Waldo Vieira [1932-2015] no “Curso de longo curso” correspondente ao debate diário de verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia.
Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.
Livre arbítrio
Fronteira do livre arbítrio. Pergunta. Dentre o conjunto
de desafios que a problemática evolutiva oferece à consciência, há coisas que
são inexoravelmente pré-determinadas a acontecer ou tudo pode ser mudado de
acordo com o livre arbítrio? Resposta
(WV). Não, nem tudo pode ser mudado. O livre arbítrio pode ser mudado, a
própria pessoa muda o seu livre arbítrio, mas à hora em que o seu livre
arbítrio bate na fronteira do livre arbítrio do seu semelhante, do seu igual,
do seu companheiro, do seu compassageiro evolutivo, já não depende mais de
você. Então, toda a vez em que os assuntos são muito complexos, nós não
interferimos totalmente neles porque quase sempre eles envolvem outras
consciências. Observa: todos os assuntos complexos, geralmente envolvem muitas
consciências. À hora em que entra o processo grupal, você não manda no grupo,
você não pode ser ditador do grupo, não pode determinar, você não pode vir com
um tacape em cima da cabeça dos outros. Por isso, a gente não impõe ideia
nenhuma aqui - é o princípio da descrença. A gente informa: quem quiser, pega;
quem não quiser “dá uma banana” para a gente, esquece isso e (vai) em frente.
Ele fica livre da gente e nós ficamos livres dele. Cada um vai para o seu
caminho, para seguir a vida e ter as suas próprias experiências. Isso é o ideal
para “todo o mundo”. A gente não pode querer ajudar “todo o mundo” que aparece
na nossa frente, ter a veleidade ou a pretensão de ser o cura-tudo do universo,
de abarcar tudo o que tem dor e consciência que tem por aí. Ás vezes nós nem
estamos dando conta nem das nossas deficiências e impotências... agora a gente
vai querer resolver as coisas do mundo? Então veja: isso é coisa de ditador, é
um processo que a gente tem que deixar. O nosso livre arbítrio deve ser usado
em favor de “todo o mundo”: sair da pessoa, em favor do processo da
megafraternidade. (Tertúlia
0944; 0h:31m).