Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Matematização do conceito *

 

Exatidão da acepção. Às vezes, há um adjetivo melhor do que aquele que você usa. Isso é muito importante. Como nós temos muita gente aqui que está redigindo uma obra, uma obra-prima, um livro, é importante estudar o processo da semântica, da forma, da conformática e da comunicologia, visando a melhoria da exatidão da acepção. (Tertúlia 0960; 0h:03m).

Matematização de conceitos. Pergunta (WV). Arlindo, qual é o mais nevrálgico, o mais difícil desses 20 (conceitos) ((referência aos adjectivos que constam na tabela Matematização de conceitos))? Tem um deles que é muito próximo do outro.

 

Tabela - Matematização de conceitos (Vieira, verbete Matematização do conceito)

Nos

Até 70% do Sentido

Acima de 70% do Sentido

01.

Aceitável

Imperdível

02.

Admisssível

Definitivo

03.

Ambíguo

Definido

04.

Compreensível

Axiomático

05.

Concebível

Irrefutável

06.

Descortinável

Explícito

07.

Discutível

Provado

08.

Emaranhado

Deslindado

09.

Inconcludente

Esclarecido

10.

Lógico

Racional

11.

Passável

Irrecusável

12.

Plausível

Certo

13.

Ponderável

Indiscutível

14.

Presumível

Manifesto

15.

Provável

Firme

16.

Razoável

Irretocável

17.

Regular

Excelente

18.

Satisfatório

Insubstituível

19.

Sofrível

Fundamental

20.

Verossímil

Indubitável

 

