Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Personalidades: Ana [século XX]


Ana. Chegou ((referência ao consultório gratuito de Waldo Vieira em Uberaba, na década de 1950)) uma senhora ((referência a Ana)) com um filho que estava com um processo muito sério de saúde. (Tertúlia 0918; 1h:25m). Às vezes vinha gente que estava desenganada, a gente jogava energia, vinham os amparadores e ajudavam. Foi o que aconteceu com o menino. A mãe era da roça. Depois arranjou uma casa lá. O marido deixou-a. Ela tinha um bócio enorme. Em pouco tempo a criança melhorou e ela não me deixou mais. Ela queria ajudar. Eu falei: -"Então você vai ser cozinheira em casa". Levei-a para dentro de casa. Ela então começou a mostrar como é que era na cozinha, a gente aprovou, o Chico gostou e virou amiga nossa, dentro de casa, membro da família. Mais tarde a gente ficou até com o cachorro dela. Chamava-se Brinquinho. Eu examinei tudo e falei com o Chico: - "Chico, vamos ver se a gente coloca ela aqui, ela vai ajudar a gente mas ela vai morrer aqui porque o tempo dela está a esgotar, ela está no fim, não vai demorar muitos anos não. O processo dela é uma cardiopatia congestiva brava, é de basa chagásica, o coração está enorme e a situação está precária. Ela sabe disso e o menino dela está mais ou menos bem". Com isso, ela vira para mim e diz: -"Dr. Waldo, eu quero morrer trabalhando. Deixa eu trabalhar. Se eu não estiver ajudando direito, me endireita". Eu falei para o Chico e para a minha mãe: - "A Ana aqui é como se fosse parente minha, como se fosse minha tia ou minha irmã". Ela começou a passar mal um dia e morreu na minha cama. Ela estava trabalhando, eu levei-a para a minha cama e ela morreu lá. (Tertúlia 0918; 1h:28m).

Comemoração. Eu jamais esperaria ver uma comemoração em torno dela ((referência à Comemoração extrafísica pós-dessomática de Ana, presenciada por Waldo Vieira projetado, na qual Ana se transfigurou em condessa)). Ela era uma pessoa muito boa, muito séria, raramente ria. Ela foi recebida desse jeito, o Sérgio (referência a Sérgio Musskopf [1952-1998]) também foi. O Sérgio também não era "cara" de estar rindo à toa. Eles eram dedicados e equilibrados. A Ana era séria. Ela tinha um bom temperamento mas muito firme. Os pontos de vista dela eram pragmáticos. Ela estava de pé no chão, o cabelo amarrado para trás, a roupa de cozinha, mas "uma cabeça". Eu vi essas coisas todas, localizei alguma coisa... Falei para o Chico: -"Isso aí é ligado à gente... um "negócio" muito antigo, da Itália". Eu achava que ela estava bem, logo que dessomou, porque lá em casa tinha assistência e foi lá que dessomou. (Tertúlia 0918; 1h:31m).

Vida de condessa. Pergunta. O que é que levou ela a transfigurar-se em condessa? Resposta (WV). Foi na vida de condessa que ela errou. Ela queria mostrar que tinha ressarcidos processos dela, que melhorou com todo o mundo. O povo estava todo ali. Foi um exemplo que ela quis mostrar para a gente. Toda a gente gostava dela, seja como Ana seja como outras vidas que ela teve no intervalo. Então, "todo o mundo" quis recebê-la. Agora, ela como condessa fez muita besteira, por causa da fortuna, o nível da corte, da monarquia. Ela fez uns excessos e veio ajudar justamente esse povo. (Tertúlia 0918; 1h:31m). Pergunta. Dá para falar o período da condessa, o século? Resposta (WV). Não, não sei. (Tertúlia 0918; 1h:35m).

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