Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Política

Conflitos entre povos. Pergunta. Você poderia falar um pouco dessa situação que está acontecendo entre a China e o Tibet (ano-base 2008)? Poderia ser diferente? Resposta (WV). Se não fosse a ditadura (da China), seria diferente. Eles mandam matar “todo o mundo”. Os monges do Tibete também estão errados, porque eles vivem à custa do povo, mas também estão certos porque eles foram invadidos. Toda a invasão é errada - por exemplo a invasão do Iraque pelos americanos. O invasor está sempre errado. Invadiu, é intrusão, é assédio, é baratrosfera. Os dois tem a sua razão e os dois estão errados. A China tem mais poder, mais munições, mais soldados, mais gente. O militarismo é que vai mandar. Mas há uma coisa nova: os monges estão se revoltando. “Quêdê” então aquela mansidão, aquela pacificação, aquele amor, aquela fraternidade… “quêdê”? Acabou tudo? Que santo besta é esse? A santificação, a maioria é isso. Não adianta querer fazer santificação, nós temos que ter é discernimento, ter lucidez evolutiva na cabeça. Santificar é besteira. Você vai santificar o quê? Quem é que merece santificação? A Consciex Livre? Bobagem, ela não pensa nisso. Esse negócio de mártir, santificação, é igual ao homem-bomba ou mulher-bomba, se não for pior do que isso. Tudo é religião. Vão falar: -”Não, mas os monges não têm religião”. Então o que é isso? Seita? Dogma? O que é? Besteira! Tudo é uma questão de semântica. Ambos estão errados – deviam selar a paz uns com os outros. Afinal de contas, não são irmãos? A China tem etnias igual a Foz de Iguaçu. Foz de Iguaçu tem 79, a China tem 62 etnias básicas. A ditadura lá está começando a fazer abertura mas ainda falta muita coisa. Eu acho que neste século eles vão resolver isso. Aquilo é temporário. Nenhuma ditadura consegue aguentar muito tempo, ainda mais na fase da Terra hoje, com todo o processo de comunicação. É muito difícil. Hoje, não tem mais jeito de esconder nada - tudo é aberto. A ditadura grassava e tinha muita força na época em que se podia fazer acobertamento. Hoje não tem mais jeito. O problema é a ditadura comunista. As piores ditaduras que existiram na fase da Terra até hoje foram as comunistas. Marx, Lenin, Mao. O Mao matou muita gente. O Stalin matou muita gente. Foram os que mataram mais. (...) Nós temos que entender a humanidade do jeito que a humanidade é. Nós ainda somos verdadeiras consciências, já a caminho de ser serenões e ao mesmo tempo nós somos homens e mulheres animais. E tem muita inconsciência lá no meio: muita gente que ainda não tem nada atrás da testa. (Tertúlia 0823; 1h:29m).

