Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Waldo Vieira: Soma

 

Visão estereoscópica. A visão estereoscópica é um fato. Você é capaz até de graduar a sua visão estereoscópica para ela ser mais superficial ou mais profunda. Eu graduo a minha visão estereoscópica. Eu sou capaz de ver uma carpete com uma sequência repetitiva de um padrão, com uma visão estereoscópica de 1m, meio metro e superficial. Quando eu olho bem profundo, eu vejo a carpete limpa. Não é ilusão de ótica porque eu estou fazendo isso de propósito e a minha capacidade de visão permite isso. Através da visão estereoscópica eu sou capaz de saber se eu estou cansado ou não. Se eu olhar e a minha visão estereoscópica estiver só de 30-40 centímetros, pelo meu cálculo, eu estou cansado. Se eu conseguir ver profundo, posso trabalhar que a minha cabeça está "a mil". (Tertúlia 0912; 0h:35m).

Sangue 0 Rh(D) Negativo. Uma das coisas mais sérias que tem é a pessoa com o sangue 0 universal ((referência ao sangue 0 Rh Negativo)), como doadora de energia. O meu é isso. É muito esquisito, isso. Tem uma série de coisas que a gente pode estudar sobre a empatia, junto com a energia consciencial e o sangue humano. No meu caso, eu tenho uma porção de "coisinhas" desse jeito, como o "negócio" aqui no deltoide ((disse Waldo, batendo no próprio ombro esquerdo)). (Tertúlia 0914; 0h:12m).

Hipertensão. (Dito na tertúlia 914, em 20.07.2008). Este ano está fazendo 48 anos que eu tenho hipertensão. Hipertensão é um problema de sangue. No início eu comecei a ver que o tempo influía na hipertensão. Eu falei isso com os meus colegas e com os professores de medicina e eles começaram a rir de mim, isto na década de sessenta. Parece que hoje já estão admitindo a influência da pressão atmosférica. (Tertúlia 0914; 1h:22m).

Consequências somáticas do excesso de trabalho. Pergunta. Na questão da sua clínica gratuita (durante) 10 anos, do (seu) enfarte aos 28 anos de idade enquanto você trabalhava e estudava, e à condição do seu parapsiquismo, quanto você acha que as assimilações simpáticas com os pacientes somaram para agravar isso? Ou influíram pouco? Resposta (WV). Somou. Lá era uma loucura. Eu sentia-me "o dono da pelota". Tudo estava seguindo do jeito que eu planejei: o Centro da Comunhão Espírita Cristã, o meu consultório e aquilo tudo. Eu coloquei tudo do jeito que eu queria. Eu errei foi no ónus do não. Tinha coisas que eu devia ter dado o contra. Eu tive o enfarte depois que eu corri para fugir de uma chuva, de jaleco, com o material de medicina, porque eu tinha vindo de várias casas do povo da periferia. Antes, eu nunca tinha tido nada de pressão arterial. Eu estava no fim do meu curso. A minha ideia era fazer de imediato a clínica gratuita. Eu já tinha começado antes - no segundo ano do meu curso de medicina eu comecei a instalar nove ambulatórios e eu trabalhava praticamente em todos eles. Arranjei professor, médico formado e colegas, tudo para trabalhar nisso. Eu movimentava uma porção de obras de assistência social, no espiritismo, então aquilo foi fácil para mim. Em três desses nove, nós criamos farmácia para dar o remédio nos atendimentos dos ambulatórios. Isso não havia em Uberaba. Toda a quarta-feira nós entregávamos a Bolsa Família na periferia da cidade, a quem precisava. Comida, remédio, a gente levava tudo em caixas. Enchia a camionete e distribuía. A gente começava às vezes, quando eu podia, às sete horas da noite e acabava às 3-4-5 horas da manhã. A gente percorrendo a cidade toda, onde precisava, toda a quarta-feira. Isso tudo era mais ou menos ordenado, mas à hora que eu montei a situação toda, aquilo virou um torvelinho. Já tinha reunião pública, o Chico já estava lá, a casa já estava montada, era muita gente em Uberaba, aquilo potencializou o movimento espírita de uma maneira absurda. Aumentou tudo. A demanda era enorme, sob todos os aspetos. Naquela ocasião a gente ajudou em condomínios, mas para fazer bairros inteiros, desde S. Paulo até fora. Ninguém sabe o que é que a gente fazia. Ninguém escrevi o que fazíamos. Era uma loucura, aquilo. Eu abusei na questão do corpo. Eu já usava o meu estado vibracional, sentia-me bem e fui levando, mas o corpo não aguenta. Aconteceu "esse negócio" ((referência ao enfarte)), eu superei a coisa, mas ficou a hipertensão. No próximo corpo, se tiver macrossoma, eu quero que potencializem o processo de imunidade, mas do ponto de vista de fortalecer o meu corpo para eu ser o super-homem sem mostrar que sou. Pode ser até um corpo menor tipo "Pílula de Vida do Dr. Ross" - "pequenino mas resolve". Eu acho que talvez isso talvez possa ajudar-me. (Tertúlia 0917; 1h:44m).

