Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Megarresponsabilidade *


Reações da conscin vulgar e da conscin renovada. As reações pessoais entre a conscin vulgar, ou antiga, e a conscin intermissivista, supostamente reciclante evolutiva, renovada, são 100. Só aí, a pessoa tem uma panorâmica da situação. Foi usada aí a técnica da exaustividade ((referência a Tabela - Confrontos Conscin Vulgar / Conscin Intermissivista inserida no verbete Megarresponsabilidade)). Errata: na linha com o número 25, onde está "Desídia", a segunda coluna é "Autodisposição". (Tertúlia 0920; 0h:03m). Este verbete (Megarresponsabilidade) com 6 páginas exige mais tempo para a pessoa ponderar e refletir, principalmente nesse processo da conscin vulgar antiga e a conscin intermissivista reciclante: abandono-acolhimento; acobertamento-transparência; afetação-fraternidade; altanaria-altruísmo; altivez-acessibilidade...


Confrontos Conscin Vulgar / Conscin Intermissivista
Nºs
Conscin Vulgar Antiga
Conscin Intermissivista Reciclante
01.
Abandono
Acolhimento
02.
Acobertamento
Transparência
03.
Afetação
Fraternidade
04.
Altanaria
Altruísmo
05.
Altivez
Acessibilidade
(...)
(...) (...)
Tem aqui uma série de considerações que precisam de ser ponderadas com recolhimento íntimo. (Tertúlia 0920; 0h:14m).

Limites da cosmoética. Pergunta. Diversos indicadores orientam a conscin intermissivista à vivência da megaresponsabilidade. Quais as bases que devem ser analisadas para que a vivência da megarresponsabilidade não se torne o famoso Complexo de Messias ((referência ao estado psicológico em que a pessoa acredita ter extrema importância))? Resposta (WV). Que seja até complexo de messias! Se a pessoa se dedicar e aparecer com resultados, isso é relativo. Muita gente não quer fazer assitência aos outros porque acha que vai arranjar uma interprisão grupocármica. Isso é desculpa esfarrapada. Muita gente também, não quer mostrar a sua própria personalidade numa hora que precisa de um posicionamento ou de uma definição porque não quer ser Poliana ((referência à história de uma menina que vê tudo cor de rosa)). Às vezes é preferível ser Poliana do que estar errando, repetindo as mesmas bobagens de sempre, caindo nos mesmos mata-burros. De modo que, é necessário que a pessoa estude um pouco a situação, veja a verdadeira realidade e estabeleça os limites da cosmoética no caso. (Tertúlia 0920; 0h:08m).

Poesia de camioneiro. Hoje, como é um domingo e nós estamos falando de megarresponsabilidade, eu (WV) queria usar a filosofia de camião. Tem uma expressão de camioneiro que a gente não pode esquecer aqui, para vocês serem benignos comigo. "Antes de ferir meu coração, lembre-se que você está dentro dele" ((risos)). Eu acho essa o máximo! Mais do que isso, só eu quando fazia poesia alguns séculos atrás. (Tertúlia 0920; 0h:12m).

Personalidade narcisista. A personalidade narcisista pensa demais em si mesma e aumenta a realização das obrigações dela, tudo fantasiado, para exaltar o próprio ego. Então a megarresponsabilidade "vai para o espaço". O narcisista pensa demais nele e esquece os outros. E nós viemos aqui para pensar mais nos outros do que na gente. (Tertúlia 0920; 0h:15m).

Limite da irreverência sem sardonismo. Eu uso muito a irreverência em ideia, metáfora e "gancho". É irreverência eu usar o "dístico de motorista de camião". Seria sardónico, seria sarcástico, um "negócio" que passaria da conta, se eu colocasse alguma coisa mais pesada (...) (exemplos: pornografia, baixo calão). (Tertúlia 0920; 0h:16m). Pergunta. A pessoa sarcástica, que faz muito escárnio, como é que pode maneirar? Resposta (WV). A primeira coisa é calar a boca (risos). É aquilo que nós chamamos o laringochacra desvairado. No sarcasmo, a pessoa começa a fazer careta negativa para acompanhar o gesto e aquilo vai piorando cada vez mais. A irreverência não, desde que fique cómica ou anedota social e não fique "cabeluda", pesadona. Esse é o limite da irreverência. (Tertúlia 0920; 0h:20m).

