Errar na tares. Pergunta. Como é que fica a nossa ficha evolutiva
quando nós erramos, para mais ou para menos a fazer a tares? Resposta (WV). Vai ter impacto negativo mas com o
passar do tempo você fez tanta assistência que tudo já está coberto, já
ultrapassou aquilo. Eles entendem. “Todo o mundo” que está ajudando, o
evoluciólogo, ele vê as nossas deficiências. Entre 2-3% ele até permite os seus
erros. Ele vê e já passou por isso. O assistente já passou por todas as
dificuldades do assistido. (Tertúlia 0898; 1h:33m).
Desassédio pelo
esclarecimento seguido de reciclagem. Pergunta.
Eu gostaria de saber a parte do contexto extrafísico em que acontece o
desassédio pelo esclarecimento. Esse desassédio acontece em função da
profundidade do esclarecimento somente ou tem outras variáveis? Resposta (WV). A profundidade é a última coisa que
acontece nisso. A coisa mais séria é a pessoa ter “a luz da lampadinha do
Professor Pardal” na cabeça. Ela descobrir que existe o fato. O aprofundamento,
só com o tempo. No processo de assédio muito grande, principalmente
intelectual, a pessoa demora porque ela tem que permutar os conceitos. Ela tem
que transformar os que ela já tem em neoconceitos, coisa nova. Isso aí só vem
num segundo tempo. No primeiro tempo não há isso.
Pergunta. Quando a gente está dando um curso, palestra ou conferência,
também é a mesma coisa? Resposta (WV). Não,
porque aí tem gente que já conhece, já tem veteranos, não é só calouros, isso
varia. Depende também do nível do corpo discente e do nível do corpo docente. O
problema do insight maior, só vem com
o tempo. Primeiro tem impactoterapia, da pessoa ver aquela realidade, o fato
que ela ignorava, que ela desconhecia. O impacto só vem depois e depois do
impacto é que vem o esclarecimento mais profundo. E outra coisa: não adianta
nada entender os nossos conceitos se não há reciclagem. Não fica pensando que
um curso vai resolver tudo. Ele abre caminho mas a pessoa tem que percorrer o
caminho, com as pernas dela. (Tertúlia 0922; 0h:45m).
Consolação versus esclarecimento. Pergunta. Na sua experiência, qual foi o marco
renovador que fez você sair do processo assistencial para o do esclarecimento? Resposta (WV). Esse “assistencial” que está falando
é o da “consolação”. O esclarecimento também é assistencial. Tarefa da
consolação e tarefa do esclarecimento, tudo é assistencial. O que me fez entrar
nisso foram as retrocognições, a cosmoética e a autoconsciencialidade – a
hiperacuidade. Se você insiste em consolar os outros, você está “tapeando” essa
pessoa, você está deixando que ela fique no statu
quo, ela não sai do lugar, ela fica marcando passo no mesmo lugar, ela não
renova, não há reciclagem, não há potencialização, não há desenvolvimento.
Chega a um ponto que a consciência que está fazendo isso fica saturada. Se você
ficar só consolando os outros, isso é uma tapeação superficial que vai criar,
com o tempo, uma interprisão grupocármica. A religião, por exemplo, é sempre
uma interprisão, devido à dogmatologia. (Tertúlia 0933; 0h:03m).
Tares no exercício da profissão. Pergunta. Eu sei que dentro
dos meus valores, um dos princípios é esclarecer da melhor maneira possível,
mas eu não sei autocriticar-me para saber até onde eu posso chegar com a tares,
utilizando a minha profissão? Resposta
(WV). Depende do contexto da empresa onde você trabalha. Você não é
sozinha. Uma escola que é (propriedade) da pessoa, é uma coisa: uma escola
pública, é outra coisa – quem manda não é você, você é “pau mandado”. (...). Se
você faz tudo aquilo que você acha que é o melhor, dentro do nível da sua
consciencialidade no momento evolutivo, você não está errando, você está
fazendo o máximo que você pode. Na vida, a gente não faz o ideal, a gente faz
aquilo que a gente consegue. A vida é assim. Então, tem muitos atenuantes
nisso. (Tertúlia
0942; 1h:29m).
