Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Grafopensenidade: Exegese conscienciológica *


Teoria da interpretação da inteligência evolutiva. Pergunta. Eu queria entender a teoria da interpretação da inteligência evolutiva. Resposta (WV). Interpretação é hermenêutica, é a ciência. A inteligência evolutiva, entre todas as inteligências, eu sempre considerei como sendo a mais composta, a mais complexa e a prioritária. Quem fez curso intermissivo já tem a essência, o embasamento da inteligência evolutiva. Dentro da exegese conscienciológica, a inteligência evolutiva é indispensável. (Tertúlia 0922; 0h:27m). A inteligência evolutiva é complexa. Ela é a reunião de diversas inteligências ou modalidades de inteligência ou modus da inteligência da pessoa. Nenhuma pessoa tem uma inteligência só. Nós temos no mínimo 11 ou 12 inteligências básicas. A inteligência evolutiva (inclui) uma inteligência interna de acesso, interpretação, abordagem e a parte intelectual, inclusive de exegese, de hermenêutica, de análise, de síntese e outras coisas mais. A pessoa tem que ter também uma inteligência parapsíquica, que é uma das mais avançada que tem, para ela saber que as catarses que ele tem que ter não são apenas as catarses do freudismo ou da psicanálise que dizem respeito a esta vida. Nós temos que fazer catarse também de vidas prévias, anteriores para ampliar o enfoque da sua realidade dentro do seu momento evolutivo. Então, a teoria da interpretação da inteligência evolutiva, envolve todo um arcabouço dessas ideias e dessas técnicas que nós usamos hoje na Conscienciologia para a pessoa saber o que é que está fazendo aqui, para responder àquelas perguntas fundamentais da filosofia clássica. Quem é você? De onde você veio? Para onde você vai? O que é que você está fazendo aqui? Isso tudo está dentro da inteligência evolutiva. A inteligência evolutiva é muito referida nos nossos conceitos e em dezenas dos nossos verbetes porque é uma condição que nós não podemos escapar dela, é inafastável, é inevitável e insubstituível. É a inteligência evolutiva que dá à pessoa a condição de estar aqui devido ao processo do curso evolutivo que ela fez antes de ressomar. (Tertúlia 0922; 0h:34m).

Método exegético. Pergunta. Qual seria o método exegético? Resposta (WV). Análise, hermenêutica, abordagem, definições. Usar a taxologia das análises quando o seu trabalho, o seu objectivo, comportar. Fazer uma abordagem, depois examinar o ângulo, as feições da abordagem. Depois (definir) a metodologia para começar uma análise. Depois da análise feita, você vai discriminar os achados, os findings. Depois, você vai fazer uma síntese. Nessa síntese você já vai começar a ter uma primeira noção da exegese. No comentário ou interpretação sobre essa dissertação, você vai usar, aplicar, fazer a exposição e demonstração dessas técnicas: detalhismo, exaustividade e circularidade. (Na circularidade) você vai e torna a voltar para ver outro ângulo - é uma pseudo-repetição ou uma repetição real para esclarecer. Acrescenta mais um ponto na “espiral”, (ao modo da) espiral evolutiva. Se você deu mais ponto acima ((referência ao retorno da espiral em nível superior)) a repetição deixa de ser rebarbativa, deixa de ser apenas redundante e passa a ser circular: volta para pegar um conceito que ainda não foi esclarecido, para esclarecer mais num segundo, num terceiro, num quarto, num quinto… tempo. As pessoas que quiserem ver isso com mais detalhe devem examinar o Manual de Redação que nós já publicámos. Lá tem as palavras que interessa. Na exegese, seria bom ver aquelas 120 palavras que tem lá. Aquilo realmente leva a pessoa para uma cosmovisão de qualquer tema, oportunamente. Acrescenta e amplia. (Tertúlia 0922; 0h:29m).

