Ações interassistenciais. Pergunta. Existem ações interassistenciais que
podem ser consideradas mais eficazes – do ponto de vista não só do assistido
mas também do assistente – que outras, em se tratando de medidas recicladoras
de renovação íntima? Se sim, quais, exemplificativamente? Resposta (WV). Se você está
fazendo uma ação interassistencial a uma pessoa acessível, você consegue falar
mais verdades para ela, você entra mais no contexto, você aprofunda o
esclarecimento. Se ela não permite isso, você fica na superfície ou senão, você
tem que usar um exemplo indireto. Você usa um processo grupal em vez de ser
pessoal. Você fala de outrem e, por tabela, ela vai estudar se aquilo diz
respeito a ela ou não. Isso é uma técnica de eufemismo, do ponto de vista do
esclarecimento, não é o ideal. Eu, quando
posso, falo sempre na “bucha”, na cara da pessoa. Hoje mesmo eu falei uma
porção de coisas na cara da pessoa, respondendo mais de uma hora num programa
de televisão, no canal 21 em Cascavel. Eu falei (que eles deviam alterar) o
nome da cidade (...), falei das questões do Lula (...). Quando eu posso, eu
falo tudo na cara - isso chama-se impactoterapia – mas às vezes não é
possível. (A impactoterapia) é o que eu
chamo “soco na cara, soco no queixo e fratura exposta”. Isso é o ideal na nossa
realidade para não tapear ninguém e a gente seguir com a consciência sem peso,
sem drama de consciência. Existe, portanto, o esclarecimento direto e o exemplo
indireto – depende na situação. O ideal, não é ficar com o eufemismo, é falar
diretamente o que é que se passa. Se você conhece a pessoa, se é um amigo,
amizade é para essas horas, é para a gente ajudar. Se é parente, a parentela é
também para essas horas, é para a gente falar. Mas às vezes a gente não sabe
nem pode. (Tertúlia 0941;
0h:04m).
Anistia. Pergunta. Em sua opinião, e sob a ótica do verbete Drama de
Consciência, as leis de anistia concedidas pelos países vizinhos ao termo
das últimas ditaduras militares de modo geral, foram mais benéficas ou
maléficas para os envolvidos? Resposta
(WV). Depende da pessoa. O processo maior, sempre é perdoar. Eu sou
favorável ao perdão. Não adianta estar chorando o leite derramado. E é muito
pior, quando chora o leite derramado de uma coisa sangrenta. O “negócio” é
deixar a pessoa com a consciência dela. O ideal é colocar toda a história do
que passou em obras e levar isso para a escola para as novas gerações saberem o
que é que as gerações anteriores fizeram de errado e mostrar essa realidade. Eu
sou favorável a perdoar os nazistas todos. Esquecer isso e passar para outra
coisa, porque tem tanta coisa muito pior do que nazista... estão matando os
jovens aí de todo o jeito, inclusive gente que é da polícia. Temos que chamar a
atenção disso. É necessário fazer o levantamento desses dramas do nazismo
porque essas novas gerações não viram a Segunda Guerra, não viram o que foi o
massacre de milhões de pessoas. É muito importante chamar a atenção para esse
massacre. Chama a atenção também para o modo como funciona a cabeça de louco do
marginal, do criminoso, do homicida. A maior loucura que tem é uma pessoa matar
outra. Vamos pensar nisso e expor essa situação. Isso é importante. Mas fazer o
levantamento, a exumação dos erros da pessoa, vai piorar cada vez mais a cabeça
dela. Ela vai ficar com mais raiva. Eu acho que ajuda mais deixar a pessoa com
a consciência pesada (para) mostrar o erro que ela fez mesmo, que seja
indiretamente. Eu acho que o ideal é pôr uma pedra no assunto, mostrar a realidade
do passado mas não estar expondo as pessoas porque agora não adianta mais nada.
Se passou, passou. É preciso reagir é na hora. Agora que já passou, deixa para
lá (senão) você está prolongando o erro que a outra pessoa cometeu, você está
errando, igual a ela. (Tertúlia
0941; 0h:09m).
