Psicografia. Pergunta. Poderia
explicar tecnicamente a parafisiologia do processo de psicografia? Resposta (WV). O paracérebro da conscin, da
pessoa, faz contacto com o paracérebro de uma consciência extrafísica. A ideia
é transmitida da consciex para a conscin. A conscin então recebe toda aquela
influência da consciência (extrafísica) e todo o mecanismo da escrita começa a
ser dominado pela consciex. Quanto mais riqueza tenham os dicionários cerebrais
da conscin, do sensitivo, melhor para a transmissão psicográfica. Isso é feito
através da ideia. Tem que ter sempre dois paracérebros, um nesta dimensão e o
outro na outra. No fundo, é um processo básico de telepatia. (Tertúlia 0805;
0h:12m). Pergunta. O fenômeno (psicografia)
é o mesmo que canalização ou channeling?
Resposta (WV). Não. É um outro fenômeno.
Canalização ou channeling é
incorporação, é psicofonia, é aquela consciex que vem e que fala através do
outro. É o “cavalo” da umbanda, a “mula” dos terreiros, o sensitivo do vodu, é
a pessoa que fica incorporada. Até um certo ponto, é uma semipossessão. É um
fenômeno totalmente diferente (de psicografia). (Tertúlia 0805; 0h:14m). Pergunta. Poderia nos falar da sua experiência de
psicografar 17 livros? Resposta (WV). Eu não
psicografei 17 livros. Foram 26. Dezassete livros, eu recebi junto com o Chico
Xavier. Só do meu lado, tem 4 milhões de livros vendidos em favor das obras de
assistência social. (Tertúlia 0805; 0h:14m:30s). Pergunta.
Você usava alguma técnica própria? Resposta
(WV). Com o tempo, é o medium, o sensitivo, o psicófgrafo que vai
melhorando a técnica que se chama passiva-activa. Quanto mais lucidez a pessoa
tem, melhor para ela. Tem gente que acha que quanto mais seja vedada aquela
consciência melhor, como um escravo. Não é. O ideal, em qualquer processo de
transmissão de ideia de uma consciência para a outra, é ter o máximo de
lucidez. Dentro da psicografia, a pessoa pode ter desde a consciência absoluta,
uma lucidez total, até uma inconsciência profunda, com perda da memória,
hipomnésia temporária. Uma das técnicas que eu usava era a pangrafia. (Tertúlia 0805; 0h:15m).
Afinidade de Balzac com personagens, ambiente e
psicógrafo. Pergunta. Você acha que ele ((referência a Balzac)) teve contacto na vida dele
com os personagens? Resposta (W). Alguma
coisa ele teve. Outra coisa, ele fora do corpo, contactou isso tudo. Já pensou,
antes de escrever o livro, que é que ele não pode ter feito? Tem uma ideia ou
não? Por exemplo, aquela psicoteca. Quem foi lá, em primeiro lugar, adivinha
quem? Ele, lógico. Você não acha que ele foi lá examinar o ambiente? Aquilo é instantânio
((Waldo estala os dedos para representar a instantaniedade do processo)), ele
tem tudo à mão e vê tudo. O processo de arquivologia que eles têm
extrafisicamente, o balanço da história, é imenso. É muito melhor que os nossos
aqui. Eu aqui, para qualquer pesquisa tinha que viajar, participar da
instituição, comprar livro, fazer entrevista com o fulano de tal.
Extrafisicamente está tudo aí. É outra condição. Agora, em tese, se há uma
afinidade entre os co-autores, os parceiros, melhora o trabalho da psicografia
com a empatia. Para chegar a isso é difícil. Outra coisa muito séria: o Balzac
é homem e eu também. O ideal é que uma parceria dessas seja realizada entre
sexos diferentes porque eles contrabalançam. É a afinidade dos contrários. Tem
que haver a afinidade dos contrários. Entre esta dimensão e a dimensão
extrafísica, já é um contrário. Há um contrário enorme entre ressoma e dessoma.
(Tertúlia 0906; 1h:22m).
