Transcrição de conversas proferidas ou validadas por Waldo Vieira em tertúlias gravadas em vídeo. Projeto particular de teletertuliana portuguesa, não vinculado a Instituição Conscienciocêntrica.

Conscienciologia: Consciencioterapia

Transtornos psiquiátricos. Esquizofrenia, dissociação de personalidade, bipolaridade, psicose maníaco-depressiva, têm relação. Às vezes há até dúvida sobre se a pessoa tem psicose maníaco-depressiva ou esquizofrenia. A esquizofrenia tem características mais carregadas, mais difíceis, principalmente relacionadas com espaço, tempo, pessoas e mesologia. A bipolar tem isso mas acusa muito a (própria) pessoa, ela fica em depressão. É outra condição, é um processo mais dela, ela se envenena toda. (Quanto às) personalidades múltiplas, o que têm mais por aí ((referência à causa do transtorno)) é assédio mesmo, é possessão. A gente tem que examinar. Toda a pessoa muito avançada dentro de um processo psiquiátrico, quando ela já é veterana no assunto, quase sempre é uma condição composta. É ela e o assediador junto. Quase sempre tem uma semi-possessão ou qualquer coisa nesse sentido e às vezes tem mais de um. Pergunta. Pode acontecer esse fenômeno ser puramente anímico? Resposta (WV). Anímico, sim. Anímico é tudo aquilo que diz respeita à pessoa. Uma boa parte de todos os processos psiquiátricos começam sendo só da pessoa. É um autassédio da própria pessoa. Lá no fim, ela é que é que tem que arranjar também a autocura. A gente sempre recomenda que a pessoa bipolar faça o levantamento de tudo o que acontece com ela até aquele momento para ver como foi a aura ou início de qualquer crise que ela teve. Por exemplo, um surto psicótico. Se ela examinar o que é que a levou (a um surto psicótico), ela mesma vai abortar o problema. Na hora que começar a sentir que (vai acontecer de novo), ela começa a cortar. Aí é que entra o processo da higiene consciencial, a profilaxia. Eu acho que a melhor cura que tem é a autocuroterapia. A Consciencioterapia trabalha muito nisso, para levar a pessoa a se fortalecer. O maior arsenal farmacológico está dentro da própria pessoa. E não é só imunologia. É a higiene, o modo de pensar, é abençoar “todo o mundo”, é não fazer aquele “negócio” de conservar o ódio no freezer. O ódio no freezer é pior do que a melin, pior do que o ressentimento, a mágoa, o melindre… e tem gente que é assim. A gente tem que perdoar, passar por cima. O perdão é uma medicação, não é placebo. É medicação em primeiro lugar para a própria pessoa, o perdoador. (Tertúlia 0833; 0h:54m).

Transtorno Bipolar. Pergunta. O senhor diria que o bipolar não sabe viver fora da zona de conforto dele? Resposta (WV). Não é bem assim. O problema todo é falta de higiene consciencial – a pessoa não vê o que está ocorrendo porque não quer. A maioria, com o tempo, quer. Há dezenas de livros (sobre esse assunto). (...) A maioria desses casos são genéticos, mas na família, a genética de um não é igual à de outro. E depende também do nível de lucidez da pessoa. Quanto mais a pessoa estudar, mais defesa ela pode ter. Fazer exercício físico para desintoxicar, também ajuda – movimenta as energias. Agora, uma pessoa que começar a frequentar os laboratórios que nós temos aqui, começa a dominar a energia e ela mesma se cura, sem problema nenhum – não precisa nem de remédio, mas precisa de ter vontade. Conclusão: a maioria desses processos, principalmente o que eles chamam de bipolar, existem por vontade pessoal. São as pessoas que querem estar assim. São representantes, embaixadores e tem nostalgia da baratrosfera. (...) A Conscin Multívola (título de verbete) é uma das bases, dos vieses, dos aspectos, dos lados da abordagem que você pode fazer para entender a bipolar. Outra coisa é a possessividade, às vezes por ciúme. A medicação sempre ajuda, principalmente num determinado ponto em que a pessoa esteja muito frágil, quando ela ainda não quer (melhorar). Se um doente mental não quer melhorar, ele não melhora. Se uma pessoa não quer melhorar o corpo, ela morre. Ela se mata pela sugestão dela. Ela não se prepara, não se predispõe… O ânimo pessoal é muito importante. Na vida, na morte, na doença e na saúde. Ânimo pessoal. Eu sempre observei isso nos meus pacientes. (Tertúlia 0833; 0h:57m).

