Clínica. Eu (WV) tinha a minha clínica
gratuita em Uberaba. Eu fazia a triagem de 95 pessoas por dia. Foi esse um dos
motivos do meu enfarte do miocárdio. Nesse "mundo" de assistência com
aquela condição, eu tinha quatro sessões mediúnicas espíritas por semana na
casa espírita grande que nós criámos lá. Nesse meu consultório eu atendia toda
a manhã (todas as manhãs), no mínimo. Às vezes ia dormir às 3-4 horas da manhã
por causa das sessões espíritas. Era assim a minha vida. Aquilo era um
torvelinho, aquele monte de gente. (Tertúlia 0918; 1h:23m). No meu consultório,
eu fazia triagem de gente, de "todo o mundo" que aparecia, de
consciexes, de assediador, de gente boa, de gente amiga... o negócio era triar.
Eu triava e via quais eram as crianças que eu podia atender, quem é que eu
mandava para outro lugar, quem é que eu mandava para um colega meu, encaminhava
pessoas para o hospital, às vezes de táxi, dirigidas a fulano... Era tudo desse
jeito, com aquele povo, tudo pé-de-chinelo, "entregue às baratas". Na
década de cinquenta, vinha gente até do Mato Grosso, do Sul de Goiares, tudo
para ser atendido lá em Uberaba, em matéria de assistência médica. (Tertúlia 0918; 1h:24m).
Locais de trabalho.
Eu (WV) trabalho mais atualmente (dito em 29.07.2008) lá no escritório, para fazer a
tenepes, quase sempre de madrugada. Eu tenho o quarto e ainda há o holociclo.
Só aí eu tenho três lugares. Hoje eu estou com um quarto (4º) - o Caminho da
Lógica. Vocês ainda não entenderam isso. Vocês vão ver com o tempo. O Caminho
da Lógica já está muito saturado. É a trilha energética. O problema é a pessoa
ligar as tomadas. É o plug. Se ela
está passando lá e está ouvindo o vizinho que está tocando a música de carnaval,
não adianta nada. (Tertúlia
0921; 1h:30m).
Trabalho na infância. O Zé Vitoriano, o dono do cinema, ficou amigo meu, gostava “demais” de mim. Ele viu o meu interesse com filme, cartaz, película… eu menino, com 10 anos. Ele me colocou lá para começar a trabalhar. Comecei entregando programas (diariamente) de casa em casa e nunca joguei os programas no rio - eles tinham outro menino que cansou daquilo, jogou tudo no rio e depois eles acharam o pacote de programas no rio. Logo depois eu virei lanterninha, comecei a fazer cartaz, depois fui caixa – o bilheteiro que fica no guichê da bilheteria – e 10 meses depois eu era enrolador de fita. Eu tive que parar porque o Zé Vitoriano morreu num desastre de avião. Logo em seguida eu comecei a estudar mais com o meu preceptor. Mas veja, com 10 anos ganhei dinheiro com aquilo, ele me pagava bem, eu fechava o cinema quando acabava, de noite, e de manhãzinha às 7h eu tinha o grupo. (Tertúlia 0927; 0h:32m). Pergunta. Hoje, o Zé Vitoriano está ressomado? Se está, ele poderia ser uma personalidade consecutiva? Resposta (WV). Sem dúvida alguma. Quem está falando aqui ((dirigindo-se aos tertulianos)) é uma pessoa que se interessa por isso por causa do sobrenome. O Zé Vitoriano era uma grande personalidade: bom, excelente, sem erro, honesto, digno, fora-se-série. (Tertúlia 0960; 1h:42m).