Resposta (AA). Lógico e racional. Resposta (WV). Perfeito. O lógico, seria na base de 69% e o racional seria na base de 71%, o que é que você acha? (Tertúlia 0960; 0h:05m). Pergunta. Em relação à ideia original ou aquele con magno, aquele que ainda não existe, pelo menos descrito... Resposta (WV). … o inaudito, aquele que ainda não foi falado. Pergunta. Isso. A pessoa começa então na primeira coluna e ela vai juntando fatos. Mas como é que ela pode ter convicção de que aquela ideia realmente se tornou um axioma? Resposta (WV). É porque aquilo se assenta, dá uma acumulação de fatores e os precedentes vão comprovar o fato. Não adianta falar que eu tenho seis dedos, faz mais de setenta anos que eu sei que eu tenho cinco, nessa mão. Isso é um fato. Absolutely. (Tertúlia 0960; 0h:21m). Pergunta. Poderia classificar uma neoverpon com este verbete, para verificar se ela está adequada? Resposta (WV). Você é que sabe. Pode fazer a experiência. Faça a aferição, a averiguação, através da sua contestação. Aí, você tem que fazer uma demonstração no fim. Pergunta. O senhor tem alguma ideia de como é que isso poderia ser feito? Resposta (WV). Pegue qualquer ideia e veja. Pergunta. Você poderia comparar pela tabela? Resposta (WV). Eu não acho que essa tabela seja definitiva. E não acho que essa tabela esgotou o assunto, de modo algum. Eu fiz só vinte (em cada coluna), para não assustar o passarinho. Pergunta. É um ótimo ponto de partida. Resposta (WV). É. Ela deslancha. Ela é inconcludente para certas pessoas, ela é lógica para outras, ela é passável para outras, ela é plausível, ela é ponderável, ela é presumível, ela é provável… Vocês olhem qual é o primeiro experimento do 700 Experimentos e comparem com isso. Aquilo é muito chato… eu já fiz de propósito. Pergunta. Eu poderia pensar em analisar assim: essa neoverpon é aceitável ou imperdível?; é admissível ou definitiva? Resposta (WV). “Te vira”. Que vai ajudar a pessoa, vai. Quem é que está escrevendo algum livro? Pega um tema e vê aqui dentro. É preciso ter uma unidade de medida e eu estou dando o metro para o povo. Metro. Esse metro aí é o metro intelectivo, é o metro de elucidação mentalsomática. (Tertúlia 0960; 0h:23m).Isso tem um objetivo, não é só jogo de palavras, eu não estou só brincando com as palavras. A gente brinca com as palavras mas o “negócio” é sério. Pergunta. Eu só tenho medo de a gente usar essa lógica para livro, que é diferente de romance ou de filme e tirar a graça toda. Eu gosto disso, mas para a maior parte das pessoas “a coisa” fica sem graça. Resposta (WV). Fica. Eles querem ver comédia, não querem ver nunca um drama. O problema é escrever para quem quer coisa séria, do ponto de vista evolutivo e esquecer o resto – nem pensar que os outros existem. Senão, daqui a pouco o povo vai querer escrever para gato, cachorro…. já pensou? Escrever só na base do au, au ou do miau… miau, miau, miauzinho, miauzão… não dá! (Tertúlia 0960; 0h:35m). Pergunta. Como chegar a um percentual