Responsabilidade com neoverpons. Amparador nenhum vai te dar-te muita ideia se ele sabe que você vai fazer mau uso dela. O processo das neoverpons é antes de mais nada um problema de responsabilidade do receptáculo. A primeira coisa que eles vão ver é o que eu chamo de conceptáculo - o embasamento ou o útero do receptáculo. Através dessa base eles podem ver o resto. Eles não vão mexer em megaverpon numa base que esteja mal assistida por assediador porque não tem ambiente para isso. A responsabilidade vem com a verdade relativa de ponta. É cosmoética pura, vivenciada, teática. A responsabilidade de falar de uma verdade relativa de ponta é muito grande. Você tem que ter autoridade moral, ética, para expor um processo desses sem que o revertério venha contra você muito forte. Tem que haver um retorno que não precisa de ser positivo mas pelo menos equilibrado. Se você lança uma ideia, pode ter um retorno favorável, pode ter um revertério contra você e pode ter apenas uma ressonância, um eco daquilo que você fez - nem pro nem contra. São (estas) três, as reações à neoverpon. Para que haja neoverpon, é necessário primeiro o conceptáculo. Depois, o receptáculo autoconsciente, lúcido, predisposto, predisponente. Eu (WV) comecei a frisar as coisas sobre pré-mãe, por causa do E. M. O E. M. não está aqui mais, então eu tenho que ter uma responsabilidade enorme quando falo das coisas. Não posso exagerar nada, não posso fantasiar, tenho que mostrar os fatos e parafatos do jeito que foram, porque ele não está aqui para se defender. (Tertúlia 0920; 0h:29m). Quando a gente chega na quarta idade, a maioria dos personagens do seu elenco, elencologia, já morreram, já dessomaram. Eles não estão aqui para asseverar, para afirmar se você está a falar verdade ou não. Você já não tem mais testemunha para vir a seu favor. E é um perigo, porque eu posso exagerar tudo o que aconteceu. Aí, os amparadores é que vão me puxar a orelha. Ninguém escapa de fiscalização sobre as coisas mais sérias da humanidade. Todos nós somos fiscalizados. (Tertúlia 0920; 0h:34m). Os que ajudam mais a gente, por incrível que pareça, são os assediadores porque eles não têm meio termo, eles vão direto aos finalmente e dão uma fustigada na pessoa. Tudo na vida é bem pensado. Até o vulcão tem sua inteligência. Então o megassediador também tem a sua razão de ser. (Tertúlia 0920; 0h:35m).

Megarresponsabilidades extremas. Pergunta. Qual seria um exemplo de megarresponsabilidade extrema de um desperto? Resposta (WV). Ele ter que movimentar um pugilo, uma turma, um grupo, uma equipe de consciências, caminhando para a desperticidade. Nesse caso, a exemplificação é uma coisa terrível. Não precisa falar noutra coisa, basta falar no exemplo. (Tertúlia 0920; 0h:47m).

Megarresponsabilidade com grupo. Pergunta. O visual dos amparadores na tenepes pode indicar alguma coisa da megarresponsabilidade da pessoa com determinado grupo de consciexes? Resposta (WV). Pode sim. Por exemplo, se ele começar a aparecer com muitos auxiliares, colegas, companheiros, deve ter alguma coisa mais séria. Tem que olhar isso. Quando o tenepessista começa a trabalhar muitas horas por dia, fica mais na eventualidade da necessidade, já não tem horário fixo, a coisa muda de figura. E outra coisa: você começa a ver as coisas e a perceber tudo com antecedência. (Tertúlia 0920; 0h:54m).

