Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Omniquestionamento *


Omniquestionamento. Pergunta. Gostaria de saber a condição do professor em seus 214 anos ((referência a período intermissivo)). Quais foram as casuísticas retrocognitivas para essa condição lúcida? Resposta (WV). Não é bem lúcida… é mais ou menos lúcida. Foram os meus débitos maiores para com vocês. Falando mais sério: o processo todo é de assistência. Quem faz assistência é o primeiro a ser assistido. Eu precisava de assistência para enfrentar as coisas oportunamente. Vocês podem perguntar se eu sabia que teria que mexer com isso a que nós chamamos Multiconscienciologia e eu digo para vocês: - “Yes”! Eu tenho provas disso: a minha infância, a recuperação (de cons); o fato de vocês estarem aqui depois desse tempo todo. Vocês não estão sozinhos. Eu também não estou sozinho. Aqui, estamos: eu, vocês e terceiros – os amparadores. A intercooperação disso é muito complexa. Por isso este verbete de hoje (Vieira, verbete Omniquestionamento) “pega” bem o processo do nosso amigo que esteve aí, a quem a gente deu o nome de Magister. (Tertúlia 0938; 0h:07m). Pergunta (WV). Explica o que é que você acha do Magister ((dirigindo-se à tertuliana Mabel Teles)). Resposta (MIT). Eu estava perguntando como é que o Magister nos ajuda ou ajuda o grupo de maneira geral e cheguei à conclusão que ele cria holopensenes através do discernimento que ele tem, para atrair consciências afins e para criar um sinergismo entre essas consciências a partir desse holopensene. Resposta (WV). É como se fosse um processo de grumos. Quando vocês estão dando curso e fazem os grupos de estudo – ele faz isso. Qual é a instituição maior que nós criámos nos últimos anos? Ele veio para “checar” isso. Discernimento. Na Holossomática, nós estudamos quatro veículos de manifestação: soma, energossoma, psicossoma e mentalsoma. O mentalsoma é o mais evoluído – ele é o paracorpo do discernimento. É justamente o caso dele. O Transmentor é especialista em Evoluciologia. Esse nosso amigo ((referência à consciex Magister)) é especialista na questão do mentalsoma com o discernimento. A última vez que eu o vi aí, ele já estava com o Hayek – é um caso de paracérebrologia, de discernimento. Ele não convoca esse povo. Ele chega e acontece um íman – dá os grumos; ele chupa; imanta. Ele é especialista nisso. Ele imanta, nivelando por cima, (considerando) discernimento, afabilidade, ponderação, cosmoética, priorologia, visando a proéxis de “todo o mundo”, no caso, a maxiproéxis. O ideal seria que ele fizesse aí uma espécie de balcão de consulta para as nossas maxiproéxis ((gracejando)). Pergunta. Mas isso tem a ver com aquela história das especialidades que o Enumerador falou, não tem? Resposta (WV). Tem. Pergunta. Ele veio por causa disso também? Resposta (WV). Foi. São os grumos. Os grumos é que fazem as especialidades. (...). Da última vez que eu encontrei com ele eu pedi (...) para ele ajudar os epicons – o conselho dos epicons. (...). (Tertúlia 0938; 0h:10m). Os epicons são um ponto nevrálgico nosso, atualmente. Ninguém fala nisso, mas são. Tem que evoluir, aumentar o número, o contingente. É um grumo, um grupelho. (...) O conselho dos epicons é uma coisa deles. A qualificação tem que ser aperfeiçoada, tem que melhorar o nível. (Tertúlia 0938; 0h:15m). Pergunta. A questão de formar mais epicons, em parte depende do conselho, de estar trabalhando de forma mais integrada e em parte depende das pessoas. Resposta (WV). Vocês têm que ver quais são as faltas gritantes disso, (como eu fiz) no ECP2 ((referência a curso de Extensão em Conscienciologia e Projeciologia 2)). Eu cheguei lá e bati na mesa: - “Coloca só gente que tem tenepes, para cuidar disso”. Ninguém tinha pensado nisso. Tem que estudar, o que é que ninguém pensou até agora, para “levedar a massa” – a massa crítica e o juízo de valor – e ver o que é que está faltando e como melhorar. No caso do ECP2, melhorou. Eu coloquei o dedo na ferida, onde dói, no nó górdio. Isso, vocês têm que ver, entre vocês. Têm que resolver vocês, para fazer epicons. Talvez uma primeira medida seja não criar mais epicon nenhum sem primeiro resolver os que têm. Enquanto tiver problema maior, não pode ter (mais) senão, aumenta o problema com novas pessoas. A minha esperança é que nós vamos, dentro da Cognópolis, aperfeiçoar cada vez mais a Reuniologia, a ciência da reunião, e isso tem que começar pelos epicons. Vocês precisam estudar a produtividade teática – teórica e prática – das reuniões. Tudo é uma questão de Omniquestionamento. (Tertúlia 0938; 0h:16m). Pergunta. Eles vão fazer o quê para ajudar o conselho de epicons? Eles vão melhorar o holopensene desse grupo? Resposta (WV). Como, eu não sei. Mas… Como é que a gente melhora o psicossoma? Não é através do mentalsoma?  Eu acho que um dos pontos que ele vai consertar, é por aí. A ideia é que vai “levedar” o processo da emoção, da sensação, do instinto, do sentimento. As energias do mentalsoma são superiores às do psicossoma, mesmo quando o psicossoma é o máximo. Eu acho que ele é capaz disso, então... Eu acho que a turma do conselho (de epicons) deve sintonizar a frequência dele, e “entrar na onda”. Isso vai dar inspiração para vocês. Lembrem-se, ele é Magister – é um professor, ajuda. (Tertúlia 0938; 0h:20m). Pergunta. Essa forma de assistência que o Magister realiza, atraindo várias consciências afins para um holopensene que ele estabeleceu, pode ser chamada de catarse evolutiva? Resposta (WV). Sim, é um tipo de catarse evolutiva. Mas agora eu pergunto: - “Qual é a assistência que não é catarse evolutiva? A tenepes não é isso?”. (Tertúlia 0938; 0h:45m).