exato (para fazer) um dicionário, você podia explicar? Resposta (WV). Vamos começar por aqui. Você vai pegar estas 40 expressões qualificativas, ou adjetivos, e você vai dar um percentual a umas em relação às outras e fazer um dicionário na base do percentual. Por exemplo, ‘lógico’ e ‘racional’, estão bem aproximados um do outro. Se nós estabelecemos a linha divisória em 70%, o ‘lógico’ pode ser 69% e o ‘racional’ pode ser 71% – é isso que eu estou falando. Agora, vamos fazer isso com 1000 adjetivos. Alguém já viu algum livro sobre isso, um dicionário sobre isso? Isso tudo precisava de ser feito para clarear o mentalsoma. Aí, a literatura já foi jogada para o espaço, porque é besteira. Literatice, é “de morte”. Se eles querem estudar a língua, porque é que não entram no modo de a língua expressar mais a realidade, mais próxima da verdade? Aproximação. Por isso eu vivo falando em aproximações simples. Agora, você já pensou, na hora em que começar uma aproximação composta, complexa, “sofisticosa”, sofisticada? Pergunta. Você tinha falado em percentual exato. Resposta (WV). O percentual exato dentro do momento evolutivo, dentro do seu contexto, neste momento, é isso. (Tertúlia 0960; 0h:37m). Pergunta. Na sua opinião, analisando a tabela, em que conceito se classifica atualmente a ciência Conscienciologia? Resposta (WV). Quem é que quer falar nisso? Resposta (tertuliana). Dentro da segunda coluna, com certeza. Seria racional, imperdível, indubitável, excelente... e tudo ainda dentro do conceito da relatividade. Resposta (WV). Uma coisa que seja mais forte. Resposta (tertuliana). Racional. na minha opinião, é racional. Resposta (RN). É esclarecido. Resposta (WV). Até ao momento, para você meu amigo ((dirigindo-se ao teletertuliano que enviou a questão)) é insubstituível, para a turma aqui. Mas eu quero te lembrar: esse povo todo é prejudicado ((risos)). Agora, eu é que te pergunto. Que é que você acha? Para você, o que é? Pode mandar para o email que a turma recebe. (Tertúlia 0960; 0h:56m).

Percentual do conteúdo das acepções. Pergunta. Na ciência convencional e na filosofia, nada ((referência ao percentual do conteúdo das acepções dos adjetivos qualificativos)) chega a 100%. Resposta (WV) Eu parei nos 70% ((gracejando)). (...). (Os adjetivos da) primeira coluna tem menos certeza e os da segunda coluna tem mais certeza. É isso que eu quero dizer. (Tertúlia 0960; 0h:07m).

Avanço no percentual do conteúdo das acepções. Pergunta. Quando a gente vai descrever ou vai fazer uma obra, falando sobre parapsiquismo, sobre aspectos da extrafisicologia... Resposta (WV). … você vai usar mais a primeira coluna. Pergunta. Pois é, é isso que eu estou pensando. Resposta (WV). Tem lógica. Está certo. Pergunta. Como é que a gente avança no estudo do parapsiquismo, indo para a segunda coluna? Resposta (WV). É fazer o penteado com pente fino, dentro das vivências parapsíquicas. É o micrótomo, o raio laser, o microscópio do telescópio. (Tertúlia 0960; 0h:18m).