Pressão arterial. Pergunta. Quais as ações e medidas que o senhor toma quando o soma diz não e a consciência diz sim ((referência a uma conversa anterior em que Waldo Vieira referiu que às vezes, quando tem a pressão arterial baixa, a consciência quer trabalhar mas o corpo não quer)). Resposta (WV). Na hora que eu vejo que eu comecei a claudicar, eu paro e mudo o que estou fazendo. Vou cuidar da parte administrativa dos meus papéis, e encaminhar certas coisas, mas saio do computador. (Tertúlia 0933; 1h:32m).

Dieta frutariana. Eu (WV) agora estou mais na dieta frutariana. Toda a minha dieta é mais baseada em fruta. Eu às vezes como cinco frutas diferentes, umas depois das outras. Não estou fazendo aquelas vitaminas… eu como mesmo a fruta, eu mesmo descasco. (...) Comer a fruta direta é melhor do que (batida) no liquidificador. (Tertúlia 0933; 1h:36m).

Remédios. Eu (WV) estou tomando suplementos alimentares e sete remédios todos os dias. Eu tenho um quadro, para não confundir nada. (Tertúlia 0933; 1h:37m).

Tofu. Pergunta. A questão da soja ((referência à leitura de um texto sobre os malefícios da soja, feita por Waldo Vieira em tertúlia anterior)) é só para pessoas mais idosas ou para qualquer pessoa? Resposta (WV). Eles estão falando que a soja (o tofu) torra a memória da pessoa depois dos 65 anos. (...) Eu estou usando só o molho de soja light. (...) Eu cortei a soja, totalmente – e eu sempre gostei de usar tofu. A comida chinesa tem muito tofu. Quando eu corto, eu corto na hora, definitivo, e eu sou rígido, calculista cosmoético. Cortei mesmo, não tem jeito. Desde que eu falei aqui eu nunca mais coloquei soja na boca. (Tertúlia 0933; 1h:38m).

Banho atlético. Eu (WV) faço o banho atlético há muito tempo. O meu banho não é demorado, mas é um banho de esforço, de tarefa, e trabalho, desportivo. Eu não ensaboo normalmente como se faz com um gato ou com uma criança. Eu faço isso massageando o corpo todo. Antes de fazer isso, eu faço ginástica tipo calisténica: mexo com os braços, com as pernas, subo e desço com o corpo, etc. A ginástica calisténica é a ginástica natural. Mas existem limites - se depois do banho você continuar transpirando (a ginástica foi excessiva). (Tertúlia 0950; 0h:31m).

Miopia. Pergunta. Gostaria de saber se o uso de óculos pode ser considerado atraso de vida, uma vez que eles podem ser descartados quando se faz uma cirurgia corretiva a laser, de miopia ou hipermetropia. Resposta (WV). Eu uso óculos desde os 13 anos de idade. Usei durante uns 30 anos lente de contacto. Eu jamais quis fazer essa cirurgia. Parece que tem gente que se dá muito bem com isso.Eu só tenho miopia mas eu não acho que para mim os óculos sejam atraso de vida – eles tem me ajudado demais. Hoje eu uso também a lupa. Eu não preciso de óculos nem da lupa para ler, mas eu uso uma coisa e outra para fixar o processo das distâncias da leitura. Eu sou contra livros de letra pequena. Se eu pudesse, eu faria a Enciclopédia com fonte (grande). (Tertúlia 0956; 1h:30m).