Escola da Exegese. A Escola da Exegese, na França, no Século XIX ficou na história como a mais séria. Se alguma pessoa quiser estudar o que é que vem a ser a exegese, ela tem que se reportar ao século XIX na França. (Tertúlia 0922; 0h:32m). Pergunta. Além da literatura, a Escola da Exegese dedicou-se a linguística e a outras áreas? Resposta (WV). Quem se dedica a literatura, se dedica a linguística. Aquilo se ampliou para outras áreas. Pergunta. Esse método foi criado realmente no século XIX? Resposta (WV). As ideias básicas já vinham desde a antiguidade e eles normatizaram os processos que já vinham da Idade Média, principalmente da igreja católica, porque antigamente, na época do feudalismo, quem tinha conhecimento, além de um pouquinho do povo da monarquia, era justamente a igreja. Eles não queriam que ninguém estudasse, só eles é que deviam saber das coisas para poderem dominar pelo conhecimento. A exegese vem muito de textos chamados sagrados, que é uma besteirada - não existe nada sagrado, ainda mais textos, mas é a bobajada do direito canónico da igreja católica apostólica romana, ICAR. Besteirada total. A exegese é muito séria na Torá dos judeus. Ela é seríssima nas questões da morte e genocídio no Alcorão dos islâmicos. Se você pegar um clássico antigo e fizer uma interpretação dele, é uma exegese - exemplos: helenismo ou maiêutica de Sócrates. (Tertúlia 0922; 0h:48m).

Laboratório conscienciológico da Parapedagogia. A parapedagogia é a base de tudo o que nós estamos fazendo. Não é só pedagogia, não é só educação, não é só didáctica – é a parapedagogia. Porquê? Porque a Conscienciologia trata da multidimensionalidade da consciência. Então, o processo de qualquer exegese que você for fazer na Conscienciologia, você tem que chegar na parapedagogia. Como é que você vai fazer uma interpretação sem ter a didáctica da demonstração desses fatos, inclusive multidimensionais? Não tem jeito de fugir disso ((referência ao laboratório conscienciológico da parapedagogia)). Tem mais laboratório para isso, por exemplo o mentalssomático. E falando em multidimensionalidade, teria técnicas projectivas, EV e outras coisas mais. Mas o caso mais sério da exegese conscienciológica é justamente a parapedagogia. (Tertúlia 0922; 0h:33m). Pergunta. Qual a importância do desenvolvimento de um projecto ao modo de um departamento linguístico, de poliglotismo, para ampliar a exegese conscienciológica dos nossos autores? Resposta (WV). O ideal é fazer devagar e sempre toda essa ampliação de divulgação, conhecimento, interpretação e principalmente pesquisa que estão fazendo na Conscienciologia. (Tertúlia 0922; 0h:36m).

Diferença entre hermenêutica e exegese. Pergunta. Eu tenho dificuldade em fazer a diferenciação da exegese e da hermenêutica. Resposta (WV). Hermenêutica, antes de mais nada é a interpretação de alguma coisa. Exegese é a exposição disso, a dissertação, o comentário, as alusões e as conclusões. Até certo ponto, a exegese é uma demonstração técnica. (Tertúlia 0922; 0h:39m). Pergunta. Quando você está desenvolvendo uma teoria está fazendo uma exegese ou está fazendo a hermenêutica? Resposta (WV). Está fazendo a abordagem ou enfoque, a análise ou dissecação do objecto de pesquisa, a síntese, a reunião disso tudo e o recomeço tudo de novo. Transformar todo aquele conjunto numa síntese, para depois aquela síntese ser um novo conjunto de análise. Isso é interminável. É sempre enriquecível, está sempre em expansão porque no nosso conhecimento não há nada absoluto, definitivo, total. (Tertúlia 0922; 0h:40m).

Tarefa do esclarecimento. Exegese é tarefa do esclarecimento. A exegese conscienciológica é o comentário ou dissertação tendo por objetivo esclarecer, interpretar ou explicar, minuciosamente, algum princípio técnico. É isso que interessa. (Tertúlia 0922; 0h:41m).

Exegese, resumo e resenha. Pergunta. A gente poderia dizer que um dos componentes que diferencia a exegese do resumo é a crítica? Resposta (WV). Não. Você pode fazer uma exegese resumida. Tudo tem que ter senso crítico, até o resumo. A exegese é crítica «é o comentário ou dissertação tendo por objetivo esclarecer, interpretar ou explicar». (...) Recensão crítica é uma resenha crítica, uma síntese de alguma coisa - tem exegese mas é uma resenha. Se você ler um livro de 500 páginas e fizer um resumo de 5 páginas com interpretação sua, isso é exegese. (Tertúlia 0922; 0h:53m).

