Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Personalidades: Sigmund Freud [1856-1939]


Psicanálise. Freud achava que o melhor período da vida humana era a infância. Eu penso justamente o contrário. Eu (WV) acho que o melhor período da vida da pessoa é a maturidade. A verdadeira felicidade é a tranquilidade íntima. A criança não tem tranquilidade íntima. Ela não fez nada, não conhece nada, é imatura. Infância é uma tapeação. O Freud não soube interpretar a infância. Ela estudou a interpretação do sonho. Você quer sonho maior do que a infantilidade? Ao Freud falta o aspeto multidimensional, falta a consciência em si. Ele quis afirma-se dentro daquilo que ele descobriu. Tem uma porção de coisas corretas. Ele ajudou. Mas a Conscienciologia é totalmente contra uma porção de coisas da psicanálise. A primeira é essa afirmação do Freud. Eu conheci muita gente que dizia que vida boa era na sua infância. Isso é melin. O Freud não entendeu nada disso. Projeções conscientes, ele interpretou como sendo da imaginação. Você vê direitinho que é projeção consciente. O erro maior da psicanálise é que a catarse ((referência a limpeza de traumas através da recuperação da memória por meio da hipnose e regressão)) é feita até ao nascimento da pessoa e não vê as vidas anteriores. Não tem uma paracatrarse, uma retrocatarse de vidas anteriores, de séculos passados, a paragenética da pessoa, a holobiografia dela. Não tem. (Tertúlia 0915; 0h:39m).

Freud e Waldo Vieira. Pergunta. Lendo a biografia de Freud, encontrei muitas semelhanças dele com você: a perseverança, a mãe trazendo livro para ele e o interesse pelos fenômenos parapsíquicos – embora ele não tenha escrito nada sobre isso. Como você fala muito nele, me veio essa ideia. Será que tem alguma coisa a ver, esse meu insight? Resposta (WV). Não tem nada disso. Eu vi a casa do Freud lá em Londres e o ambiente é pesadíssimo. Vi os livros dele e os objetos de uso pessoal. Ele fumava e eu nunca coloquei cigarro na boca. Já começa aí uma diferença enorme. Eu falo muito nele devido ao processo do século XX. Hoje, o Freud já está em decadência. O freudismo todo, a psicanálise, já está indo para o “ralo”. Durante muitas décadas, eu mesmo sofri com essa besteirada de toda das pulsões, de complexo disso, recalque daquilo… (Tertúlia 0930; 1h:45m).


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