Workaholism. Onde eu (WV) aprendi mais, foi com o workaholism, quer dizer, com o trabalho excessivo e não respeitar o corpo. Eu pensava que este corpo ia aguentar mais, só porque era um macrossoma. O infarto do miocárdio veio me dar a mensagem, o alerta, a campainha… trim….  Isso aí me ajudou demais. Do jeito que eu estava, hoje eu reconheço, realmente os médicos tinham razão: eu ia morrer logo. Não tinha jeito, o corpo não ia aguentar. Vocês nem calculam como é que era a minha vida. Quem me conhecia já não Mocidade Espírita, antes do Chico Xavier e da psicografia, sabia que eu era assim. Tinha gente que já reclamava, principalmente as moças casadoiras e as mamãs delas, que queriam arranjar casamento para mim de qualquer maneira. A maioria dos meus colegas casaram-se cedo, porque era gente de alto gabarito – e eu ficando ali de delfim, primus inter pares, último dos moicanos, semente. (Tertúlia 0970; 0h:23m). Pergunta. Professor, essa situação aos (seus) 28 anos ((referência ao infarto do miocárdio)), o senhor considera uma moréxis? Resposta (WV). Não. Moréxis, mesmo, eu tive depois. Pergunta. Não passou de um alerta? Resposta (WV). Foi um alerta e um puxão de orelha violento. Eu nunca mais fiz aquilo. Fiquei muito mais mole. Pergunta. Mudança física, mesmo, fisiológica? Resposta (WV). Foi tudo! A partir daquele dia eu comecei a ter hipertensão, mudei a dieta, os meus modos, horários, tudo o que você pensar. A minha vida nunca mais foi a mesma. Vocês não calculam como é que era a minha vida. Todo o mudo falava isso, a minha mãe falava: -”Para esse menino, o dia precisava de ter 48 horas, 24 é pouco, o dia é diferente para ele”. Eu gosto de mostrar que eu sou cobaia. Eu sou cobaia do workaholism. Um amigo nosso, (quando) chegou ao Instituto, estava igualzinho a mim. Eu falei para ele: -”Eu tive um infarto aos 28 anos, olha bem o que é que você vai fazer”. E a pessoa consertou, está aqui conosco e está muito melhor, (mas) a situação era precária. (Tertúlia 0970; 0h:24m). Pergunta. Mas se a pessoa não fuma, não bebe, se alimenta bem, mesmo assim ela trabalhando bastante pode ter um problema? Resposta (WV). Tem uma explicação clara para isso: corpo não é consciência; a matéria não vale nada. A carne é fraca e a sua consciência é forte. (...). A carne não aguenta a sua consciência. Eu acho que, por exemplo, um macrossoma de serenão deve ser “aquele” macrossoma! É esse que eu queria ter! Esse me aguentaria ((rindo))! Mas é que eles já não usam tanto a parte física – eles já vão para o parapsiquismo. Para mim, a evolução do macrossoma é para o parapsiquismo. E outra coisa: a holofilosofia, é a filosofia do parapsiquismo assistencial, cosmoético. (Tertúlia 0970; 0h:24m). Pergunta. Professor, eu não entendi porque é que o senhor respondeu para o Antonio que o infarto não foi considerado uma moréxis mas apenas um alerta. Resposta (WV). Porque foi um alerta. Pergunta. Porque não uma moréxis? Resposta (WV). Não foi moréxis, foi só alerta. Porque o povo veio me chamar e eu saí do corpo, depois, conversei com o Eurípedes e ele falou para mim: - “Isso aí é para te chamar a atenção”. Eu tive o infarto em casa, coloquei a nitroglicerina debaixo da língua, eu mesmo me tratei e mandei chamar os professores e colegas meus para me examinar. Eu não fui para o hospital. Eu fui tratado em casa. Eu penso que foi naquela semana que eu fiquei em casa que houve a regeneração do processo. Eles viram agora, através dos aparelhos. Eles viram direitinho que tinha uma