Ajudar amigo a entender as energias. Pergunta. Trabalho em
consultório com um amigo psiquiatra. Ele tenta negar a realidade extrafísica da
consciência, só que, quando “a coisa aperta”, ele me pede para mandar energia
para ele. Tentei falar com ele a respeito das energias, mas não aceita. Como é
que eu posso ajudar esse “cara” de fato? Resposta (WV). Dá para ele uns livros nossos que você conhece e
fala com ele, porque ele é uma pessoa aberta, que estuda muito – para ele ler
esses livros que você dá e fazer uma crítica severa. Aí, a gente vê o que é que
faz para ajudar. (Tertúlia
0950; 1h:22m).
Ser autêntico sem fazer estupro evolutivo. Pergunta. Como equilibrar
bem a autenticidade e não fazer estupro evolutivo, especialmente dentro da família?
Resposta (WV). Que
aconteça o melhor para todos. Vamos ajudar tudo o que a gente puder, de uma
maneira que a gente pode chamar até de Poliana ((referência à história de Poliana, uma menina que vê
tudo cor de rosa)) mas não faz mal, vai em frente. Esse é o caminho para
você ajudar. Às vezes é a melhor saída, quando o processo é de família. (Tertúlia 0950; 1h:23m).
Tares em Buenos
Aires. Pergunta. Estou
recentemente voluntariando no IIPC de Buenos Aires. Percebo uma forte pressão
extrafísica. Por outro lado, existe muito amparo. Poderia comentar a sua
opinião quanto às iniciativas necessárias para o seguimento das atividades da
Conscienciologia na Argentina? Resposta
(WV). A melhor coisa que uma pessoa pode fazer aí é dar a tares:
esclarecer, esclarecer, esclarecer, esclarecer. Nós estamos trabalhando nisso
há muito tempo. Agora, os portenhos, você sabe, eles são um pouquinho
cabeça-dura, sempre foram. A maior prova, nós temos, baseado em fatos. A
Psicanálise já morreu na maior parte dos lugares e em Buenos Aires ela já está
viva. Isso mostra que eles custam demais (a mudar). Tem uma pessoa em Buenos
Aires que me falou que eles são mais conservadores do que a Europa inteira. E
em parte são mesmo. Tem muita coisa que foi assim. Agora, Buenos Aires está
sendo renovado, vamos ver como é que fica. Vamos torcer para as coisas
melhorarem. Já houve épocas muito piores do que esta. (Tertúlia 0965; 0h:55m).
Liberdade de ação. Pergunta. Porquê algumas pessoas, mesmo com a projeção lúcida e domínio das energias, não saem da tacon, (mesmo) com os conhecimentos extrafísicos, como por exemplo, o “fulano de tal” que já trabalhou com você? Porquê ele não seguiu a tares com você? O que fazer para não seguir o mesmo caminho? Resposta (WV). Cada um precisa de trabalhar do jeito que acha bom. As pessoas têm liberdade de ação. A gente tem que entender essas pessoas e não tem nada que as combater. É deixar para lá. Há espaço para nós todos e liberdade democrática para a pessoa fazer o que bem entender. Você às vezes lastima, porque às vezes tem uma pessoa que poderia trabalhar muito mais se tivesse dentro do nosso nível, em vez de ser um minidissidente do trabalho nosso. Mas nós temos que esperar, porque tem sempre muitos dissidentes. O mais difícil é aparecer maxidissidente – eu estou procurando esse ou essa maxidissidente, faz mais ou menos 40 anos e ainda não encontrei ninguém. (Tertúlia 0968; 0h:08m).