Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Egocentrismo Compulsório *

Relação entre egocentrismo compulsório, temperamento e cláusula pétrea. Pergunta. Existe alguma relação, pequena ou grande, entre egocentrismo compulsório, temperamento e cláusula pétrea? Resposta (WV). O temperamento tem relação com tudo de uma personalidade. Cláusula pétrea tem relação com “todo o mundo” que tem alguma programação existencial definida através do curso intermissivo.  O egocentrismo compulsório, a pessoa tem que enfrentar (inevitavelmente). Então, para executar bem a programação existencial ou para a pessoa melhorar o temperamento dela, se ela conseguir entender um pouco mais a si mesma através do esclarecimento do próprio egocentrismo compulsório em si mesma, na sua vida, isso ajuda demais. (Tertúlia 0943; 0h:13m). 

Saída das interprisões grupocármicas. Pergunta. Poderia comentar “a saída das interprisões grupocármicas” no contexto do verbete de hoje? Resposta (WV). As interprisões: é necessário que a pessoa estude a posição dela, principalmente a partir da família nuclear, a família consanguínea, a árvore genealógica dela e ver o que é que resta ali de compromissos, de deveres, de obrigações que ela tenha para com pessoas e principalmente com os dependentes da família. Nós temos que ver (como) o egocentrismo compulsório ainda está atuando na nossa vida para ver como é que nós podemos ficar livres (das interprisões grupocarmicas) – é disso que eu quero chamar a atenção. Seria bom, o nosso amigo estudar essa saída das interprisões com as 15 condições relevantes (enumeradas na Caracteriologia do verbete) Egocentrismo compulsório. (Tertúlia 0943; 0h:14m). 

Exercício do egocentrismo compulsório. Pergunta. Qual a melhor postura para o homem ou mulher no exercício do egocentrismo compulsório na convivialidade cosmoética no seio da família nuclear? Resposta (WV). É isso aí que nós estamos falando. É a pessoa ver quais são os deveres, obrigações, condições e dependências que a pessoa ainda alimenta perante esses elementos do grupo evolutivo. É necessário ver, para ela não desprezar. Porque, se uma pessoa não se dá bem com os seus familiares, como é que vai se dar bem com o resto da humanidade? É como aquele princípio da conscienciologia: se uma pessoa não domina bem o corpo humano – por exemplo ela fuma e fica presa ao “negócio“ de fumar, que é uma coisa tão banal, besta e no entanto tão prejudicial e patológico –, como é que ela vai consertar ou dominar bem os outros veículos de manifestação? Para dominar o holossoma, é necessário que a pessoa mostre que ela já domina alguma coisa do soma. Senão, como é que fica, perante o energossoma, psicossoma e mentalsoma, que são mais complexos, mais difíceis (de dominar)? Outra coisa: se uma pessoa não arranja uma dupla evolutiva e não consegue viver com a dupla evolutiva, ela mostra que nem uma passarela para uma comunidade maior ela consegue passar – (se) ela não faz uma ponte com a humanidade através de outra pessoa, como é que ela vai ter contato com os milhões de consciências do seu grupo evolutivo? Então, vocês estão vendo que às vezes, uma pequena observação, mostra um processo de unidade de medida e de trabalho do resto daquela observação. É o soma no holossoma. É a dupla evolutiva, perante a humanidade. É o processo do egocentrismo compulsório que nós estamos estudando aqui hoje, em relação ao egocentrismo infantil, adulto e patológico. Então, uma pessoa, se estudar bem o egocentrismo compulsório, vai começar a ver do que é que ela deve se defender e o que é que ela tem que doar, abrir mão, fazer interassistencialidade. Por isso nós estamos enfatizando esse tema dentro da Egologia. Egologia é o estudo da Conscienciologia, mas radicado ao processo do egão. O que tem mais nesta vida, nesta dimensão, são os egões e os umbigões e a gente tem que explicitar isso. Ninguém pode fugir do ego. O ego faz parte da própria pessoa. Nós temos é que interpretar se o nosso ego está quebrado ou se está inteiriço; se ele ´patológico ou se ele é homeostático. (Tertúlia 0943; 0h:15m). 

