Verpon. Verdade
relativa de ponta (verpon) é meiocerto porque não existe verdade aqui que seja
absoluta. Tudo é ambíguo. O próprio Einstein falou da teoria da relatividade
geral. Absoluto é 100%; relativo é percentual. (Tertúlia 0905; 1h:12m). Se existe relatividade na
questão que é certa, existe muito mais relatividade na coisa que é errada.
Depende da ignorância do interlocutor e do propositor. (Tertúlia 0912; 1h:12m).
Meiocerto e
meioerrado. Uma boa parte da criatividade das ideias novas tem que começar
pelo meiocerto. Você pega aquilo que é certo para você e começa a forçar a
barra. Aí você vai achar o meiocerto. Uma pequena alteração já criou uma ideia
nova. Se você começou errado e acertar alguma coisa depois, vai dar no
meiocerto. Se você começou certo e errar alguma coisa depois, vai dar no
meioerrado. (Tertúlia
0905; 0h:44m).
Diminuir a
importância do meiocerto. Às vezes nós captamos uma ideia e a colocamos em
funcionamento. Mas esquecemos um viés, uma vertente, um ângulo que não foi
pensado. Temos que diminuir a importância de muita coisa que é meiocerto. Uma
delas é o politicamente correto. Tem besteira no politicamente correto. Tem
besteira na ecologia. Todos os assuntos humanos tem tolices, excessos,
bobagens, más interpretações - tudo isso entra no meiocerto. A Enciclopédia da
Conscienciologia tem ambiguidades (meiocerto), é inevitável. Para vocês que
estão escrevendo livros é muito importante conhecer o processo do meiocerto.
Não há livro que se escreva que não tenha críticas. Quando você escrever um
texto tem que se posicionar: minha filosofia, minha estilística, meu
posicionamento, são estes. (Tertúlia
0905; 0h:10m).
Evitação da condição
do meiocerto. A evitação da condição do meiocerto permite à conscin lúcida
depurar o autodiscernimento porque acaba com a ambiguidade. A conscin lúcida
vai depurar o autodiscernimento, a retilinearidade autopensênica, porque fica
mais próxima da realidade daquele momento evolutivo, e ao mesmo tempo ela vai
afastar malentendidos na comunicação. (Tertúlia 0905; 1h:00m).
Como lidar com a dúvida.
Pergunta.
Em um curso que fiz no CEAEC foi dito que a tendência nossa é muitas
vezes descartar a informação quando há dúvida e que o certo seria anotar a
informação mesmo que essa não seja ainda compreendida e aprendermos a conviver
com a dúvida porque o entendimento virá com o tempo. Poderia fazer uma relação
entre essa ideia da dúvida e o meiocerto? Resposta (WV). Não há dúvida
que é isso. Quando eu olho para uma pessoa e a conheço, não tenho dúvida de
quem é que vi, posso dizer que a vi aquela pessoa. Mas se eu vi passar uma
pessoa que me pareceu alguém conhecido mas não tenho certeza, não digo nada. Se
me interessa, eu anoto: “em tal dia a tal hora e local vi passar alguém que me
pareceu uma determinada pessoa”. Guardo para ver o que vai acontecer amanhã e
fico calado. Na dúvida, não falei nada para ninguém, estou estudando, fazendo
uma pesquisa. Na dúvida, você pesquisa. Isso é que eu chamo de abstenção. Você
só deve falar as coisas quando você tem vivência, tem uma certa certeza. E toda
a certeza é relativa também. Mas, é preferível você ter uma certeza relativa do
que ficar na dúvida. Substitua as suas dúvidas por uma certeza relativa. Já é
uma grande coisa: anotar e pesquisar. (Tertúlia 0905; 1h:19m).