Limites do omniquestionamento. Pergunta. O omniquestionamento exige, de certa forma, ser incisivo, ser um pouco agressivo. Como fazer isso de forma fraterna? Resposta (WV). É você ir até à irreverência e não chegar à ironia. É usar até a cosmoética destrutiva para aquilo que seja muito enraizado. Isso pode ser usado na impactoterapia. Impactoterapia, cosmoética destrutiva e irreverência, são os limites que nós temos que seguir. Uma vez, eu fiquei uma manhã inteira respondendo a ao omniquestionamento de quem quisesse sobre as questões do Instituto. Nós enchemos uma sala (e eu fiquei lá), uma manhã inteira. Eles “quase me cortaram em pedacinhos com micrótomo” com as perguntas. Eu até que sai bem no fim. Ninguém saiu em maca ou de ambulância. (Tertúlia 0938; 0h:29m). Pergunta. E a hiperacuidade de saber o limite dessa destruição cosmoética? Resposta (WV). Você vê se a pessoa com quem você está falando já chegou ao limite ou se ela está em andamento para chegar ao limite. Você vê pelas reações. Você não pode chegar no ponto de a desanimar, de a desencorajar. Se a pessoa chegou ao limite, acabou, não adianta você forçar mais a barra. Mesmo entre nós aqui, cada um de vocês tem um limite. Não fiquem pensando que estão todos no limite máximo, que não estão. Uma das coisas em que o povo tinha mais dificuldade para estabelecer o limite era quando eu dizia que as ideias são superiores à consciência, do ponto de vista geral. O povo não entendia isso de modo algum, devido ao universalismo, à cosmoética, à holofilosofia. Hoje, isso já está superado, a turma já está entendendo. Por exemplo, uma pessoa acha que “é a tal”, mas ela ainda tem uma conotação egocêntrica muito grande, como adulta. Então, a ideia de Conscienciologia tem que ser superior a ela, mas (essa) pessoa tem dificuldade (de reconhecer isso). Então, isso é o limite. Se ela chegar a esse limite, é “bobagem” você estar a insistir no resto – você está perdendo o seu tempo, falando para o deserto ou “atirando pérolas aos porcos”. O modo de você expor o seu posicionamento ou a sua opinião, nunca (deve ser de) tentar persuadir a pessoa. Procure informar: se ela quiser ela “pega”, se não quiser esquece. Mas não procure persuadir. Nada de convencimento. Nada de fazer lavagem cerebral dos outros ou vir com a dogmática. A coisa mais séria nesse intercâmbio é a pessoa falar a linguagem do assistido – com a criança é de um jeito, com um psicólogo é de outro jeito, com o fazendeiro é de outro jeito, com o pesquisador da materiologia é de outro modo. Você “coloca o boné” e “tira o boné”, todo o dia, a toda a hora, de cada vez ((referência a um funcionário que coloca um boné de carregador para levar a mala, chegado ao carro coloca o boné de motorista para conduzir o carro e chegado ao hotel coloca o boné de rececionista)). De modo geral, a base é essa. (Tertúlia 0938; 0h:30m). Pergunta. Você ressaltou que “todo o mundo” tem um limite. Como podemos melhorar o nosso limite eficientemente? Resposta (WV). Melhorar o nosso limite eficientemente, em primeiro lugar é detetar os trafares. Depois, ver os trafores que podem combater (os trafares). É com isso que a gente extrapola os limites, as raias, as fronteiras. Cada um tem um método, um jeito, uma tendência, uma área de interesse mentalsomático. (...) Antes de mais nada: acolhimento, esclarecimento e encaminhamento. (Tertúlia 0938; 0h:47m).