Geopolítica. Muita gente aqui viveu na Europa ((referência a vidas anteriores)). Alguns ainda têm um pé lá dentro, outros estão presos lá. Eu (WV) tenho amigos em diversos países da Europa que desejariam vir para cá, para Foz (mas) eles não podem sair. Eles mesmos vieram me perguntar se deviam vir e eu (disse que) não – cada um tem o seu problema. Não é “todo o mundo” que sai do seu país e vem para cá, como a Cristina. Agora, tem uns que saem indiretamente – é o caso da Katia. Eu mesmo, até um certo ponto sou de origem portuguesa. Nós temos que estudar essa raiz geopolítica. O que atrai é principalmente os problemas da interprisão grupocármica. Pergunta. Qual foi o primeiro fator que deslocou e atraiu o resto? Resposta (WV). Quase sempre é a necessidade de a pessoa executar alguma coisa, seja uma coisa nova, ou seja (para) equilibrar aquilo que ficou errado. O reequilíbrio é que é o processo da recuperação ou do reajuste. Muita gente consegue o reajuste numa vida só, outros ficam presos. Na geopolítica, uma coisa que você podia falar e estudar com (os alunos), é o processo da dromomania. A dromomania, até um certo ponto é positiva. E eu vivo dizendo que, dentro da Conscienciologia, “todo o mundo” é dromomaníaco, antes de mais nada. A itinerância, didática, pedagógica, do próprio Instituto, mostra o processo da dromomania. E ela é bem assistida. Isso tem que ser levado em consideração. (...). No Instituto, desde o início, eu falava: -”Quando uma pessoa é de outra cidade e veio para o Rio de Janeiro, está trabalhando connosco, quer ser professor e vai ser itinerante, seja homem ou seja mulher, jamais, jamais – olha a palavra que eu usava – jamais ela deve ir para penates, ou seja, para a terra dela, de onde ela saiu”. Nunca, no início, ela pode fazer isso. Ela só deve voltar para a terra dela para dar aula, quando ela for veterana. Porque senão, ela “dá com os burros na água” na maior parte do tempo. Ela quer mostrar que é vitoriosa, que vem por cima, e começa a  “descascar” aqueles que vão encontrar com ela. Eu vi isso, logo no início. Tentei cercear o processo e não adiantou. (...). Isso é uma subtileza. Estou te dando a subtileza para você começar a pensar como a geopolítica é importante. Eu já escrevi alguns verbetes falando de geopolítica sob vários aspetos. Isso tem muito material (porque) nas nossas vidas anteriores “todo o mundo” aqui, já viveu em muitos lugares. Isso confunde tudo. E tem o processo da interiorose, que a pessoa tem raízes, não sai dali, aquilo é inextirpável, ela lançou a âncora e não sai do porto, ela não vê o mar aberto, ela não enfrenta “a coisa”, ela está no porto e não quer sair. Sob certo aspeto. é a mesma coisa da síndrome do Kanguru. (Tertúlia 0943; 0h:40m). Pergunta. Vamos pensar na formação do Brasil, com as regiões e Estados, o pessoal da áfrica em Salvador e Baía, o Rio Grande do Sul como o senhor já comentou, com muita gente da América do Sul. Quais são os critérios que os evoluciólogos estabelecem para isso? Resposta (WV). Tudo o que possa acabar com o temperamento “nacionaleiro”. O “nacionaleiro” é a pior coisa que tem. O nacionalismo, até um certo ponto é negativíssimo. Quando a pessoa começa a combater o nacionalismo, é preciso “abrir o olho” (para ver) se ela ainda é “nacionaleira” num ponto pior. Há hora em que o Che Guevara sai da Argentina, vai para Cuba e depois volta para a Bolívia, tudo para fazer revolução – até à África ele foi – isso mostra que o “nacionaleiro” perturbou tudo. Ele sai de um país, para piorar o outro – levar trabuco, levar a bala, levar o canhão. Isso é uma coisa terrível. (Tertúlia 0943; 0h:45m). Pergunta. A mola propulsora da colonização do Brasil foi económica. Num determinado momento vieram os italianos, os japoneses, e tal. Mas como é que é o dedo do evoluciólogo? Eu quero saber como é do ponto de vista da para-história. Intrafisicamente, o olhar é mais econômico, mas com é do ponto de vista grupocármico? O que é que está por trás dessas directrizes? Resposta (WV). É o domínio da grupocarmalidade muito acendrado. Você sabe, tem aquela “turma” do Espírito Santo que está aí, não sei há quantos anos e não se imiscuem com os outros. E tem os judeus que estão em qualquer lugar e não se imiscuem com sociedade nenhuma. Na hora em que o “negócio” piora eles caem fora. Há pessoas que não se misturam. Lá no fundo, isso é o orgulho acendrado, escondido, que não se revela. Num caso desses, o processo da geopolítica é secundário. A coisa mais séria é a megafraternidade. Quando entra a megafraternidade, localização é besteira. Por exemplo, falar que uma etnia é maior do que a outra, falar que uma raça é maior do que a outra, isso é loucura, isso é patologia. Ou falar que um sexo é superior a outro, também é loucura. O que nós devemos lembrar é a megafraternidade. Seja no corpo de homem ou de mulher. Seja de homosexual, seja neste país ou naquele, nesta cidade ou naquela, com poluição ou sem poluição, é preciso ver qual a ficha da pessoa, qual o registro dela. É lógico que o povo mais inteligente vai procurar um lugar sem muita poluição, um lugar que não tenha ditadura, um lugar em que possa se manifestar com liberdade para ajudar as outras pessoas, um local em que possa fazer assistência com liberdade maior. Tem muito lugar onde não permitem fazer assistência aos outros. Eu mesmo já estive em lugar em que saí “de fininho”, porque não estava agradando. Foi o caso da minha amiga que estudou os exames complementares de Ginecologia nos Estados Unidos, chegou a S. Paulo e tudo quanto era colega dela, médico, foi tudo contra. Ela ia ajudar “todo o mundo” mas ela voltou para os Estados Unidos porque o Brasil ainda não estava maduro para aquele nível de medicina, na década de sessenta. Ela foi para os Estados Unidos e nunca mais voltou aqui. Tinha um “negócio” pior, no caso dela: ela era mulher. Mulher, no meio de um monte de homem, em qualquer profissão, ainda tem muito preconceito e muita pressão em cima dela. Os exames que ela fazia ajudavam a prevenir o câncer – ela estava super avançada naquilo. Estudou durante muito tempo, veio com a corda toda… me deu uma pena danada. Ela falou assim: -”Waldo, todas as portas se fecham para mim”. Naquela ocasião, S. Paulo era o top de medicina, em matéria de ginecologia. E eu mesmo falei com ela: -”Volta, eles não merecem você aqui, com todo o estudo que você tem”. Ela fazia exame complementar. Até hoje, exame complementar é problemático. Há exames que não fazem aqui em Foz. Eu fui a Belo Horizonte por causa disso e já fui a Cascavel por causa disso, porque aqui não tem (aparelhos). O melhor da história: eu conversei com o Dr. Bastos lá em Cascavel (e perguntei) porque é que ele não monta uma filial do seu instituto em Foz. Ele (respondeu): -”Ninguém me convidou”. Porque ele sabe que tem as brigas do negócio… tem que (ter) o convite… a máfia de branco está por trás de tudo isso… violenta! Em Cascavel tem uma máfia de branco: tem dois partidos de medicina, lá. (Tertúlia 0943; 0h:46m).

