Educação dos superdotados. Pergunta. Qual seria a melhor solução para educação dos superdotados no nosso país? Resposta (WV). A primeira coisa é perguntar (ao superdotado) o que é que ele quer estudar, o que é que ele precisa, que livro, que instrumento, que computador, qual o robô que ele quer? Você dá tudo e acompanha-o com calma (mas) fazendo com que ele tenha também contacto com os outros – ele não pode ficar autista. Muitos superdotados têm taquipsiquismo, raciocinam depressa. A gente tem que examinar qual é o nível dele – passar um conscienciograma nele para ver. Ele pode ser superdotado apenas numa linha de conhecimento bem específica e ter uma lacuna enorme (em outras áreas). Esse também tem que ser estudado. “Joga a pessoa em cima da chapa quente”. Você dá tudo o que ela quer e não cobra nada, só acompanha e vai vendo o que é que vai dar. Para entender o superdotado, é bom você estudar o Brainstorming. No Brainstorming, uma porção de gente fala sobre um determinado assunto, na hora, sem cogitar. Falam tudo o que lhes vem na cabeça, para ver a criatividade das pessoas e (conseguir) ideias novas. Com o superdotado é a mesma coisa. Um dos assuntos que eu mais estudei, fora dos processos dos fenômenos parapsíquicos, foi superdotação. (Tertúlia 0944; 0h:40m). Pergunta. Eu li um livro que fala de patologias encontradas no atendimento aos superdotados (refere) hipoglicemia reativa ou funcional. Você acha que tem alguma coisa a ver? Resposta (WV). Não. Tem que examinar se a pessoa é superdotada ou se é demente, ou doente mental ou psicopata. Uma coisa é diferente da outra. Até o savant ((referência à síndrome do sábio, síndrome do idiota-prodígio, síndrome de savant ou savantismo, caracterizado por memória extraordinária e défice intelectual)) é diferente disso. O savant é o sábio-idiota. O superdotado é aquela pessoa que é capaz de ser atilada no processo de apreensão de cognição de um conhecimento mais rápido do que os outros e com exatidão, com correção. Isso é que interessa. Esse é que é o superdotado que interessa. O resto é conversa fiada. Uma outra coisa: um superdotado, por exemplo, que seja só de arte, ele é pequeno. O superdotado tem que ser intelectual, para entrar com a profundidade do conhecimento. Para isso, é preciso mexer com tudo quanto é instrumento, mexer com robô entre os 3 os 5 anos – a fase dos inputs dá a alimentação que o menino precisa. É aí que a superdotação pode melhorar mais. Mexer bastante com a informática, com tudo quanto é aparelho, até definir qual é o caminho que ele quer seguir. Com o passar do tempo, trabalhando com outros tipos de criança, menina ou menino, a pessoa caracteriza bem a superdotação – aquilo fica muito óbvio. E outra coisa: ela vai observar também se há um processo muito carregado de patologia. Porque se tem patologia, aquela criança tem que ter uma atenção diferente. Tem que observar o processo patológico para curar aquilo. A superdotação, lá no fundo, é uma condição da pessoa normal que evoluiu com alguns atributos conscienciais um pouco mais do que a média, só isso. A diferença é essa (mas) isso dá uma “diferençona” enorme. Aparentemente parece uma coisa simples, mas não é: cria uma série de consequências que é preciso serem levadas em consideração. (...). Há o ignorante e há aquele que é mais elucidativo. Essas coisas, não tem jeito de tapear: ou a pessoa tem, ou não tem. QI, não adianta para superdotado. O Quociente Intelectual não mede a consciência do jeito que ela é. Tem que ver uma coisa muito mais abrangente, envolvente, um universo muito maior do que isso. (Tertúlia 0944; 0h:42m).