Descoberta da autovivência da interassistencialidade teática. Pergunta. Você poderia aprofundar mais o conceito da descoberta da autovivência da interassistencialidade teática? Resposta (WV). A maioria das pessoas, se são egocêntricas, mas infantis, mesmo quando adultas, elas ainda não descobriram a interassistencialidade. Uma pessoa que é egocentrista ou egocêntrica ou que é egoísta, ou que exalta demais o egão, não tem interassistencialidade. A interassistencialidade é a ideia de você se doar. Então, você se dilui, dentro do processo da humanidade, fazendo assistência. No caso, o que a gente quer significar, é justamente isso. Pode estar certo de que muita gente vai ler (isto) e vai começar a descobrir o seu próprio egoísmo – e é isso que a gente quer. Agora, vocês já notaram que o tema central (do verbete) é neutro – porque tem gente que (usa isto) para servir de arma contra os outros. Tem gente que estuda no orientalismo e diz: -”Eu não posso fazer essa assistência que você fala, senão eu vou arranjar um carma muito pesado”. Aí, a pessoa “não põe a mão na massa” do processo da assistência. Então ela tem que entender até que ponto ou até que limite o egocentrismo compulsório chega e onde é que ele acaba e começa o egoísmo grandão que já (trazemos) há milénios. Agora veja: porque é que existe egocentrismo? Se não fosse o egocentrismo, nós não estaríamos vivos, não daria para viver nesta dimensão, devido ao problema da sobrevivência do mais apto, do que se defende mais. Se eu não me defendesse, as doenças, os acidentes e a poluição, já tinham acabado comigo. Poluição é uma coisa nova na Terra. Em vidas anteriores nossas, a gente não cogitava disso. A Ecologia, praticamente foi fundada na era moderna. O homem começou a fazer cocó intelectual. Então veio a tecnologia da guerra, a bomba atómica… os cocós intelectuais. Eu tenho um amigo meu que já falava em 1945 que as guerras, antes, não criavam tanto lixão, mas que a partir da Segunda Guerra, aumentou demais o lixão. Muito embora, na Primeira Guerra, eles (tenham criado) gases que mataram muita gente, mas a partir daí eles começaram a criar minas subterrâneas. Você quer cocó maior do que esses? (...). São dezenas de países que têm minas subterrâneas. (...). É uma das coisas mais absurdas da humanidade atual: a mina subterrânea, a gestante -bomba, o genocida declarado e as defesas de ditadores. De vez em quando eu ainda fico pensando como é que ainda existe gente que defende ditador, neste terceiro milénio. Eu não entendo isso. Que falta de cabeça! A política põe o povo perturbado. Para mim, a política é pior do que a cocaína, para perturbar certas consciências. Cantores e artistas do Brasil defendendo Fidel Castro durante décadas! Não adianta falar com eles, eles não entendem! Agora, veja: é lógico que tem interesses atrás disso – dinheiro, fama. O “cara” quer se projetar mas… alguém aqui quer se projetar como megassediador? O que é o Fidel Castro? É um megassediador. Ele às vezes está até muito crente, mas é “um cão que não deixa o osso”. O câncer está acabando com ele, mas depois de 49 anos, ele deixou o irmão como substituto político e “pau mandado” dele. Tudo isso é o egocentrismo perturbado, patológico e devastador. Esse é que é o adjetivo pior. Tem devastado as vidas e a evolução de multidões. (Tertúlia 0943; 0h:20m). 