Evocação dos heterassediadores do passado. Pergunta. Você poderia
explicar a «evocação dos heterassediadores do passado»? Resposta (WV). Há pessoas que sofreram
tanto com determinados assediadores em vidas anteriores e às vezes nesta mesma
vida, que ela não esquece. É o caso daquela pessoa de 85 anos que estava lá na
casa dela sempre lembrando da dona Mariana porque a dona Mariana, há cerca de
60 anos tinha feito um biscoito que lhe fez mal à barriga. Ele nunca pôde
esquecer a dona Mariana e 60 anos depois ainda estava falando dela. Então a
gente via que chegava a consciex dona Mariana e dizia: -“Por favor, me esqueça,
Eusébio! Isso já passou! Por favor, cuida da sua vida!”. A gente tem que
perdoar. É o heterassediador do passado. Vamos perdoar. A tendência da pessoa
de idade é ficar com ideia fixa, monoideísmo, uma ideia só o tempo todo e piora
tudo. Eu sou uma pessoa de idade, estou chegando à quarta idade, mas o que
predomina em mim não é ideia fixa, até ao momento (pois) todos os dias eu trago
uma ideia nova para vocês. (Tertúlia
0941; 0h:11m).
Perdão recíproco. Pergunta. Duas pessoas adultas cometeram um erro
grave, mas que somente afetou a elas mesmas. As mesmas resolvem se perdoar e
resolver tudo. Ficam bem com elas mesmas. Pergunto: dentro da cosmoética, isso
foi perdoado ou ainda de alguma maneira vamos ter que concertar os erros pelos
quais nos perdoamos mutuamente? Resposta
(WV). Tudo indica que tudo isso já passou. Se isso tudo já passou,
esqueça e (siga) em frente. (Tertúlia
0941; 0h:20m).
Experiência inesquecível, penosa e desgastante. Pergunta. Entre 1997 e
2000, fui usuário de tóxico. Tinha 22 anos quando comecei, devido a problemas
familiares. Hoje, vejo a insanidade que cometi e me culpo pelo tempo perdido na
vida. Como superar esse sentimento de culpa com a idiotice cometida na fase
preparatória da vida? Poderia comentar do assédio, nesse caso? Resposta (WV). Isso são os
pecadilhos da mocidade. Você deve esquecer, por uma pedra nisso e cuidar da sua
vida. A sua memória é boa? Se não é boa, você tem que tratar é da memória.
Porque maconha, cocaína, craque e outras coisas mais, inclusive o álcool,
afetam a memória. Vê se você perdeu a memória recente. Vê como é que é a sua
memória nominativa – de nomes. Vê como é
que é a sua memória aritmética, de números. Se você perdeu, foi consequência do
tóxico. O melhor é você cuidar disso com remédio e bastante leitura e esquecer
dessa fase. Uma outra coisa boa é combater o tóxico. (Tertúlia 0941; 0h:21m).
Automortificações. Pergunta. Existe uma mortificação cosmoética no
nosso nível, um peso de consciência cosmoético? Resposta (WV). Todo o peso de consciência mostra
uma nosografia, mostra uma patologia, mostra um mal, mostra um erro, mostra uma
doença. Então, nós não podemos ficar com a consciência pesada para melhorar,
isso é besteira. A gente tem que aliviar a consciência, para ela melhorar. Ela
tem que saber o erro dela (mas) nada de estar chorando o leite derramado. Sai
dali e vai concertar aquilo, vai ajudar os outros, dentro daquele erro que você
cometeu, vamos ajudar mostrando o exemplo e dizendo (às pessoas) que não
(cometam) o mesmo erro, porque (você “quebrou a cara”) e isso não é bom. (...).