Ato de abrir espaços evolutivos seguindo vestígios racionais. Pergunta. Eu queria que o senhor explicasse “o ato de abrir espaços evolutivos seguindo vestígios racionais”. Resposta (WV). Nas nossas perguntas, nós fazemos justamente isso. Você está procurando ampliar a sua ideia, mas já seguindo tudo aquilo que você sabe. Em qualquer pesquisa, ninguém se baseia numa coisa que seja completamente nova, tem que basear-se sempre naquele dicionário que tem na cabeça – o dicionário cerebral de sinónimos, antónimos e analógico: ideias afins ou ideias diferentes. Os primeiros vestígios racionais são os dicionários cerebrais da pessoa e dos outros que estão a estão ouvindo (por isso) a pessoa tem que falar na linguagem (do ouvinte). (Tertúlia 0938; 0h:41m). Pergunta. Isto não teria relação com retrocognição? Resposta (WV). Tem, tem sempre retrocognição nisso tudo. O dicionário cerebral aparentemente foi criado nesse corpo que você tem, mas (de fato) não foi. Se você não embasou em vidas anteriores a receção da linguagem, não adianta nada. A linguagem é um processo animal que tem uma conotação milenar e até certo ponto é paragenética também. (Tertúlia 0938; 0h:41m).

Antirrobéxis. Robéxis é a robotização existencial. É aquela pessoa que é robotizada, a massa humana que não pensa, que é pensada: o governo pensa por ela, o prefeito de bairro pensa por ela, ela não tem iniciativa, ela não sabe o que fazer, ela não tem expediente, ela não tem um horário, um expediente ou uma organização feitos por ela. Ela é feita, ela é pensada, ela é sentida – são os outros que pensam por ela. Isso é que é o robô. O robô é uma coisa que é comandada por fora, no exterior. A antirrobéxis (ocorre) na hora em que você começa a fazer o questionamento, o omniquestionamento – “omni” é “de todo o tipo”, “tudo” – questionar com todo o tipo de pergunta, “toda a perguntação que você tem na vida”. Se você começar a pensar, a questionar, a perguntar, você deixa de ser robô. (...). O líder é completamente contrário ao robô. Uma mulher ou um homem que comanda alguma coisa, pensa por ele e pelos outros – ele já é uma pessoa plural. (...) Aí já tem três pessoas: 1) o robô; 2) a pessoa que pensa por ela; 3) o líder. (Tertúlia 0938; 0h:57m).

