Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Intermissão *


Demora na intermissão. Quando a pessoa já está entrosada no trabalho e muito lúcida, ela demora de 12 a 15 anos para ressomar. Mas ela tem problema. É o caso do meu (WV) irmão. É o caso do meu pai. Há quem demore 30 anos para ressomar, é o caso de minha mãe que mudou o patamar, tem outra coisa para ser feita, aí fica 30 anos. Muitos de vocês chegaram lá e foram classificados dentro das aulas do curso intermissivo. Mas com o decorrer do tempo vocês mudaram. Mudou a situação, vocês ficaram mais promissores e ficaram mais um pouco para trabalhar. A maioria dos que estão aqui comigo há 5, 6, 7 anos, todos os dias e estão muito entrosados, os habitués, todos vocês passaram por lá ((referência ao Pombal)). Uma minoria de vocês ficaram os 30 anos na intermisissão como a minha mãe. A maioria de vocês tiveram uma média de 10-15 anos mas devem passar para a turma da minha mãe ((referência a 30 anos na intermissão)) para ter o CMP – Ciclo Multiexistencial Pessoal – da actividade. Vocês todos estão nesse nível. (Tertúlia 0888; 0h:013m).

Consciexes comatosas. O tempo na intermissão pode ser prolongado para uma consciex comatosa. Ela pode ficar por lá mas isso é uma hibernação, não resolve nada, piora, há um regressismo na consciência. A coisa mais difícil que tem é prolongar com produtividade e lúcidez. Eu (WV) demorei vidas e vidas até chegar a esse ponto, para “carregar mala”. Não estava lá como conferencista. (Tertúlia 0888; 1h:42m).

Completismo intermissivo / Incompletismo intermissivo. Na intermissão também existe completismo e incompletismo, quanto ao "trabalho" que tem que ser feito. Aqueles que completam a programação intermissiva são completistas e ressomam. Aqueles que não completam ficam lá. Pode ser que tenham tido contacto com gente e ideias do passado e tenham feito uma retrogradação. Nos próximos milénios vamos dar mais atenção ao tempo da intermissão e ao tempo da vida humana. A intermissão não é fantasia: já faz parte da nossa vida. (Tertúlia 0891; 0h:14m).

Vínculos intermissivos. Os vínculos intermissivos que ocorrem devido à contemporaneidade extrafísica identificam-se no intrafísico pela dupla evolutiva, a mãe e o pai. O pai e a mãe ressomam antes, por isso não é com eles que vamos ter afinidade no extrafísico na pré-ressomática - a parte final da intermissão. Fica a dupla evolutiva por algum tempo, sendo que por norma o homem ressoma primeiro do que a mulher. Tios, irmãos, amas e outras pessoas muito próximas são provavelmente os nossos vínculos intermissivos. (Tertúlia 0891; 0h:22m). O amparador que fica lá no extrafísico a acompanhar a pessoa ou o grupo, quase sempre é um amigo de muito tempo. (Tertúlia 0891; 0h:53m).

