Educação. Pergunta.
Waldo, o senhor falou que a questão da alegria e do otimismo é uma
questão de educação. Como é que funciona isso? Resposta
(WV). É como eu. Você acha que eu sou um cara bem humorado?
Eu “meto o pau em tudo” e no entanto estou rindo o tempo todo.
Hoje mesmo, eu estou falando umas coisas seríssimas e estou rindo.
(Tertúlia 0936; 0h:34m).
Pergunta. A pessoa com mau humor é mal
educada? Resposta (WV). Ela não tem
educação porque se ela está vivendo com os outros ela não pode
ser uma pessoa sempre do contra – a incompreensão total da
humanidade e do convívio com as outras pessoas. Quando (a pessoa)
está de mau humor está doente, precisa de se tratar. No mínimo ela
tem uma hepatopatia. (O mau humor) ataca o fígado com o tempo – dá
boca amarga, gases, suor fedorento e constipação intestinal.
(Tertúlia 0936; 0h:35m).
Pergunta. Essa educação então é
dentro de um contexto grupal? Resposta (WV). O
contexto grupal e – o mais sério ainda – a família. Por
exemplo, uma pessoa que é uma “carne de pescoço” numa família
de quatro elementos só, é um problemão dentro de casa. (...) Uma
pessoa que é irascível, que sobe pelas paredes à toa, é um
problemão, é doença. Nós, no nosso nível de lucidez, temos que
ter bom humor. (Tertúlia 0936;
0h:37m).
Recuperação da fase maníaca-depressiva. Pergunta. Como é que a gente ajuda uma pessoa – tirando a questão do transtorno de humor que precisa ser medicada – como é que a gente uma pessoa a tentar buscar um equilíbrio nisso, a sair da fase maníaca-depressiva? Resposta (WV). Arranjar alguma coisa em que ela se divirta. Pode ser uma comédia, pode ser uma viagem, pode ser um filme de que ela goste, pode ser uma dança. A dança às vezes ajuda porque a pessoa transpira e desintoxica mas é preciso ver se ela gosta de dança. Eu estou falando várias coisas para você ver onde é que afeta, o que é que “pega“ nela, o que é que ela gostaria. Uma coisa boa, que pode dar muito resultado, é dar um dinheiro extra para ela fazer uma viagem à Europa, se ela gostar de Paris, ou uma viagem a New York ou a Hollywood ((risos)). Pergunta. Aí, “todo o mundo” sara, não é professor ((risos))? Resposta (WV). Não é isso. Sem brincadeira. Eu estudei o processo de turismo lá nos Estado Unidos, por causa da Disneylândia. Há muita assistência no povo que faz turismo porque a pessoa vai desguarnecida de tudo, é como se ela zerasse a cabeça. Ela vai como se estivesse na tábula rasa. Aí vêm os amparadores. Então, o “negócio” é mais terapêutico do que a gente pensa. Eu participei disso com os turistas da Disneylândia na década de sessenta. Eu fiquei num hotel durante 45 dias. Eu estava escrevendo o livro e saía do corpo para “ver o negócio”. Tinha uma praça perto da Disneylândia onde a ”a turma” ajudava. Eu fiquei no Grand Hotel, que já não existe. (Tertúlia 0936; 0h:47m). Pergunta. Professor, mas a pessoa que tem um transtorno de hiperatividade, se ela entra nessa esfera do turismo ela vai querer cada vez mais. Resposta (WV). Vai, mas lá pelas tantas tem uma porção de coisas que freia a pessoa mas lá que vale a pena, vale. Eu já fiz experiências dessas com muitas pessoas e dá certo. Tem é que saber fazer as viagens culturais. Não pode ser uma viagem turística burra, tem que ser uma viagem inteligente. (Tertúlia 0936; 0h:50m).
Recuperação da fase maníaca-depressiva. Pergunta. Como é que a gente ajuda uma pessoa – tirando a questão do transtorno de humor que precisa ser medicada – como é que a gente uma pessoa a tentar buscar um equilíbrio nisso, a sair da fase maníaca-depressiva? Resposta (WV). Arranjar alguma coisa em que ela se divirta. Pode ser uma comédia, pode ser uma viagem, pode ser um filme de que ela goste, pode ser uma dança. A dança às vezes ajuda porque a pessoa transpira e desintoxica mas é preciso ver se ela gosta de dança. Eu estou falando várias coisas para você ver onde é que afeta, o que é que “pega“ nela, o que é que ela gostaria. Uma coisa boa, que pode dar muito resultado, é dar um dinheiro extra para ela fazer uma viagem à Europa, se ela gostar de Paris, ou uma viagem a New York ou a Hollywood ((risos)). Pergunta. Aí, “todo o mundo” sara, não é professor ((risos))? Resposta (WV). Não é isso. Sem brincadeira. Eu estudei o processo de turismo lá nos Estado Unidos, por causa da Disneylândia. Há muita assistência no povo que faz turismo porque a pessoa vai desguarnecida de tudo, é como se ela zerasse a cabeça. Ela vai como se estivesse na tábula rasa. Aí vêm os amparadores. Então, o “negócio” é mais terapêutico do que a gente pensa. Eu participei disso com os turistas da Disneylândia na década de sessenta. Eu fiquei num hotel durante 45 dias. Eu estava escrevendo o livro e saía do corpo para “ver o negócio”. Tinha uma praça perto da Disneylândia onde a ”a turma” ajudava. Eu fiquei no Grand Hotel, que já não existe. (Tertúlia 0936; 0h:47m). Pergunta. Professor, mas a pessoa que tem um transtorno de hiperatividade, se ela entra nessa esfera do turismo ela vai querer cada vez mais. Resposta (WV). Vai, mas lá pelas tantas tem uma porção de coisas que freia a pessoa mas lá que vale a pena, vale. Eu já fiz experiências dessas com muitas pessoas e dá certo. Tem é que saber fazer as viagens culturais. Não pode ser uma viagem turística burra, tem que ser uma viagem inteligente. (Tertúlia 0936; 0h:50m).