Acobertamento. Pergunta. «Acobertamento. Você não consegue esconder de si próprio a verdade sobre si mesmo: a autestima depende da vontade individual e esta qualifica o próprio humor consciencial» (Vieira, verbete Egocentrismo Compulsório). Eu queria entender melhor como a autestima depende da vontade individual. Pode explicar melhor isso? Resposta (WV). É a vontade que faz a sua autestima. Uma pessoa que não tem autestima tem uma vontade fraca. Vontade, é a maior força da pessoa. Então, é a autestima que determina se ela é boa, se é ruim, se é alta, se é forte, se ela ajuda a consciência ou não. É a vontade que qualifica o próprio humor consciencial. Por exemplo, uma pessoa que aparece no início da manhã de mau humor, ela tem uma vontade perturbada, ela tem uma doença da volição, uma patologia volitiva, da vontade. A vontade dela quer permanecer daquele jeito – porque não há decreto para ela ter bom ou mau humor, ninguém quer que ela tenha mau humor. Alguém aí gosta do mau humor das pessoas? Ninguém gosta disso. Se ela tem mau humor, a vontade dela é que gosta. Quem tem mau humor, antes de tudo, é masoquista, está se sacrificando, porque tudo é negativo em matéria de mau humor. Alguém aí quer defender o mau humor? (Tertúlia 0943; 0h:29m). Pergunta. Essa frase que a Laura acabou de perguntar ((referência à frase exemplificativa de «Acobertamento»)), seria aquela ideia que você fala do amor próprio da pessoa contra ela mesma? Resposta (WV). O que é o egoísmo intricado, profundo, negativo e patológico? É a pessoa que se defende de uma maneira errada. Então, ela morde na língua. Isso tudo, até um certo ponto é um suicídio – é o chamado suicídio moral. Pergunta. E pode a pessoa, dentro dessa condição da baixa autoestima, desenvolver algum complexo de inferioridade, chegando ao ponto de ter auto estigma ou qualquer coisa assim? Resposta (WV). É o que tem mais. Mas tem uma coisa pior: o problema multissecular e multiexistencial. De uma vida passa para a outra e para a outra e para a outra e para a outra… e cria problema. Pode chegar a um ponto que aquilo dá um desequilíbrio mental. A pessoa fica com uma inconsciência ou, se você quiser, com uma confusão mental. E tem muita gente assim. Pelo processo das retrocognições, no futuro nós vamos ter a medicina estudando a pessoa de uma maneira milenar. As suas últimas dez vidas como é que foram? Quais os estigmas dessas vidas? A Consciencioterapia já está começando a fazer isso, em certos casos. Observa. À hora que chega uma pessoa, você vai ver: o processo patológico é deste corpo ou das vidas anteriores?;  ele é desta genética ou da sua paragenética extensa, holo, retro genética. Em certos casos, as pessoas vêm me perguntar: - “Você acha que isso que eu tenho é desta vida ou é de vidas anteriores?” Quando a pessoa faz essa pergunta, quase sempre é de vidas anteriores. Pergunta. Agora, não seria só voliciopatia. Acho que teria outras patias. Resposta (WV). Tudo caminha a partir da voliciopatia. A voliciopatia é a grande doença. A volição propriamente dita, é cura-tudo, ela é a terapêutica universal. Se a vontade da pessoa melhora, tudo melhora com ela. (...). A maior força da pessoa, a fortaleza, o poder, o domínio que ela pode ter, a maior autodisposição, é a vontade, é a volição. Um “negócio” com que eu sempre fui implicado é com aquela pessoa que fora do corpo não consegue fazer volitação, sendo que a pessoa pode. Porquê? Por causa da vontade dela.  Ela não consegue volitar dentro de uma comunidade extrafísica que permite a volitação – o holopensene lá é positivo, mas a pessoa não tem segurança. Igualzinho a uma pessoa que vai andar de bicicleta ou que vai patinar no gelo e tem medo de ficar em pé ou não consegue segurar a bicicleta em pé. É (pela) falta do ortopensene forte que (ela) não domina as reações neurológicas na hora em que está começando a patinar ou está começando a manobrar uma bicicleta. (Tertúlia 0943; 0h:32m).  