Discos voadores. Pergunta. Com 16 ou 17 anos eu vi um disco voador e essa experiência “deflorou “ a minha consciencialidade. (...) Se não fosse isso, provavelmente eu não estaria aqui hoje. Resposta (WV). Mas mesmo assim isso não quer dizer muita coisa. É preciso você estar preparado para admitir isso. Você já me ouviu falar daquele camarada da Escandinávia que foi a New York, ao hotel onde eu me hospedava – estava chegando o ano 2000 – para me falar sobre o caso dele. Na década de setenta, ele estava em casa com a namorada dele. Ele é um escandinavo super conhecido, um dos big, um bilionário equivalente ao Bill Gates. Ele estava numa das mansões dele na zona rural, com a namorada, quando começou um barulho. A namorada correu, um pouco desnuda, para ver o que era – parecia cena de filme, a descrição dele. Ela abriu o janelão e viram aquele bicho ((estendendo o braço ao alto com a mão aberta)) com luzes, que estava lá em cima deles. Dali a pouco chegaram as autoridades policiais da província que viram também. Aquilo ia criar um problemão para ele porque ele era casado. Ele então não tocou no assunto, tocou a sua vida, tudo caminhou bem, mas falou: - “A minha consciência não está em paz mas eu sinto que devia ter feito alguma coisa. Eu calei a boca daquele povo todo e descartei a minha amante”. Eram mais de uma dúzia de pessoas. Ele comprou (o silêncio) de todos. Já tinham passado quase trinta anos e ele vinha perguntar-me o que é que devia fazer com isso. Quando ele veio falar comigo estava até um pouco bebido. Eu dei as coordenadas do que ele havia de fazer. Ainda (sugeri) que ele escrevesse um livro que nós publicamos mas que tinha que mostrar a realidade da sua experiência. Depois disso eu não vi mais nada dele. Ele ia para o Japão para fazer um grande convênio de contrato com empresas de indústria no Japão. O negócio dele é internacional. Eu perguntei para ele se, (no caso de ele querer escrever alguma coisa), aquelas testemunhas falariam e ele respondeu: - “Eu penso que a maioria delas, sim”. Ele poderia fazer o levantamento da situação toda. Ele continuava com a esposa – isso também estava prejudicando (a decisão de publicar a experiência). (Tertúlia 0932; 0h:41m). Eu também vi essas coisas. Uma vez eu estava tratando uma pessoa e estava muito preocupado com aquilo e jogando energia no assunto. Quando eu vi, tinha uma força muito grande que estava me puxando de traseiro – eu ia de costas. Foi projeção totalmente consciente. Eu vi direitinho à hora em que eu saí do quarto… do edifício... Ipanema… o Morro Dois Irmãos… até que cheguei num lugar como se fosse um charutão grande e eu fui entrando. Tinha um lugar como se fosse uma cortina, uma porta e eu entrei. Tinha gente sentada, com se fosse uma reunião num avião moderno. Eu olhei para ver se conhecia alguém – não conheci ninguém. Uma consciex, de mulher, falou assim:-”Nós estamos ajudando você naquele caso do Fulano. Ele vai ficar bom. A gente viu que você estava muito preocupado com isso e não é bom que você fique assim preocupado. Olhe isto aqui e depois pense no seu corpo que você volta para lá”. Tentei entender os diálogos que havia naquele povo. Tinha gente falando (e outros estavam) fazendo telepatia. Tinha gente de diversos formatos. E depois (...) voltei para o corpo. Eu fui vendo tudo de novo, ao contrário: ficou o “negócio” lá… aquilo foi vindo… daí a pouco eu vi um cenário maior… depois os Dois Irmãos… até entrar em casa (e no corpo) sem problema nenhum. Três dias depois a gente deu alta para o homem – ele está no Rio. (Tertúlia 0932; 0h:46m). Eu vi outros. Outro exemplo. Eu estava fora do corpo quando vi um “negócio” que estava acontecendo. Aí, chegou o Enumerador e falou assim: -”Volta para o corpo e vê o que é que acontece através da janela do seu quarto”. Eu voltei para o corpo, abri a janela e quando olhei estava aquele “troço” acima