Dificuldade ultrapassável de superar o familiar e o evidente inquestionáveis. Pergunta. “A dificuldade ultrapassável de superar o familiar e o evidente inquestionáveis” é devida à falta de autocrítica ou a falta de auto-omniquestionamento? Resposta (WV). A dificuldade ultrapassável de superar o familiar e o evidente inquestionáveis foi conseguida pela maioria das pessoas que vieram para Foz. Superaram e ultrapassaram alguma coisa, senão não estariam aqui. O familiar e o evidente é a mesologia, a criação da pessoa, a instrução inicial da própria vida. A primeira escola é o lar, a casa, a família. A gente tem que questionar isso para melhorar. Olha o meu caso: eu questionei muita coisa, eu perguntava. O povo estava cansado de mim com tanta pergunta e me mandou para o internato: - “Vai perguntar lá para o internato e deixa a gente em paz!” ((risos)). Com doze anos eu saí para o internato. Eles estavam certos. Todos os perguntadores vão ser internados ((gracejando)) para a gente conseguir conviver. Depois eles voltam já mais suaves, já pensando mais antes de perguntar, já diminui (a quantidade de) perguntas e melhora o nível o questionamento. (Tertúlia 0938; 1h:01m).

Consciência criativa nos omniquestionamentos. Todos questionam, uns mais do que outros. Há consciência criativa em tais questionamentos? Aqui, praticamente sempre há, por causa dos assuntos que a gente traz. A minha (VW) indução aqui, é só trazer 20 verbetes para vocês escolherem (um). A minha indução é só isso. A escolha do tema é de vocês, não é minha. Eu cortei ao máximo a possibilidade de indução. (Tertúlia 0938; 1h:03m).

Omniquestionamento primário. Pergunta. Como se situa o omniquestionamento no contexto onde a pessoa que questiona está numa situação de inexperiência ou de imaturidade em relação a um líder ou a uma pessoa mais madura, mais evoluída? Resposta (WV). É fácil para ambos. Em primeiro lugar, você tem direito a errar porque você é chucra. E para ele é fácil explicar, porque você é chucra ((risos)). Quando o questionamento é primário, é mais fácil (a resposta). A gente tem que ir com calma e picotar o assunto para ser entendido. Vocês notam que às vezes eu falo uma coisa e torno a falar com outra expressão – olho outro ângulo. Aqui, a maioria não está no nível de primarismo. Pergunta. Mas vamos supor que a pessoa que questiona não esteja num nível tão ralé, que esteja num nível um pouquinho melhor, que já tenha consciência do que tem de questionar, mas ela não consegue questionar porque ela não sabe a lógica (e a racionalidade) daquela ideia. Resposta (WV). De onde você menos espera, você tem um questionamento rico. Eu tenho (várias) experiências disso, mas eu gosto de falar daquela de Florianópolis. Eu estou lá no clube e, depois de falar mais de uma hora para 1600 pessoas, chega a fase de perguntas. Eu sempre queria ouvir o que é que criança falava. Um menino lá no fundo, pequenininho, baixinho, queria falar. Deram um microfone para ele e então ele fez a pergunta mais inteligente daquele povo todo: -”Como é que fica a sua projeção na intermissão, numa vida mais remota?” Caiu o queixo ao povo. Ele foi longe - ”pegou” tudo em matéria de memória. Nós estávamos falando justamente nisso – a memória com retrocognição dentro do processo da projeção. O menino queria saber: - “Professor, o senhor lembra de alguma projeção em que o senhor estava na intermissão e numa existência há muito tempo?” Quer dizer: eu era uma pessoa, uma conscin; sai do corpo e lembrei da intermissão; guardei (aquela lembrança) para lembrar aqui. Até certo ponto, aquele processo que eu chamo de “memória quádrupla” é baseado nisso. (Tertúlia 0938; 1h:04m).