Conteúdos das acepções de emaranhado-deslindado. Tudo o que você vai ver de início, é emaranhado. Com o passar do tempo, você vai deslindar tudo. Por isso tem a retrocognição: o flash, o episódio e depois a série de cenários com a trama (onde) aparece a história inteira. Aí, você saiu do emaranhado para o deslindado. Agora veja: primeiro você tem que ver se o flash é aceitável, se é lógico, se é admissível. Por exemplo: é ambíguo – difícil de caracterizar, de classificar; é incompreensível – não é compreensível, senão não teria problema; é concebível – pelo menos a sua memória ou a sua imaginação conceberam aquela vivência; é descortinável – “who knows?” é preciso estudar; é discutível – é; é inconcludente – sim, porque está no início.Vai chegar a um ponto em que você vai ter tanta certeza que vira axiomático. Vai chegar a ponto que você vai esclarecer. Vocês estão vendo como é importante a tares? A tares é a segunda coluna. O mentalsoma é a segunda coluna. Se um de vocês tiver muita paciência, pega todos os conceitos da Conscienciologia e vai ver se está na primeira ou está na segunda (coluna). Está começando a ampliar a ideia? (Tertúlia 0960; 0h:19m). Pergunta. Você comentou sobre a transição, dentro da rememoração, da retrocognição, a transição do flash para o episódio. Isso é mais uma decorrência acumulativa, mais parafisiológica ou parapsíquica? Resposta (WV). As duas sim e a terceira também sim ((rindo)). Tudo. O parapsiquismo é que vai dar mais iluminação, clarear, esclarecer o processo, devido à vivência. Se você começou apenas com uma elucubração, lá no fim da história você já vai ter uma certeza razoável e vai ficar tranquilo com isso. Então, uma certeza razoável, é o que a gente tem que procurar. Ela é uma certeza relativa, mas ela é compensatória, ela é pacificadora. Isso é o que eu chamo certeza aproximada, porque ela é relativa. Pergunta. Mas o fundamento, principal seria mais parafisiológico ou mais parapsíquico? Resposta (WV). Mais parapsíquico, devido à cosmovisão. O flash é antevisão. O episódio é monovisão, porque é específico. A trama é cosmovisão. Eu não vou perguntar se tem lógica para vocês porque é óbvio. (Tertúlia 0960; 0h:41m). Pergunta. Há dezenas de tertúlias atrás, o senhor comentou sobre algoritmo. Resposta (WV). Não, essa é de centenas (de tertúlias atrás). Pergunta. Centenas ((risos)), é verdade, que também são dezenas. O senhor poderia explicar um pouco melhor essa questão dos flashes passarem para o episódio e para a trama? Resposta (WV). É você ver como é que você esclarece, dentro de uma linha ascendente de esclarecimento. Uma linha ascendente, como se fosse uma numeração que se está desenvolvendo a maior. O caso todo é mexer com uma coisa e com outra. À hora em que você faz o algoritmo, ele é confuso. O algoritmo não é uma coisa definida. Então o algoritmo é uma coisa para os “confusinos”, para quem está começando, que precisa esclarecer mais. Uma coisa que começa a ficar mais clara é a enumeração horizontal. Por isso eu falo que aqui uma das coisas mais sérias que tem é a enumerologia – conforme o tipo de enumerologia. Olhe aqui ((leitura do verbete)). «Enumerologia: a faculdade autopensênica de conceituar; a faculdade autopensênica de calcular; a faculdade autopensênica de comunicar; a faculdade autopensênica de discriminar; a faculdade autopensênica de interpretar; a faculdade autopensênica de expor; a faculdade autopensênica de validar».  (Vieira, verbete Matematização do conceito). Tem alguma noção de crescimento mas, por exemplo, ‘comunicar’ e ‘expor’ tem uma diferença mínima, mas é diferente. Entre ‘comunicar’ e ‘expor’ eu coloquei ‘discriminar’ e ‘interpretar’. ‘Comunicar’ é geral mas ‘expor’ já é bem específico, eu já coloquei na pinça – é o pontual, é o raio laser, é o foco. À hora em que a gente faz uma enumeração horizontal desse tipo, ela é sempre discutível. Sempre. Porque sempre você pode arranjar uma nuance menor e colocar no meio ou substituir alguma delas, ou mudar. Você entendeu? Agora começa a pensar sobre a enumerologia, no caso, e agora compara a técnica da enumerologia horizontal com o algoritmo de qualquer tipo: a enumerologia sempre vai ganhar, se ela for colocada dentro dos termos lógicos de ascendência, de crescimento, a maior. (Tertúlia 0960; 0h:58m). Pergunta. Mas dentro do contexto dos registos diários que você vai fazer, para você (passar) dos flashes para a trama… Resposta (WV). Você tem que guardar isso tudo e ver o que acontece. A coisa melhor que tem é a hora em que você não precisa nem de olhar mais os registos porque a trama já entrelaçou tanto que você já viu quem são os personagens, os figurantes e o cenário. Uma coisa muito séria que tem nessas rememorações, que é o processo do engrama, é o engrama no tempo, no espaço, nos figurantes – quer dizer, na elencologia – e no cenário. Isso é um “troço” terrível. É o que nós estávamos falando aqui antes. Eu falei que apareceram aqui duas consciexes hoje que estão com roupa daquela época porque parece que eles estão trabalhando na ré-ressoma, para despertar certas consciexes. Então, eu estava falando que um deles – o homem – estava usando uma blusa antiga, bufante, muito bonita, azulada, com uma raias claras no ombro. A mulher estava com saia rodada e ele todo bufante. Então, a gente estava querendo colocar isso, aonde? Nós não estamos sabendo o que é (exatamente mas) se eu vir as roupas eu vou (identificar) a era, a época e vamos ter uma ideia daquilo. Então, na questão da retrocognição, o cenário, a roupagem, a chamada vestimenta, o vestuário, é muito importante. Se você for falar em linguagem cinematográfica, aí é o continuísmo. Você sabe o que é continuísta, no cinema? É aquele que vê a roupa (que os atores usam em cada cena e a caracterização, por exemplo, cuidar para que um ferimento que numa cena apareceu do lado direito não seja exibido do lado esquerdo em outra cena) – ele vê o entrosamento de uma cena com outra.  Nas retrocognições, todo o mundo devia estudar cinematografia. Foi o que eu fiz. Eu fui a Hollywood para estudar (cinematografia), por causa disso. (Tertúlia 0960; 1h:02m).

