Posicionamentos
prioritários. Isso aí ((referência
aos 10 posicionamentos prioritários, mais racionais, para as conscins
interessadas na evolução consciencial, descritos no verbete Primeira
Preocupação, da Enciclopédia da Conscienciologia: 01. Assistenciologia. O
racional não é se preocupar, em primeiro lugar, com o assistente (ser desperto,
amparador) e sim com o assistido (carente, necessitado). 02. Autopesquisologia.
O racional não é se preocupar, em primeiro lugar, com o neoparadigma
consciencial e sim com as autopesquisas e a vida continuada depois da
desativação do próprio corpo humano (autodessoma), inevitável, menosprezada
pelos cientistas convencionais. 03. Conteudologia. O racional não é se
preocupar, em primeiro lugar, com a forma (Semântica, Coloquiologia) e sim com
o conteúdo da comunicação (Conteudística, idéia, esclarecimento, tares) pessoal
ou de outrem. 04. Exemplarismo. O racional não é se preocupar, em primeiro
lugar, com a pessoa física do pesquisador e sim com os exemplos pessoais (bons
ou maus) apresentados pela Conscin (homem ou mulher) veterana. 05.
Megafocologia. O racional não é se preocupar, em primeiro lugar, com o detalhe
desprezível (a peninha no chapéu para atrapalhar) e sim com a meta principal
(megafoco) do empreendimento em vista. 06. Morfologia. O racional não é se
preocupar, em primeiro lugar, com a forma ou os neologismos (Terminologia,
Orismologia) e sim com a autocompreensão das hipóteses e teorias
(neoconstructos, verpons) propostas através dos mesmos a fim de refutá-los ou
admiti-los. 07. Potenciologia. O racional não é se preocupar, em primeiro
lugar, com os conscienciólogos, em si, e sim com as obras (boas ou menos boas)
de tais personalidades. 08. Saldologia. O racional não é se preocupar, em
primeiro lugar, com o saldo da ficha evolutiva pessoal do companheiro
evolutivo, ao lado, e sim com o saldo da própria FEP. 09. Somatologia. O
racional não é se preocupar, em primeiro lugar, com o visual (fisionomia,
silhueta) do voluntário recém-chegado (velho, novo, feio, bonito) e sim com os
potenciais (dons, talentos) da personalidade em foco. 10. Verponologia. O
racional não é se preocupar, em primeiro lugar, com as ideias avançadas
apresentadas e sim com as possíveis aplicações práticas, imediatas ou úteis das
mesmas»)) dá uma ideia do que nós estamos querendo falar com "a
inteligência da Primeira Preocupação". Você tem que perguntar para si
próprio o seguinte: a maior parte das minhas primeiras preocupações são
racionais ou irracionais? A maior parte das pessoas têm uma primeira
preocupação totalmente emotiva, às vezes instintiva, um processo ainda quase de
proto reptiliano, de regressismo muito grande. O problema é a gente ter a
primeira impressão com racionalidade e não com a instintividade de alguma
emoção. Agora, a tendência, na vida humana, é tudo caminhar para a emoção. Uma
técnica da psicologia para convencer alguém é "atacar pela emoção",
"mexer no coração" mas isso é tapeação, é assédio. A psicologia de
consumidor tem uma série de técnicas assediadoras. A profissão de vendedor não
é fácil, é um processo seríssimo. (Tertúlia 0911; 1h:33m).
Despriorização. A
falta de lucidez significa despriorização. É ignorância, imaturidade,
inexperiência. (Tertúlia
0915; 1h:17m).
