Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Detalhismo: Binomiologia

 

Binómio admiração-discordância. O binómio admiração-discordância é a capacidade de uma pessoa admirar outra por determinada(s) característica(s) e simultaneamente discordar de outra(s) característica(s) do mesmo indivíduo. (Tertúlia 0910; 1h:16m).

Binômio dessoma pessoal-fim da ofiex. Pergunta. Como ficam os assistidos com a dessoma do ofiexista? Vão para outra ofiex? Resposta (WV). Não. Não tem ninguém na ofiex. Eu às vezes não tenho ninguém na ofiex durante dias e há dias em que tenho 200 consciexes. Pergunta. Extrafisicamente tem algum tipo de oficina de assistência? Resposta (WV). Lógico. O Interlúdio é tudo isso. As comunexes intermediárias, de assistência, socorristas, são para assistir. O caso de ofiex é uma coisa muita séria porque é para uma pessoa e aquilo está adstrito a ela. Geralmente isso ocorre com quem já teve muito contacto com muita gente. Por isso é importante ter contacto com muita gente, ampliar o círculo de relações concienciais. Estou falando de relacionamento social e para social. Grupalidade. Quanto mais relacionamento vocês tenham, mais conhecidos vocês sejam em matéria assistencial, mais predispostos estão a ter uma ofiex porque são hostess, anfitriões, receptivos, acolhedores, cuidadores. (Tertúlia 0913; 0h:17m).

Binômio autodisciplina–bom humor. Pergunta. Eu gostaria de entender melhor o binómio autodisciplina-bom humor. Resposta (WV). Autodisciplina é a pessoa acertar a vida, se organizar melhor. Hábitos sadios e rotinas úteis. Mas às vezes a pessoa fica de mau humor quando começa a fazer isso porque ela está se policiando, criticando, fiscalizando. O “negócio” é ter as pendências a resolver em andamento, se organizar, e ao mesmo tempo ter bom humor. Ela tem que construir alguma coisa. Uma primeira construção às vezes já dá um certo “sangue novo”, um impulso, mas ainda não é tudo. Quando ela já conquistou três coisas novas ela vai sentir mais autoconfiança, mais automotivação e ela aí vai ficar “senhora do pedaço” na situação. Mas no início, quando a pessoa começa, ela fica olhando tudo o que tem que fazer e acaba o bom humor, sim. Por exemplo, se for deixar de fumar, três vezes ela fracassa e na quarta vai dar certo. (...) Se a pessoa, por exemplo, tem quatro coisas básicas, sérias (para mudar) é importante ela (começar por) aquela que tem interrelação com as restantes para dar mais força, mais motivação, mais sinergia. Quais são as pendências mais sérias? Reduzir ao mínimo, para três ou quatro. Dessas, qual seria a primeira? Tudo tem que ser calculado para se organizar melhor. (Tertúlia 0923; 0h:52m).

Binômio Cerebelologia-Cerebrologia. Pergunta. Porque é que “Cerebelologia-Cerebrologia” é um binómio e não um antagonismo? Resposta (WV). É um binómio porque a gente tem que viver com os dois. Quem faz um contra o outro, é o doente. Pergunta. Mas o excesso de uso de um não impede o uso do outro? Resposta (WV). Você tem que usar todos os recursos do seu corpo em alto nível, de uma maneira lógica, funcional e que seja útil, fértil, produtivo, prolífico. Na hora que uma pessoa fica adstrita a uma escravidão do cerebelo e ela fica com vigorexia ((referência à doença psicológica Transtorno Dismórfico Muscular caracterizado pela busca do corpo perfeito)), ela está perdendo tempo e o cérebro está indo embora. Hoje, um amigo meu falou para mim: - “Eu já trabalhei demais com a informática, agora eu quero ser mais intelectual, vou começar a aparecer no Holociclo…” Ele está fazendo a gravitação do cerebelo para o cérebro. Você quer coisa mais de operário do que a maioria das coisas de informática? Eu sou um “cara” da informática, (nesse sentido) eu sou um operário mas eu estou criando coisas naquilo que eu faço com a informática. Eles não, a maioria está trabalhando para manter os aparelhos funcionando, os programas funcionando e os arquivos arrumados – eles são operários – mas este serviço de operário é a base para o intelectual funcionar. (Tertúlia 0924; 0h:31m).

Binômio autonomia-igualitarismo. Pergunta. O senhor poderia esclarecer mais o binômio autonomia-igualitarismo? Resposta (WV). Igualitarismo é uma doutrina da igualdade. O igualitarismo inspirou a Revolução Francesa – Égalité. A pessoa é autônoma mas ao mesmo tempo não passa da raia, da fronteira, do limite dos direitos das outras consciências. Ela conserva, mantém, respeita, o nível das outras pessoas. Ela é autônoma dentro da sua raia e pára com a autonomia dela para que todo o mundo seja igual. Uma das coisas mais sérias que tem no igualitarismo é a hora em que o de cima ajuda o de baixo. A pessoa desce em vez de exigir que (a outra pessoa) suba. Você está por cima – vai lá e vem com ela. Esse é que é o igualitarismo mais sério – o igualitarismo que primeiro vai para trás para depois voltar ao mesmo nível em que estava. Quem pode mais pode menos. Quem ajuda mais as outras pessoas é o menos doente que ajuda o mais doente, o “um pouquinho” mais evoluído que ajuda o menos evoluído. A evolução é baseada nisso. (Tertúlia 0931; 1h:07m).