Egocentrismo compulsório. Pergunta. Na Definologia «O egocentrismo compulsório é a qualidade, condição, estado ou caráter do percentual inevitável de egoísmo da consciência, homem ou mulher, conscin ou consciex, ou o conjunto de atitudes ou comportamentos indicando viver a personalidade evolutiva, sem exceção, subordinada a princípios evolutivos essenciais, determinantes, insubstituíveis e inafastáveis, neste caso sem relação direta com qualquer manifestação egocêntrica patológica do próprio ego» (Vieira, verbete Egocentrismo Compulsório), o professor fala do  percentual inevitável de egoísmo da consciência. Esse percentual, significa que o egocentrismo compulsório muda, à medida em que a pessoa vai evoluindo? Resposta (WV). Não é que muda. É lógico que muda tudo, porque a pessoa muda, com o passar do tempo. Mas a pessoa é que muda o modo de tratar a si mesma. Ela muda as definições sobre o egão que ela tem. Por exemplo, a sobrevivência do mais apto, a lei da própria evoluciologia, é inevitável. Uma criança, precisa de se prevenir, senão ela risca um fósforo e se queima toda. Ela tem de saber que aquilo queima. Isso é a sobrevivência do mais apto e é um processo egóico também, de egocentrismo infantil, mas positivo.  O egocentrismo infantil, em muitos casos, é positivo. Agora, quando o egocentrismo infantil permanece na pessoa adulta, já é patológico. Pergunta. Na definição, lá no final, o professor coloca que isso seria «sem relação direta com qualquer manifestação egocêntrica patológica do próprio ego». Então, para eu entender melhor (e voltando à) primeira pergunta do percentual, na escala evolutiva esse percentual mudaria na medida em que a gente for analisar as personalidades? Resposta (WV). O teleguiado autocrítico não pensa mais no egão dele. Ele está só pensando nos assistidos. Ele tem que se dissolver nesses assistidos, ele tem que se doar nesses assistidos, ele tem que diluir todo o interesse dele em favor dos outros. Muda tudo. A tenepes é baseada nisso. A pessoa só evolui na tenepes se ela conseguir começar a se desmembrar, a se diluir, a se dissolver na humanidade. Isso é que é o ideal. Pergunta. Então, a gente pode dizer que existe um fim, para esse contexto do egocentrismo compulsório, ou não? Resposta (WV). Existe um fim, até para o psicossoma. Então por aí você tem uma ideia de como o “negócio” é muito mais profundo e abrangente. O egocentrismo compulsório é importantíssimo para nós, ainda. (Tertúlia 0943; 0h:57m). Pergunta. Eu havia entendido a questão do egocentrismo compulsório em termos de qualidade. Numa consciência menos evoluída, o egocentrismo seria manifestado a partir dos instintos e na mais evoluída a partir da inteligência evolutiva. Resposta (WV). Vamos entender uma coisa. O serenão vem aqui, num corpo. Ele não vai ter que se defender de uma porção de coisas para poder sobreviver aqui? Olha o egocentrismo compulsório do serenão! Isso é inevitável. Nesta dimensão, não tem saída. Senão, ele não sobrevive. E a sobrevivência do mais apto, a sobrevivência inteligente? Há pessoas que tem uma sobrevivência ignorante: ela morre logo. Uma pessoa, por exemplo, que começa a fumar, que usa cocaína, mostra que não tem nenhuma noção de sobrevivência. Ela não liga para o próprio corpo. Pergunta. O que eu havia entendido era isso. A menos evoluída, seria mais baseada no instinto. Resposta (WV). Tem mais instinto aquela que é menos evoluída. Você não está errado, está tudo certo. Mas isso convive com a mesma ideia que nós estamos dando. É a mesma situação. (...). À hora em que uma pessoa começa a praticar a tenepes, ela se dilui, dentro do processo. Tudo isso fica secundário. Vai chegar a um ponto que a consciência não quer nem saber da palavra egoísmo ou egocentrismo. Ela quer riscar isso tudo do mapa. Com isso, ela vai começar a pensar em altruísmo, megafraternidade, universalismo, holofilosofia, paradireito, cosmoética. Vamos estudar Cosmoeticologia. (...). Numa dupla, existe o egocentrismo do homem e existe o egocentrismo