Conceitos definitivos. Pergunta. Se a Conscienciologia é uma verdade relativa de ponta, como é que nós podemos ter conceitos definitivos? Resposta (WV). A minha mão tem cinco dedos. Isso aqui é definitivo. Faz setenta anos, nunca apareceu um sexto dedo e nunca perdi nenhum. Agora, veja, isso tudo é relativo porque eu posso sair do corpo e vou ter a réplica desse corpo aqui, o psicossoma que na realidade é que comanda o corpo, e eu sou capaz de por dez dedos na mão. É relativo, isso aí, mas aqui para nós não, nessa dimensão, nesse contexto. Hoje, não. (Tertúlia 0960; 0h:22m).

Enumeração horizontal. Pergunta. Há pouquinho, o senhor falou de uma enumeração horizontal: lógico, ponderado e racional. O lógico e o racional, você já tinha falado que era 69% e 71%. Eu entendo que você faz a enumeração horizontal para varrer várias percentagens. Dentro dessa enumeração – lógico, ponderado e racional –, esse ponderado, na minha opinião, ele podia ter uns 70% ou mais até. Resposta (WV). Mas o ponderável é um dos mais fracos que tem aqui, a meu ver. Ponderável, para mim, é 5%. Contra ele, é o indiscutível. Indiscutível, praticamente é mais de 90%, no mínimo. Pergunta. Pois é. Foi isso que eu vi. Eu vi que o número 13 da tabela Matematização de conceitos é ponderável e indiscutível. Esse ponderado então está relacionado com o ponderável do número 13? A semântica não funciona? Resposta (WV). Não. O ponderável é uma coisa que pode ser medida, pode ser pensada, é uma coisa que deve ser levada em consideração. Pergunta. Mas não dá garantia nenhuma… Resposta (WV). Não vale nada! Ponderado é um peso bem menor do que indiscutível. Se você colocar na balança, indiscutível, pesa muito mais do que ponderado. Pergunta. Então, essa enumeração aqui está boa porque admite o ponderável, admite o lógico e admite o racional. Resposta (WV). Sim, mas eu acho que tem muita coisa que a gente pode melhorar. Eu não acho que isso seja definitivo, de modo algum. (Tertúlia 0960; 1h:16m).

Adjetivos. Pergunta. Vamos supor que eu quero usar dois adjetivos. Se eu estou entendendo que um é emaranhado, e o outro é deslindado, não é a palavra emaranhado e ou a palavra deslindado que está em jogo, é o adjectivo que está emaranhado, não é isso? Então, se eu sei que é emaranhado, eu não uso? Resposta (WV). Emaranhado é uma coisa confusa, ‘complicosa’, que você ainda não sabe discernir. Agora, deslindado – esclareceu tudo. Pergunta. Então não é para usar o emaranhado, é isso? Resposta (WV). Não. Depende do contexto. Por exemplo, tem gente que não conhece orismologia: então ela não é boa, nem em nomenclatura nem em terminologia. Ela vai ler algumas coisas minhas e vai achar que está emaranhado – e eu explico tudo. (...).É preciso ver o que é que é emaranhado e deslindado. Tem gente que não entende isso. Custa. É o “confusino”. Pergunta. Então a tabela (Matematização de conceitos) não é para discriminar nenhuma palavra, é para você saber bem o que está fazendo. Resposta (WV). É. E outra coisa: e o que é que você está comunicando – qualificando algo. Um adjetivo é qualificação. Essa qualificação é muito importante. (Tertúlia 0960; 1h:19m).

Extremos. Pergunta. No caso da tabela Matematização de conceitos, a gente poderia pensar em estabelecer aqueles percentuais básicos, tipo 25%, 50%, 75%... acima de 90%? Resposta (WV). Não, não, não. O “negócio” é ver o detalhe. Eu já dei uma dica baixa e uma dica alta. A alta é: o lógico e o racional. A baixa é: o ponderável e o discutível. (Tertúlia 0960; 1h:21m). Pergunta. Entre o regular e o excelente, poderia ter o bom e o ótimo? Resposta (WV). Isso é conversa. Ótimo e excelente é mais ou menos a mesma coisa, em certo contexto. Tem muita coisa parecida, mas não adianta fazer. Ver os dois extremos, é melhor do que fazer a coluna do meio. Pergunta. De onde é que saiu o 70%? Resposta (WV). Uma porção de coisas na vida é na base dos 70%. (...). A maioria das enumerações em literatura, em ciência, em filosofia… é de quatro ou cinco, nunca chegam a sete. À hora em você coloca sete, você “furou a boca do balão” porque é o mais difícil que esclarece mais. Por isso eu uso sete numa porção de coisas. Eu quando examino o processo de você ter a vida dividida em duas partes – primeiro a preparatória e depois a executiva – a preparatória vai de 1 a 35 anos e a executiva vai de 36 a 70. Setenta, é uma média boa – ainda – para você examinar o processo da longevidade na Terra. Você entendeu isso? Agora, outra coisa. Uma pessoa me pergunta como é esse “negócio” de uma pessoa ter lucidez com a recuperação dos cons? E eu falo assim: -“Quando ela começa a ter 70% de recuperação dos cons, ela é ótima, é um génio”.Estou dando os exemplos que me vêm à cabeça. O ideal é colocar os dois extremos para classificar isso – dá mais impacto. (Tertúlia 0960; 1h:22m).