Psicografia
criptografada. Pergunta. Eu tenho a
sensação de que o livro Cristo Espera por Ti é todo criptografado, como você já
comentou. Resposta (W). Ele é só
criptografado, o tempo todo. O Emmanuel falou isso para o Chico: «o livro é
todo embutido». Embutido, foi a palavra que ele usou. (Tertúlia 0906; 1h:27m).
Psicografia Cristo
Espera Por Ti. Pergunta. Quando deram essa ideia para você ... ((referência à psicografia Cristo Espera Por Ti ditado pela consciex Balzac a Waldo Vieira)).
Resposta (W). Isso já vinha de há muito
tempo. Tinha um monte de possibilidades iguais a essa. Eu poderia ter escrito
um monte de coisas. Quando falaram comigo fora do corpo, já foi tudo já
assentado. Estava tudo tranquilo. Agora, era um problema para mim porque eu
trabalhava demais. Eu recebia mensagem, a gente tinha quatro dias de sessões,
eu atendia "todo o mundo" todas as manhãs e às vezes à tarde, tive
enfarte pouco antes, a barra era pesada. (Tertúlia 0906;
1h:29m).
Técnica de Viver. Pergunta. Nos
livros psicografados "Sexo e destino", "Evolução em dois
Mundos" e "Técnica de Viver" você estava envolvido na história? Resposta (WV). Não. O "Técnica de
Viver", já tem algumas coisas de Conscienciologia. Esse aí é fora de
série. O Kelvin Van Dine é do meu povo da comunex, do Pombal. (Tertúlia 0909; 1h:09m).
Cemitério de Carcassonne. Pergunta.
Alguém já teve a curiosidade de estudar se existe algum registo histórico dos
personagens de Cristo Espera por Ti
em Carcassonne? Resposta (WV). Eu tive, sim.
Com o Chico Xavier. No mesmo ano em que foi publicado o livro nós tivemos em
Carcassonne. Não conhecíamos a França. A gente foi ver no cemitério as lápides
com os nomes das famílias que ajudaram a matar o violinista. As famílias eram
muito antigas, o cemitério era muito antigo. Isso foi em 1965. Nas lápides
tinha uma meia dúzia desses nomes, do romance. (Tertúlia 0916; 0h:19m:40s).
Livros psicografados. Pergunta. Estudo muito os livros psicografados. Isso ajuda nos métodos evolutivos em que nos encontramos? Resposta (WV). Olha, a maioria é tacon. Se tem livro psicografado que está falando sobre espiritismo e defendendo os conceitos, é tacon. A tares não tem sectarismo nem facciosismo, é univervalista. Ainda agora há pouco eu estava lendo (sobre) um processo de tacon que é mal endereçado, por exemplo, na questão da televisão. É a mesma coisa. Uma boa parte da maioria dos programas da televisão são feitos para vender alguma coisa. Então, o processo comercial da televisão é terrível. Abre o olho sempre que você vê um programa de televisão que tem comercial demais. Ali tem incutido só alguma coisa de propaganda, de publicidade, de promoção, de inculcação de alguma coisa dentro do capitalismo selvagem. Adorno, o filósofo, andou publicando alguma coisa dos debates que eles fizeram na década de 60 sobre a televisão. Ainda bem, coitado, que ele não está aqui mais, porque se ele tivesse agora para ver as bobagens que tem na internet, ele ia entrar num surto, ia dar alguma coisa nele. Porque na década de 60 ele já reclamava de todas as tolices que tem na televisão, agora veja bem a internet hoje. A prostituição intelectual, nunca foi tão vasta e devastadora. Vasta e devastadora. O "negócio" é uma coisa de doido. Então, é a mesma coisa o processo dos livros psicografados. O nosso amigo – Marcel Souto Maior – que esteve aqui estudando psicografia, perguntou-me o que eu achava da psicografia de modo geral. Eu falei com ele que 90% é fajuto e 10% nós podemos admitir que tenha coisa autêntica. Então, os livros, hoje, os romances por exemplo, são todos cópias uns dos outros e dá até vergonha de a gente ler. Aquilo tem muita coisa que é contra o espiritismo. Allan Kardec, se tivesse aqui, também ia reclamar disso. (Tertúlia 0966; 0h:08m).