Crítica e autodiscernimento. O qualificativo “crítica” na expressão composta, por exemplo “resenha crítica” ou “exegese crítica” é colocado para frisar, para mostrar o objetivo real, para ficar cada vez mais exaustivo, pontual. (...) É uma coisa muito pequena que está sendo colocada em grande tamanho para chamar a atenção do “olho do furacão”. (...) Crítica, antes de tudo é autodiscernimento. A pessoa tem que ter uma bagagem intelectual correspondente àquela área que pretende criticar. Isso é discernimento. (...) A pessoa não pode discernir sem ter uma bagagem (intelectual) para interpretação, exegese, análise, síntese, que é a crítica propriamente dita. Entre os atributos todos que nós temos, o autodiscernimento é o mais sério. Mas, para começar qualquer coisa, a concentração mental é indispensável. (Tertúlia 0922; 0h:55m).

Verpon e exegese. Pergunta. As verpons seriam uma consequência da exegese conscienciológica? Resposta (WV). A verpon é consequência mas às vezes ela é independente (da exegese) mas no fim é sempre uma consequência porque é uma verdade relativa de ponta - temporariamente ela vai se impor, ela se manifesta. Isso é um processo de interpretação, exegese, análise, síntese, autopesquisa. O CEAEC é dedicado a autopesquisa. A autopesquisa tem que começar pelo princípio da descrença. Não vai “no meu bico” - microfone aceita qualquer coisa. Tem que ter a experiência. (Tertúlia 0922; 0h:57m).

Exegese católica. Pergunta. Na exegese católica, a pessoa faz a interpretação lá do “negócio” todo e na verdade ela vai estar dogmatizando. Resposta (WV). A gente tem que acabar com a dogmatização. Tem que ter universalismo e não pode ter facciosismo nem sectarismo. A pessoa tem que olhar detalhes mas sem sectarismo. Tem que ter racionalidade e lógica o tempo todo, senão não adianta nada, senão a refutação acaba com ela. A exegese católica é dogmática. A exegese conscienciológica é só refutação ou confutação. Nós precisamos de crítica, de debate. Isto aqui é um debatódromo - “todo o mundo” tem liberdade de expor o que pensa, o que quer - é a democracia mentalsomática, intelectual. A exegese católica e a exegese conscienciológica são diferentes (embora) as duas sejam interpretações. No processo doutrinário é uma interpretação canónica, do direito canónico, que eles fizeram até um direito deles. O nosso direito é outro - chama-se paradireito - muito mais avançado e universalista. A nossa filosofia é a holofilosofia - todas reunidas no melhor. (Tertúlia 0922; 0h:58m).

Exegese científica convencional. Pergunta. Se comparamos a exegese conscienciológica com a exegese científica convencional, quais os pontos diferentes? Resposta (WV). Eles são muito especialistas. Eles ficam só na matéria, eles são da electronótica ((referência à ciência baseada no electrão)). Nós não, nós somos da consciência. Electrão é uma coisa, consciência é outra. (Tertúlia 0922; 1h:00m).

Exegese espírita. A exegese espírita também é totalmente errada. É baseada em Kardec e em Jesus Cristo. Nós fazemos pesquisa ((referência à Conscienciologia)). Tudo nosso é mais efémero. Tudo aqui dura pouco. Tem as verpons, está tudo em renovação, é uma reciclagem ininterrupta, tudo muda. (Tertúlia 0922; 1h:01m).

Hermenêutica na exegese. Pergunta. Que aspectos da hermenêutica devem ser considerados ou empregados a fim de ampliar a qualificação e cosmovisão da exegese? Resposta (WV). A primeira coisa que a pessoa faz é uma abertura inicial e uma abordagem e ela vai ver qual é o core, qual é a essência daquele objeto e qual é a periferia. Então ela vai distinguir onde é que ela vai atacar em primeiro lugar. Qual é “o olho do furacão” desse tema, desse objeto. Logo em seguida, ela examina todos os detalhes e confronta com tudo o que ela sabe. É uma boa, ela dar “uma geral” na holoteca para fazer associação de ideias. Comparação, confronto, cotejo, importam muito e ajudam muito porque dá outras derivações, outros vieses, outros caminhos, outra vertente, outro desfiladeiro para entrar com a ideia. Se uma pessoa estudar bastante a interpretação - que é o caso da hermenêutica - ela vai puder depois esclarecer. Para esclarecer, seria bom ela estudar qual a possibilidade dela se comunicar. A primeira coisa, num caso desses, seria melhorar os dicionários cerebrais. Se a pessoa já tem um dicionário de sinónimos, ela já pode enfrentar isso. Mas se ela tem um dicionário cerebral de sinónimos, antónimos e analógico, ela vai caminhar muito mais porque a exegese dela vai ser mais rica, mais ponderada, mais abrangente, mais cosmovisiológica. (Tertúlia 0922; 1h:01m:30m).

