisão. É o generalismo. É ver a coisa panorâmica e não
(apenas) o processo pontual. Não ver o simplismo, mas ver a complexificação.
Caminha por aí. (Tertúlia
0961; 1h:27m).
Comentando a fala de duas consciexes. Pergunta. Ontem, quando
apareceram as consciexes ((referência
a duas consciexes – um homem que usava uma blusa antiga, bufante, muito bonita,
azulada, com uma raias claras no ombro e uma mulher estava com saia rodada –
das quais Waldo Vieira falou na tertúlia 960, sem referir o teor da conversa
que teve com elas)), você “abriu o jogo” para mim e para muita gente
aqui. Falou coisas do passado, que eu acho bem sérias, e mexeu bastante comigo
e com outras pessoas. Você fala sempre que só “abre o jogo” para a pessoa
quando o amparador pede para falar. Nesse caso, essas consciexes, falaram para
você “abrir o jogo”? Resposta
(WV). Eu falei alguma coisa mas, não é muita coisa... porque eu não sei.
Pergunta. Mas então,
foi indicação dessas consciexes, para falar essas coisas, ou não? Resposta (WV). Até um certo
ponto. É tudo ligado à gente. Pergunta.
Mas, como é que nessa hora, você e as consciexes avaliam o fôlego da
pessoa para receber essa informação? Como é que isso funciona? Resposta (WV). Eles sabem
disso tudo. Isso aí é fichinha. Eles têm uma noção muito mais profunda do que
todo o mundo aqui. Esses dois que vieram aí, você já viram quanto que eles já
não frequentaram a psicoteca? Conhecem o seu gorgomilo de 15 vidas, se
quiserem, na hora. Vocês precisavam de ter uma aula com Hayek. Só. Mais nada. Uma
aula com o Hayek ia fazer o desbunde geral. Pergunta. Qual é o objetivo, nesse momento, da
consciexe falar do passado da pessoa? Qual é o objetivo principal deles? Resposta (WV). É fazer rapport com a gente para que os outros
possam fazer rapport com todo o
mundo. Está abrindo o caminho para contacto, comunicação, comunicabilidade,
conviviologia - tudo é mesma coisa. Pergunta. Além disso, não tem a ver com um processo íntimo da
pessoa? Resposta (WV). Não
tem a ver com a pessoa (mas com) o grupo. Ele está trabalhando sempre com o
grupo. Pergunta. Mas,
até certo ponto, é inevitável que a pessoa fique mexida. Resposta (WV). E daí? Isso
é ótimo! Retirar a pessoa da inércia. (...). Sair da inerciologia para a
dinâmica. Pergunta. Mas
é também para provocar algum tipo de mudança íntima, na pessoa, não é? Resposta (WV). Sempre é.
Cada dia, o ideal seria que cada um de nós tivesse uma dor de barriga para
mudar alguma coisa. Pergunta.
O processo era fazer impactoterapia para poder fazer mais rapport e
resgatar o grupo…. Resposta
(WV). … tem gente que só faz meditação no troninho do banheiro
((gracejando)). Tem gente (à qual) eu falo uma coisa hoje, o ano que vem eu vou
falar de novo e daqui a 5 anos eu vou falar de novo e eu estiver por aí com a
pessoa na minha frente, por ela ainda não fixou. E às vezes são as pessoas que
têm mais abertismo consciencial. Pergunta. Eu queria entender só mais um ponto, Waldo. Na hora
em que você “abriu o jogo” para a pessoa, a pessoa vê a sua realidade do
passado, fica mais mais consciente e isso ajuda a fazer o rapport com as consciências que têm que ser resgatadas. Mas está
evocando aquelas consciências. Aquelas consciências vão reconhecer a pessoa. Resposta (WV). É, tudo é
evocação. Pergunta. Sim,
mas você fala às vezes quando você vai para um país que nunca foi e você é
descoberto pelas consciências, isso pode trazer assédio. Resposta (WV). Aqui não
estamos fazendo assistência. Ninguém está pensando mal de ninguém. Outra coisa:
tudo é estudo. Tendo estudo, é estudo, está tudo claro, não tem saída. É tudo
tapa na cara e soco no queixo com fratura exposta. Pergunta. A pessoa está pronta para isso. A
pessoa está no nível melhor. Ela evoca, ela sabe quem foi, o que é que ela fez,
mas aguenta esse rapport e essa
evocação. Resposta (WV). Eles
já sabem que o nosso nível é esse. Eles não vêm aqui fazer uma pasmaceira. (Tertúlia 0961; 1h:28m).
