Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Grafopensenidade

 

Follow up. Podemos dividir as pessoas, segundo a Conscienciologia, em dois tipos, duas características: as que têm follow up, cujo grafopensene continua, que acompanha o leitor, e as que não têm. O escritor acompanha os leitores para sempre. Muita gente pensa que o leitor acompanha o escritor, mas não é. A ideia do escritor é que acompanha o leitor. Estamos tentando criar aqui um conjunto de autores com follow up positivo. (Tertúlia 0810 - 1/12; 0h:07m).

Grafopensenidade para autorrevezamento. Para você deixar uma semente melhor para a próxima vida, para fazer um autorevezamento, não há coisa melhor do que um livro. As instituições derrubam-se, mudam, mas o livro, o original, permanece. A sua ideia está ali, a sua assinatura pensênica está lá firme. É difícil ultrapassar a grafopensenidade em matéria de deixar uma semente como autorrevezamento para a próxima vida. (Tertúlia 0857 - 5/11; 0h:06m).

Toda a ideia é um ovo indez. Toda a palavra, toda a ideia, é um ovo indez. Toda a palavra, toda a expressão, toda a ideia, todo o constructo é ovo indez. Não vale nada você pensar que sabe uma neoverpon porque tem muitas outras neoverpons na frente. Isso é consciência gráfica. (Tertúlia 0909; 0h:59m).

Recensão crítica. A recensão crítica é fazer uma análise do jeito que tem no curso Heterocrítica de Obra Útil. É uma resenha crítica. Isso não tem preço, isso é inavaliável. Uma heterocrítica para um autor qualquer, é o máximo. Muita gente cresce com isso. Olha o Cury ((referência a Augusto Jorge Cury [1958-])). Mas mesmo assim ele não aprendeu, que ele ficou doido com dinheiro, está fazendo livro adoidado só para ganhar dinheiro, está errado. Isso aí a gente não explicou para ele, não. Não estou falando que “ensinou” - a gente não se “referiu” a essas coisas que ele está fazendo. (Tertúlia 0922; 0h:43m).

Simplificação dos originais excessivos. Pergunta. Para mim não é claro “a simplificação dos originais excessivos”. Resposta (WV). Responda, Mabel. Resposta (MIT). É retirar o excesso de palavras para ficar com a síntese da ideia principal do texto. O excessivo banaliza porque fica um monte de coisas e não fica nada. Resposta (WV). Pois é, é isso que eu estou dizendo. Tem que simplificar cortando “as gorduras”, as extravagâncias, os excessos. (Tertúlia 0923; 0h:29m).

Ação de levar tudo para os originais finais. Pergunta. Não entendi “a ação de levar tudo para os originais finais”. Resposta (WV). O ideal é ver qual é o objetivo daquilo que você está criando, do seu trabalho. Não pode fugir disso. Mas também não pode construir o oitavo andar de um prédio (logo após o segundo andar), tem de preencher a lacuna. Isso também se aplica à questão da ação de levar tudo para os originais finais. Então eu digo: «a simplificação dos originais excessivos; a ação de levar tudo para os originais finais». (Vieira, verbete Pendência). Às vezes está faltando o mecanismo, o arcabouço, a estrutura intermediária para chegar no fim. Você sempre tem conclusões iniciais, depois tem a do meio e prossegue até chegar a uma conclusão que nunca é final mas é uma conclusão para encerrar a pesquisa. (Tertúlia 0923; 1h:39m).

Como ter uma ideia original. Pergunta. O que é que vai ajudar mais a pessoa que quer ter uma ideia original na escrita: o estudo, a leitura, a reflexão, o recolhimento, a associação de ideias…? Resposta (WV). Tudo isso que você falou. Mas a coisa mais séria é ela pegar no universo das ideias (sobre as quais) ela quer escrever e ficar com o filet mignon desse universo: (saber) quem é o “papa” dentro daquela área e quais são as ideias mais novas que saíram a respeito. Ler tudo, anotar tudo e tem uma visão própria, pessoal, do assunto. O ideal é ver tudo o que existe sobre o assunto, ter a cosmovisão do assunto. (Tertúlia 0961; 0h:57m).

Tesauro. Pergunta. Ontem eu perguntei, de uma família de sinônimos, como é que se escolhe aquele que é o principal, o mais abrangente. Resposta (WV). Eu falei. O que é que você não entendeu? Pergunta. Eu não entendi a técnica. Resposta (WV). É aquele que alcança a cosmovisão do assunto de uma maneira nítida e mais correta. Correção, nitidez e abrangência. Se você conseguir uma coisa dessas, ninguém vai reclamar. Pergunta. Por exemplo: servilismo, puxa-saquismo e capachismo. Resposta (WV). Desses três, você quer que eu diga qual é o maior? Servilismo. Pergunta. Mas, como é que você vai saber qual é o maior? Resposta (WV). Eu vou te dar uma dica: isso que você está querendo é o tesauro. Nós temos o tesauro da Projeciologia. Eu tenho o meu tesauro da Conscienciologia, que eu estou colocando na Enciclopédia. Tesauro é um dicionário com todas as palavras sinonímicas sobre cada assunto. Mas você vai ressaltar, enfatizar, só aquela palavra que deve ser usada, as outras você tem que esquecer. Você está querendo entender é o tesauro. Faça o seu. Tesauro é a coisa mais difícil que tem. Os melhores tesauros que tem por aí (são na) língua inglesa – eles têm tesauros que vale a pena. No Brasil, os tesauros são fracos. Há muita briga ainda entre Brasil e Portugal sobre idioma, então, isso cria problema (para) o tesauro. Eu tenho tesauros. Por exemplo: vidas sucessivas, reencarnação, palingenesia, seriéxis. Destes, o melhor é seriéxis. É este que a gente deve usar e esquecer o resto. Só falar nos outros quando falar na arcaismologia, o arcaísmo. Entende? Então, você tem que estudar é o tesauro. O tesauro é aquilo do momento, aquilo que se estuda no momento, na contemporaneidade, aquilo do dia que passa, o momentoso – esse é que interessa. (Tertúlia 0962; 0h:47m). Pergunta. No caso da política nosográfica, regressiva, o que é que é melhor? É pegar aquele traço que aparece mais entre todos os políticos, é isso? Resposta (WV). É, e chamar a atenção para o assunto. No Brasil, por exemplo, qual é a patologia que aparece mais? É a corrupção. Todo o mundo sabe. Isso é o tesauro. O problema todo é identificar o nó górdio, o locus, o mega-locus – esse é que é importante. Se você identificou, o resto – a taxologia e a classificação – isso é outra coisa. O "negócio" é saber o factual, aquele do dedão ((apontando o dedo)), aquilo em que você vai pôr o indicador em cima – isso é que interessa. (Tertúlia 0962; 0h:50m).


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