Vocês viram aquele caso daquela senhora que (tinha tido um aborto e passados)
28 anos ainda estava falando daquele aborto, sendo que ela tinha tido vários filhos
depois. Ela veio me falar e eu (disse-lhe que o filho abortado era o segundo
filho dela e que em vez de chorar o leite derramado, fosse cuidar do seu
filho). Geralmente as pessoas fazem assim, principalmente a mãe. Você sabe,
aquela mãe que coloca o carrinho de bebé como se fosse um tanque no
supermercado? Tem mães que acham que sendo mãe é uma “marechal(a)” no campo de
batalha – ela domina tudo, a criança dela é o máximo! Isso tudo é orgulho,
besteirada. A maternagem tem muito disso. É um excesso. Ninguém gosta de falar
muito disso. A coisa mais fácil que tem
neste mundo é parir os outros. É só (juntar um homem e uma mulher que dali a
pouco já nasce um filhote). Todo o homem já foi mulher e toda a mulher já foi
homem. Então, “todo o mundo” aqui já pariu. Vamos agora fazer a gestação
consciencial. Se a gente trabalha bem com o mentalsoma, outros vão querer ser
mãe e pai da gente na próxima vida. (Tertúlia 0941; 0h:37m).
Reeducação. Pergunta. Quando a gente tem um arrependimento, para uma
reeducação pessoal, qual é o melhor sentimento? Resposta (WV). A primeira coisa é anotar quais
foram os erros, a extensão deles e todo o universo deles, para a pessoa fazer
uma avaliação dessa condição dela: - “Eu estou ainda repetindo alguma coisa
parecida com isso? Se não estou, acabou, isso eu já consegui superar. O que é que eu estou fazendo noutro sector,
que possa ser equiparado a esse erro?” Porque sempre a gente tem coisa para
retocar. Reciclar é uma coisa que “todo o mundo” precisa. Porque nós não somos
serenões. Enquanto nós não formos serenões, nós vamos precisar de reciclar.
Vale a pena pensar no que é que nós não fizemos. A omissão deficitária é uma
coisa séria. Vamos pensar nisso. O que é que está faltando? (Tertúlia 0941; 0h:40m).
Exposição da autocura. Pergunta. Como é que a gente faz a exposição da
autocura? Resposta (WV). Striptease
consciencial. É isso que nós fazemos aqui. O que é a conscin cobaia? É isso. É
o primeiro passo para a eliminação do drama de consciência. Há pessoas que,
quando que confessam o crime, se aliviam, tiram um peso das costas, já começam
a fazer uma reflexão. Porque é que a igreja católica usa um confessionário? É
para isso, só que eles usam para manipular consciências. Uma pessoa vai lá e
confessa que matou o outro e o padre diz que ele está perdoado. Na semana
seguinte a pessoa vai lá e confessa que matou mais um e o padre diz que ele
está perdoado. E o padre não pode revelar que ele matou porque aquilo tem
segredo de alcova. A igreja mantém um monte de gente na criminalidade. Dez
pai-nossos e dez avé-marias e está perdoado. (Tertúlia 0941; 0h:44m).
Drama de Consciência. «Exemplologia: drama de
consciência parcial = quando gerado pela conscin participante de interprisão
grupal; drama de consciência integral = quando gerado pela conscin
individualmente, de modo isolado» (Vieira, verbete Drama de Consciência).
O parcial é a interprisão grupocármica, a pessoa é participante. Aquele que é
“brabo” é o integral, a pessoa não pode acusar ninguém, o erro é só dela.
Exemplo do drama de consciência parcial é o que acontece na guerra: - “A culpa
é do superior que mandou eu matar”. Exemplo do drama de consciência integral é
aquele que disparou sem ninguém o mandar - raciocinou, pensou, é integral. (Tertúlia 0941; 0h:49m). Pergunta. Como é que isso fica, internamente? Resposta (WV). Fica
remoendo. Eu já tive isso em vidas anteriores. Nesta vida, não porque eu nunca
roubei nada a ninguém a não ser os amendoins de seu Álvaro e as mangas da dona
que não queria que os meninos as roubassem, nunca matei ninguém a não ser
pulga, mas nas minhas retrocognições… não é fácil… o que eu já fiz de besteira.