Vocês repararam que eu (WV) falei só para um petit comité? Por um
processo de educação. Eu às vezes sou educado, por incrível que pareça. Tinha
sete pessoas. Sete pessoas não é muita
gente, é um petit comité. Foi uma acariação multissecular. Eu estava amoçando…
porque é que vocês vieram xeretar o meu almoço ((gracejando))? (Tertúlia 0961; 1h:35m).
Retrocognições. Pergunta (Selene) Às vezes, é difícil para
a gente encaixar tudo. As retrocognições são um quebra-cabeça sério. Resposta (WV). Se fosse
fácil você lembraria por você. Vamos supor que nos últimos 27 séculos você teve
no mínimo 20 ou 30 vidas, porque o povo vivia 30 anos e morria. Então pensa bem
como é que você vai juntar 20 vidas dessas? Como é que fica isso? Você está
entendendo a complexidade dessa história? Quando a gente fala uma coisa dessas
para fazer assistência já cria um problemão... Isso tem que ser superado.
Agora, o que é que falta? Em que eu falo, vou repetir: cosmovisão, visão
panorâmica, ver a coisa além do primeiro plano, ver o segundo, o terceiro e os
outros planos, não ver um cenário pequenininho, ver um cenarão, um cinemascope,
surround sound, a vastidão e não a
estreiteza. Agora, veja: até hoje, a gente ainda precisa de usar curral com a
ideia. O ideal seria não precisarmos mais de curral. Eu tenho falado muito aqui
para a gente acabar com a parede, com a porta e com a janela, visando isso. É o
jeito que eu estou arranjando para ver se esclareço o processo de devassar. (Tertúlia 0961; 1h:33m).
Pergunta
(Selene). Em alguns casos, e até inclusive no meu caso,
você fixa uma vida ou um aspecto dessa vida – no meu caso, da África e da
Bahia… enfim. E tem coisas antes, tem coisas que eu lembro mas é difícil juntar
as peças. Resposta (WV). Eu
posso falar para o Wagner (Alegretti)? Resposta (Selene). Pode. Resposta (WV). O caso é o seguinte. Ela mexeu com a
escravatura, (um caso muito sério) e hoje ela é essa mulata bonita que você
está vendo. Ela nasceu na Bahia. Saiu da Casa Grande e foi diretamente para
baixo da senzala. E agora está aí, sabendo de tudo. Fez medicina, para assistir
os outros, presta atenção… que é que ela quer mais? Resposta (Selene). Mas tem uma parte nebulosa
nessa história. Tem coisas complicadas. Resposta (WV). Sempre tem. Resposta (Selene). Essa nuvem aí... eu não
consigo abrir esse véu… Resposta
(WV). Quando houver necessidade, aquilo vai ficar claro. Para isso, você
tem que fazer assistência. A inscrição, a matrícula, o pré-requisito, é a
assistência. Faz assistência que você vai chegar lá. Um dos temas mais difíceis
é justamente isso – a obscuridade. O dia que tiver vantagem para o seu trabalho
saber disso, você vai saber. Nós somos diferentes da eletronótica. O cara da
eletronótica nem pensa que existe isso. Ele está numa nebulosa, está longe da
nossa realidade. Quando nós começamos a ter uma realidade multidimensional,
multiexistencial, multissomática e multimilenar, a coisa vem, porque aquilo é
importante para o processo da programação existencial. (Tertúlia 0961; 1h:36m). Esses amparadores evoluciólogos, eles precisam da gente.