emenda no meu coração. (...). Eu estava me formando em medicina, estava aceso com tudo o que era anatomia, fisiologia, clínica… e atendendo os outros como um louco: trabalhando em dois empregos; atendendo todo o mundo de manhã; com quatro sessões mediúnicas com um monte de gente, algumas com mil pessoas; fazendo distribuição de material de três em três meses para 17000 pessoas; construí um Centro com os meus amigos que tinha 20 departamentos – a maioria deles está funcionando e um deles era uma editora e um outro era uma livraria no centro da cidade. Uma loucura, aquilo! Sessões públicas de segunda e sexta-feira, no sábado tinha sessão pública com assistência fora, na quarta-feira sessão de desobsessão – eram 4 por semana. Eu não viajava, não tinha férias, era um caso clássico de workaholism. Naquela ocasião, ninguém falava em workaholism. Diziam: -“Você está trabalhando demais, você está se matando”. Mais tarde, nessas últimas décadas, aqui no Brasil, se falou muito em workaholism. Pergunta. Quantas horas você dormia nessa época? Resposta (WV). Eu sempre dormi pouco. Com 5-6 horas, eu estou bem. Eu aprendi a ser assim em pequeno, por causa do meu pai e por causa do assédio que o meu pai tinha. Eu sou capaz de dormir a qualquer hora. Eu chego num lugar, relaxo e começo a dormir – eu sou automático. Se eu quiser, eu também marco hora para acordar e acordo nessa hora. Hoje já tem uma escola que admite que essas coisas são possíveis. Antes, todo o mundo ria de mim, hoje não estão rindo tanto. (Tertúlia 0970; 0h:27m). Pergunta. Waldo, ainda há pouco você comentou que, quando você teve o infarto, teve uma projeção com o Eurípedes. Você poderia falar novamente sobre ela? Resposta (WV). Eu tive que ficar em casa. Quando eu fiquei em casa, o que é que eu podia fazer? Não podia fazer nada, que eles não deixavam. Aí eu saí do corpo, fui atrás dele (e perguntei-lhe): - “Porque é que você morreu com 38 anos? Eu estou com 28. Como é que é isso?” Ele falou: - “Você está errado. Você tem que mudar mesmo. Seus colegas estão certos, você tem que fazer tudo o que eles estão falando. Tudo, a começar pela dieta”. Gente, antes eu nunca tive nada de hipertensão, minha pressão era 12 por 8, sempre. Desde (o tempo em que eu era) dentista, eu media a minha pressão, tinha tudo quanto era aparelho e sabia de tudo. A partir daquele dia, nunca mais foi 12 por 8. Mudou tudo. Herdei a hipertensão da minha mãe. Com 28 anos, me formando e sabendo de tudo, aquilo foi uma benção para mim. (Tertúlia 0970; 0h:34m). Pergunta. Na tertúlia sobre a (Psicosfera) projetiva, tem um tópico em que você faz a correlação com a proéxis. Até você falou que às vezes a pessoa, pela projeção, tem uma correção. A gente poderia considerar um pouco isso, uma retificação em relação à sua proéxis? Resposta (WV). Não. Aquilo foi só uma chamada. Coisa muito mais séria foi o meu acidente. Esse é que ninguém teve culpa: nem eu, nem o motorista, ninguém. Aquilo foi montado, foi programado. Isso também foi um puxão de orelha. O infarto me deu só hipertensão (mas) o acidente me prejudicou tudo. O meu corpo nunca mais foi o mesmo. Já é metade da minha vida, dos anos setenta para cá. Está tudo alterado na minha cabeça ((referindo-se a um zumbido num ouvido)), (mas) eu sou um cara cabeça-dura. Tudo isso me incentiva e estimula. Quem me conhece sabe que eu nunca perdi motivação de nada. Mas também nunca tive dúvida amargurante de nada. Então, uma coisa controla a outra, contrabalança. (Tertúlia 0970; 0h:35m).