Megafoco na pesquisa. Eu (WV), se fosse alguns de vocês que estão ainda na base dos 40 anos, por aí, eu talvez fosse dedicar agora a minha vida, mais ao meu processo de estudo, de pesquisa. Eu ia dar mais valor para o processo do mentalsoma. Eu não pude fazer isso porque eu tive que trabalhar muito com a administração das ideias para chegar até aqui. Então, por exemplo, esse tanto de palestra, conferência, curso, reunião, tudo internacional, que eu fiz, vocês já pensaram, eu dei mais de mil coisas disso aí, diferentes através de décadas! Então, eu perdi muito tempo com muita viagem, muita coisa que hoje eu reduziria. Mas o meu trabalho exigia isso. Então, era um processo de, vamos dizer, eu era impelido ao processo, não tinha outra saída, eu estava encantoado, ou fazia isso ou não fazia. Senão, como é que eu ia arranjar, por exemplo, os livros, o processo de bibliografia e tudo isso que nós temos? Agora, o que eu penso só hoje, seria o seguinte: era arranjar um bom pé-de-meia para não me preocupar e arranjar um jeito de a gente sobreviver com um tempo mais adequado para poder estudar todo o dia. E fazer, agora, com todo esse processo de comunicação e aferição de conhecimento mais fácil, levar isso até às últimas consequências no top de linha. É o que eu faço hoje. Ter o melhor computador, as melhores coisas, não perder os seus arquivos, anotar tudo e trabalhar dia e noite dentro do processo. Eu acho que valeria a pena. Muitos de vocês aqui, eu acho que valeria a pena fazerem isso. Quer dizer, dar mais regalia, prioridade, para o mentalsoma, que é o paracorpo do discernimento, dentro de um nível de um megafoco avançado. Pensando bem, seria uma boa medida, como vocês gostam de falar. Se fosse comigo, eu entraria nessa. (Tertúlia 0971; 0h:13m). Pergunta. Voltando ao que você comentou há pouco, que se você tivesse hoje com 40 anos você se dedicaria mais à pesquisa, o que é que levou você a passar esse recado aí? Foi reflexão? O que é que foi? Porquê a necessidade de falar isso? Resposta (WV). Foi reflexão. Tudo o que eu falo aqui depende de reflexão minha. Tudo é um processo de reflexão. Então, o que é que se passa? Eu, vendo o tanto que eu desejaria estudar, hoje… entendeu?... Eu estou ainda todo enrolado, eu não posso. Eu quero estudar um monte de coisas e não tem jeito. Então, eu fico só nas beiradas, porque não dá tempo, o que é que eu vou fazer? O corpo não aguenta… e olha que eu trabalho bem. Talvez metade da turma aqui, não me aguenta. Mas eu acho pouco. Você está entendendo? Agora, outra coisa. Um processo que tem para minimizar essa condição é a pessoa melhorar as técnicas de apreensibilidade técnica. A técnica de apreensibilidade técnica, do mentalsoma. Hoje, por exemplo, eu já tenho, para o meu gasto pessoal, uma técnica mais avançada do que eu tinha antes. Isso me ajuda. Por causa da idade e da acumulação de experiência. Agora, o que eu quero é dizer para vocês, eu quero ser sincero, leal, honesto, amigo, coadjutor do programa de vocês. Há muita besteira, muita bobagem e coisas secundárias. Na vida, a gente tem que esquecer que os cães estão latindo aí na beirada da estrada. Nós temos que seguir aquele que é o nosso. A nossa vida social ainda é muito pobre, ela é muito desgastante, é muito desperdiçadora, ela é muito da perdologia. Você está entendendo como é que é? É isso. Agora, uma pessoa que for pensar numa coisa dessas… quem estava certo – e eu falei isso para ele, pessoalmente – era o Pontes de Miranda. Ele estava certo. Ele foi dos caras que eu vi que era o meu estilo de estudar. Outro que era assim mas que ele tinha indústria demais, que não dava certo, foi o nosso amigo lá de S. Paulo, o tal que queria que eu dirigisse as empresas. Canuto Abreu – Dr. Canuto. Ele também era desse jeito. Pela biblioteca dele a gente via. Agora, tem uns que, coitados, não adianta. Por exemplo, dentro da medicina, a pessoa entra e ela está presa. (...). (Tertúlia 0971; 0h:23m). Pergunta. Waldo, essa técnica que você falou, de mentalsoma, podia estender mais? Resposta (WV). É tudo isso