Exemplarismo. Pergunta. O exemplarismo é uma exegese? Resposta (WV). O exemplarismo é uma demonstração de espelhamento. Toda a pessoa é um livro. Ela está sendo vista através do exemplo que ela está dando. A exegese não - quem está interpretando é quem está fazendo a exegese. A hora em que está se expondo, ela é uma exegeta. Não precisa nem de falar para estar mostrando o que ela é. Mas na verdade o que interessa mais é a hermenêutica exegética de quem a está observando. (Tertúlia 0922; 1h:02m). Pergunta. O autoexemplo seria uma forma de exegese também? Resposta (WV). Na exemplificação, até um certo ponto você está se expondo. É um esclarecimento quase sempre mudo. A coisa mais séria, nesse caso, não é bem o exemplo que você dá. De que adianta você estar dando o exemplo se ninguém está prestando atenção? A coisa mais séria é o exegeta que está vendo você como espelho. Isso é que é importante e nós temos que entender. O observador de fora é mais importante do que a exegese. Pergunta. Quer dizer que a hermenêutica do outro perante a nossa exegese é o mais importante nesse caso? Resposta (WV). É, nesse caso aí. (Tertúlia 0922; 1h:12m).

Instrumentos da exegese. Pergunta. Eu posso dizer que a exegese é uma demonstração, uma exposição mas para chegar nisso nós usamos como instrumento a hermenêutica, a análise e a cosmovisão? Resposta (WV). Está tudo certo, é isso aí. Está perfeito. Você fez uma síntese. Como todos os instrumentos, e mais instrumentos além daqueles que eu falei. (Tertúlia 0922; 1h:11m).

Exegese e religião. Os grandes exegetas e hermeneutas que estão registados na história, todos eles dizem respeito a processos religiosos. A ciência só pegou isso do século XIX para cá. Mas antes, tudo o que havia era (da religião) porque era o jeito de doutrinar, era o jeito de convencer, o jeito de fazer lavagem cerebral. A lavagem cerebral mais séria é feita por aí é o dogma, a dogmática. (Tertúlia 0922; 1h:13m).

Exegese inclui exposição. Pergunta. O processo da exegese é o aprofundamento, a interpretação e depois a exposição? Resposta (WV). A exegese, até um certo ponto, já é o comentário e a dissertação sobre isso. Ela não existe quando está só em você. Ela só existe quando ela tem que aparecer. Ela tem que vir à tona. É o refluxo. (Tertúlia 0922; 1h:17m).