Macrossoma. Pergunta. Se uma pessoa tem tanta disposição para fazer as coisas, porque é que o macrossoma já não vem para aguentar a pessoa? Resposta (WV). Tem que ter o mérito, as consequências disso, o tipo da vida que a pessoa vai ter, a proéxis dela, quais são as repercussões do passado, do presente e do futuro em relação a tudo o que está em torno dela. Isso aí, quem sabe é o evoluciólogo, a gente não sabe. Eu desejaria dar macrossoma para todo o mundo. Se fosse possível, macrossoma de serenão. Mas se dessem macrossoma aqui para a maioria, isso em vez de ajudar ia piorar tudo. Não pode. Pergunta. São tão poucas as conscins que querem ajudar, fazer assistência, e você estava lá se desdobrando para fazer um monte de coisas. Não daria para ter dado um upgrade no seu macrossoma? Resposta (WV). Não. Eles fizeram bem. Eles me chamaram a atenção aonde dói. Para falar comigo, teria que ser uma coisa assim, porque senão… ((risos)). Eu sou javali. Eu sou um javali. Tem que provar para mim. Eu sou pior do que o Jó, pior do que S. Tomé, pior do que a madeira. Prova para mim que eu topo na hora. Na hora em que eles provaram e eu senti o “negócio” em mim… – a melhor sensação foi essa, da dor no coração. Não é fácil. Pergunta. É o princípio da descrença, né? Vamos testar o limite. Resposta (WV). Para mim tem que ser assim. O que eu sempre peço é isso. Não converse comigo pela metade. Fala logo as coisas. Vamos direto aos finalmente. Nada de preâmbulo. E outra coisa: se eu não posso ter uma coisa inteira, esqueça, eu não quero saber disso. O dia em que eu merecer, ou precisar, ou tiver qualquer coisa que seja inteira, então passa para mim – aí eu quero. Pensa bem que isso é um posicionamento lógico e cosmoético. Não é uma coisa absurda nem irracional, o meu modo de ser. Agora, isso diz respeito a mim. Eu não sou assim com as outras pessoas. Você não vê eu querer que todo mundo aqui ande debaixo de um tacão ou de qualquer coisa. O javali sou eu. Sou eu o único. (Tertúlia 0970; 1h:00m). Pergunta. Certa vez o senhor colocou que queria ter um macrossoma que fosse mais regenerativo. Resposta (WV). Eu acho que o meu já tem algum tom disso. (...). Por exemplo, no meu acidente, eu joguei 14 remédios fora e uma semana depois estava tudo consolidado, tudo arrumado. Eu estive em casa só comendo normalmente, sem sair da cama, uma semana. Tinha 56 escoriações no corpo. Estou cheio de marcas do acidente até hoje, cheio de cicatrizes. Pergunta. Mas é um tom, ou seja, não é ainda. Resposta (WV). Esse meu (macrossoma) é de pé de chinelo, de pobre, de despossuído, de desvalido, de vegetal. Ainda não é o bom. Pergunta. Esse que seria maior, não tem na classificação de macrossoma que foi colocada no verbete. Resposta (WV). Não. Mas eu também nunca estudei muito a situação, eu dou só uma coisa ainda muito obscura. Por exemplo, aquele  amigo do meu pai que era um médico que foi para Monte Carmelo e morava num sobrado. Eu só conheci a casa uma vez eu fui lá ele me deu os brinquedos que estavam no pátio. Nunca mais vou esquecer o cara. Ele estava lá sozinho e a situação era precária. Naquela ocasião quase não tinha médico no interior, esse aí foi um dos primeiros que apareceu lá. Ele então viu que estava com uma apendicite aguda. Então, ele anestesiou-se a si próprio e fez a cirurgia. (...). Isso foi na década de 30. Agora, o que é que se passa com esse cara? Será que esse cara tinha macrossoma? (...). Como é que ele era? Eu sempre tive vontade de o encontrar, mas ele nunca mais morou lá em Monte Carmelo nem sei o que aconteceu com ele. Agora, ele deixou o rastro dele na cidade. Todo o mundo falava desse homem. Pergunta. O propósito de uma pessoa ter macrossoma… isso pode levar anos? Como é que acontece isso? Resposta (WV). O macrossoma, de um modo geral, visa alguma coisa que a pessoa vai fazer na vida dela. A maioria dos macrossomas mais avançados, que não são apenas de bicho (estão relacionados com a) proéxis assistencial. Eu já vi macrossoma secundário que não é de curso intermissivo. Por exemplo, o Chico Xavier tinha. Já vi também esportista com macrossoma. Mas nada disso foi estudado profundamente – e precisava. O do Chico eu estudei e era real. A maior prova é que tudo o que eu falei que ia acontecer devido ao macrossoma dele, aconteceu. O Chico tinha um olho só e ele tinha muito medo do outro olho piorar. Eu falei que ele não ia piorar. Eu mesmo pingava remédio nele, quando tive com ele – cortisona e outras coisas bravas. O (médico) Hilton Rocha daquele Centro Oftalmológico de Belo Horizonte. era amigo dele –, amigão de casa. Pergunta. Professor Waldo, na tua ressoma, você já sabia que ia ter macrossoma, certo? Resposta (WV). Já. Pergunta. E mesmo assim o senhor não tinha noção de quanto poderia usar esse macrossoma? Resposta (WV). Sabia alguma coisa, mas você sabe, quando você está aqui, a coisa muda de figura. Eu estou me sentindo com a corda toda, céu de Brigadeiro, mar de Almirante, nadando de braçada, com um monte de coisas para fazer… eu quero fazer! Com vinte e poucos anos… você já viu! E eu sempre fui uma gana terrível nas coisas que eu faço. Todo o mundo que me conhecia sabe disso. Eu já era assim em rapaz. Eu marcava um dia para acabar de ler os livros e em metade do tempo eu já tinha acabado, com tudo anotado. Entendeu? As minhas coisas sempre foram assim. Quando eu quero um “negócio”, sai de baixo! Eu tenho uma facilidade enorme de me concentrar nas coisas. Eu me concentro nas energias, eu me concentro no parapsiquismo, eu me concentro no que eu leio, eu me concentro na atenção de alguma coisa e sou capaz de fazer a confluência de tudo que eu tenho nisso. Entende? Então foi por isso. Eu achava que o meu corpo ia aguentar mais. E outra coisa: eu não estava me sentindo mal em nada! Eu trabalhava demais, mas não estava reclamando de nada! Me deu o enfarte justamente uma condição dessas. Eu estava com a corda toda. (Tertúlia 0970; 1h:10m).

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