Relação da megarresponsabilidade com megatrafor e megatrafar. Pergunta. Eu queria que o senhor falasse a relação da megarresponsabilidade com o megatrafor e com o megatrafar. Resposta (WV). Quando a pessoa tem lucidez do que vai fazer, já começa a combater os trafares dela através dos trafores de que ela já dispõe. Vai ampliando a responsabilidade nos trabalhos dela, pouco a pouco, para não ter que voltar atrás. Então ela faz um planejamento, com detalhes, nas minúcias, para não haver tanto erro, para não ter que estar repetindo as coisas. É justamente nisso que a invéxis mexe através da assinvéxis. (Tertúlia 0920; 0h:56m).

Dosar informação. Pergunta. Quanto a dosar informação, o senhor tem certas experiências que não fala mas tem muitas que comenta. Resposta (WV). Tem muitas que eu repito de propósito. A gente vai batendo na tecla até que um dia... Você coloca a ficha e um dia "a ficha cai". Depois você tem que acompanhar para ver se fez a ligação. Não adianta só "a ficha cair". Tem gente aqui que fica sabendo das coisas e pronto. Fica encruado, se fecha, com medo, para não ter responsabilidade. "Caiu a ficha" mas não adiantou. Não faz ligação, saiu do ar. A gente não pode sair do ar. Na hora que "caiu a ficha", tem que fazer a ligação, tem que entrar no ar. Colocar o ON, nada de OFF. (Tertúlia 0920; 1h:05m). Pergunta. Como é que vai dosar as informações que vai passar? Resposta (WV). Tem que o modo de você falar. Você nunca está falando só com uma pessoa. Tem sempre repercussão em outras pessoas e tem testemunhas extrafísicas. O seu contexto é sempre composto, plural, complexo. Não é simples, não existe contexto simples para nós. Quem mexe com Conscienciologia tem que saber que não tem nada simples nem fechado. Quem quiser guardar segredo é tolice. Um segredo que seja muito sério, um processo moral que possa ofender as pessoas, cuidado com isso. O ideal é não tocar nesse assunto, deixa para lá, não leva para ninguém. Se é segredo não fala para mim. Eu não quero saber de nada que seja segredo. Nós estamos vivendo na época da glasnost, da transparência, falar tudo, explicitar a realidade, não esconder nada. (Tertúlia 0920; 1h:06m).

Megarresponsabilidade inversiva. Só por nascer e admitir que é inversor, já é uma responsabilidade. Ele já tem limites cosmoéticos para agir. Ele não veio aqui para ficar na desordem, no caos, na anarquia. Ele não tem uma liberdade absoluta, ela já sabe que ter uma interdependência para viver. A liberdade absoluta não existe. Uma pessoa que já sabe o que é a liberdade dentro da interdependência é muito mais feliz, muito mais autoconsciente, vai acertar muito mais, é muito mais equilibrada, vai se sentir muito mais articulada perante a vida, dentro da sociedade que é patológica. (Tertúlia 0920; 1h:07m).

Trabalho e saldo. Pergunta. Como a pessoa sabe se está cumprindo a megarresponsabilidade? Quais são os indicadores? Resposta (WV). O saldo e o trabalho dela. Está sendo produtivo? Quais os efeitos? Há um encaminhamento do trabalho? O retorno é positivo? (Tertúlia 0920; 1h:16m). Se o rendimento é positivo, mostra que a pessoa está dentro do processo da megarresponsabilidade dela. A megarresponsabilidade é um problema temporal. Tem que ver o resultado em relação à cronémica. Primeiro, a cronémica. O resultado já envolve o grupo. Se você está lidando com pessoas que ainda estão na fase preparatória, tem atenuantes. Se você está lidando com pessoas que estão na fase executiva, tem agravantes. Na fase preparatória há um predomínio de atenuantes. Na fase executiva, há um predomínio de agravantes. (Tertúlia 0920; 1h:17m). Pergunta. Como medir o impacto de nossas ações na evolução dos outros? Resposta (WV). Através do perdão. Não é o perdão seu para eles, é o deles para você. Se “os caras” começaram a te reconhecer, te perdoaram. O perdão é o reconhecimento, a volta atrás, a reconciliação. A reconciliação ideológica é o que está acontecendo hoje (ano-base 2008). (Tertúlia 0920; 1h:30m).