do Morro do Cantagalo. Ele fez um deslocamento em quadrado e foi embora. Já passava da meia-noite. Eu pensei que fosse algum helicóptero (mas depois vi que) não era, por causa das luzes e da energia que eu senti. No outro dia, na rua Visconde de Pirajá, que era a minha, perto de Copacabana, eu comecei a falar na banca de jornais sobre disco voador e um cara chegou e disse:-”Pois é, esta noite teve um disco voador aí em cima do morro!” Foi a única pessoa que eu ouvi falar nisso. (...) Para mim (...) eles ainda não abriram o jogo por causa do estupro evolutivo. (Tertúlia 0932; 0h:49m). Pergunta. Professor, você foi fazer uma assistência e se preocupou com (o estado de saúde de um paciente) e eles ((referência aos extraterrestres)) levaram você lá para ver o pessoal que o estava ajudando. O que é que (os levou a ver) esse tipo de preocupação? Resposta (WV). É a gente saber o limite em que você está sendo generoso e leniente. (A vida daquele homem era muito importante para muita gente). (...) Nesse caso, eu estava preocupado e aquilo mexeu com alguma coisa daquelas consciências. Eu desconfio que o homem tinha relação com aquele povo. Eu acho que tem extraterrestre aqui há muito tempo. Porque é que aquele povo se interessou por ele? É muito estranho. E eles “pinçaram” – aquilo era individual, (o alvo) era “ele”, eles falaram claramente. Eu achei aquilo estranho. (Tertúlia 0932; 1h:30m). Pergunta. Quando a consciência está no momento da assistência se preocupando, não vai fazer acoplamento negativo? Resposta (WV). Não é bem assim. (...) Eu preocupo-me quando (o caso) tem radiações com outros, o que eu chamo de “pacientes plurais”. Ele é uma peça importante de um mecanismo muito maior. Se você ajuda ele, é o mecanismo que é assistido. Eu levo isso em consideração. Eu aprendi isso na intermissão. (Tertúlia 0932; 1h:32m). Pergunta. Mas o fato de haver (acompanhando a ação), o desejo de (que aconteça o melhor)... Resposta (WV). Isso sempre ajuda. Isso só melhora. É muito positivo. (Tertúlia 0932; 1h:33m).
Dupla evolutiva. Pergunta. Na dupla
evolutiva, como é que separa o romantismo, do encontro real e do assédio? Resposta (WV). É a hora em
que você está fazendo assistência interconsciencial. Olha só o caso do meu
casamento. Eu sou uma cobaia para vocês. Eu, desde pequeno, (dizia) que não ia
casar. Isso já custou, na época em que não havia liberalidade de costumes nem
essa abertura de sexualidade que há hoje. Eu aparecia muito, devido à minha
vida pública, desde adolescente. O povo achava que eu era um bom partido e o
“negócio” do casamento grassava por todo o lado, principalmente no interior do
Brasil – Minas Gerais. Você veja o que é que eu passei na minha condição de rapaz
disposto, animado… Lá “pelas idas”, eu vejo que seria bom arranjar uma mulher
para parir meu irmão – um “negócio” esquisito… ((gracejando)). Então, eu
cheguei para a pessoa que eu vi que tinha relação com o meu irmão – isso tudo
através de retrocognição – e (perguntei-lhe) se queria ter um filho. Ela
respondeu que queria ter um filho mas que tinha de ser mãe solteira porque não
podia sair de casa e ( disse também) que tinha útero infantil. Eu falei: -”Eu
arranjo um filho para você. Ele tem relação com você”. Essa pessoa conhecia bem
o meu irmão e conhecia o processo parapsíquico. Mas eu falei: -”Mas nós temos
de casar para legalizar a situação, porque para ter um filho tem que ter um
casamento. Tem de ter um Juiz de Paz nessa história, porque o “negócio” é
sério, não dá para juntar os trapos ou arranjar um filho que é bastardo. Então,
está certo, o nosso “negócio” é esse”. Aí, demorou um bocado para ela ser
“enxertada”, porque ela tinha um problema mesmo, (como tinha dito). Lá pelas
tantas, ela ficou grávida e nós casamos oficialmente, com Juiz de Paz, etc. Eu
fiz uma receção lá na Rua de S. Luís, no topo do melhor hotel que tinha em S.