também da mulher. Pode ser o infantil, o adulto, tudo o que você queira – uma dupla é assim – mas o compulsório continua. Se uma mulher não tiver egocentrismo compulsório para se compor, para se arrumar, olhar o modo de falar, examinar o seu vocabulário, como é que ela vai viver bem com o homem dela? Estou falando de mulher – mulher é que olha mais o processo de vaidade, que sabe sobreviver com isso, que sabe que ela tem que ter uma apresentação que tem que ser muito mais aprimorada e exigida pela sociedade, do que o homem. Se numa dupla evolutiva é assim, o que é que não é? Tudo é. Nós precisamos estudar o egocentrismo compulsório com mais detalhes, refletir sobre esse assunto e não confundir a compulsoriedade positiva dele com o egoísmo infantil do adulto. Olha lá a Antonimologia: egocentrismo adulto; antiegocentrismo; antiegoísmo; altruísmo; desapegamento; desapego; desprendimento; abnegantismo; filantropia; alocentrismo; proximismo; assistenciologia; renúncia; renunciação; misantropia; voluntariado. Tudo isso é para a pessoa pensar. Olha só o universo amplo e diversificado dessas proposições. Este verbete, é um dos que nós precisamos mais, no entanto, ele é suave. (Tertúlia 0943; 1h:01m). Pergunta. Professor, nessa ideia de diluição que você estava falando da pessoa se dissolver, se diluir, à medida em que vai...   Resposta (WV). O egão dela é que se dissolve, mas ela continua cada vez mais viva, mais alerta. Pergunta. Quando ela tem uma expansão de consciência, uma cosmoconsciência, o senhor comentou que é bobagem no orientalismo eles acharem que se dissolve porque ela vai continuar existindo como individualidade. Resposta (WV). Vai. Não existe isso. Ela nunca perde a personalidade, a independência e a individualização. Esse egocentrismo compulsório é a maior demonstração de individualização de uma personalidade. Agora, a pessoa dilui os erros dela. Ela acabou com aquilo, ela dissolveu as errâncias, aquela tríade da erronia ((referência a: omissão deficitária, engano óbvio e erro)). Então, a personalidade está cada vez mais lúcida e cada vez (mais) sobrepairando aquele oceano pacífico imenso, aquele espaço sideral cheio de egocentrismo – tudo isso desapareceu. É isso que eu quero dizer. Conclusão: toda a vez que você esquecer o seu egoísmo, você aumenta a sua lucidez. (...).  Uma boa parte das pessoas não sabe que o orgulho deriva do egoísmo. Tem gente que acha que o orgulho é superior ao egoísmo e não é. O egoísmo é a mãe de todas as guerras evolutivas da pessoa.  (Tertúlia 0943; 1h:06m). Pergunta. Existir no seio do cosmos é necessariamente sinónimo de egocentrismo compulsório? Resposta (WV). Sim, até um certo ponto. Pergunta. E, paradoxalmente, quanto mais a consciência evolui, ela também não se torna mais egocêntrica compulsoriamente devido à personalíssima realidade íntima de si mesma? Resposta (WV). Sim, mas ela jamais vai ofender os outros com o ego dela. Ela vai ajudar cada vez mais. Ela vai dissolver o próprio ego para ajudar os outros. Então, isso, cosmoeticamente, só pode ajudar a pessoa. Agora... que ela vai conhecer cada vez mais a si mesma, não há dúvida, pelo seguinte: quanto mais evoluída seja a personalidade, mais entendimento de si mesma ela tem. Então, mais personalismo ela é, ou ela vive, ou ela exemplifica. É um personalismo diluído, é a megafraternidade. Muda tudo. No início dos nossos trabalhos no Instituto, eu perguntava sempre: -”Você quer ser um burro super feliz ou um sábio infeliz? E o povo (respondia): - ‘burro feliz’!”. As pessoas às vezes fazem uma abordagem, uma escolha, uma seletividade, uma opção, uma alternativa totalmente “furada” porque não há um raciocínio de cosmovisão – há um raciocínio de monovisão, no caso, totalmente patológico, amaurótico – eles são ceguetas, eles não enxergam bem. (...). As pessoas querem ver o momento – isso é o hedonismo, o princípio hedonístico. É o pão e circo que o povo quer, samba e futebol e também as Olimpíadas. São as piadas da própria vida. (Tertúlia 0943; 1h:18m). 