Admiradores de políticos belicistas. Pergunta. Falando dos seguidores e admiradores do Fidel Castro e do Che Guevara, é possível que o conhecimento e vivência do paradigma consciencial, mais especificamente, a multidimensionalidade e a multiexistencialidade, possam contribuir para as consciências perceberem, dentre outras coisas, o valor da vida, da interdependência e se afastarem dessas linhas belicistas? Resposta (WV). Eu acho que é uma saída. O problema, é que, quando essas pessoas são muito fanáticas dentro do processo político, elas bloqueiam tudo, elas ficam como se fossem blindadas em matéria de ideia. Como diziam lá em Minas Gerais, a pessoa não tem um cérebro de massa cinzenta na caixa craniana, ela tem um granito. Então, isso é problemático, ela não permite que entre nada de ideia nova. É o do apriorismo, da interiorose, do conservantismo, do conservadorismo muito grande. Não há dúvida que isso tudo melhora ((referência ao paradigma consciencial)) mas o ideal é, quando a pessoa permite, mexer com a energia do energossoma dela. Não precisa nem encostar na pessoa. Fazer um arco voltaico nela, até que uma hora ela vai sentir a energia. Porque chega a um certo ponto que você tira os bloqueios daquela energia carregada que está blindando e bloqueando tudo. Ela desencapsula, quer dizer, ela sai da cápsula. Na hora em que acontece uma situação dessas, ela vai ver que tem mais alguma coisa que não é sugestão, nem hipnose, nem emoção, nem fantasia. Isso demora um pouco mas a gente tem que insistir. (Tertúlia 0943; 0h:52m).

Cegueira emocional. Pergunta. Já conversei com estalinistas, fidelistas e até hitleristas. Todos negam as matanças e até o holocausto. E essa gente acredita nisso. Poderia analisar isso dentro do egocentrismo compulsório, por favor? Resposta (WV). Isso não é egocentrismo  compulsório. Na minha terra, o nome disso é amaurose – uma cegueira dentro do processo emocional.  Essa pessoa sofre, dentro da psicossomatologia, ou seja, da psicossomapatia. Ela tem doença das emoções e geralmente é um processo derivado da política. Então, é também um processo sociológico. (Tertúlia 0943; 1h:17m). 

Fim da escravatura. O Brasil foi o último país a decretar a liberdade e acabar com a escravatura, mas foi sem briga. Nos Estados Unidos, foi na base da briga. Morreu um monte de gente na guerra de secessão. Na Argentina foi pior: eles acabaram com a escravatura matando “todo o mundo”. Por isso lá ainda tem um processo muito grande (de discriminação racista). (Tertúlia 0943; 1h:41m).

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