Paulo, só para os amigos mais chegados. Ela já estava grávida quando eu casei,
porque nós só casaríamos se (ela engravidasse) porque foi tudo feito de caso
pensado. Ela já conhecia o meu irmão, porque ela conheceu-o (ainda) em vida,
mas eu falei como é que ele viria. Eu tinha 42 anos e ela tinha 36. Tudo de
caso pensado. Agora veja: auxílio para mim, para ela e para ele. Agora, a
primeira fórmula que eu tinha para o casamento, era a seguinte: -”Eu vou ser
fiel a você, a 100%”. Porque ela me conhecia, sabia daquele monte de mulheres
atrás de mim. Para você ter uma ideia, ela chegou a ir comigo ao Copacabana
Palace em época de Carnaval, com o maior respeito, mas com a minha namorada ao
lado. Ela sabia de tudo isso. Ela conhecia algumas das minhas namoradas, já me
conhecia de muito tempo por causa de assistência e (que envolvia) a mãe postiça
dela, com quem ela vivia. Eu estou falando, abrindo o jogo para vocês, para
vocês verem como é que são as coisas. Eu falei tudo como é que seria e nós
fizemos um contrato: o menino jamais ficaria em creche ou teria babá. Nós íamos
cuidar dele, em alto nível. Eu falei assim: -”Olha, você gosta de aparelhos e
ele é doido com o processo de aparelhos, tem habilidade manual, você também tem,
de modo que vamos ver o que é que acontece. Vocês têm uma vida muito juntos,
que já aconteceu na Europa. Você vai gostar demais dele e ele via gostar demais
de você, porque vocês têm afinidade um com o outro”. Tudo aconteceu do jeito que eu falei. O problema
é que ela tinha vivido, ainda na adolescência, num campo de concentração. Nunca
se falou o que é que aconteceu com ela lá. Ela tinha um processo difícil na
cabeça. Mais tarde a gente descobriu que era o (Human Bornavirus que
causa) a síndrome da tristeza na pessoa – que só a acometeu mais tarde. Só nove
anos depois do casamento é que as coisas começaram a piorar para ela. Aí ela se
alterou, mas o meu filho já estava crescidinho, e já tinha visto como é que
estava a mãe. Ele me ajudou muito no final da vida dela, ele já estava muito
consciente. Tudo de caso pensado. Isso é dupla evolutiva. (Tertúlia 0955; 0h:25m).
Casamento.
Quando a gente foi se casar, ela virou para mim e falou assim: -”Olha, eu tenho
uma declaração, só para nós dois. Você jamais fique esperando que eu vou beijar
os seus pés, do jeito que essas mulheres fazem com você”. Eu falei: -”Eu sei.
Você tem uma criação alemã…”. Dois ou três anos depois, ela ficou pior do que
essas mulheres. Durante todo o período de casamento, eu só passei 10 dias sem
ela e o menino. Eu tive que ir à Itália para fazer uma pesquisa e eles só me
encontraram depois, porque o menino estava na escola, não podia ir. Ela ficou,
depois ela foi e o meu filho Arthur só foi depois para encontrar com a gente,
sozinho também – despacharam ele no avião. Tudo aconteceu (como eu tinha
previsto). Eu ainda falei para ela: -”Aos 5 anos eu vou te explicar como é que
você vai agir com ele, para que tudo dê certo”. Nós começamos a mexer com
aparelhos, com ele, mais ou menos aos dois anos de idade. Entre os dois e os cinco, a gente incentivou
todos os inputs, que era a orientação que a gente tinha, e ele começou a
estudar idiomas também, principalmente o inglês. Ele entrou no Britannia
(English School). Ele não é professor de inglês porque ele não quis. Quando
eles quiseram dar para ele o diploma, ele não quis aceitar. Até hoje, ele não
tem nenhum diploma grandão. Ele entra nas escolas mas não tem muita paciência
porque ele acabou ficando taquipsíquico, como eu. Raciocina tudo depressa. Isso
é muito bom por um lado, mas é um problemão para conviver com os outros. Tem
que ter muita parcimónia, cachimónia, paciência, tranquilidade íntima, para
saber mexer com isso. É difícil. Porque às vezes, você quer dar um passo à
frente e não pode – tem que arrastar os pensamentos dos outros junto com você,
até esclarecer aquilo. É preciso ter paciência (...). A gente procurou
trabalhar com energia, ela mesma desenvolveu muito o processo parapsíquico, mas
lá pelas tantas, a máquina começou a falhar. Nesta dimensão, se o corpo humano
está alterado, não adianta a consciência ser boa. É tanto que eu queria
encontrar com um conscienciólogo e depois um evoluciólogo, para ver o fim da
vida dele como é que foi. A consciência com o soma, é uma das coisas difíceis
que tem. Olha que eu já vi génios que se perdem de uma hora para a outra,
porque o aparelho não funciona. Eu já vi um caso em que a pessoa era super
atilada, com alto nível de lucidez, conhecimento e erudição. Aí, a cabeça
começou a bater o pino e a pessoa nunca mais foi a mesma. Mas eu consegui tirar
a pessoa do corpo e ela voltou a ser o que era (quando) foi conversar comigo.