Egocentrismo do serenão. Pergunta. Não seria o serenão o egocêntrico compulsório mor no exercício do seu anonimato? Resposta (WV). Sim, mas (já não tem) egocentrismo. Ele se esconde para ajudar as pessoas, para não humilhar nem (a mim) nem a você, por exemplo, com toda a sabedoria e ao jeitão dele. Então ele vem devagar (porque) um sol muito grande pode cegar aquela pessoa que não está boa da retina. A sua retina está bem focada, ou ela está deslocada? (Tertúlia 0943; 1h:20m). 

Egologia e Egocarmologia. Pergunta. Você pode definir a Egologia e a Egocarmologia? Resposta (WV). A Egologia é o estudo puro do ego, sob todas as nuances e todas as instâncias que dizem respeito à consciência – ao ego. A Egocarmalogia é a hora em que o ego vai funcionar em relação com o cosmos e principalmente com as companhias evolutivas – os compassageiros e compassageiras evolutivos – vai estudar tudo, desde o inicio do princípio do começo para partir para a grupocarmologia. Depois, tem a Policarmologia. Tudo isso é o holocarma da pessoa. A Egologia, é o estudo da consciência em si – esquece o resto – só ela. Veja como é que ela é intraconsciencialmente. A Egologia é que estuda, lá no fundo, a recin. Já a Egocarmologia estuda, lá no fundo, a recex. Eu acho que isso clareia bem a cabeça. Tem uma lógica danada. Então veja: a gente que analisar bem as palavras. A semântica, às vezes pode embaraçar mais do que clarear. Por isso eu traduzo tudo, explico tudo, dou a batopensenidade ((referência ao ato de “bater” em determinado conceito até o mesmo ser apreendido)) positiva, sinônimos… é o jeito. Pergunta. A Egologia seria uma faceta da Conscienciologia, ou seria sinónimo da Conscienciologia? Resposta (WV). Pode ser sinónimo se você analisar a consciência em si, só ela. Por exemplo, a intraconscienciologia seria a Egologia. (Tertúlia 0943; 1h:27m). 

Ostracismo egocentrismo compulsório. Se uma pessoa entrou no ostracismo, a culpa de quem é? Dela. Se uma pessoa tem automimese, a gente tem que perguntar se as automimeses são positivas ou são dispensáveis? Como é que são? Tudo isso tem que ser comparado com o egocentrismo compulsório. O ostracismo, na maioria dos casos, é fruto da ingerência ou da má administração da própria vida. Pessoas que perdem a fama, pessoas que se excluem e psicóticos que são pop stars. (Tertúlia 0943; 1h:35m). 

Preservação do ego. Pergunta. Professor Waldo, eu queria entender um pouco mais a relação do ego com a assistência. Vê se está correta a forma como eu pensei: à medida em que (você) se estrutura e se vai fortalecendo em termos de princípios cosmoéticos, de código pessoal de cosmoética e desse movimento de poder criar a ponte de fraternidade com o outro, você preserva essas características individuais, egóicas, só que você está ao serviço de uma coisa maior. É isso? Resposta (WV). É. Se você não tiver preservação do seu ego, você não tem nenhum valor para fazer assistência. Você tem primeiro que conhecer você, para você entender o outro. Tudo o que nós fazemos é um processo de espelho: você se reflete nos outros. Uma pessoa, por exemplo, que começa a fazer uma assistência aberta, bem clara, ela está se refletindo nos outros. Então, ela começa a ver nas outras pessoas, todos os defeitos que ela tinha, que ela conservava até há pouco tempo. Então, ela procura amainar aquilo que o outro tem porque ela já conseguiu superar aquilo. Por isso eu falo que na questão da interassistencialidade, quem é menos doente ajuda o mais doente. O menos doente, já sabe que superou a doença que o outro ainda tem. Isso é o máximo, para clarear qual é a lucidez, a hiperacuidade das pessoas. Por exemplo: essas coisas em que eu insisto, quando eu não mudo de opinião, às vezes com dureza, (é porque) eu já passei por isso e às vezes ainda, se não tiver cuidado, escorrego. Pergunta. É na dinâmica da relação com o outro, que você tem afinidade com as pessoas que te procuram na assistência? Resposta (WV). Sim. Sempre você tem afinidade com “todo o mundo”, o que varia é a intensidade dessa afinidade. (Tertúlia 0943; 1h:43m). 

