Técnicas aplicadas na
Enciclopédia. A circularidade é multidimensional e inter-secular.
Concatenação das ideias. Reação em cadeia ideativa. As inter-relações totais. A
cosmovisiologia conscienciológica. A técnica da circularidade. A coesão
conteudística. O monobloco uniforme de ideias, de técnicas e de fórmulas
padronizadas. Isso é o que eu estou tentando colocar na enciclopédia. Por
exemplo, sob o ponto de vista prático, só de forma, vamos supor que você
procura a palavra "caneta". Qual a relação que tem? Aí vem:
conscienciograma, consciencioterapia, laboratórios, a holoteca, o holociclo, a
etimologia, para que serve, o grafopensene, a grafopensenidade, e por aí vai. Nós
estamos dando um balanço no mundo, neste planeta. Está tudo lá dentro. As
enciclopédias de um modo geral deviam ser isso. É o Cosmos. É a Cosmolândia.
Tudo tem que estar ali. Vocês tem que saber onde é que estão ali dentro. São
aquelas correntes submarinas que dizem respeito à sua pessoa. É a trilha
energética. É a corrente de força. A sua força presencial está ligada a qual
corrente de força? Vocês estão acessando o quê? (Tertúlia 0888; 0h:56m).
Logias e máximos.
Pergunta. Comecei a ouvir as tertúlias
recentemente e gostaria de saber o que são logias e o que são máximos? Resposta (WV). Logias vem de logos - conhecimento, tratado, ciência, estudo. Definologia é a
ciência da definição. Tematologia é a ciência do assunto, do tema que está a
ser estudado. Etimologia é o estudo do étimo, da palavra em si, de onde ela
veio. E por aí vai. Máximo é quando o verbete alcança um teto que não deve
passar, para não ficar rebarbativo, repetitivo ou patopensênico. Por exemplo,
na Fatologia, quando tem 20 linhas é o máximo e 10 verbetes na Remissiologia, é
o máximo. Quando tem na Argumentalogia uma listagem vertical com 100 items, é
considerado o máximo. Eu quero é chamar a atenção para a cosmovisão, uma coisa
mais abrangente. Na pesquisa de dados, a pessoa vai acabar dominando aquela
aceção. Didaticamente, muita gente já veio me agradecer porque eu inventei
isso. Por exemplo, se você olhar sempre os 10 itens da Interdisciplinologia
durante um mês, com o passar do tempo você vai saber mais do que o que está
aqui ((apontando para o verbete)). E você nunca mais vai ser o mesmo, em
matéria de apreciação, de enfoque e de abordagem. (Tertúlia 0919; 0h:07m).
Proposição de logias.
Pergunta. Como é feita a proposição de
logias? Resposta (WV). “Logia” é matraca. É
para matraquear. Sabe o que é matraca? Ta, ta, ta, ta, ta, … é isso. Essa é a
minha didática. Eu estou usando a palavra “matraca” hoje, mas o nome técnico é
“circularidade”, é a batopensenidade ((referência
ao ato de “bater” em determinado conceito até o mesmo ser apreendido)) sadia,
cosmoética. É uma repetição, uma redundância, um pleonasmo técnico. Tudo de
propósito. Tem coisa que eu estou falando faz 50 anos e “o negócio não caiu”...
((referência a não ter sido ainda compreendido)) o
jeito é repetir tudo! Se vai repetir, radicaliza. Eu radicalizei. Colocando
logias, ninguém vai esquecer o que é isso. O povo ainda está só engatinhando. A
maioria está tendo dificuldade em ler as palavras com logias. (Tertúlia 0924;
0h:45m). Pergunta. Isso até é interessante
porque entra muito na pensenidade. Outro dia eu estava vendo uma questão de
trabalho (na área) comercial e falei para uma pessoa: -”Isso é um problema de
argumentologia!” Eu nem pensei. A pessoa perguntou: -”O quê?” Resposta (WV). O povo todo(s) o(s) dia(s) tem
essas perguntas… e danado da vida! Uma moça me falou que falaram: “Esse homem é
meio doido, ele coloca logia em tudo!”. A moça perguntou: “Você já notou se
está certo? Vê se o mining, o
significado, o sentido, a acepção do que ele está falando, está certo”. Se está
certo, quem é que vai poder reclamar? Ninguém. Agora, eu tenho que suportar a
renovação das palavras. Isso aí é o meu ónus, isso é comigo, eu tenho costas
largas. (Tertúlia 0924; 0h:47m). Pergunta.
Como a gente propõe uma logia? Resposta (WV).
