Aceitação da dor. Pergunta. Aceitação do pacote inteiro da
problemática evolutiva: divulga-se a ideia, especialmente no meio espírita como
forma de facilitar a assimilação do inevitável, de que a dor física decorrente
de doença ou outras causas promove a limpeza do psicossoma – perispírito,
segundo eles. É correta, essa noção? Se sim, como isso ocorre? Que tipo de
movimentação energética opera para que tal aconteça? Resposta (WV). A pessoa não deve ficar centralizada
na tacon, ela tem que se centralizar no esclarecimento. Só consolação não
resolve. Consolar, é um processo apenas de maternidade e não sai disso. A
maternidade deriva do umbilicochacra. Então, é um processo da vida vegetativa
da pessoa. Nós temos que levar à para o processo cortical: discernimento, o
paracorpo do discernimento ou mentalsoma. No meio espírita, eles “facilitam a assimilação
do inevitável, de que a dor física decorrente de doença (...) promove a limpeza
do psicossoma”. Isso é óbvio, mas a gente não pode estar exaltando a dor como
sendo um instrumento de terapia. Isso é bobagem. Religião é que gosta de
exaltar a dor e o sofrimento. Primeira coisa: a pessoa está sofrendo porque ela
quer. Nós não precisamos de sofrer, a nossa consciência é superior à matéria, a
nossa consciência é superior à dor, a nossa consciência é superior às sensações
do corpo humano. Isso é que nós temos que esclarecer, para a pessoa ver o nível
que ela tem para superar a própria dor. Qualquer pessoa, se tiver convicção nas
(próprias) energias, é capaz de fazer anestesia por ela mesma. Eu mesmo já
provei essas coisas e tem muita gente que já fez isso. Na própria igreja
católica, o Francisco de Assis fazia isso. Mexeram no olho dele e ele não
soltou nem lágrima, nem tomou remédio nenhum. Tudo é um processo de vontade
decidida. Não adianta nada tapear as pessoas com a consolação de qualquer coisa
se amanhã ela continua cobarde perante a sua realidade, não se enfrenta, não se
encara, não se vê no espelho. Então, o “problema” todo é esclarecer que a
pessoa tem toda a farmácia, toda a curoterapia, toda (essa) panaceia dentro
dela, depende da vontade, que é a força maior que uma pessoa tem. De modo que,
vamos pensar nisso, que isso aí pode ajudar mais. Esta noção que nós damos, eu
acho um pouco mais evoluída do que a outra. (Tertúlia 0944; 0h:28m).