Egocentrismo produtivo e egocentrismo virtuoso. Pergunta. A gente pode colocar egocentrismo produtivo e egocentrismo virtuoso como sendo a condição de mini-peça? Resposta (WV). Sim. Um sinônimo para egocentrismo produtivo seria altruísmo. (...). Isso aqui é uma subtileza, mas nós precisamos de tocar nesse assunto. Inclusive, o Enumerador me falou nisso, já há algum tempo. Isto afeta “todo o mundo”. Tem um monte de gente na universidade que nunca pensou no egocentrismo compulsório. A tendência das pessoas é não ter o erro lógico: ou é dois, ou é três, ou é quatro. Tudo é definido, não tem meio termo, não há dois e meio, não há três e meio, não há quatro e meio… e a vida não é assim. Aí é que entram as nuances, o processo da consciência poliédrica. A gente tem que chamar a atenção para essas facetas do poliédrico, na Conscienciologia. Quantas ideias eu já trouxe aqui que você nunca estudou na Psicologia? No entanto eles na Psicologia repetem certas coisas e fica cada besteira… por exemplo, você quer coisa pior do que do que o skinnerismo – o pragmatismo absoluto da conduta? (Tertúlia 0943; 1h:46m). 

Saída do egocentrismo compulsório. Pergunta. Qual é o limite para a autopercepção de que a pessoa está extrapolando o egocentrismo compulsório? Resposta (WV). À hora em que ela não tem mais mãos a medir para assistir os outros. Ela começa a praticar a tenepes e a gaveta fica cheia em dias. Isso mostra que ela está saindo disso, porque ninguém vai procurar uma pessoa que seja egoísta demais. Por exemplo, você não vai pedir dinheiro emprestado a uma pessoa dessas, não vai dar uma facada econômica a uma pessoa dessas, de modo algum. Então, se você está procurando, é porque a pessoa está começando a sair disso. Tem lógica? Vê quantos te procuraram na semana passada ((gracejando)). O caminho é esse. A melhor coisa que tem na evolução é a hora em que você não procura, você é procurado – sem fama, sem “paulo coelhismo” ((referência ao escritor brasileiro Paulo Coelho)), sem promoção “jesuina” ((referência a Jesus Cristo)), sem nada – uma coisa espontânea. Isso é a cosmovisão de um processo seríssimo: a verbaciologia. Se a verbaciologia vem, ela se instala e com o passar do tempo ela fica. Quem usa mais a verbaciologia é o serenão. O serenão não fala, nem o que ele fez, nem o que ele vai fazer, nem nada – ele só ajuda, em silêncio. O povo pensa que um acontecimento é “da natureza” mas atrás dessa natureza tem um serenão – o serenão é o ponto, atrás dos bastidores. (Tertúlia 0943; 1h:48m). 

Dissecção do subjetivismo pessoal. A dissecção do subjetivismo pessoal é você começar a diminuir o seu subjetivismo egóico, caminhando para uma intraconsciencialidade autoconsciente. Está claro? Intraconsciencialidade autoconsciente é diferente subjetivismo egóico. Uma pessoa que é muito egocêntrica tem um subjetivismo imenso e falta objetividade na vida dela. (Tertúlia 0943; 1h:55m).

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