Por isso eu falo que vocês devem ter retrocognições mas se preparem para as
surpresas. Quando eu tinha 4 anos nasceu o meu irmão. O meu irmão era doente,
desde que nasceu. Tinha crises epiléticas. “Todo o mundo” ficou de olho nele e
eu fui esquecido, jogado pelas beiradas. Aos 4, 5 anos, o meu irmão começou a
fazer coisas todas atrapalhadas por causa da perturbação da cabeça dele. Foi
andar de velocípede e bateu com a cabeça – a mesma cabeça da epilepsia. “Todo o
mundo” estava de olho nele e eu também. Mas, lá pelas tantas, aconteceu uma
porção de injustiças dentro de casa. Ele fazia coisas, eu era o mais velho, a
culpa era minha. Um dia, (mesmo não sabendo) o que era justiça ou injustiça,
comecei a pensar (porque seria) isso e fui saindo da sala de jantar e fui
andando pela cozinha para chegar ao quintal. No quintal tinha mangueira, tinha
uma romanzeira, tinha uma figueira e tinha uma bomba que tirava água. Na hora,
aquilo tudo sumiu e eu comecei a ver aquela cena do meu passado. Eu, um homem
enorme, desci uma escada, com uma porção de gente comigo, e nós fomos lá para
ver o “cara” que estava preso, com os braços abertos, preso pelos pulsos, na
parede. Tinha uns “caras” lá (que lhe diziam que ele tinha) que falar quem é
que mandou e o “cara” não queria falar. Mas era tortura. E eu podia tirar o
“cara” de lá, mas não o fiz. Quem era o “cara” que estava lá? Adivinhem
((alguém na plateia responde que era o irmão de Waldo Vieira)). A partir daquele dia, eu passei a tratar o
meu irmão (nas palmas das mãos). Com o passar do tempo, eu aprendi a ver a
cronologia das retrocognições pela roupagem, o ambiente, o idioma, eu vi que
aquilo era muito antigo. Então se eu estou pagando, há tanto tempo, uma coisa
dessas… e de lá para cá ainda tem muita coisa – que será que eu não fiz?… Vocês
estão entendendo? Nunca mais eu quis reclamar de nada. “Enfiei a viola no saco”
e acabou. Isso foi na (minha) época entre o Egito e a China – pela roupa. Então
eu digo para vocês: - “Vamos agir, trabalhar e assistir. (...). Foi uma
retrocognição em que eu vi direitinho que (o preso) era o meu irmão, que quem
estava descendo a escada era eu mesmo, e tinha gente perto de mim que eu até
estava desconfiado de quem era. Eu era um “cara” enorme, fortão, com roupas de
alto nível de liderança. (Quando eu tive essa retrocognição) eu penso que devia
ter entre sete e oito anos, porque o meu irmão ainda era muito pequeno. Entre
os três e os quatro anos era muito difícil o contacto com ele. A epilepsia dele
era grand mal e dava irritação. Ele superou muita coisa. Pergunta. O seu irmão que
dessomou? Resposta (WV). Sim.
Ele começou a tomar Tegretol com álcool e a cabeça dele ficou toda alterada,
com a emoção muito grande. Teve muita atenuante, por isso ele pôde ressomar
logo. E quase sempre é entre os doze e os quinze anos que acontece isso –
atualmente é a média. (Tertúlia
0941; 0h:51m). Pergunta.
Quem não teve retrocognição pode desconfiar… Resposta (WV). Desconfia mesmo, com D maiúsculo.
O “negócio” é sempre pior do que a aquilo que a gente está pensando. Abençoa,
perdoa, ajuda, assiste, auxilia, seja benéfico. E não esqueça nunca de falar a
verdade. A tarefa do esclarecimento é que ajuda mais, no tempo, no espaço, nas
pessoas. Os pecadilhos da infância, pecadilhos da mocidade, isso tudo “sai na
diurese”, são coisas menores. O problema é nós errarmos agora que somos adultos.