Depois ela voltou para o corpo (e ficou) do mesmo jeito. Aí, eu não quis mexer
em mais nada. Porque é que eu consegui tirar? Porque o Tao Mao me ajudou e ela,
devido à lucidez ser muito avançada, predispôs a saída, porque é muito difícil
de fazer isso. Saber terminar a situação no corpo, é uma coisa difícil, porque
tudo começa a bater pino. Eu estou com 76 anos (dito em 11.09.2008) e tudo bate pino.
Comorbidades, eu tenho pelo menos umas sete. Um “cara” chega aos 65 anos, já
está na terceira idade e tem no mínimo três doenças básicas (com) inter
relações entre elas, medicação e tratamentos. No meu caso, eu tenho sete. Como
é que eu consigo fazer estas coisas todas e às vezes até passar uma rasteira em
alguns de vocês, do ponto de vista físico? Isso influi também na projeção. A
coisa mais difícil é manter a lucidez constante. Saber usar aquela relação de
vinte itens que eu fiz para vocês começarem a pensar nisso seriamente – 20
mega-atributos propulsores da evolução. Tem muita coisa ali que a maioria aqui
ainda não pensou, como por exemplo o domínio energético e a cosmovisão. Não é
fácil. Tem coisa ali, “dificilzinha”. (Tertúlia 0955; 0h:31m).
Maçom. Pergunta. Gostaria de entender melhor a sua relação com a maçonaria. Resposta (WV). Eu fui criado numa família espírita. No quarteirão da minha casa de infância, onde a gente morava, logo atrás, vis-à-vis com quintal da nossa casa, estava a maçonaria - a única loja (maçônica) que até hoje ainda existe na minha terra. A minha irmã, que era mais velha, casou-se com um senhor, um jovem, uma pessoa muito boa que se tornou meu cunhado. Depois que se casou, o meu cunhado foi admitido na maçonaria e depois chegou até a um grau elevado. A maçonaria no interior tinha muito valor por que fazia assistência para as viúvas. O maçon morria e todo o mundo ajudava a viúva que ficava. Era uma segurança para a sobrevivência das pessoas. O meu cunhado, Jair Siqueira era um grande contador, era radio amador, gostava muito de eletrónica. A minha mãe e nós todos gostávamos muito dele. Ele dessomou há poucos anos (dito em 19.09.2008). A minha mãe admirava-o muito e via aquela assistência que era prestada às pessoas que eram maçons. No interior, o mascate, aquela pessoa que sai vendendo as coisas de uma cidade para outra, o que representa alguma grande empresa longe, todos eles, se tinha um contacto com a maçonaria, se eram maçons, tínham as portas mais abertas e era mais fácil viver. Isso é um facto. A maçonaria realmente fazia muita assistência. Era um abertismo social. O meu pai me pediu: - "Meu filho, você tem facilidade para tudo, faz odontologia que eu fico tranquilo o seu respeito". Porque eu era o mais velho dos homens, então eu tinha que cuidar dos meus dois irmãos. E a minha irmã me pediu para entrar na maçonaria logo que eu pudesse. Então, quando eu completei a idade certa, eu me apresentei na maçonaria, fui acolhido e passei com unanimidade. Lá, tem iniciação, tem umas perguntas, e você vai ascendendo os graus. Como eu já conhecia muita coisa de maçonaria, porque lia muito, em pouco tempo eu cheguei ao grau principal de mestre maçom. Eles fizeram uma sabatina e nessa sabatina eu comecei a mostrar o que é que eu sabia de maçonaria. Eles disseram: -"Esse rapaz sabe tudo, ele já deve ter sido maçon em vidas anteriores". Em vista daquilo, eu tinha muitas obrigações, uma porção de trabalho devido ao cargo que exercia, mesmo rapaz – eu estudava, trabalhava para pagar os meus estudos e tudo aquilo. Então, alguns dos mais velhos da maçonaria falaram: - "Waldo, você perde tempo com a gente, o seu trabalho é maior do que esse aqui, essa loja é pequena para você". E a loja de Uberaba era a maior daquele interior. Então o melhor era eu cuidar da vida porque eu tinha que trabalhar e fazer uma porção de coisas. E a maçonaria tinha exigência semanal. Então