Polinômio pré-casal–casal incompleto–casal íntimo–casal parapsíquico. Pergunta. No polinômio “pré-casal–casal incompleto–casal íntimo–casal parapsíquico” poderia explicar o “casal parapsíquico”? Resposta (WV). Por exemplo, o “cara” morreu, continua ajudando a viúva e ela não se casou mais. É um casal parapsíquico ou não é? Vamos supor que ela dessoma: onde está um, está o outro, as duas consciexes juntas. É um casal parapsíquico ou não é? É isso que nós queremos falar. É a ligação que tem entre duas consciências, mexendo com o processo parapsíquico. (Tertúlia 0929; 1h:28m).
Polinômio mnemônico
compreender-adquirir-conservar-lembrar. Pergunta. No polinômio mnemônico
compreender-adquirir-conservar-lembrar, a minha dúvida está na conservação. Resposta (WV). Conservação
é retenção mnemônica. Porque hoje as pessoas pensam que têm muita memória e não
tem nada, o que está ajudando é o computador. Pergunta. A absorção do aprendizado que você
retém na sua memória, com o passar do tempo você vai perdendo. Resposta (WV). É bom
estudar o processo da neurociência: como é que é feita a retenção no cérebro.
Porque a pessoa vai ver mais detalhes da técnica de retenção. Pergunta. Mas eu queria
saber do senhor, técnicas para conservação do que você reteve. Resposta (WV). É falar
aquilo o mais possível, repetir, repetir oralmente, repetir por escrito,
repetir por leitura. O primeiro passo é ver as palavras-problema e depois
dessas, ver o resto. “Todo o mundo” tem palavras-problema. Pergunta. Na realidade, eu
tenho dificuldade com algumas palavras. Porque é que acontece isso, exatamente?
É um processo cerebral? Resposta
(WV). É um problema cerebral da gente e também a diversificação da vida
moderna que tem estímulos demais e desvia a cabeça do povo. Pergunta. Mas seria uma
falta de priorização da técnica de retenção? Resposta (WV). Tem isso também, mas o problema
todo é a diversificação de estímulos. Há muito excesso nesse processo e a
pessoa não se fixa no prioritário. Pergunta. Uma coisa que eu observei, dessas palavras-problema,
é que às vezes, associando-as com outras coisas, melhora. Resposta (WV). Melhora.
Isso é uma das técnicas da mnemotecnia. (...). “Todo o mudo” precisa de
registar, anotar. Hoje, o laptop já ajuda o processo da memória. Agora,
o que tem de memória falha por aí… eu acho que as pessoas, de um modo geral,
fora da CCCI, têm em média mais hipomnésia do que memória. É muita gente com
hipomnésia, que esquece tudo! Memória de todo o tipo: memória numeral, memória
nominativa, memória visual, pictográfica, fisionômica. (...). Eu às vezes falho
muito na memória, você sabe que quanto mais idade você tem, pior fica. (...).
Memória é uma coisa muito sensível. Tudo o que você faz influi na memória. É
como a projeção: tudo o que você faz aqui influi quando você sair do corpo ou quando
você estiver lá, na outra dimensão. Memória é mais ou menos a mesma coisa. E
lá, tudo começa com a memória, que é a rememoração – a memória extrafísica. Ter
duas memórias é a coisa mais difícil que tem: a daqui e a de lá. Então, a gente
tem que trabalhar, tem que trabalhar, muito. (...). Examina nas suas
palavras-problema, quais são as linhas de conhecimento de cada qual. Isso é o
mais importante porque às vezes, tem uma linha em que você é fraquinha. O pior
da história é quando a pessoa tem uma linha de conhecimento em que ela é fraca e,
no entanto, é a linha profissional dela. Aí, ela está “no buraco”, ela precisa
de trabalhar mais. (...). E existe a chamada paramnésia. A paramnésia é quando
você começa a relembrar uma coisa que não se encaixa em nada: não tem cenário,
não tem figurante, não tem galã, não tem personagem, não tem enredo, não há
lembrança remota nem recente sobre o assunto. Se você for falar com um
psiquiatra, ele vai logo taxar você: que você está com um processo bem alterado
de DSM-IV. Mas às vezes não é: é um processo de retrocognição. Isso pode ser um
reencontro secular. Então, nós temos que descartar a parte psicopatológica, ou
psiquiátrica, ou psicológica, desse assunto. Isso, só você que pode fazer. São
técnicas da mnemotécnica que a gente vai ter que estudar muito, por aqui. Eu
falo muito em memória, já tenho uma série de verbetes sobre o assunto, com o
processo mnemônico. Agora, nós temos que estudar é a holomnemônica: todo o tipo
de memória que envolva a consciência. (Tertúlia 0954; 0h:54m).