Isso é que é erro bravo. Depois dos 26 anos, a pessoa tem maturidade biológica,
já não tem mais o direito de errar. Antes, o cérebro não estava bem constituído,
mas agora não há mais desculpa. De modo que, drama de consciência “todo o
mundo” tem. Agora, nós temos que saber conviver com isso numa boa. (Tertúlia 0941; 0h:57m). Pergunta. Baseado nesse
relato que o senhor acabou de fazer do seu irmão em vida passada, eu gostaria
de saber: 1 - Quem determina quais erros serão colocados em pauta nesta existência?;
2 - Os erros mais graves, nós iremos pagar quando nossa consciência estiver
mais preparada para isso ou é o evoluciólogo que determina como isso vai acontecer
e quando? Resposta (WV). Eu
e o meu irmão viemos juntos porque ninguém perde ninguém. Existe uma
interprisão evolutiva. O evoluciólogo só chega para clarear as coisas. Não tem
evoluciólogo (juntando as pessoas). As afinidades fazem isso naturalmente, isso
é espontâneo, é instintivo. (Tertúlia
0941; 1h:16m).
Sinergismo etológico. A etologia é o processo do
comportamento das pessoas. Então agora vamos entender o sinergismo do
comportamento. Eu (WV) uso
esse sinergismo o tempo todo. A maior cobaia que tem aqui sou eu. Examine aí e “acabe
comigo”, desanque, critique, questione. Olhe o que tem de incoerência no meu
texto, vamos brigar, combata a incoerência junto comigo, vamos ajudar. Isso é
sinergismo etológico. Sinergismo etológico é o processo dos exemplos sociais.
“Todo o mundo” é exemplo para outras pessoas. Isso é o sinergismo etológico. (Tertúlia 0941; 1h:02m).
Gênero e drama de consciência. Pergunta. De todos os casos
que você escuta, todos os dias, você poderia fazer uma generalização de qual
seria o principal drama da consciência na mulher e o principal no homem? Resposta (WV). Tudo o que
diz respeito a gênero é secundário. O que interessa é o saldo da ficha daquela
consciência, seja homem ou mulher (conscin) ou seja consciex. Não superestime,
não supervalorize o problema de ser mulher ou de ser homem – isso é bobagem.
Seja homem, mulher, lésbica, homosexual… seja o que for, o que interessa é o
saldo dessa pessoa, como é que ela funciona, o que é o melhor dela, o
desiderato, a preocupação dela, qual é a meta que ela pretende na vida – isso é
que importa. Evite ao máximo mexer com o processo de gênero, que é pouco para
avaliar certas coisas – é o clube da Luluzinha e o clube do Bolinha... é pouco.
O ideal é ver a consciência em si. Seja homem ou mulher, “todo o mundo” pode
ser génio e “todo o mundo” pode ser genocida. Uma mulher que é gestante e “vira”
uma mulher-bomba e mata 40 de uma vez, é genocida. Temos que ver os detalhes
sem fazer nenhuma aceção de condições, admitir a realidade como ela é. Os fatos
é que orientam, designam, mostram e indicam o melhor para a pesquisa. Não podemos
estar brigando com os fatos. Fato é fato. A gente tem que admitir o fato e
fazer uma interpretação. Aí é que entra a hermenêutica, a exegética e a
análise. A análise, pode ser:
pré-análise, análise e pós-análise. (Tertúlia 0941; 1h:03m).
Drama de consciência na semipossessão maligna. Pergunta. Como se dá o
drama de consciência quando a conscin
sofre semipossessão maligna de modo inconsciente? Como é o mecanismo da
autoculpa e pusilanimidade da conscin quando ela não rememora os fatos
negativos vivenciados em existências anteriores? Resposta (WV). Ela tem atenuantes, mas essas
atenuantes não ressalvam a situação total, não. Se a pessoa tem uma
semipossessão, é preciso saber os resultados negativos daquilo. Ela tem que
começar a estudar a si mesma. Se ela não estuda, ela está em erro grande, às
vezes maior do que a semipossessão. (Tertúlia 0941; 1h:18m).
Auto-culpa. Pergunta. O desperto não tem auto-culpa? Resposta (WV). Tem. Sempre
tem auto-culpa. Até um serenão pode ter auto-culpa. Pergunta. Mas como é que isso não se transforma
em auto-assédio? Resposta
(WV). Isso, você tem que perguntar para ele. Ele tem um jeito de se
defender. Você acha que eu sou uma pessoa que tem muito drama de consciência?