Impactoterapia. Quando você mostra uma realidade para a pessoa, você não está estapeando ela. Mas tem pessoas que acham que isso é um esbofeteio verbal que você está fazendo. Esbofeteio verbal é outra coisa, é xingar os outros, usar baixo calão... Se você está mostrando a realidade para a pessoa você está ajudando. Isso é o que eu (WV) chamo de impactoterapia. (Tertúlia 0843; 1h:09m). O balanço entre mostrar a realidade e não mostrar a realidade é a sensibilidade fraterna. Sensibilidade fraterna. Ajudar. Jamais colocar o egão da gente na frente mas ver como ajudar a pessoa. A hipótese do suicídio não pode ser esquecida. Nunca se sabe. Se você não der uma saída para a pessoa ela se desespera. (Tertúlia 0843; 1h:15m).

Grupos terapêuticos de toxicodependentes. Pergunta. Gostaria de partilhar minhas experiências dessa semana aqui na clínica. Fiz oito grupos terapêuticos e de psicoeducação com os pacientes internos e de clínica dia e só utilizei a temática da Conscienciologia. Por exemplo: síndrome de satélite; amor deslocado; acabativa e murismo. O impacto é muito grande. (…). O que está acontecendo, em sua opinião? Em que posso melhorar as temáticas? Resposta (WV). Este é um amigo meu que cuida principalmente de clínica com toxicômanos e outras coisas mais ((contextualiza o professor)). Você deve fazer o seguinte: procurar especificar cada vez mais as temáticas, de acordo com o perfil do necessitado. E na hora em que você está mexendo com grupos, ter muito cuidado com isso, porque não existem grupos homogéneos dentro da patologia, aí – sempre tem um grupo heterogéneo. Então, arranjar uma temática que sirva para todos, é muito difícil. De modo que, procure fazer cada coisa, específica, de acordo com a pessoa. E não queira dar uma marretada em “todo o mundo” que (isso) não resolve nada. Tem é que esclarecer, com calma e ver, especificamente, cada caso, de per si.  Não há dúvida que tem certos assuntos que você pode usar, de modo geral. Isso ajuda, mas não pode pegar esses temas e usar como se fossem um tacape para bater na cabeça de “todo o mundo”. Tem que ponderar isso com calma. Você já tem muita experiência disso, são muitos anos trabalhando, você sabe. Seria bom você ver, com calma, todos os temas que nós já trouxemos à tertúlia.  No dia de hoje, nós já estamos com 943 temas. Tem muitos parecidos, mas eles são diferentes. Então, você pode atender 900 companheiros, com esses temas. Vale a pena pensar. E outra coisa: geralmente essas pessoas, lá, são muito inteligentes. Não pode menosprezar ou minimizar a inteligência dos outros, num caso desses. Só porque uma pessoa está em tratamento, está numa síndrome de abstinência ou alguma coisa nesse sentido, não quer dizer nada. Às vezes, o próprio tóxico estimula temporariamente a agudez e acuidade da pessoa. Pense nisso. (Tertúlia 0943; 1h:14m). 

Abandono da psicoterapia. A pessoa que pede a mensagem induzindo a resposta, quer ir à consciencioterapia para “todo o mundo” estar de acordo com aquilo que ela pensa. Se ele é doente mental, (ele quer que) na consciencioterapia eles (falem) para ele: -”Você não é doente mental, você é uma pessoa mais sadia do que eu”. É isso que “todo o mundo” quer – e não é assim. Quanto mais a pessoa é psicopata, mais ela acha que o mundo é psicopata e ela é sadia. Isso é a regra. Quando a pessoa é assim, ela ainda não encarou a patologia que ela tem. (...). (Um caso ainda pior é o da) pessoa que chega para mim e fala: -”Professor Waldo, eu estou seguindo aquilo que o senhor falou, estou fazendo a psicoterapia, mas veja: o primo Anacleto me telefonou ontem e eu tenho que ir lá”. Aí, eu (WV) digo assim: -”Qual é o caso do Anacleto? É dinheiro? A gente manda para ele.” Aí a pessoa fica vermelha, amarela, roxa, pálida... Ele está numa situação tão precária que já arranjou uma saída e já me envolveu com a saída dele – quer me tapear com aquilo! Aí eu falo assim: -”Eu não nasci ontem. Eu não nasci de barba, ela cresceu através das décadas.” Quase sempre (a pessoa deste exemplo) é um homem. Eu já ouvi dezenas de casos e estou preparado para os próximos. (...).  A pessoa não quer análise, não quer conhecer a realidade dela. (Tertúlia 0943; 1h:30m).

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