Exegese conscienciológica máxima. Pergunta. O senhor coloca que a exegese (conscienciológica) máxima é o (conscienciólogo, homem ou mulher, autor do) tratado (publicado sobre a Conscienciologia). Resposta (WV). Tratado quer dizer detalhismo. Você nunca vai estudar um tratado que não entrou no detalhismo. Essa interpretação, ou seja, a hermenêutica do tratado é a máxima que pode existir para aquele autor, para aquele tema, para aquela condição, naquele momento evolutivo. O tratado é isso. Pergunta. Mas o que eu queria saber é se a exegese inclui o fato da pessoa fazer expansão das ideias. Resposta (WV). Só de estudar a exegese, já mostrou expansão das ideias porque começa pela (compreensão da) palavra (“exegese”) da linguagem erudita. (...) Nunca ninguém escreveu alguma coisa que tivesse pretensão de falar do jeito que eu estou fazendo com vocês porque nunca ninguém juntou a linguagem popular à linguagem erudita. Eu estou fazendo o casamento disso na enciclopédia. Você vai pegar meu texto e você vai ver, desde a gíria, condenada pelos eruditos, até ao nível de erudição mais avançada, condenada pela turma da rua. A enciclopédia é uma apostila enciclopédica. Uma apostila é um resumão. É tudo síntese. Eu já dou tudo mastigado, só falta a pessoa deglutir. Eu dou esses resumos todos, por exemplo, 20 categorias de exegeses para a pessoa pensar ((referência à Taxologia do verbete Exegese, composta pela seguinte lista: 01. Exegese anticosmoética; 02. Exegese bíblica; 03. Exegese católica; 04. Exegese científica; 05. Exegese comparativa; 06. Exegese conscienciológica; 07. Exegese constitucional; 08. Exegese cosmoética; 09. Exegese falaciosa; 10. Exegese forçada; 11. Exegese histórica; 12. Exegese imaginativa; 13. Exegese logosófica; 14. Exegese médica; 15. Exegese moderna; 16. Exegese psicanalítica; 17. Exegese sistemática; 18. Exegese sofística; 19. Exegese sumária; 20. Exegese teológica)). A última é a teológica, a mais usada, que tem mais livro, que se fala mais e que é a pior delas. Você quer coisa mais besta do que a exegese bíblica, que é a segunda? A bíblia está cheia de tolices e no entanto é considerada um livro sagrado. A gente respeita o direito das pessoas de pensar o que quiserem. Tem gente que já criou até o Rei Momo. Eles adoram o rei Momo na época do carnaval. E geralmente o rei Momo é enorme, tem um barrigão enorme, pesa mais de cem quilos. Na Índia eles não adoram a vaca? A gente respeita. A gente tem que respeitar o povo que adora livro. Isso é uma loucura. Seja o livro que for. Tudo isso é exegese. (Tertúlia 0922; 1h:18m).

Acréscimo do autor. Pergunta. Então essa expansão, além do que o autor da obra examinada inicialmente fez, esse acréscimo, também está dentro da exegese? Resposta (WV). Está. A exposição disso é aquele ponto final ou a fase final da exegese. A verdadeira exegese tem que se expor para receber crítica. É a refutação. Isso tem que aflorar, vir à toa, fazer o refluxo, o repuxo. Aquilo sobe, vem a público. (Tertúlia 0922; 1h:19m).

Comunicação. A comunicação (deve ser) óbvia, clara, evidente. O problema é da própria literatura. Eles enrolam demais. Vão a Buenos Aires via Paris. Porque é que eu uso o apostilamento? Para simplificar. Nós não podemos deixar nunca de erigir o monumento da síntese. Não é fazer concisão. É procurar o “olho do furacão” e falar do “olho do furacão”. Que é que adianta estar a falar do furacão se você não viu o olho? Aí vem a causa, depois o efeito, a hermenêutica, a exegese. Espiral e circularidade. (Tertúlia 0922; 1h:32m).

Completismo existencial e exegese conscienciológica. Pergunta. Poderia por favor explicar em que sentido o completismo existencial seria antónimo de exegese conscienciológica? Resposta (WV). Ela tem aí uma espécie de autoconscienciometria, ela está vendo a consciência dela como é que funciona, para um autojuízo crítico da condição pessoal dela. A exegese seria aí no caso, não só a interpretação ou a explicação da situação mas a exposição disso. Eu chego para você e falo assim: - Você é um incompletista. Você então vai me expor porque é que você é incompletista: - Eu acho que sou incompletista por causa disso … e disso. Ou você vai explicar: - Eu sou completista porque eu já fiz isso… e isso. Você vai explicar tudo.Você faz uma exposição. Aí no caso, é muito importante o processo do compléxis. (Tertúlia 0922; 1h:45m). Pergunta. É estranho o completismo existencial ser antónimo de exegese consciencial. Resposta (WV). Se você não interpretou sua vida corretamente, você não vai dar valor para o compléxis. Se você interpretou bem, na exegese sua você vai ser um exemplo de compléxis. O completismo é a ação de completar alguma coisa, não é a exposição de nada. A exposição tem que vir antes. A pessoa que fez o completismo não não vai querer nem fazer interpretação, nem hermenêutica nem exposição, que ela não precisa. (Tertúlia 0922; 1h:47m).

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