Você acha que eu escondo bem, que eu sou um bom artista, para colocar as coisas
“debaixo do tapete”? Agora, eu te pergunto: - “Eu escondo mais as coisas dos
outros ou as minhas?” Tudo é um processo de consciência. Pensa nisso. A gente
sempre esconde as coisas (mas) tem que ser as dos outros, não as da gente. Pergunta. Então existe uma
convivência pacífica com os deslizes do passado? Resposta (WV). Eu não choro as mágoas do
passado, eu mudo de bloco na mesma hora. Se eu fosse chorar as mágoas, só com
os pedidos de tenepes que eu (recebo) eu ficaria doido – uma semana dá para
endoidecer. Os dramas que tem ali, não tem na televisão nem em novela – é muito
pior. Como diria a sobrinha do Chico Xavier em 1958: - “P’ra quê novela? P’ra
quê novela? A vida é uma novela superior a qualquer uma!” Ela tinha razão. (Tertúlia 0941; 1h:25m). Pergunta. O exame de
consciência do nosso passado maior foi feito no curso intermissivo? Resposta (WV). Eu não posso
falar para “todo o mundo” mas para a maioria eu assino em baixo. Pergunta. Então as retros
que nós tivermos nesta vida, até certo ponto vão ser iguais ou inferiores ao do
curso intermissivo? Resposta
(WV). Mais ou menos. No curso intermissivo você não teve muito tempo de
passar o pente fino, o micrótomo. Os detalhes, a subtileza, a sofisticação, a
coisa mais complexa, a gente começa a pensar é agora. Pergunta. Na vida intrafísica? Resposta (WV). Na vida
intrafísica, na próxima intermissão e na próxima vida. Você ainda não viu todos
os detalhes. A gente “pegou” o grosso e o grosso já deu bastante problema, já
atravancou muitos de vocês, que demoraram a chegar aqui porque estavam
deglutindo, mastigando. Alguns estavam como uma vaca ((mímica de ruminar e
risos)). Pergunta. Então
o processo de auto culpa que nós estamos trabalhando ainda tem relação com o
passado mais próximo? Resposta
(WV). Essa culpa, com referência aos delitos, vai ficar mais sofisticada
quando a gente começar a usar os pentes finos, ver mais os detalhes. É uma
(questão) de cronémica, de tempo. Até que ponto você lembrou? Às vezes a
lembrança é só de 200 anos e isso não é nada, não chega ao Feudalismo. (Tertúlia 0941; 1h:29m).
Apriorismos cronicificados. Há gente que tem um
apriorismo (e por causa dele) ainda não pode identificar a auto-culpa, mas
aquele apriorismo às vezes já dá um sinal da auto culpa que está lá no fundo e
que um dia ela vai reconhecer. Então, a ideia anterior, que ela mantém consigo,
está fixada na vida dela e na memória, por aí, no caso, eu considero importante
– (apriorismo) cronicificado. (Tertúlia 0941; 1h:32m).
Drama de consciência e engano. Pergunta. Qual seria a
relação entre o drama de consciência, o engano, a omissão e o erro crasso. Resposta (WV). A pessoa tem
que ver cada caso. Agora, o drama de consciência é muito claro. Se há um
engano, há uma atenuante, mas é preciso ver o remanescente. O que é que sobrou?
Há atenuantes e agravantes, a pessoa é que sabe. Quando uma pessoa pensou numa
coisa durante muitos anos e aquilo mexeu como um remorso, um arrependimento, é
porque ela tem culpa mesmo séria, senão ela não estaria assim, alguma coisa já
teria acontecido para melhorar aquilo dentro da própria vida dela. Se ocorre, é
porque ainda não limpou. É sempre assim. Quando uma coisa tem muito atenuante,
é uma coisa inexpressiva, a pessoa lembra daquilo como se fosse apenas uma
anedota e aquilo passa, ela não se culpa.