Continuísmo. Pergunta. Professor Waldo, voltando àquele tema do continuísmo, que o senhor falou em relação à retrocognição, tem consciências que vem dentro do continuísmo da evolução e alternam entre cenários e conjunturas humanas. Tem pessoas que ficam mais lineares dentro do continuísmo de cenários humanos… Resposta (WV). … e tem aquele “negócio” do break – de vez em quando muda, porque mudou o patamar. Você sabe o que é? É a hora em que muda de sexo. Esse é um break, é um patamar. É tanto que no livro do Balzac ((referência ao livro Cristo Espera por Ti)), uma das coisas que ele está expondo é justamente isso. É a base do livro. Outra coisa séria: se uma pessoa teve dez vidas durante um milênio, por exemplo no continente europeu, lá em dois ou três países ali perto e ela depois vai para a China, é um break. Aí já é um novo patamar, muda tudo – já não é só um degrau, já é um plateau. (Tertúlia 0960; 1h:24m). Pergunta. Como é que você faz a avaliação dentro do continuísmo, porque no caso, a base do continuísmo é a evolução da consciência, independentemente dos contextos humanos? Resposta (WV). Não é só a evolução. É a norma de equilíbrio. Aquilo que a pessoa tem de bom ficou imutável. Há uma coerência dentro do processo dela e essa coerência tem que partir do temperamento da pessoa. Era isso que eu queria ver a meu respeito, até conseguir lembrar alguma coisa que valesse a pena. A imutabilidade da correção sua, a coerência, no tempo, no espaço, nos corpos e nas vidas. Coerência, no tempo, no espaço, nos corpos e nas vidas – presta atenção no que eu estou falando. Entendeu isso? Eu dou um nome para essa coerência: auto-revezamento. Tem lógica? Depois que você dessoma, se você teve uma vida que foi mais ou menos, você vai ficar na euforex. Vocês ainda vão ter isso na próxima vida e talvez em mais duas ou três (e depois) vocês não ter mais, não. Isso não interessa mais, vocês já vão “ser” isso, vocês não vão “ter” euforex, vocês vão “ser” euforex. (Tertúlia 0960; 1h:25m). Pergunta. Como se relaciona essa coerência do autorrevezamento, quer dizer, a essência da consciência, aquilo que ela tem de bom, com a conjuntura humana? Vou dar um exemplo: o sr. Manuelzinho era desperto, teve vidas em que ele era mais mentalsomático e teve uma vida analfabeto, no entanto, a coerência era uma. Como se relaciona essa mudança de contexto, de perfil? Resposta (WV). Ele não mudou nada, ele apenas ficou especializado dentro do processo de fazer uma tacon com mais detalhes, mais circunstanciada. Ele não mudou. Ele já vinha fazendo alguma coisa daquilo mas ainda não tinha se especializado no que precisava. Dedicado uma vida toda à tacon, ele consolou aquilo em que muita vezes ele foi negligente. Ele sabia disso. (Tertúlia 0960; 1h:28m). Pergunta. E a Ana ((referência a antiga cozinheira de Valdo Vieira))? Ela era intelectual numa vida e veio cozinheira numa outra vida. Resposta (WV). Essa veio para ajudar algumas pessoas, inclusive o filho dela e o marido que depois sumiu. Outra coisa: vai ter um curso sobre (o livro) Cristo Espera por Ti (dito em 16.09.2008) e uma das questões que eles já levantaram é “porque é que a Monja vai renascer numa família obscura e escondida, em pleno século XIX, no interior, lá no fim do mundo, da França?” Essa é pior. Você tem que analisar porque é que a Monja foi renascer lá. Baseado em quê? Eu quero ver qual a conclusão a que eles chegaram. Se eu puder eu vou estar lá, para ouvir o que é que eles vão dizer. (Tertúlia 0960; 1h:29m). Pergunta. Só finalizando, como é que a gente “amarra essas pontas” e começa a estudar e a entender mais, com cosmovisão, a continuidade da assistência, das tarefas, da coerência pessoal da consciência? Resposta (WV). Esqueça isso. Pense primeiro no modo de você fazer essa análise. Se você estudar a estrutura e chegar a uma conclusão, você vai ter outras conclusões depois disso. Não se preocupe com isso. Vê se você entende o modo de fazer a análise dos flashes, dos episódios e da trama. O episódio pode ser pequeno ou grande. Os episódios das sérias, às vezes são um verdadeiro filme de uma ou duas horas cada um, não é isso? Então, veja: isso é um episódio grandão. E existe um instantâneo – isso é um flash. Uma cena que se desenvolve durante cinco minutos com três personagens é um episódio. Agora vamos supor que o episódio se desenvolve aqui, lá fora e num veículo – começou a complicar. Isso aí é que você tem que entrelaçar e ver o que é que se passa. Quando você tiver muito material na mão, você vai começar a pensar no timeline. Que tempo é esse? Onde nós estamos? Porque é que aconteceu isso? Procure ver, nesse período todo, alguma expressão, nome ou legenda, que tenha algum lugar que você viu.Isso é uma das coisas mais difíceis (mas) às vezes (com) um nome, você (identifica) uma época e uma localização geográfica. Então, o elemento geopolítico da coisa é importantíssimo e de retrocognição muito difícil. Números, nomes. Datas não são um número simples, então é complicado. À hora em que você tiver qualquer lembrança, seja na vigília física ordinária, seja projetada, a primeira coisa que você vai fazer é o seguinte: fixa uma ideia, que é a palavra-chave, ou expressão-chave ou ideia-chave daquilo e esquece o resto. Com aquela ideia-chave, você pega o resto. Você tem que pinçar, porque senão, principalmente se for fora do corpo e você tem trinta coisas, você não vai lembrar. Então, tem que pegar o essencial e registrar – e tudo melhora. E o registro tem que ser feito imediatamente, quando você volta, não pode deixar para depois. É muito diferente da técnica de reflexão de cinco horas pela manhã sem anotar nada, só pensenizar. Isso é outra coisa. Nesta técnica de reflexão de cinco horas a pessoa só penseniza, num lugar tranquilo, com boa temperatura, tudo adequado – uma coisa boa é usar o serenário. Você entendeu? Isso é que é o importante, o resto vem como complemento. (Tertúlia 0960; 1h:30m).