Preparação para a próxima ressoma. Depois da segunda dessoma, você vai querer listar tudo na sua cabeça, o que você não recuperou aqui ((referência à presente vida intrafísica)). E você vai trabalhar aquilo naquele período intermissivo para no próximo corpo você “entrar naquilo”. Às vezes é um processo de uma noção maior de certas coisas, às vezes é um atributo a que você não deu tanto valor como associação de ideias. Lá, a pessoa vai ver que se tivesse feito associação de ideias teria avançado mais, desenvolvido mais o parapsiquismo (e pergunta-se porque não fez isso). Estou (VW) dando um exemplo, (os atributos são muitos). Pergunta. A gente não tem como vislumbrar isso antes de chegar àquela situação? Resposta (WV). É isso que eu estou falando. Você usa a associação de ideias para desenvolver o seu autoparapsiquismo? Eu falo para o povo usar laptop, registrar tudo, olhar as sensações, fazer comparação, guardar e de seis em seis meses ou de ano em ano fazer um balanço. (Tertúlia 0928; 1h:18m). Pergunta (ASC). O senhor colocou a questão de, lá no intermissivo, você pensar que poderia ter feito melhor. De certa forma, o parapsiquismo é uma dica importante? Resposta (WV). É, mas o problema não é esse não. Lá, Adélio, tem uns macetes – mas não é preciso falar muito para vocês não, vocês vão ver isso depois. Mas um deles sério, é o seguinte. Vocês estão fazendo assistência, aí vem aquelas consciências mais evoluídas do que você e incorporam você com um elemento dentro daquele grupo para fazer assistência. Aí, vão a uma comunidade daquelas arrasa-quarteirão de evolução. À hora que você chega lá, tem aquele serviço para você fazer porque você está levando outros que você está tratando, etc. Lá dentro daquilo, às vezes – do jeito que faziam comigo quando eu saía do corpo – eles te dão aquele período das chamadas “horas vagas”. Você tem por exemplo uma excursão turística (e tem um tempo livre em que pode fazer o que quiser, com o ir à biblioteca ou à livraria). Nessa hora eu ia lá para auferir, aurir, tirar vantagem, daquele ambiente em que eu estava, para ver o balanço de tudo o que eu estava fazendo. Tudo visando a minha pessoa, dentro das coordenações todas. Então eu checava tudo o que havia. Com isso, “meu chapa”, você leva o “negócio” todo certinho, não deixa rastro nenhum para trás. É uma vantagem enorme. Vocês não pensem que eu aprendi isso assim por parainstinto, não. É porque tinha outros comigo. Cada um faz o seu recolhimento íntimo dentro de um nível mais avançado. Por exemplo, vamos supor que venha a Monja aqui, pega um de vocês, leva-o para um determinado lugar para ficar meia hora com ela. Que é que você vai fazer naquela meia hora? Você vai dormir porque está se sentindo bem? Isso é burrice. Nessa hora você vai fazer a reflexão mais específica, especializada, de gabarito mais avançado, para fazer o balanço das coisas que você tem. Eu falei isso para vocês mas acho que não devem preocupar-se com isso porque isso vai acontecer com vocês. Mas agora vamos extrapolar isso e colocar na vida, aqui. A pessoa vem aqui ao CEAEC e fica aí no Village para passar 5 dias. Eu falo assim:-”Que é que você já fez de balanço da sua vida? Você veio para cá para fazer um balanço. Faz de conta que aqui é a casa do Evoluciólogo”. Isso eu falo desde 95-96. Extrapole isso que a gente faz lá, para aqui. Faz um balanço. Foi por isso que nós começamos a fazer os cursos de Imersão. O que é o laboratório? O laboratório nada mais é do que esse microuniverso – é esse universo só que em micro – ele é pequeno mas é o mesmo universo. É o ambiente adequado para você ter a inspiração, você ter reflexões mais amplas, que extrapolam a mediocridade do seu dia-a-dia, que ultrapassam aquele processo médio do modo de pensenizar. Aquele ambiente predispõe a essa melhoria. Isso não tem lógica para vocês? Tem para você, Adélio? (Tertúlia 0928; 1h:28m).

Período intermissivo. Pergunta. Em tertúlia recente o senhor falou que no período intermissivo alguns se prepararam 12 anos e outros 15 anos ou mais. Esses 12 anos ou mais são de curso intermissivo propriamente dito? Ou esse período é de tempo extrafísico total da dessoma até à nossa ressoma? Resposta (WV). Isso aí varia de consciência para consciência. (...) Quando a pessoa tem alguma coisa que ela fez na vida anterior e que tem atenuantes, que está mais suave, a tendência é ela ser assistida, mesmo sem curso intermissivo, e ela às vezes demora de 12 a 15 anos para ressomar. É uma ressoma quase imediata, de emergência, de assistência, no caso, de trabalho de recurso emergencial, pronto-socorro e pode ter tido curso intermissivo ou não. Quando ela passou lá de 25 a 30 anos com lucidez, é porque ela está fazendo uma reciclagem “braba”. Ela não só fez o curso intermissivo como já tem uma tarefa para cumprir dentro da proéxis dela, uma coisa mais séria, dentro daquele Ciclo Multiexistencial Pessoal – o CMP da atividade do grupo – ela já tem uma predisposição enorme de ser uma minipeça dentro do maximecanismo assistencial. Uma pessoa pode passar lá 100 anos e estar na baratrosfera, pode passar 100 anos e estar trabalhando com lucidez relativa, pode passar 10, 20, 30, 50 anos e ter alcançado no fim o curso intermissivo dela. Isso varia ao infinito. Não adianta querer generalizar ou especificar. Numa família de 17 membros tem consréu e pode ter até serenão, evoluciólogo e desperto. Cada caso tem de ser estudado de per si. (Tertúlia 0931; 0h:11m).