Eles precisam de você, precisam da Laura (Sánchez), com todas as reclamações
dela, precisam de mim (WV),
precisam do Arlindo... Porquê? Para fazer rapport
com esses outros que estão em pior situação do que a gente. No entanto, muitos
desses que estão em pior situação do que a gente, eles estão melhor do que a
turma da electronótica. Isso é que é o terrível dessa história toda. Então você
veja o trabalho que não tem por aí! Nós nem começamos a movimentar o serviço
que tem para ser feito por aí, esse da reeducação. É muita coisa que ainda tem
para fazer. São cordilheiras, himalaias de serviço para remover. Pensa nisso.
Ajudando a gente, eles preparam-nos para ajudar os outros. Ajudando esses, eles
ajudam outros, até chegar àqueles outros que estão obnubilados totalmente. A
maioria desse povo tem lucidez, tem boa articulação pensênica, sabe o que está
fazendo, não tem é a elucidação, não tem esclarecimento. Eles estão
obnubilados. Pergunta. Num
caso como esse, por exemplo, se eu estou aqui entendendo corretamente, há um
vínculo direto daquela vida específica do passado com a proéxis do momento. Resposta (WV). Mas não é só
uma vida. No caso dela ((referênca
a Selene)), é mais de uma. Pergunta. Aí é que vem a minha pergunta. Até que ponto, nesse
caso, é importante a pessoa tentar pegar o novelo e começar a puxar? Resposta (WV). A Laura (Sánchez)
já está fazendo isso, já há algum tempo. Eu só falei para a Laura (Sánchez) uma
coisa e ela está vendo a radiação disso. De vez em quando, ela não sabe onde
colocar, porque aquilo não está só numa vida. Aquela vida é aquilo, mas ela
irradiou: antes havia uma irradiação e irradiou depois, até chegar aqui. (Tertúlia 0961; 1h:39m). Ela ((referência a Laura Sánchez)) está
fazendo uma coisa boa porque ela está escrevendo coisas sobre o Lastanosa, que
foi o que eu (WV) pedi
para ela. Se ela entrar nisso, já ajuda o problema pessoal dela. A Selene, a
mesma coisa. Ela se formou em medicina, ela vai fazer assistência querendo ou
não, no tapa. É o uma assistência profissional, praticamente, é decreto-lei, não
tem saída. E outra coisa: Ela está fora da Bahia, está fora da África, está
fora da monarquia, está fora da Europa... O pior já passou. Se alguém começar a
chorar as mágoas aqui, a gente tem que puxar a orelha, porque isso aí, já
era... já está superado. (Tertúlia
0961; 1h:41m).
Compassageiros
evolutivos. Pergunta. Quando
renasce uma consciência, filho ou filha, essa consciência recém-chegada é
ligada somente a determinada dupla ou pode renascer com qualquer dupla? Resposta (WV). Cada pessoa
tem milhões de elementos correspondentes, amigos e companheiros, aquilo que eu
chamo de compassageiros evolutivos. São milhões. Presta atenção nisso. Ninguém
fica isolado um com o outro. Por isso, o processo de dupla evolutiva é uma
coisa também muito relativa. Numa vida você pode ter um, noutra você pode ter
outro, noutra você vai ter outro… É lógico que tem aquelas condições que são
mais atrativas, mas nem sempre se consegue tudo o que se quer. A gente consegue
aquilo que pode. (Tertúlia
0961; 1h:42m).
Automanifestações pensênicas. Pergunta. Poderia explicar o item a "a
dinamização das automanifestações pensênicas"? Resposta (WV). A gente dinamiza as
automanifestações pensênicas através da retiliaridade do pensamento, o modo de
você pensar em linha reta, dentro de uma isonomia da manifestações pensênica.
Começa por aí. Dinamizar isso, é o seguinte: é você ler muito, anotar bastante,
participar das coisas. Aqui, a gente recomenda muito que a pessoa participe de
grupos de estudo e faça também cursos. Primeiro, aluno; depois, professor. Isso
ajuda demais a pessoa nas dinamizações pensênicas dela. Leve do bradipsiquismo
para o normopsiquismo e chegue ao taquipsiquismo. Quanto mais rápido você
conseguir pensar e expor verbalmente, melhor vai ser para você fazer a sua
redação amanhã. De modo que esse é o caminho, não tem milagre, a pessoa tem que
se esforçar, fazer muito esforço nesse sentido. (Tertúlia 0961; 1h:43m).