Intelectualidade e omniquestionamento. Pergunta. A pessoa que é intelectual e é reprimida, vai evitar o omniquestionamento e, pela tendência intelectual, vai se tornar um acumulador de informação? Resposta (WV). Depende. O ideal, na questão do estudo, da abordagem, da pesquisa, do mentalsoma, é a pessoa ser tudo – ela tem que ser introspetiva quando precisar, tem que ser normovertida e tem que ser extrovertida, dependendo das condições. Quando um desses termos falha, é uma lacuna para ela. Pergunta. Essa lacuna é sempre preguiça, autocorrupção? Resposta (WV). Não, não, não. Quase sempre é trauma emocional que a pessoa sofreu e que depois inibe alguma coisa. Por exemplo, há pessoas – é uma coisa estranha, o que eu vou falar, mas pondera bem – que são extrovertidas e excessivas por trauma. A pessoa foi reprimida demais, aquilo foi recalcado e na hora que supitou houve uma implosão. Há pessoas que têm a síndrome do ansiosismo (porque) houve antes uma pressão muito grande – recalcou tudo e (depois) a pessoa excede, sai de um extremo e vai o para outro. O ideal é contrabalançar as três posições. Pergunta. E no caso desses gênios superdotados intelectuais? Resposta (WV). É preciso ver, porque o (que parece) um gênio pode ser um savant ((referência à síndrome do sábio, síndrome do idiota-prodígio, síndrome de savant ou savantismo, caracterizado por memória extraordinária e défice intelectual)). Por exemplo, até que ponto o Monk é gênio? É. E até que ponto ele é mais patologia do que genialidade? Também é. Se nós formos colher os trafores dos pacientes psiquiátricos – um trafor desse, um trafor daquele… –, temos vários gênios. Todos eles são doidos, psicopatas, doentes mentais, no entanto eles têm algum nível elevadíssimo de trafores, específicos de cada um. Se você juntar, você tem uma genialidade absoluta, tirada só de gente doente. Não é um absurdo, o que eu estou falando? Aparentemente é…, mas não é. O sábio-idiota é justamente isso. No caso do Monk – eu estou falando muito do Monk porque é um processo didático – não é só o TOC, de modo algum. Ali tem o processo do savant idiota, esquizofrenia e trauma. Pergunta. Esses gênios somente vão superar isso no momento em que eles tratarem esse trauma? Resposta (WV). Eles têm que preencher a lacuna. A conscin é poliédrica. Nesses “caras”, faltam algumas facetas básicas. A todos nós faltam facetas, dentro da evolução do poliedro. Não nos faltam facetas básicas fundamentais (mas) a esses às vezes faltam. Por exemplo, uma genialidade fora-de.série em alguma coisa mas que não (dá) vantagem, não adianta muito. Então, genialidade é uma coisa relativa. A superdotação foi uma das coisas que eu mais estudei na vida. O Conscienciograma é todo baseado em superdotação. Pergunta. É impossível chegar na consciência poliédrica sem omniquestionamento? Resposta (WV). Chegar em qualquer conclusão mais avançada de evolução sem questionamento, não é possível. O questionamento é a base de tudo. É o croqui do desenhista. Ele pode começar por ser especializado, mas com o passar do tempo tem que ser generalista, tem que ser cosmovisiológico. O ideal é não ter mais porta nem parede nem janela. O problema da consciência não é viver dentro de casa, de caixa, de apartamento, de mansão ou de castelo. Nós somos do espaço sideral intergaláctico, multidimensional. (Tertúlia 0938; 1h:11m).