Classificação do paradigma consciencial e da Conscienciologia. Pergunta. Opinião pessoal. O paradigma consciencial poderia ser classificado: como indiscutível e indubitável. Já a ciência Conscienciologia, pelo amplo campo de estudo e condição atual de nossas ferramentas de pesquisa, se classificariam em lógico e indiscutível. Resposta (WV). Até pode ser, mas o que eu vejo é que tudo é ainda discutível. (Tertúlia 0960; 1h:41m).

Lógico e racional. Pergunta. Poderia explicar de novo a diferença entre o lógico e o racional? Resposta (WV). Alguém quer explicar ((dirigindo-se aos tertulianos))? Resposta (RN). O lógico ficou até 69% e o racional ficou até 71%. Porquê? O lógico é mais fraco e o racional atinge um um atributo intraconsciencial mais evoluído, mais permanente, mais estável. O lógico é uma coisa mais extrínseca. Resposta (WV). Existem várias escolas para a lógica. (...).O irracional, não tem lógica, não é preciso nem falar nele. O racional é dicotômico: ou é ou não é. A lógica – um pensa com uma lógica, outro pensa com outra lógica – já tem uma picotagem da ideia. (Tertúlia 0960; 1h:43m).

Palavra mais certa para a expressão da ideia. Pergunta. Como é que a gente faz para encontrar a palavra mais certa para a expressão da ideia? Resposta (WV). É tentar, tentar, tentar, tentar. Escrever, escrever, escrever. E ampliar o vocabulário, tudo o que você puder. Ampliar, ampliar, ampliar. Sempre tem outras palavras que você ignora. Uma coisa boa é ler o dicionário. Ler dicionário. Eu coloquei muita gente lendo o dicionário. Inclusive, dei dicionário, na época do Centro da Consciência Contínua. (Tertúlia 0960; 1h:50m).

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