Fixar informações. Pergunta.
Porque é tão difícil a gente fixar algumas informações, mesmo sendo a
nosso respeito? Resposta
(WV). Quase sempre é porque a pessoa “tira o corpo fora”, porque aquilo
desagrada a ela, incomoda, às vezes é um incómodo. A pessoa guarda, pouco a
pouco, aquilo que não a incomoda, aquilo que dá alegria para ela, e isso é um
erro. A gente tem que aprender as coisas mesmo, não tendo alegria com elas.
Agora, quando a pessoa chega num nível desses, ela aprende as coisas mais
depressa e ela dinamiza o conhecimento, a cognição. Se a pessoa tem uma emoção
com aquilo que é favorável, ela retem mais – a retenção é maior, a memória
melhora. Se ela é contra, ela sepulta o assunto, ela encobre, ela faz o
acobertamento, e isso não é ideal. Pergunta. E mais cedo ou mais tarde a vida mostra que ela vai
ter que enfrentar aquilo. Resposta
(WV). Ela vai ter que enfrentar. Ela vai ficar encantoada. Quando ela
ficar encantoada, ela vai fazer alguma coisa nesse sentido. A gente tem é que
se esforçar para ser “omnívoro” – comer tudo o que aparece em matéria de
intelectualidade e não ter medo de nada, não estar só selecionando. Tem hora
que tem que selecionar, tem que escolher o melhor para não perder tempo com
coisas rebarbativas, secundárias, que não interessam, mas não ficar com medo de
nada. Ser “omnívoro”, comer o que aparecer. Pergunta. Uma outra coisa que eu também já
observei é que no começo, quando eu estava aqui no holociclo, você me falava
algumas coisas e eu não conseguia fazer a relação daquela informação como a
minha vida. Depois de algum tempo, eu consegui fazer. Mas eu fiquei pensando,
se fosse uma outra pessoa que me tivesse falado aquilo, eu não teria dado
crédito. Resposta (WV).
E você não teria anotado. Eu quase que forço vocês a registarem as coisas. Pergunta. A gente lê um
livro da consciênciologia, principalmente, e depois de vários anos, volta a ler
aquele livro e enxerga coisas que nunca tinha visto. Resposta (WV). É porque o seu dicionário
cerebral aumentou e as suas abordagens estão mais sofisticadas. Houve
acumulação de experiência pessoal, de vivência, é normal. (Tertúlia 0961; 1h:47m).
Tacon e Tares. Pergunta. Você disse que fazer assistência é
importante. Qual é a diferença entre tacon e assistência? Resposta (WV). Tacon é a
tarefa da consolação. Consolação é aquilo que uma mãe faz para o filho, o que o
padre faz quando vai dar uma bênção para a pessoa que acabou de perder um ente
querido, etc. A assistência de que nós estamos falando aqui é mais da tarefa do
esclarecimento. É explicar para o filho porque é que ele tem que fazer as
coisas, não tentar convencer, não mexer com a emoção dele, mas informar, fazer
ele pensar, raciocinar – isso é que é a tarefa do esclarecimento. E chegar para
a pessoa e dizer: -" deixa de besteira, deixa de chorar, que ninguém
morre, ele continua vivo". Esclarecer o que é que é a dessoma e deixar o
ritual de besteirada que a gente tem em matéria de misticismo e todas essas
tolices que existem por aí. Essa é a melhor coisa que nós temos hoje. Já tenho
uma porção de verbetes em que falo sobre tacon e tares. Tares: tarefa do
esclarecimento. Tacon: tarefa da consolação. Esclarecimento é uma coisa muito
mais difícil do que a consolação. A gente sempre fez consolação, devido ao
processo de maternidade, maternagem, paternagem, etc. A maior prova de que
esclarecimento é uma coisa difícil é de que aí em São Paulo tem a Rua da
Consolação e você não vê a Rua do Esclarecimento. (Tertúlia 0961; 1h:50m).