que nós temos aqui hoje. Pega tudo o que eu já falei sobre técnica nesses livros maiores meus e aí nos verbetes até agora. Tem um monte de técnicas sobre o processo do mentalsoma. A coisa de ir aos finalmente – deixar os prolegômenos e fazer isso funcionar logo. E ampliar, fazer as junções da interatividade das ideias, quer dizer, o processo comparativo, de paralelismo, de confronto, fazer então associação de ideias. Isso aí, hoje, já tem muita técnica, está mais fácil de a gente fazer. Por exemplo, eu desejaria estudar mais. Eu acho o máximo, quando eu acho certas palavras que eu nunca ouvi, e acho que é uma vergonha para mim quando eu vejo que a palavra já existe há muito tempo e eu não conhecia, sendo que às vezes é dentro de uma linha de conhecimento que eu devia saber. (Tertúlia 0971; 0h:27m). Pergunta. A técnica está dentro da pesquisa. Agora, para a gente, o mais recomendável, no fim, é o livro. Resposta (WV). Vocês não vão começar nada. Vocês já estão lá na frente, mas vocês não dão valor para isso. Dê prioridade para aquilo que você já tem em mãos. Vocês vão longe. Agora... é um tal de dispersar! Eu não estou falando de mulher, não. Eu estou falando de homem também. Porque mulher é normal... com roupa, muda tudo, a pessoa vê uma loja e a cabeça já foi para a loja. Mas o problema não é esse. O problema é de homem mesmo, e não estou falando de bola, não, porque o homem vê uma bola e (a cabeça) vai embora. O Brasil tem muito disso – dê uma bola para ele e você fica livre dele. Mulher, é o seguinte: dê uma blusa para ela que você fica livre dela ((risos e reclamações na plateia)). Isso é regra de carioca, tem muito carioca assim. Escutem: vocês estão rindo? Tem aquele carioca que já falava isso lá no Centro da Consciência Contínua – tinha que se segurar o homem para ele não falar mais: -”A mulher está enchendo você, não está deixando você estudar? É muito fácil. Dê para ela umas 500 pratas e mostre-lhe onde é que tem uma loja. Pronto. Ela vai cuidar da sua vida e você fica livre dela”. E isso não é fato? Você não acha que é? Mas não é? Para um percentual bom de mulheres, não é verdade? Me perdoa, mas é. É duro a gente ser realista nas observações. (Tertúlia 0971; 0h:28m). Pergunta. O que é que é básico para a gente melhorar essa técnica do mentalsoma? Resposta (WV). É usar o laptop e o desktop. Fazer um registro manuscrito e outro na base da digitação e impressão. E fazer as coisas cada vez mais confluírem para o mesmo objetivo mentalsomático. Hoje, com o que nós temos na internet, é uma facilidade e tudo é grande. E outra coisa: não se impressionar com o volume de nada. Lembrar que espaço é besteira, no caso. O que interessa é o conteúdo. Forma é aparência. Isso a gente tem que lembrar sempre, porque tudo vai aumentar. Vocês, por exemplo, estão fazendo o livro e acham que o livro é muito pequeno. Isso ainda não é nada. Esse livro seu, não é pequeno, é minúsculo. Com o passar do tempo é que vocês vão ver o tamanho que o livro tem que ter. (...). O processo vai se expandindo minuto a minuto. Minuto a minuto. Isso é que é o mais sério. (Tertúlia 0971; 0h:30m). Pergunta. A técnica vai se expandindo conforme você vai pesquisando, mas como é que funciona a agilidade? Resposta (WV). Olhe a conteudística e esqueça o resto. Agora, dê um jeito daquilo ampliar. Se a sua conteudística não se ampliou, tem alguma coisa errada. Olha por aí, que todas as técnicas vão ficar secundárias. Essa é superior a todas as outras. Olha a expansão da conteudística do seu trabalho de reflexão. Aí, demanda a leitura, a reflexão, o registro, a impressão das coisas, os arquivos que você faz – arquivologia, arquivística, inventariologia – enfim, o macro. Você tem que ter o macro. O supermercado é pequeno, tem que ter macro. O shopping center é pequeno, tem que ter macro. Qual é a diferença das coisas que eu falei? É que ele o macro é atacadista. Então, lembrar do atacadista. Toda a unidade tem que ser atacadista. Toda a consciência que entrar no atacadismo e esquecer o varejismo. Uma pessoa faz um livro de