Polinômio
autopensenizações-leitura-anotações-debates. Pergunta. O polinômio
autopensenizações-leitura-anotações-debates é uma técnica de desenvolvimento
mentalsomático? Resposta
(WV). Esse polinômio é para mostrar a gradação das coisas e a interação
das ideias. O Arlindo interessou-se por ver o livro ((referência ao livro Cultura e Resistência de Edward W. Said, do qual Waldo Vieira lera
um trecho na tertúlia)). Ele teve autopensenização sobre o assunto do
Edward Said. Ele pediu para ver o livro e falou que o tem, mas ele não leu o
livro, senão ele saberia. Isso mostra que ele tem o livro mas não o leu. Ele
está no segundo termo (do polinômio). Ele teve a autopensenização e vai entrar
na leitura. Nessa leitura, é preciso fazer anotações. Depois, ele pode voltar
aqui para fazer o debate. Então, veja: o debate, aqui, para ele está invertido.
Eu não, eu estou certo: eu tive a autopensenização, li o livro, fiz as minhas
anotações – você pode ver que o livro está todo anotado –, trouxe o livro e
estou fazendo o debate. Eu estou seguindo o polinômio e ele não, ele está
“pegando o bonde andando”. Você entendeu o encadeamento, a reação em cadeia, a
corrente de ideias? O debate é muito
sério, no fim, para você clarear, ou ampliar, ou aprofundar aquilo que você
pesquisou. Pergunta. O
senhor disse que nada substitui o debate. É por causa do somatório de ideias do
ponto de vista diferente? Resposta
(WV). O debate é devido a ideias antagónicas que podem ainda não ter
sido manifestadas. Então, a pessoa vem no intuito, com a intenção, de perguntar
para ser esclarecido. Mas na maioria dos casos, quando ela pergunta, é porque já
há uma pequena divergência ideativa. E isso é muito importante. Nós temos que
ter pensamentos divergentes. Olha os outros polinômios dos verbetes para você
entender mais do assunto. É uma técnica, o polinômio. (Tertúlia 0958; 0h:21m).
Polinômio
singificado-significante-signo-significância. Pergunta (ASC). Em relação ao polinômio
singificado-significante-signo-significância, porque não
signo-significante-singificado-significância? Resposta (WV). Isso é com a Regina Camillo. Resposta (RCC). Dentro dessa
visão, o significante mais o significado forma um signo. Isso é indissociável e
está num crescendo. Eu sugiro uma outra palavra em vez de significância: a
significação. É uma sugestão. Seria todo o processo da relação entre a forma e
o conteúdo, que é o signo, que dentro de uma contextualização ela amplia o
significado. Então a significância ou a significação, ela é mais do que o
significado. Você entendeu? Resposta
(ASC). Não ((risos)). Resposta
(WV). Isso é semiótica. Resposta
(RCC). Isso é semiótica. A semiótica é a ciência que estuda a
significação. Então veja: se você pega o significante, que é a forma mais o
significado que é o conteúdo, significante e significado significam o que a
gente chama de confor. Essa relação indissociável que é o confor, é um signo.
Então, (o polinômio) está num crescendo: significante mais significado é o
signo, que é a síntese do confor. A síntese do confor, não é só um significado
ou conteúdo, ela expressa uma significação contextual que aí está sendo chamado
de significância. Neste sentido, o polinômio está num crescendo, está dentro de
uma lógica dentro da conformática ou da semiologia. Resposta (WV). Ela deu uma aula de semiótica.
Agora, eu vou dar a minha opinião para defender o meu texto. Porque é que eu
coloquei a palavra significância? Porque às vezes a gente está perdendo tempo
com isso, está usando a semiótica num assunto que não vale toda essa temática.
Então, eu quero que ele tenha uma significância, porque ele pode ser totalmente insignificante. A
intenção é essa. Está perfeito, tudo o que você falou. Resposta (RCC). Foi feita uma pergunta técnica.
Então, dentro da pergunta técnica da semiótica, eu estou mostrando que o
crescendo chega à significação. Nesse caso, da forma como está sendo
explicitado, tem uma lógica, deu um salto. Dentro da génese da ciência, seria a
significação. Resposta (WV).
É um salto quântico da ideia. Tudo é um processo de quantidade. (Tertúlia 0960; 1h:47m).