Os filmes americanos têm dramas que mostram a pessoa que se culpa o
tempo todo pelo irmãozinho menor que morreu na piscina ou no lago. O americano
é doido por esses filmes assim. Isso é a auto culpa, o drama de consciência. A
trama do filme às vezes mostra no fim que (o culpado) foi um assassino e o
“cara” (reconhece) que sofreu muitos anos à toa, tudo por má interpretação. (Tertúlia 0941; 1h:37m).
Parapsicoteca. Pergunta. A parapsicoteca é terapêutica para eliminar os
paradramas e as desconsciências, quando extrafísica? No intrafísico, o
psicodrama é técnica indicada para a profilaxia das auto culpas? Em que nível? Resposta (WV). A
parapsicoteca ajuda a pessoa a se conscientizar dos seus erros, através dos
próprios erros e dos erros dos outros. Com isso, ela pode realmente eliminar os
paradramas e as desconsciências e loucuras que a pessoa cometeu. (Quanto ao)
psicodrama, é preciso ver que toda a vez (que a gente) mexe com o palco e drama
é uma faca de dois gumes – tem coisa que ajuda e tem coisa que piora. Mas se a
pessoa já está interessada, qualquer profilaxia que a pessoa já consiga
analisar, interpretar, estudar, pesquisar a condição, vai ajudar. É bom estudar
isso. A melhor coisa que a pessoa faz é procurar repor aquele erro que ela
cometeu, ajudando outras pessoas que estão cometendo o mesmo erro, ou que são
vítimas desses erros. Assim, a pessoa pode avançar mais depressa e sair da
interprisão grupocármica. Isso pode ajudar bastante. (Tertúlia 0941; 1h:41m).
Melin, melex e drama de consciência. Pergunta. A raiz da melin
ou da melex é sempre um drama de consciência, ou não? Resposta (WV). É difícil não ser. Por exclusão, arranja um jeito da pessoa ter
isso sem drama de consciência. Está difícil, não está? Eu não vejo saída. Pergunta. Então, é sempre
uma perda de tempo, o ideal era conseguir mudar o bloco (pensênico) e começar
logo a recompor isso, sem entrar nessa onda. Resposta (WV). A uma boa parte das pessoas que
vieram me falar de drama que tiveram, eu falei assim: - ”Depois de treze anos
que você está purgando esse erro, essa purga está superior ao seu erro. Um mini
erro, se transformou num máxi erro, depois de tantos anos. Então, agora, você
vai esquecer o mini erro e vai esquecer o máxi erro e vai ajudar os outros”. Às
vezes, na impactoterapia você tem que mostrar essa realidade, senão “não cai a
ficha”. Não cai mesmo. A emoção da pessoa bloqueia, obnubila, ofusca, não deixa
ela ter lucidez. (Tertúlia
0941; 1h:42m).
Limpar a consciência. Pergunta. O senhor coloca que o drama da
consciência é a auto vivência intensa pela conscin, de condição
intraconsciencial fixada em auto culpa, remorso ou problema intrapsíquico, por
alguma ação ou longa série de atos anticosmoéticos praticados quando o drama de
consciência está relacionado a fobias geradas por interprisões grupocármicas,
incluindo retrocognições alimentando essas fobias. O que fazer para limpar
esses rastos, superar essas fobias e ficar com a consciência mais tranquila? Resposta (WV). Não tem
milagre.tudo é um processo de esforço pessoal. O ideal é a pessoa procurar
compensar as deficiências ou os atos imperfeitos cometidos, por atos agora
perfeitos, melhores, para conciliar as partes, melhorar o estado geral,
equilibrar o holopensene e compensar de fato aqueles erros cometidos
anteriormente. Lembrando que tudo depende da melhoria pessoal. É da pessoa,
antes de tudo. Então, é muito importante a pessoa ter boa intenção, uma vontade
decidida, e critério, para fazer isso de uma maneira diplomática, que não
ofenda as partes, ou seja, atendendo aos direitos das outras consciências. (Tertúlia 0942; 0h:07m).