Relação entre megarresponsabilidade e automimese. Pergunta. Tem uma relação entre a megarresponsabilidade e os erros que a pessoa cometeu no passado? Resposta (WV). Tem. Se a pessoa está dentro da linha de renovação daquilo que ela precisa, ela está acertando mais do que errando. Mas tem que ver se ela acertou o passo no caminho certo, na pista correta. (Tertúlia 0920; 1h:33m). Pergunta. Independente(mente) daquilo representar uma automimese para ela? Resposta (WV). Automimese nós vamos ter inevitavelmente. O percentual de automimese para nós tem que ser grande porque nós não sabemos fazer outra coisa a não ser aquilo que já fizemos muito. Ninguém entende as coisas a não ser baseado naquilo que já vivenciou ou que já estudou. (Tertúlia 0920; 1h:34m). A automimese tem dois aspetos: a automimese já dispensável, que não vai funcionar bem para nós, no nível de cosmoética em que vivemos; e aquela automimese que é inevitável, que começa pelo próprio corpo. Você tem que estar repetindo. Tudo é baseado nisso. (Tertúlia 0920; 1h:35m).

Relação entre equilíbrio evolutivo e megarresponsabilidade. Pergunta. Você pode aprofundar a relação entre equilíbrio evolutivo e megarresponsabilidade, por favor? Resposta (WV). “Mega” é uma coisa grande. Não é uma responsabilidadezinha pequena ou uma mini responsabilidade, é uma mega. Para ter uma megarresponsabilidade tem que haver uma pessoa de gabarito, que tenha uma certa essência maior, com algum fundamento consciencial que não é comum. Não pode ser uma pessoa medíocre ou muito baixinha em matéria de hiperacuidade. (Para haver) megarresponsabilidade tem que ter um equilíbrio. Relativo, mas tem que ter. Senão, a pessoa nem vai entender o que é que a gente quer dizer com isso. E outra coisa: a megarresponsabilidade sempre mostra que tem uma plateia maior, o público. O tipo de proéxis que nós temos é maxiproéxis - megarresponsabilidade. (Tertúlia 0920; 1h:36m).

Noção mais ampla das autorresponsabilidades. Pergunta. Que tipo de técnicas podem ser utilizadas para ampliar a noção das autorresponsabilidades? Resposta (WV). É o parapsiquismo, o estado vibracional, a tenepes. A tenepes descerra a cortina, acaba com a janela, com a porta e com a parede. Há um desbravamento da história, uma abertura, um devassamento da condição. Isso é que é o mais importante. É devassar. (Tertúlia 0920; 1h:41m).

Efeito da validação pessoal verbaciológica. Pergunta. Pode aprofundar o efeito da validação pessoal verbaciológica com o tema da megarresponsabilidade? Resposta (WV). Às vezes as pessoas não acompanham a cronologia da sua vida. Então, além de você mostrar o exemplo, você tem que sugerir pelo menos que elas vejam o que já aconteceu. A verbação às vezes exige décadas para você mostrar a realidade. Você tem que construir primeiro para depois falar. E às vezes, por exemplo, como é que eu vou mostrar a verbação para um rapaz que chegou aqui com 20 anos, se eu estou trabalhando nisso faz 50? Não adianta, não dá. Eu não tenho gabarito para isso agora, perdi a minha oportunidade, porque a pessoa chegou atrasada, é retardatária. Outra coisa: é muito difícil você estar fazendo comparação sua com os outros. Todas as pessoas são complexas. (...) Tem que evitar o ad homine. O argumentum tem que ficar dentro do processo ideológico. (Tertúlia 0920; 1h:42m).

Conscin vulgar antiga / conscin intermissivista reciclante. Pergunta. Como a conscin pode superar o paradoxo “conscin vulgar antiga / conscin intermissivista reciclante”? Resposta (WV). Os livros que eu já publiquei e os livros que “a turma” já publicou. Já temos 34 autores, 17 ICs e 75 empresas (dito em 27.07.2008). É isso. (Tertúlia 0920; 1h:45m).

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