Momento de parar o questionamento. Pergunta. Professor Waldo, o senhor diz que chega uma hora em que a pessoa até pára de fazer alguns questionamentos, ela não pede mais para si e pára de perguntar. Resposta (WV). Principalmente no que diz respeito ao egocentrismo dela. Ela não quer mais nada para si. Então ela pára de questionar. Ela vai ver se resolve o que ela já tem, que já é muita coisa. Pergunta. Então, por exemplo, na condição do senhor, com as consciexes mais avançadas com quem você interage, você já falou várias vezes que você nem pergunta várias coisas, você deixa acontecer. Resposta (WV). De amparador para cima, eu sou mais paraouvidos e paraolhos. A minha barba ((referência ao laringochacra)) não funciona com esse povo. Laringochacra… com eles não. Tenho que ficar quieto a “u-ro-bo-ser-var” ((gracejando - modificando a palavra “observar”)). Pergunta. O senhor teria várias questões, mas na verdade não acha pertinente perguntar. Porque seria isso? Resposta (WV). Eu sempre tenho, sobre qualquer coisa. E não sou só eu – você também. É só pensar. Dê cinco minutos para a pessoa – seja quem for – que ela arranja pergunta, exceto quando não quer ou tem alguma inibição. Pergunta. No caso, você não quer perguntar para não incomodar? Resposta (WV). Para não sair da tramitação principal. Como eu não estou mandando na peça, eu tenho que seguir o elenco. Eu não sou o diretor. O cenário não é meu. Se eu sou o diretor, o produtor, o dono do teatro e o dono da peça… sai de baixo... quem manda sou eu! Agora... nisso, não. Eu acho que é o mais inteligente. Na hora que eu não pergunto, eu não estou fazendo bonitinho, não. Não é “frescurinha”, é sério. Com o passar do tempo, eu já mostrei que eu sou assim. Nesta altura dos acontecimentos eu não tenho que estar demonstrando muita coisa, nem para conscins nem para consciexes. Quem quiser (entender) já entendeu, (quem não quiser entender) já deu o contra, o outro foi a favor… já houve a definição. A gente está aqui para ver se amplia o que tem de bom nisso e esquecer o que não presta. Com o amparador é assim, com o assediador é assim, com tudo é assim. Depois de tantos anos você estar mexendo na mesma coisa, você não está precisando de expor mais nada. Não sou dono da verdade nem o cura-tudo, mas precedente, de tudo quanto você pensar, já houve. Agora, é ver o que é que a gente faz. Vocês todos vão chegar nisso. É aquilo do primeiro, segundo e terceiro tempo – já tem verbete para isso. (Tertúlia 0938; 1h:17m).

Questionamento da seriéxis. Pergunta. Qual é o limite prático do questionamento das vidas passadas, da seriéxis? Resposta (WV). A coisa mais séria é ver o que é que deu resultado positivo. Nada de emoção e nem de ver outras pessoas. “Todo o mundo” quer saber de emoção, poder e outras pessoas. Isso é bobagem. Tem de esquecer isso e pensar: - “O que é que deu resultado comigo? Em que é que eu me saí bem?” Tudo isso eu estou usando na minha vida aqui. Pergunta. Geralmente as primeiras rememorações ou retrocognições são aquelas mais negativas, mais traumáticas. Resposta (WV). Para muita gente é assim – mais de 51%  – , isso é verdade. Pergunta. Vale a pena insistir nessa análise? Resposta (WV). Analise o que deu certo. Mesmo num processo patológico, havia o outro lado da questão, o outro lado da moeda. Esse outro lado da moeda é que nós temos que enfatizar. Que é que deu certo? Você vai ver os seus skills, os seus talentos, os seus dons, o que (você) tem que não está aproveitando. Retrocognição quase sempre leva a pessoa a ver que ela é polivalente. Eu conheci um homem em S. Paulo que, quando começou a fazer projeção viu o tanto de polivalência que tinha – mas ele cerceava tudo por causa de um trauma. Quando ele ultrapassou o trauma, fez a catarse, limpou aquilo, virou outra pessoa. Ele superou por causa da retrocognição. E outra coisa: ele não tinha muito assediador – ele era o assediador. Era um autassédio violento, muito sério e ele superou tudo. Eu lembro que esse “cara” tinha bigode, tudo arrumado, acertadinho e só pensava num determinado assunto, não saía dali. Com a retrocognição ele (reconheceu): “Eu sou muito mais do que isso, estou perdendo o meu tempo. Eu sou mais rico, estou sendo muito pobre.” Mudou tudo, “virou” outra pessoa. Perguntavam-me qual foi o tratamento que eu dei para ele e eu respondia que eu não fiz nada – foi ele, o processo é dele. Existem certas pessoas (para as quais) não adianta nada levar todos os processos terapêuticos e de profilaxia que tem aqui. O problema é dele, a farmacologia está dentro dele, a tendência da conscienciometria é dele, a consciencioterapia é dele. Agora… isso são exceções. E exceção também é a pessoa sair dessa, do jeito que aconteceu com esse. O melhor da história é que ele reformulou a vida, começou a distribuir o bom patrimônio que ele já tinha. Porque as coisas dele rodavam em torno do patrimônio. (Tertúlia 0938; 1h:23m). Pergunta. Professor, essa assistência que o senhor falou aí do Magister, inclui também ajudar as pessoas a lidar com a polivalência delas? Resposta (WV). Sim (mas depende do talento da pessoa) e se ela tem possibilidade de renovação, dentro daquele contexto, naquele momento evolutivo. Senão, não adianta. Ás vezes, só ter talento não quer dizer nada. (...) Essa pessoa lembrou do processo de miserê dela da outra vida, mas era um miserê que foi nascido de uma penúria muito grande, a pessoa passou muita necessidade, muita vicissitude e aquilo criou um trauma e repercutiu em outras vidas. Ele começou a lembrar de tudo isso e (reconheceu): - Então é por isso que eu sou assim! Isso é uma bobagem!”. Aquilo segurou o camarada durante alguns séculos. E ele viu tudo. Não adiantava apelar para ninguém, porque o “negócio” era dele. Era uma personalidade muito forte. Se a pessoa reconhecer o processo dentro dela, dá um diagnóstico e melhora tudo. (...). O autodiagnóstico só chega quando “a coisa” fica mais clara. Para isso a pessoa tem que fazer experiência. Para nós, que não estamos naquela condição negativa do homem, é fazer assistência. Com a assistência, você vai encontrar com os amparadores e eles incentivam aquilo que você precisa. Com isso, você vai agilizar o seu processo de retrocognição, de melhoria, de escolha e de priorização. (Tertúlia 0938; 1h:27m).

