Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Waldo Vieira: Política


Opinião sobre militar na política. Se eu fosse político hoje (dito em 29.04.2008), estaria fazendo campanha para colocar o general Heleno na presidência da República. O Brasil está precisando de líder e esse homem é bom. Ele é muito sério e é "uma cabeça" (Tertúlia 0843; 0h:07m). Pergunta. E a gente vai trazer a ditadura militar para o Brasil? Resposta (WV). O processo é de liderança. Apareceu um líder, não interessa de onde ele veio. (Tertúlia 0843; 0h:09m). Pergunta. Quanto ao fato de ser general, desde que seja dentro da democracia, tudo bem. Agora, se for ditadura, sou contra! Resposta (WV). Nós não estamos vivendo a própria ditadura? Pergunta. Mas, professor, militar... É a ideia do bélico! Resposta (WV). Eu não sou contra militar totalmente, não. Nós precisamos da polícia, precisamos de defesa, precisamos dos bombeiros... Pergunta. Precisamos de autoridade, não de autoritarismo. Resposta (WV). Autoridade. Está falando certo. (Tertúlia 0843; 0h:10m). Pergunta. Professor, mas a gente tem uma experiência da ditadura militar, não apenas no Brasil... Resposta (WV). Não interessa! Nós não podemos ter apriorismose a respeito de etnias. Você está tendo. Pergunta. E a apriorismose de que o militar é que está certo...? Também não é apriorismose? Resposta (WV). Não é que está certo. Esta personalidade mostra que tem chance. Eu não sou contra a formação de ninguém. Falta autoridade e esse homem tem. (Tertúlia 0843; 0h:12m). Pergunta. Mas ele é do exército... Resposta (WV). Não interessa de onde ele vem! Se amanhã aparecer um general no Pentágono que seja bom, eu votaria nele! No Pentágono, que eu vivo combatendo! Eu não tenho preconceito. Isso aí é preconceito étnico. Você tem seus preconceitos com o processo político. Eu te respeito e te entendo. Mas, onde é que está o universalismo nessa hora? (Tertúlia 0843; 0h:14m). Pergunta. Professor, o clube militar está se reunindo de novo... Resposta (WV). Que beleza ((batendo palmas))! Estou a favor! E eu sou a pessoa mais pacifista dessa história toda, eu escrevi até o Homo Sapiens Pacíficus! Gente, do jeito que está aí, daqui a pouco como é que vai ser? Você não lembra que você é moça (...) Eu vi seis ditaduras na minha vida! Eu sei o que é isso. Eu fui perseguido junto com o Chico Xavier pela ditadura na Espanha. Não estamos brincando, não! (...) Era o Opus Dei que mandava. Tive patrulheiro ideológico do espiritismo contra mim e patrulheiro ideológico da igreja católica (...). Teve gente do Pentágono na minha casa… Eu conheço isso. Eu estive na China. Eu vi como é a ditadura lá. Eu vi o povo sendo assassinado na água... o mar ficou todo vermelho de sangue... eu estava na passagem de Hong Kong para Macau. (Tertúlia 0843; 0h:15m). Pergunta. Até hoje, não se pode falar de política na China. Resposta (WV). Não pode. É um perigo. E o Mao Tsé-Tung... eu vi essas coisas todas de perto, não brinca não. Agora, das coisas mais difíceis que tem é liderança. A coisa mais difícil que tem é arranjar gente boa, consciências lúcidas. O nosso esforço todo é para isso. Não interessa de onde é a origem da pessoa. Se eu não admito mais ninguém que venha da baratrosfera, eu não vivo com ninguém mais ((risos)). Não tem mais gente ((risos))! (Tertúlia 0843; 0h:16m).

Democracia. Vamos pedir para todo o mundo aqui, principalmente nos cursos, para a turma ser menos peremptória, menos intolerante. Há muito processo antidemocrático aqui ainda (dito na tertúlia 915, em 22.07.2008). Vamos abrir mão de certas coisas, nós temos que ser mais elásticos porque nós estamos trabalhando com a verdade relativa de ponta, mas a gente tem que ver até que ponto que vai com isso. O povo às vezes é muito taxativo. Nada de Gestapo! Eu (WV) defendo os meus pontos de vista e às vezes sou bem taxativo em certas coisas, mas eu sou elástico, procuro ser democrata. A pessoa é que escolhe o que é que ela quer. As pessoas às vezes ficam muito rigorosas e acabam caminhando para uma rispidez. Vamos ser mais generosos. Eu estou me colocando no meio, também. E vamos ser mais compreensivos em relação àqueles que não compreendem o que é que a gente está falando. (Tertúlia 0915; 0h:20m).

Ditadura comunista. Pergunta. Na China, foram agora 20 pessoas para a forca (dito em 01.08.2008). Aquilo é uma didática, por causa das Olimpíadas. Eles estão querendo dizer: - “Se vocês cometerem um crime, vocês estão correndo risco”. Como é esse contraponto da assistência: matar 20 para… ? Resposta (WV). Você sabe que lá é uma ditadura. O governador, o líder, o executivo, não tem amparador de função. A situação da China em certas áreas é terrível. (...) Na década de 60, eu estava saindo de Hong Kong com gente americana para visitar Macau. (...) No lugar que nós estávamos, eu comecei a ver o povo que estava saindo da China continental. O mar ficou vermelho de sangue. Tinha gente que estava com canudinho ((referência a tubo para respirar)) para ir debaixo de água e não ser visto. A guarda costeira atirava de metralhadora. Eu vi depois o litoral, a fronteira de sampanas ((referência a pequenas canoas impelidas por vela ou por remo)) ao lado umas das outras, onde o povo vive. Depois disso, os meus amigos americanos - que estavam querendo seduzir-me para eu ir trabalhar com eles - deram-me um iate com dois chineses ((referência a tripulação do iate)) para eu andar onde quisesse. Eu perguntei em inglês, ao capitão do iate, um chinês grandão, qual a rota que nós podíamos escolher. Ele chegou a uma mesa no convés, deu uma pancada com a mão na mesa, a mesa virou e apareceu um mapa. Ele indicou uma ilha (cujo povo não estava em fuga) onde ninguém costumava ir. Depois disso eu tive experiência em Manila, nas Filipinas, onde os chineses fugiram do comunismo deixando fortunas. Nós tivemos banquetes com industriais em Manila. Então, eu vi de um lado e do outro a situação toda. Isso faz 42 anos e a situação ainda é precária, não é fácil. (Tertúlia 0924; 0h:36m).

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