Neossinapses evolutivas predominando sobre as
retrossinapses. Pergunta.
Qual a melhor técnica para que as neossinapses evolutivas predominem
sobre as retrossinapses? Resposta
(WV). É a pessoa dar um balanço no seu processo mentalsomático e ver
como é que ela está. Nos últimos cinco anos, ou na última década, o que é que
ela sonhava, o que é que ela planejava, o que é que ela almejava – aquele
planejamento básico – e o que é que ela conquistou até aquele momento? E aí ela
vai ver que algumas coisas falharam, outras ficaram lacunadas, outras nem foram
tocadas. Então, ela vai perguntar para (si mesma): -”Porque é que isso
aconteceu? Porque é que eu não recuperei daquilo que eu queria?”. Às vezes, no
início, pode ser um processo de approach errado, quer dizer, é uma
aproximação ou uma apreciação exagerada do processo. Depois de alguns anos, a
pessoa vai saber se ela estava exagerada ou não. Para ter uma neossinapse, é
preciso ter uma ideia nova; para a pessoa ter ideia nova, em geral, ela
precisa, no mínimo, de fazer muita leitura. Sem leitura, apenas na base da
tradição oral ou num processo de artesanato de uma pessoa para a outra, isso é
coisa de operário, mas não é coisa de intelectual. Com isso, eu não estou
fazendo elitismo nenhum, não. (Tem que haver pessoas operárias e pessoas
intelectuais). Se (a pessoa) entrar no processo intelectual, com mais lucidez,
ela vai caminhar inevitavelmente, cedo ou tarde, para o parapsiquismo. Ela vai
entender mais o processo das sinapses (para) além da neurociência tradicional.
Com isso, ela vai ver as paraneosinapses, o que ainda complica mais a situação.
Então ela vai ter as retrocognições. Com as retrocognições, ela vai então
localizar as retrosinapses. Eu, por exemplo, (ainda) garoto, comecei a lembrar
de umas coisas que não havia jeito de colocar aqui ((referência a fazer corresponder à actualidade)),
porque (isso já não existia). Sem falar de mim, vou dar um exemplo em termos
gerais. Você vai falar a uma pessoa como é que você agia com as bigas ((referência a carroças de duas
rodas puxadas por cavalos)). Já não existem bigas… como é que fica isso?
Outra coisa: uma porção desses aparelhos de orientação que havia na Idade
Média, hoje em dia já não existe nada disso. Agora tem o GPS que indica onde é
que você está no cosmos – o satélite indica tudo. Então, (o astrolábio que a
gente usava nos navios junto do leme para orientação, só funcionava com o sol e
as estrelas quando não havia nuvens). Hoje, a situação é muito diferente. Agora
falando do meu caso: eu tive uma (vida) em que eu era muito perseguido pelas
minhas ideias, na China. O povo (andava) atrás de mim. Aí, eu fiquei escondido
num lugar que aquilo cravou tão sério ((levando a mão à cabeça)) que eu de vez
em quando tinha aquela lembrança recorrente. Isso (durante) muito tempo. Os
muares, eram diferentes dos nossos. Eles pareciam ser maiores, mais escuros e
muito mais peludos do que hoje – rabudos, peludos, enormes, muito maiores do
que o (atual) percheron francês – e já não existem). São coisas assim que a
gente tem que examinar, com calma. As retrossinapses mostram, não só o problema
que está deslocado, que está extemporâneo, que está fora do tempo, como também
ela vai mostrar alguma coisa que é específico de um determinado lugar. Com isso,
você pode localizar a sua lembrança – o local, a latitude, a altitude… enfim, a
geopolítica do processo. Você localiza geograficamente a sua condição. Isso
amplia (muito) a abordagem. Quando eu falo “retrossinapses” e “neossinapses”, é
um “negócio” sofisticado, mas o que traz de vantagem em extensão de
esclarecimento, é imenso. (Tertúlia 0944; 0h:52m).
Neossinapses projetivas. Pergunta. Poderia falar sobre neosinapses
projetivas? Resposta (WV). Quando
a pessoa sai do corpo com lucidez, ela às vezes faz expansão do mentalsoma,
através, por exemplo, até da volitação. E o que é que acontece? Ela vai ter
lembranças e vai recuperar os cons, que são as unidades de lucidez. Isso amplia
as sinapses, essas que nós estamos chamando de neosinapses projetivas. (Tertúlia 0955; 0h:05m).