Auto-omniquestionamento e omniautocrítica. Pergunta. Quais os auto-omniquestionamentos mais qualificativos? Resposta (WV). Eu, ontem, por exemplo, me “tapiei” em alguma coisa? Há alguma autocrítica que eu não fiz a mim mesmo? É isso que a gente tem que pensar. A minha autocorrupção como foi no mês passado? Qual foi o nível? Qual a qualificação? Em função de quê? Atingiu quem? O melhor que podemos ter da autocrítica é partir da autocorrupção. Primeira pergunta: - “Eu sou ainda autocorrupto? Em quais áreas? Porquê? Desde quando? Quais os efeitos negativos que isso tem me alcançado? O que é que eu tenho feito com as outras pessoas a esse respeito?”. (Tertúlia 0938; 1h:35m).

Onmiquestionamento para reeducar trafares. Pergunta. Dentro do meu onmiquestionamento, como eu poderia reeducar meus trafares para melhorar a minha proéxis? Resposta (WV). É você perguntar a você mesma e à sua mamãe o que é que você tem que melhorar. Você pergunta para a mamãe o que é que tem que burilar, ajustar. E pergunta para você o que é que precisa de melhorar. É por aí. Você está na fase em que pode fazer isso – é uma adolescente, vai longe. (Tertúlia 0938; 1h:43m).

Autofocagem. Pergunta. Você poderia explicitar o que é a autofocagem? Qual é a dimensão dela? Resposta (WV). Você, com tudo o que está fazendo, você acha que está bem no seu posicionamento real? A focagem principal é o seu posicionamento. Depois do seu posicionamento, as suas reações para o exterior, que são as suas focagens de abordagem, de definição, de acesso, estão corretas? A autofocagem está correta? Eu estou focando tudo o que eu estou pensando, tudo o que estou fazendo, de uma maneira produtiva para mim e para todos? Isso é o pico máximo quando a consciência enfoca as questões da (própria) pessoa, de si. Isso é a maximologia. Essa pergunta é autoanálise. De vez em quando a gente tem que fazer uma retirada para uma autoreflexão, uma reflexão íntima para corrigir as coisas. Eu depois que cheguei ((referência a uma viagem recente)), eu já fiz um levantamento, um balanço das minhas coisas todas. Tenho treze coisas que ainda estão pendentes. De ontem para hoje, está tudo lá anotado numa listagem dentro de uma daquelas caixas, lá na minha mesa principal. Tudo evidente e enumerado. (Tertúlia 0938; 1h:54m).

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