Binômio paradireito-paradever. Quando a pessoa aplica um direito que ela tem, ela tem que lembrar que aquilo tem limites, que aquilo vai bater também na raia dos direitos das outras pessoas. Vem então o paradever que, conforme o caso, é uma paraobrigação. A pessoa tem que ter lucidez dessa obrigação – condição mais difícil de ser alcançada pelas pessoas de modo geral. A gente já pode cobrar isso da conscin lúcida – vocês, por causa do curso intermissivo. O Tansmentor já pode fazer uma pequena cobrança nesse sentido porque vocês já têm essa lucidez – se não aplicam é porque estão com a teoria mas não querem ter a vivência. É preciso firmar a jurisprudência da vivência. (Tertúlia 0931; 1h:09m).

Binômio matriz cultural–materpensene pessoal. Pergunta. Eu queria que o senhor aprofundasse o binômio matriz cultural–materpensene pessoal. Resposta (WV). Uma pessoa pode chegar aqui e não se dar bem com o que ela acha. Então, o materpensene dela é outro e a pessoa sofre a síndrome do estrangeiro. O ideal é quando o materpensene é superior à matriz cultural do holopensene de onde a pessoa nasceu. Olha o meu caso: eu saí da minha terra aos 12 anos e nunca mais voltei. Alguma coisa estava procurando diferente daquilo que eu encontrava lá. Eu não tenho nada para reclamar. Eu acho que até que a minha infância foi muito boa, com todas as tragédias, loucuras, as minhas doenças e o meu nascimento (problemático). Eu não reclamo nada disso mas o meu materpensene é bem diferente disso. Uma das vezes em que eu fui à minha terra para ver o povo, eu encontrei gente da mesma idade que eu que estavam do mesmo jeito. O gap entre eu e aquela pessoa que era meu amigo, era uma coisa absurda. Dá pena. Ficam na base da nostomania, da nostalgia, cultivando a saudade. Ali, a gente começa a conversar e tudo quanto é gente que já morreu vem para perto. Tudo isso eu vi. Pergunta. A gente pode dizer que a forma holopensênica alimenta essa matriz cultural? Resposta (WV). A forma já é um local que está ali, é uma egrégora, ela está firme ali, é um holopensene que está funcionando. Só de nós termos saído da Europa, já é um ganho evolutivo. Você já se libertou de um nível de conservantismo, de conservadorismo ou de tradicionalismo imenso. Pergunta. É uma espécie de recéxis, nesse caso? Resposta (WV). Indirectamente é. Pergunta. E você mudar essa matriz cultural para melhor, seria uma recin? Resposta (WV). É. Mas hoje em dia tem uma coisa muito boa, mas o povo ainda não está sabendo mexer com isso bem: a comunicação física. É o transporte, as viagens, os veículos, a possibilidade de comunicação física. Isso melhora a matriz cultural, melhora o entendimento universalista das coisas. A pessoa precisa de ser lida mas é bom que ela seja também viajada, quando for possível. Hoje isso está mais fácil, mais acessível, mais viável. Isso é importante. (Tertúlia 0937; 1h:29m).

Binômio má consciência–heteroimagem má. Pergunta. Eu queria entender o binômio má consciência–heteroimagem má. Resposta (WV). A pessoa tem uma má consciência, mas ela não mostra as coisas.  Mas o povo vê pela etologia dela, pelo comportamento dela, pela energia, pela força presencial, pelo jeito que ela funciona, que a imagem não é boa. Conclusão: se uma pessoa tiver a consciência muito carregada com o processo do drama de consciência, mesmo que ela tente esconder, aquilo vem à tona, vem à superfície, aquilo aflora na vida do dia-a-dia dela.  A pessoa que é irascível, que é de mau humor o tempo todo, (muito por causa) disso. Há uns casos engraçados. Existem aqueles nazistas que mudaram de nome, de personalidade, que saíram da Alemanha e foram para a Argentina e alguns deles “viraram” santos. Mas tem “cara” que mesmo mudando o nome não deixou de ser irrascível, nervoso, mal-humorado. Esses, às vezes se revelaram logo. (Tertúlia 0941; 1h:33m).

Binômio evolutivo comunitarismo-cosmopolitismo. Pergunta. Você poderia explicar o binômio evolutivo comunitarismo-cosmopolitismo? Resposta (WV). Comunitarismo diz respeito a uma comunidade, a um local restrito e acanhado. A cosmovisiologia diz respeito ao total maior.Uma coisa é a parte, outra coisa é o todo. Aqui, é o problema da evolução da parte em relação com o todo – a comunidade e o cosmopolitismo. Cosmopolita é aquela pessoa que é internacional; comunitária é aquela pessoa que é interiorana, provinciana e interiorota. (Tertúlia 0958; 1h:33m).

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