Sócrates.
Sócrates andava mal vestido mas tinha força presencial. O processo dele maior
era a maiêutica, o modo de argumentar. Ele criou a dialética, mas devido à
maiêutica. Mas quando a maiêutica ultrapassa a irreverência, chega à ironia e
ao sarcasmo, piora tudo. Ele às vezes tinha umas conotações que passava da
conta. Oratória e retórica não valem mais nessa vida moderna nossa, não tem
mais cabimento, isso. (Tertúlia 0911; 0h:36m).
Comparação da
morte de Sócrates com a de Papiniano. Sócrates resolveu se matar. Ele mesmo aceitou aquela situação toda
porque ele não queria mudar a opinião dele. Ali, foi um caso que ele mesmo
decidiu, porque ele não quis fugir ((referência a uma versão que afirma que Sócrates, mesmo depois de
condenado, poderia ter fugido com a ajuda de amigos)). (...). Até que
ponto ele teve razão ou não? Até que ponto foi suicídio? Pergunta. O caso de
Papiniano foi mais escrachado ((referência
à decapitação de Emílio Papiniano em Roma no ano 212 e. c. por se ter recusado
a escrever uma defesa legal para o
assassinato do de Públio Setímio Geta)). Houve um pedido para defender
um assassino, ele não defendeu e manteve o processo dos ideais de justiça. No
caso do Sócrates, seria uma coisa mais tácita, mas na mesma linha? Resposta (WV). A gente tem
que estudar todos esses fatos e é muito difícil julgar assim à distância. Eu
não estive com o Sócrates nem com o Papiniano para ver o que é que aconteceu na
hora. Eu teria que ver, examinar, sentir o processo quente. À distância, o
problema está frio, longínquo. Pergunta.
Quando a gente estava no intermissivo, a gente deve ter tido interesse
de ir na psicoteca e dar uma olhada nessas personalidades. Resposta (WV). Só vai lá
quem tem gabarito ou um objetivo nobre. (Tertúlia 0968; 1h:33m).