Vê a palavra que você quer, em 50 dicionários. Depois vai para a internet pesquisar. Se não houver
chamada para a palavra, você “nada de braçada”, é “céu de brigadeiro”, e “mar
de almirante” para você. Está tudo em aberto. Agora, veja: ciclologia já
existe, essa não fui eu que criei, essa é antiga. Eles não gostam de usar essa
palavra porque “logia” (remete para) “logos”, ciência. Eu estou criando um
monte de ciências simultâneamente. A turma gosta de usar é a palavra
ciclicidade, o processo do tempo, da cronémica, como eu chamo. (Tertúlia 0924;
0h:48m). Pergunta. A gente poderia imaginar
que tudo o que existe pode (eventualmente vir a ser) uma ciência? Resposta (WV). (...) Tudo tem que ter cabimento.
Esta sala aqui comporta 70 pessoas. Mais do que isso ela não comporta. Tudo na
vida tem o limite, o bom-tom, a educação, o mais óbvio, o lógico, o racional. (Tertúlia 0924; 0h:49m).
Formação de
neologismos. Pergunta. Usei a expressão “rumática evolutiva” e não está
dicionarizada. Entendo que o sufixo “ático” está qualificando a palavra “rumo”.
Como devemos proceder na escrita conscienciológica, ou de um verbete, quando a
palavra não está dicionarizada, levando em consideração as técnicas de escrever
e a autonomia inventiva? Resposta
(WV). Se a palavra é nova, você tem que olhar a técnica de formação de
neologismos. Uma das técnicas que eu uso muito é a do acrônimo. É bom olhar
sempre na internet se já existe a palavra. Quase sempre a gente está reinventando
a roda – alguém já escreveu sobre aquilo. Em 10 palavras que eu procuro,
geralmente duas não tem em parte nenhuma mas 8 já (foram usadas por alguém) –
80% é mais ou menos a média. (Tertúlia 0961; 0h:46m). Pergunta. Há algum tempo
atrás houve uma discussão sobre a mudança de “mentalsomática” para
“mentalsomatologia”. Resposta
(WV). É “mentalsomatologia”. O Antônio está fazendo a mudança. Pergunta. Qual era a ideia
inicial e porque (não se manteve o termo “mentalsomática”? Resposta (WV). No início,
(eu não falava) palavras sesquipedais. Agora, eu já estou trazendo as
(palavras) sesquipedais. Se eu falasse isso no início, ninguém ia entender e ia
ficar uma coisa muito hermética. Hoje, vocês já viram que eu sou capaz de falar
gíria ou baixo calão e sou capaz de falar o erudito, se precisar, em certas
coisas – não é tudo, mas alguma coisa a gente aguenta. Se eu entrasse com isso
no início, ninguém ia ler nada, ficava como aquela repórter de Brasília. Esteve
um dia inteiro a fazendo uma entrevista comigo: subi e desci a rampa, filmou
isto, filmou aquilo, cenas disto (e daquilo)… e passa um mês e não publicam
nada. Então a Malu telefona para lá e pergunta o que houve. Eles disseram:
-”Não dá, é muita coisa…” Então ela foi lá e eles fizeram a publicação com
pouca coisa, só para constar. Entende? Não adiantou nada. Eram 2 focas: um
fotógrafo foca e uma repórter foca. Então, como eu não estava no Ártico…
((risos)). (Tertúlia 0961;
0h:53m).
Sinônimos. Pergunta. Quando o senhor
substituiu a palavra “mentalsomática” (por “mentalsomatologia”) é porque a
palavra “mentalsomática” pode ter um outro sentido dentro do estudo da
mentalsomatologia? Resposta
(WV). A “mentalsomatologia” é mais uma ciência. O sufixo “ática” não é
tão bom como “logia” – logia é logos,
é ciência. Pergunta. No
estudo do mentalsoma, essa palavra “mentalsomatologia” é melhor, concordo. A
pergunta é: “mentalsomática” pode ter um novo significado? Resposta (WV). Não. Pergunta. Não poderia ter
uma variação de sentido, já que a palavra oficial vai ser a outra? Resposta (WV). Não, (mas) depende
do texto. O meu texto repete demais as expressões. Se eu não arranjar
sucedâneos, se eu não arranjar sinônimos, eu estou perdido, fico repetindo
demais. Eu já repito alguns (termos) porque tem que ser, que são os subtítulos
das seções: definologia, tematologia... já houve gente que reclamou disso, mas
veja: isso coloca direitinho o pensamento da pessoa. O maior “burróide” vai
direitinho onde precisa, não tem jeito de ele sair, porque ele está preso. Eu
faço currais do pensamento, a pessoa fica encurralada. Ou ela admite o curral
ou ela tem que cair fora, no campo ou no pântano ((gracejando)) – sai do curral
e vai cair no pântano, não tem jeito. É o encurralamento da ideia, encatoar a
pessoa, ideologicamente ou ideativamente. Ideologicamente e ideativamente são
parecidos mas não são iguais mentalsomaticamente, intelectualmente. Vocês já
viram que eu jogo com uma série de sinônimos. Eu arranjo sinônimos em qualquer
área, porque esse é o dicionário mais fácil. (Tertúlia 0961; 0h:55m).