poesia – isso é varejismo, não interessa. Está tudo superado, não perca tempo com isso, vá em frente. Agora vamos supor que você está lendo alguma coisa que fala da poesia de fulano e você compra aquele livro para ler só aquela poesia, para não perder tempo – sempre no pontual, põe o dedo (no ponto de interesse). Outra coisa mais séria é ver as novidades. O que é que saiu? Por exemplo, esse seu livro saiu agora. Eu não conheço esse livro, isso é uma novidade para mim, me interessa. É um livro sobre biografia. Biografismo, isso é importantíssimo. Eu sempre dei valor para livros sobre biografia e livros sobre tradução. Livros de tradutor, livros sobre tradução, eu sou especialista nisso. Eu sempre achei que para você dominar uma língua, a coisa mais séria não é a conversação. Ela é inevitável e indispensável, mas (o mais importante) não é a conversação, é a tradução. Porquê? Por causa do mentalsoma. Conversar, o vento leva. Agora, traduzir, não. Você escreveu, você racionalizou, você pensou. Está entendendo bem a diferença entre uma coisa e a outra? (...). Se você nunca fez tradução de nada e domina, por exemplo, duas línguas, você está errado. Isso aí não é o ideal. Tem que entender alguma coisa do mecanismo da tradução. O tradutor é, na verdade, uma terceira posição, indispensável. A primeira é o escritor; a segunda é o leitor desse escritor; a terceira é o tradutor que está no meio. Então ele é um medium, no caso, psicográfico, mais sério, por causa da ideia. Eu vou até escrever um verbete sobre esse assunto, que é Tradução parapsíquica, do ponto de vista geral. (Tertúlia 0971; 0h:33m). Pergunta. Professor Waldo, quando você está falando do estudo de quem está se aproximando dos 40 anos, na verdade eu estava pensando sobre que linha seguir ou investir mais prioritariamente, e eu não tinha ainda uma resposta e o senhor falou sobre essa situação de investir no estudo. Resposta (WV). É bom eu te explicar uma coisa. Quando o povo demora um ano sem decidir é porque tem preguiça. Isso é preguiça mental. Esse é o meu diagnóstico disso há muitos anos. Aqui tem um monte de gente assim. “Não, eu estou estudando”. Isso é preguiça. Está empurrando com a barriga, isso é preguiça. Mas e daí? Pergunta. Daí, por exemplo, você fala na questão do parapsiquismo que, dentro dessa linha do próprio estudo, se você não tiver parapsiquismo, você fica na automimese, não é? Como é que a gente faz então? Por exemplo, vai investir , segundo essa sua sugestão, prioritariamente no estudo. E você tem todo um processo que está acontecendo ao mesmo tempo. Como é que você leva isso de eito? Resposta (WV). Com 40 anos a pessoa já superou (a fase de estudo) e está na fase de execução. Já definiu uma carreira, já arranjou um pé de meia acessível e não precisa ficar brigando por causa de dinheiro para se sustentar e, se ele ou ela tem uma boa cabeça, também já não tem tanto dependente para tomar conta. Muitos de vocês que estão aqui, é porque estão livres, senão não teriam vindo para a Foz. Se isso tudo já foi superando, o que é que está faltando? Boa vida, agora? Vocês vão ficar na boa vida? Não pode. É hora de começar o trabalho. Aí é que está entrando a fase executiva e o cumprimento da proéxis. Gente, eu se pudesse, estaria lendo sem parar dia e noite, enquanto eu estou aqui, nesta dimensão. Lá do outro lado, não me interessa muito a leitura, tem outras coisas melhores que eu sei. Lá, eu sei “dar um golpe” melhor… mas aqui… Mas a leitura não é essencial, antes de tudo é a reflexão. Não adianta ler sem reflexão. Mas nós não podemos ser como Schopenhauer ((referência ao filósofo alemão do século XIX, Arthur Schopenhauer (1788 - 1860))), que achava que leitura é besteira e que nós temos só que pensar. Pensar só como ele, que era brabo, pessimista, durão, às vezes até um pouco cáustico - isso não resolve nada. Faltou reflexão porque faltou leitura. Faltou reflexão qualitativa porque faltou mais leitura quantitativa. Entendeu? Isso tudo é o poder ideológico – o que eu estou falando é sobre isso. (Tertúlia 0971; 0h:36m).