Qualidade da intermissão. A duração do período intermissivo é secundária. Interessa é a qualidade disso. Uma intermissão de 5 anos pode ser superior a outra de 500 anos. Se a pessoa está lá 500 anos como um vegetal, não adianta nada. Se está 5 anos super lúcida a fazer uma porção de coisas, vale muito mais. O processo é de lucidez. É a mesma coisa aqui na Terra. Não adianta nada a pessoa ter 100 anos se nos últimos 30 está com Alzheimer. (Tertúlia 0934; 0h:48m).

Duração da intermissão. Pergunta. Em linhas gerais, a (duração) de 50 anos da nossa intermissão foi por falta de preparação para a ressoma, foi perda de tempo, ou a gente aproveitou para fazer alguma coisa assistencial? Resposta (WV). Quase sempre a pessoa estava se preparando mais porque tinha muito enguiço, tensão, coisa difícil, entropia, conflitos que precisavam ser resolvidos. Você fica atendendo um, outro…  porque quando você viu a extensão da coisa… Tudo o que vocês lembrarem de vidas anteriores vai ter que ser resolvido. Então, não podem ter muitas retrocognições senão desesperam ((rindo)). Há muita coisa para ser feita. E não adianta fugir. E essas coisas não sãogratuitas, não são fáceis, elas têm um preço. Tem gente aqui que fez o curso intermissivo de um ano, outros fizeram de 50 anos – até ela chegar a entender tudo, era um senhor problema. Eu conheço gente que foi fazer curso superior aos 58 anos. Passou mais de 40 querendo fazer curso e não fez. Extrafisicamente isso também acontece, devido ao povo, a turma que está atrás, a farândola, a tropa que foi deixada para trás. (Tertúlia 0934; 0h:49m). Você era lá um cavalo chucro, selvagem. Eles te laçaram, te pegaram. Às vezes não dava para levar para o Pombal. Então levavam para o sub Pombal. Dali, para um segundo e para um terceiro (lugar). Lá pelas tantas, passada uma temporada, você vai para um outro (lugar). Aí, você já está mais convicta, mais correta, mais lógica, mais racional, mais tranquila para entender as coisas, até chegar naquele ponto em que você começa a preparar a vida que vai ter. Tem que esperar alguém que vai, o outro que vem, ver como é que vai ser, as hipóteses, as possibilidades. Aí, eles vão encaixar-te nos grupos, grupelhos, grupúsculos e grupinhos da evolução – grupos da grupocarmalidade. Vão ver onde é que a pessoa encaixa. Vocês demoram: uns 5, outros 10, outros 20 e outros 50 anos. No fim, eles conseguiram encaixar tudo num curral para aparecer num curralão grande, que é o nosso actual. (Tertúlia 0934; 0h:51m). Pergunta. Aí é que a pessoa vai para o curso intermissivo? Resposta (WV). Não, ela está no curso intermissivo. O curso intermissivo é teórico e é prático, ele tem que ser vivenciado. Por exemplo, eu posso falar que o meu curso intermissivo começou no ano 1100. Quando eu dessomei cerca de 1683, na segunda dessoma, eu já tinha noção bem avançada disso. (Tertúlia 0934; 0h:53m). Pergunta. Como ter maior lucidez? Como recuperar cons? (O senhor mencionou que a farândola ficou na baratrosfera quando nós saímos de lá mais lúcidos). Mesmo assim voltamos para lá para fazer os acertos? Resposta (WV). Mas é lógico! Se prepare! Ninguém fica livre de ninguém, não. Ninguém perde ninguém. Você é a pessoa mais preparada para ajudar esses que ficaram lá. Eu tenho os meus e já são muitos. Cada um de nós já tem a nossa freguesia, a nossa clientela, o nosso círculo de relações evolutivas que não podemos jogar fora. (Temos que) enfrentar, fazer o confronto, encarar, às vezes com impacto frontal. (Tertúlia 0934; 1h:02m).

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