eu falei com eles e eles me deram o quite placet. Eu tenho esse documento até hoje, eu sou mestre maçom, tenho o quite placet. Eu não frequento loja. Aqui, e até no exterior, em muitos lugares, eles viam que eu era maçom e me pediam assistência para uma coisa ou outra. A maioria dessas assistências era para ver a energia dos ambientes e outras coisas mais. Agora, eu não tenho vida regular de maçom e nem frequento os rituais, as sessões e tudo o mais que tem. Eu estou explicando bem a minha condição. Acho que a maçonaria hoje está mais aberta. Para o interior, por exemplo, é como se fosse uma organização como o Lions. Aquilo ajuda muita gente, sim. Em matéria de trabalho de viagem, tudo isso. Sob esse aspeto, a maçonaria é boa. Agora, existe muita ilusão, muito mito e muita superstição a respeito da maçonaria devido aos processos da iniciação. A coisa é séria e eles ajudam muita gente mesmo. A intenção, a política administrativa da maçonaria, de um modo geral, é muito positiva, tanto aqui como no exterior. Não é uma máfia, é um local de trabalho. O Lions não é uma máfia, é local de trabalho. A maçonaria é a mesma coisa, mas é mais rígida e escolhe mais os elementos. (Tertúlia 0963; 0h:04m). Pergunta. Eu conheço alguns Maçons e algumas vezes até me convidaram para participar, mas eu nunca participei, não tive nenhuma conexão. Do que eu pude observar, eu vi muitas e imaturidades, desde os processos de cristolatria, em alguns casos. Resposta (WV). O processo não é religioso, o processo é ritualístico. Todas as vezes que você for lá, você tem que repetir o ritual. Tem gente que não tem paciência para isso. Maçonaria não é para qualquer um, exige muita coisa. Agora, para uma pessoa muito indisciplinada, se ela conseguir ser iniciada e aceita, vai melhorar a vida dela. Para os desorganizados, indisciplinados, precipitados, isso aí é o máximo. Igual ao exército – para certas coisas, ser policial ajuda muito, é o que vai colocar o cara nos eixos. Tem gente que é indisciplinada demais e às vezes o caminho é a cadeia, a caserna, o curral. A maçonaria é assim, acerta o passo do povo, sem ser bélica. Ela é assistencial. Pergunta. Um dos argumentos que eu recebi lá nesses convites em que insistiram muito comigo, foi que (eles facilitavam as coisas para a minha empresa). Resposta (WV). Em matéria de empresa, de negócio, de indústria, de comércio, a maçonaria é uma "mão na roda" principalmente no interior. O Lions Clubs também é isso. Pergunta. Mas não cria uma interprisão, professor, por esse favorecimento? Resposta (WV). Não é bem interprisão, o nome é outro – chama-se coleira social do ego e todo o mundo tem. Por exemplo, você vivendo aqui na CCCI ((referência à Comunidade Conscienciológica Cosmoética Internacional)), você está na coleira social do ego. Você tem é que escolher a coleira – se ela é bonitinha, se não tem nenhum espinho, se ela não espeta. A sua família é uma coleira social do ego. Com a sua dupla evolutiva (você tem) uma coleira. Eu sou uma coleira terrível para você – vivo falando as verdades na sua cara todos os dias. Isso é coleira social do ego, não é interprisão. Interprisão é uma coisa mais séria. Para quem não tem muitos amigos, a maçonaria vale a pena. A pessoa vai fazer um círculo de amizades, vai se educar – a maçonaria instrui e ajuda muita gente, muito mais do que você está pensando. Eu trabalhei no Instituto de Cegos do Brasil Central por causa da maçonaria. Estive em vários lugares por causa da maçonaria. Ele ajudavam em tudo. Isso, numa cidade do interior, é o máximo. Organiza tudo. É um processo de método, de disciplina, de institucionalizar as coisas boas. A maçonaria ajuda nisso. Agora, isso de ter umas pessoas que gostam de outras, um Fan Club, isso é inevitável, em qualquer parte. Na sua família tem gente assim, não é isso? (Tertúlia 0963; 0h:25m).